segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Tuberculose nos presídios brasileiros é emergência de saúde e de direitos humanos, dizem especialistas.

Enquanto na população brasileira em geral a incidência da tuberculose está em 33 casos para 100 mil habitantes — o que já torna o Brasil um dos 20 países com alta carga da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) —, entre os detentos esse indicador sobe para alarmantes 932 ocorrências.
Para especialistas, trata-se de um cenário de emergência de saúde e de violação dos direitos humanos, uma vez que a doença se dissemina graças à superlotação dos presídios provocada pelo encarceramento massivo, especialmente da população negra e mais pobre.
A elevada incidência de tuberculose nos presídios brasileiros é uma emergência de saúde pública e de direitos humanos que demanda ações mais efetivas de controle, tratamento e prevenção, segundo especialistas.
Enquanto na população em geral a incidência da tuberculose está em 33 casos para 100 mil habitantes — o que já torna o Brasil um dos 20 países com alta carga da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) —, entre os detentos esse indicador sobe para alarmantes 932 casos, apontam dados de 2015 do Ministério da Saúde.
As condições precárias às quais muitos presos são submetidos, entre elas a superlotação e a falta de ventilação e iluminação nas unidades prisionais, favorecem a disseminação da doença cuja bactéria é transmitida pelo ar. Outras condições frequentes entre presos também os tornam ainda mais vulneráveis, como a infecção por HIV, a má-nutrição e o uso de drogas.
No Brasil, há mais de 600 mil detentos, quarta maior população prisional do mundo, formada principalmente por jovens negros, de baixa escolaridade e de baixa renda. O sistema está com 161% de sua capacidade ocupada, o que significa que, em celas concebidas para custodiar dez pessoas, há em média dezesseis, de acordo com o Ministério da Justiça.
A superlotação é o fator determinante para os altos índices de tuberculose nos presídios brasileiros, de acordo com o vice-presidente da organização Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose (Rede TB), Julio Croda. A população prisional é a mais vulnerável à doença, seguida da população de rua, das pessoas vivendo com HIV e da população indígena.
“Existe uma incidência maior da tuberculose na população privada de liberdade pelas próprias condições de encarceramento”, declarou Croda, lembrando que ações de combate à doença na população privada de liberdade devem passar necessariamente por uma reformulação do sistema carcerário e pelo fim da superlotação nos presídios.
“Estar preso é um fator de risco, ter passado pelo sistema prisional também”, disse por sua vez a pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Margareth Dalcolmo, citando as políticas de encarceramento massivo, especialmente da população mais pobre.
“É frustrante que estejamos diante de uma doença benigna, fácil de ser diagnosticada, com tratamento de boa qualidade e, mesmo assim, tenhamos esse universo perverso no sistema carcerário no Brasil”, completou.

Precariedade nos serviços de saúde prisionais

Além da superlotação, as condições de atendimento em saúde nos presídios brasileiros também são motivo de preocupação por parte de especialistas, já que o diagnóstico e o início rápido do tratamento são essenciais para conter o avanço da doença tanto na pessoa infectada como no ciclo de transmissão.
Segundo o Ministério da Justiça, somente 37% das unidades prisionais do país têm módulos de saúde para atender detentos. A situação varia de acordo com o estado: enquanto no Distrito Federal todos os presídios contam com unidades internas e médicos, no Rio de Janeiro apenas uma em cada dez penitenciárias tem esse serviço, e nenhuma possui equipes médicas.
De acordo com Draurio Barreira, gerente técnico de tuberculose da UNITAID — organização internacional de controle de HIV/Aids, tuberculose e malária —, é fundamental que os presídios tenham um centro médico, diante da complexa logística de segurança necessária para a transferência de presos a outros locais de atendimento.
“Um serviço dentro do presídio que atenda os detentos é incomparavelmente melhor”, afirmou Barreira. “Mas o serviço de saúde precisa ser qualificado. Muitas vezes os presídios têm auxiliar de enfermagem, enfermeiros, mas não têm médicos.”
Mariana Valença, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Microbiologia Médica (NUPEMM) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e professora da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), afirma que a transferência de presos para a realização de exames fora da penitenciária ocasiona atrasos de diagnóstico da tuberculose. “Precisamos apoiar o diagnóstico intramuros. Poucos estados possuem esse suporte”.
A instalação de laboratórios dentro das penitenciárias também esbarra nos altos custos, disse Croda, da Rede TB, enquanto em um cenário de crise econômica e fiscal, a situação tende a se agravar. Pensando nisso, a organização trabalha em um projeto de unidades móveis, que tem como objetivo viabilizar os exames dentro das unidades de detenção.
Para Barreira, da UNITAID, também é necessário ampliar a integração do sistema prisional estadual com o Sistema Único de Saúde (SUS), processo que já vem ocorrendo desde a adoção em 2014 da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP). A meta da nova iniciativa é assegurar que cada unidade prisional seja um ponto integrante da rede de atenção à saúde do SUS.
Segundo Daniele Kuhleis, consultora técnica do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, 26 estados do país aderiram à nova política, com exceção do Espírito Santo, além de 273 municípios, em um total de 119 equipes médicas habilitadas a trabalhar nos presídios. Contudo, a cobertura ainda é muito baixa diante das 1,4 mil unidades prisionais existentes no Brasil.
A detecção dos sintomas entre os presos e aqueles que entram no sistema prisional também é etapa fundamental para o controle da doença, explicou Dalcolmo, da Fiocruz. Segundo ela, é preciso que o preso realize o tratamento até o final.
“O tratamento é altamente eficaz, longo, dura seis meses e em caso de resistência aos medicamentos, até um ano. E esse preso precisa ser tratado fora do ambiente em que está transmitindo para outras pessoas”, declarou Dalcomo. Um caso de tuberculose pode infectar de quatro a dez pessoas e, mesmo quando curada, pode deixar sequelas pulmonares, lembrou.

Iniciativas de combate

Um dos projetos recentes para o combate à tuberculose nos presídios foi o TB Reach, cujo foco foi ampliar a detecção da tuberculose no sistema prisional. A iniciativa também desenvolveu uma campanha educativa para os diferentes públicos da comunidade carcerária.
Criado pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), o projeto foi realizado no Presídio Central de Porto Alegre, na Penitenciária Estadual do Jacuí (RS), e no Complexo de Bangu (RJ), entre outubro de 2014 e março de 2016. Durante esse período, foram rastreadas cerca de 11 mil pessoas e encontrados 280 casos de tuberculose.
“Sabemos que, embora os pacientes estejam em ambientes controlados, há escassez de acesso ao diagnóstico da tuberculose. O sintoma sentinela para nós é a tosse, e dentro do presídio ela é negligenciada pelos presos e pelos profissionais que trabalham lá”, declarou Denise Arakaki, coordenadora do programa do Ministério da Saúde.
Segundo ela, o TB Reach serviu para estabelecer as melhores estratégias para detectar a doença entre a população privada de liberdade. “O projeto reforçou a ideia de que é importante continuar fazendo a avaliação clínica na porta de entrada do presídio (…) e que é possível acompanhar os presos durante o tratamento”, declarou.
Para Arakaki, há sinais de avanços no combate à tuberculose nos presídios, já que a taxa de cura é maior entre os presidiários na comparação com a população em geral, enquanto os índices de abandono do tratamento são menores.
“O principal hoje é descobrirmos quem tem tuberculose (nos presídios) e tratarmos rapidamente. Enquanto não cortar esse círculo, a doença vai continuar se disseminando. Temos um trabalho imenso para os próximos anos”, ressaltou.

Mortalidade

Apesar de a mortalidade por tuberculose apresentar tendência de redução no Brasil nos últimos anos, os números ainda são altos para uma doença com alta taxa de cura.
Outra preocupação é o índice de coinfecção por HIV. Segundo o Ministério da Saúde, a tuberculose é a primeira causa de mortes dentre as doenças infecciosas definidas dos pacientes com AIDS. Em média no Brasil, 10% dos infectados com tuberculose também têm HIV.
Para Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, mesmo que totalmente implementadas, as ações de saúde nos presídios serão modestas caso as atuais condições de encarceramento perdurem.
“Enquanto não houver uma intervenção em que a dignidade humana passe a ser olhada, independentemente de quem seja, como um componente fundamental para se manter pessoas presas, tudo será muito modesto”, declarou.

Para Barreira, da UNITAID, a punição à qual os presidiários estão submetidos é a privação da liberdade, e não ser condenado a todo tipo de maus-tratos e doenças. “A tuberculose não é uma pena à qual deveriam estar submetidos. A questão humanitária é fundamental”, concluiu.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Guerra da Síria. Terroristas ligados ao ISIS recapturam a maior parte da cidade de Palmyra.

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Por Ivan Yakovlev.

O chamado "Estado Islâmico do Iraque e da Síria" (ISIS) capturou a antiga cidade de Palmyra (Tadmor) na parte oriental da província de Homs, depois que o principal contingente do Exército Árabe Sírio (SAA) se retirou da cidade. 
O referido grupo terrorista reivindicou isso através de sua filial de mídia, 'Amaq agency'. Um pouco tarde, fontes militares falando a Al-Masdar News confirmaram esta informação.

Os militantes, portanto, capturaram o distrito de Al-Amariyah e uma colina com o mesmo nome, complexo de Habitação dos Oficiais e a Cidadela de Palmyra, que fez quaisquer outras tentativas de manter posições dentro da cidade completamente sem sentido.

De acordo com vários relatos, algumas unidades SAA ainda permanecem na cidade fornecendo cobertura para seus camaradas que recuam para oeste. Depois que o retiro estiver completo, essas unidades também se retirarão.

Mais detalhes para vir ..........



LEIA MAIS: Jihadistas do Estado Islâmico reconquistam cidade de Palmira, na Síria.


Da Ansa Brasil

Os jihadistas do grupo extremista Estado Islâmico (EI) reconquistaram neste fim de semana a cidade de Palmira, na Síria, nove meses após as forças do governo de Bashar al-Assad, apoiadas pela Rússia, retomarem o controle da zona histórica.

O governador da província de Homs, Talal Barazi, confirmou que o EI está dominando a cidade de Palmira novamente. O Exército sírio se retirou do município e está "usando todos os meios disponíveis para impedir que os terroristas permaneçam em Palmira", disse o governador à imprensa local, segundo a Agência Ansa informou na tarde de hoje (11).

Desde sábado (10), civis e membros da ONG Observatório Nacional para os Direitos Humanos da Síria (Ondus) diziam que os jihadistas haviam conseguido voltar para a cidade, de onde haviam partido devido aos bombardeios russos.

Palmira, localizada no centro da Síria, ficou sob o domínio do Estado Islâmico de maio de 2015 a março de 2016. Os militares sírios conseguiram expulsar os jihadistas após 20 dias de combate, com a ajuda da aviação russa.

A 250 quilômetros de Damasco, Palmira abriga ruínas de uma cidade que foi um dos mais importantes centros culturais da Antiguidade, entre os séculos I e II d.C e conserva um dos maiores sítios arqueológicos do Oriente Médio.

Durante o tempo em que ficou sob posse do EI, Palmira teve vários de seus monumentos e templos históricos destruídos. A reconquista de Palmira pelo Estado Islâmico preocupa as autoridades sírias, pois o grupo vinha sofrendo várias derrotas sucessivas, mas, agora, conseguiu invadir a cidade. 

Edição: Lidia Neves

Artigo. Defesa da Ética na Política e o Combate à Corrupção, General Pinto Silva.

Manifestações contra a corrupção em 04.DEZ.2016. Foto - Agência Brasil



Carlos Alberto Pinto Silva.[1]
 
Com o agravamento da situação política e social no Brasil, e as reações devido à indignação popular com a falta de honestidade e ética na atividade política, os fatos repercutem no interior da nossa sociedade, temos o surgimento de novos Pontos de Ruptura.
 
Os Pontos de Ruptura são momentos de grande sensibilidade da vida Nacional. Devemos acreditar que, na maioria das vezes, uma situação ou um momento especifico (Ponto de Ruptura) acontece para reunir pessoas respeitáveis que acreditam na Defesa do Estado Democrático de Direito, da Ética, e da Honestidade na vida pública.
 
O Ponto de Ruptura desafia a sociedade brasileira a ver, pensar, agir, se indignar, e a reagir.
 
Empatia é a habilidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa ou grupo imaginando-se nas mesmas circunstâncias, dese colocar no lugar do outro, de enxergar com os olhos do outro, desentir o que o outro sente e defender a mesma causa. A formação de grupos com vínculos empáticos ajudaria a mudar o Brasil.
 
Pessoas unidas pensam de forma criativa e podem reparar mal feitos e injustiças.
 
“Há momentos em que a vontade de um punhado de homens livres vence o determinismo e abre novos caminhos”. “Os povos têm a história que merecem”.[2]
 
A união faz a força, tanto entre os membros de uma mesma causa, como no objetivo da própria causa. Todas as causas são nobres, mais não se pode perder o foco.
 
Se quisermos mudanças radicais no Brasil, precisaremos aproveitar as oportunidades que Pontos de Ruptura nos oferecem, romper com o passado, e ter mentalidade, habilidades políticas e sociais novas.
 
A VIDA OU A MORTE
“.....................................................................................................................
11. Ora, este mandamento, que hoje te ordeno não te é difícil demais, nem está longe de ti.
12. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós ao céu, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos?
13. Nem está do outro lado do mar, para dizeres: Quem atravessará por nós o mar para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos?
14. Pois esta palavra está muito perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires “(Deuteronômio 30)”.
 
NO BRASIL, NÃO SE DESEJA ATINGIR O CÉU OU ULTRAPASSAR MARES, MAS...
 
- Que a sociedade brasileira passe a ver, pensar, se indignar, e a reagir com a atual situação política, com congresso legislando em causa própria, com a corrupção e a falta de ética no trato da coisa pública;
 
- Que o povo brasileiro defenda o trabalho da Justiça Federal, da Procuradoria da República, da Polícia Federal e da Receita Federal no combate a corrupção;
 
- Que se formem grupos empáticos, na nossa sociedade, comprometidos com as ideias acima, e com a defesa do Estado Democrático de Direito.
 
“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam”.[3]
 
O momento atual exige que a “sociedade”, em si, seja diferente, e o diferencial estará cada dia mais na capacidade de mudar, de ver, pensar, agir, se indignar e reagir.
Manifestações contra a corrupção em 04.DEZ.2016. Foto - Agência Brasil
Brasileiros éticos e honestos existem, o que falta é imporem a sua marca e desafiar o leão em seu covil.
 
A reação tem que começar em algum lugar e de alguma forma, não fique apenas no previsível, se formos iguais manteremos a rotina política e social de sempre, e jamais daremos o grande salto político e social que o Brasil precisa.
 
Grandes sonhos exigem pequenos começos. Que construamos uma história de pequenas vitórias com a derrota da corrupção, da falta de ética na política e do descaso com a coisa pública.
 
A reação não é um problema de governo, oposição, poder legislativo ou judiciário; é da sociedade brasileira, para por um “Ponto Final” em tudo isto.“Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo só depende da nossa vontade e perseverança”. Einstein.
 
As instituições e a sociedade têm que buscar, a todo custo “Serem Relevantes” nesta luta. Chega de irresponsabilidade. 
                                                                                                                                 



[1] Carlos Alberto Pinto Silva / General de Exército da reserva / Ex-comandante do Comando Militar do Oeste, do Comando Militar do Sul, do Comando de Operações Terrestres, Membro da Academia de Defesa e do CEBRES.
[2] De Gaulle.
[3]ArnoldJ. Toynbee.                                                                                                                                                       
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MPF/MA firma cooperação institucional visando o combate à corrupção e à improbidade administrativa, com MPMA.

MPF/MA firma cooperação institucional com MPMA


Procurador-chefe e procurador-geral de Justiça assinaram protocolo na última quarta, dia 7.
O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA), por meio procurador-chefe Juraci Guimarães Júnior e o Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA), representado pelo procurador-geral de Justiça Luiz Gonzaga Martins Coelho assinaram protocolo de cooperação institucional na última quarta-feira, dia 7. Na ocasião, estiveram presentes também a procuradora da República Talita de Oliveira, o promotor de Justiça Márcio Thadeu e a promotora de Justiça Sandra Soares de Pontes.
O protocolo tem por objetivo estimular a implantação de mecanismos que assegurem o compartilhamento de informações e definir estratégias comuns para agilizar ações nas matérias que tratam do combate à corrupção e à improbidade administrativa, dos direitos sociais, coletivos e individuais indisponíveis, de atribuição do MPF/MA e do  MPMA. Além disso, garante os princípios constitucionais da unidade e da indivisibilidade do Ministério Público e a não transferência de recursos financeiros entre os assinantes do protocolo.
"O intercâmbio de informações e alinhamento de estratégias entre MPF e Ministério Público Estadual beneficia toda a sociedade, porque permitirá que ambas as instituições atuem com maior rapidez nas matérias de maior interesse do cidadão", disse o procurador-chefe.
O prazo de vigência do protocolo é de 12 meses a partir da data de sua assinatura, podendo ser prorrogado, automaticamente, por igual período, desde que acordado entre as partes.
Promotor Márcio Thadeu, procurador-geral de Justiça, procurador-chefe da PR/MA, promotora Sandra Pontes e procuradora Talita de Oliveira
Da esquerda para a direita, promotor Márcio, procurador-geral de Justiça, procurador-chefe, promotora Sandra e procuradora Talita (Foto: Ascom/PR-MA)
Assessoria de Comunicação - Procuradoria da República no MaranhãoFone: (98) 3213-7137 - E-mail: prma-ascom@mpf.mp.br - Twitter:@MPF_MA.

Deputado João Castelo morre de complicações cirurgica aos 79 anos.


Informações divulgadas pelo jornalista Caio Hostilio em seu blog, dão conta de que o ex-prefeito de São Luís e atual deputado federal pelo PSDB, João Castelo, faleceu no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, nesse domingo (12).

Eleito a deputado federal nas eleições 2014 com 52.783 votos, João castelo Ribeiro Gonçalves tinha 79 anos e era natural de Caxias-MA. Foi governador do Maranhão, prefeito de São Luís, Senador e atualmente exercia mandato na Câmara Federal.

Com a morte de João Castelo, a ex-primeira-dama de Bacabal, Jamille Suzart, que foi candidata a deputada federal e ocupa a primeira suplência do PSDB, poderá vir à assumir o mandato.

A Assembleia legislativa do Maranhão emitiu nota de pesar.


NOTA DE PESAR

A Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão externa grande pesar pelo falecimento do deputado federal maranhense João Castelo Ribeiro Gonçalves e decreta luto oficial de três dias. Ele faleceu na manhã deste domingo (11), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

João Castelo encontrava-se com estado de saúde delicado e estava internado desde o dia 31 de outubro. Ele ficou em coma permanente desde o dia 10 de novembro, quando realizou uma cirurgia no miocárdio.

Castelo nasceu em Caxias, em 19 de novembro de 1937. Era graduado em Direito pela CEUB (Brasília) e Técnico em Administração, pelo CFTA (Rio de Janeiro). Estava no quinto mandato de deputado federal e também exerceu os cargos de governador, senador, prefeito da capital maranhense e presidente da EMAP.

Neste momento de dor a Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão solidariza-se com familiares e amigos.

Deputado Othelino Neto
Presidente em exercício

Síria. Batalhão feminino do Exército Sírio formam a primeira linha de defesa contra o Isis. Veja o Vídeo.

Foto - www.almasdarnews.com
Um batalhão de mulheres do exército sírio se ofereceu para defender suas cidades a partir de uma ameaça real de ISIS nas áreas rurais de Hama.


Especificamente, elas foram estabelecidas na estrada Salamaiyah-Ithriyah-Aleppo, que é a estrada principal de abastecimento entre Aleppo e a cidade de Homs que está sob constante bombardeio de forças terroristas. 

Ativamente envolvidos em batalhas contra o ISIS junto com outras unidades do Exército Sírio nas áreas ao norte da estrada, participando conjuntamente de operações contra o ISIS, estando treinadas para desenvolver atividades de franco-atiradoras e disparos com morteiros.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Putin envia forças de operações especiais "chechenas" para a Síria.

Five 19th Century Chechens.  Credit: Wikimedia Commons
Five 19th Century Chechens. Credit: Wikimedia Commons
Este artigo foi escrito para o Unz Review: http://www.unz.com /tsaker/putin-sends-chechen-special-operation-forces-to-syria/

Notícias muito interessantes hoje: de acordo com a revista Izvestia, a Rússia estará enviando agentes dos chamados batalhões de forças especiais "chechenos" Oeste e Oriente para a Síria para "vigiar as instalações russas" em Khmeimim e Tartus. 

De acordo com fontes russas, esses dois batalhões foram convertidos em uma força de "polícia militar" que será totalmente desdobrada até o final de dezembro.

Esta notícia deixa muitas questões fascinantes sem resposta.

Primeiro, mesmo que as fontes russas pareçam estar falando de dois batalhões completos, eu suspeito que não seja esse o caso, e que algumas companhias serão formadas a partir de elementos retirados desses batalhões. Por quê? Porque esses batalhões são parte da espinha dorsal do sistema de segurança russo no Cáucaso e que usar essas forças de elite apenas para proteger duas instalações militares não faz sentido.

Em segundo lugar, isso faz questão de saber o que esses "Chechenos" (na verdade, denominação inapropriada - ver abaixo) vão realmente estar fazendo Síria. A única circunstância em que teria sentido enviá-los para proteger as bases russas em Kheimim e Tartus seria se um ataque maciço era esperado contra essas instalações e não havia outros reforços disponíveis, o que não é claramente o caso.

Em terceiro lugar, estes dois batalhões são majoritariamente, mas não exclusivamente, compostos por operadores muçulmanos sunitas. Isso gera óbvias vantagens. Além disso, esses batalhões tiveram uma história de derrotar com sucesso a insurgência Wahabi na Chechênia. Isso pode ser crucial porque os Wahabi chechenos também compõem algumas das melhores forças disponíveis para o comando do Daesh / ISIS / US na Síria.

Então, o que realmente está acontecendo aqui?

Em primeiro lugar, deve-se enfatizar que esses dois batalhões são unidades realmente únicas. Embora formalmente eles são apenas parte da maior comunidade de forças especiais russas, eles têm uma história única e reputação única. Tradicionalmente, a Rússia sempre se baseou nas forças de choque muçulmanas de elite, e a maioria delas sempre foram chechenas. Isso era verdade antes da Revolução de 1917, como é verdade depois.

Por exemplo, o chamado "batalhão muçulmano" desempenhou um papel fundamental na invasão do Afeganistão. E 2008, os batalhões chechenos "Oeste" e "Leste" desempenharam um papel fundamental na contraofensiva russa contra as forças georgianas. Para fazer uma longa história curta: não só estes batalhões são conhecidos por sua coragem surpreendente e habilidades, além de sua aparência que muitas vezes intimida as forças opostas, levando-lhes o pânico.

Em segundo lugar, Ramzan Kadyrov foi usando enormes recursos, com o apoio total de Putin, é claro, na criação de uma única unidade de treinamento de forças especiais na Chechênia, são operadores especiais de toda a Rússia que estão vindo para aprender, ensinar e partilhar a sua experiência. Como resultado, as chamadas unidades "chechenas" são, na realidade, uma mistura de operadores especiais de toda a Rússia que foram especialmente treinados para lidar com insurgências tipo Daesh.

Isto significa que, independentemente do tamanho real da força enviada para a Síria, usá-lo para proteger as instalações é um exagero total e ninguém na Rússia realmente acredita que todos estes rapazes executarão serviços de verificação e controle do pessoal e das tripulações nas bases. Sua verdadeira missão será algo muito diferente.

Alguns analistas russos têm especulado que sua função real será limpar Aleppo das forças restantes de al-Nusra/Daesh/ ISIS. Talvez, mas duvido. Acho muito mais provável que esses homens sejam enviados para treinar forças especiais sírias em operações avançadas de inteligência contra-insurgentes. Por outro lado, os russos admitiram ter agentes de inteligência chechenos infiltrados em Daesh. Seria apenas sensato agora para os russos para compartilhar sua experiência com os seus homólogos da Síria. A razão principal aqui é que, em vez de lutar a guerra para os sírios, os russos precisam permitir que os sírios lutem sua própria guerra.

Infelizmente, o registro real das forças de segurança sírias foi, segundo fontes russas, um xadrez na melhor das hipóteses e os russos não, segundo notícias, não estão impressionados.

Enquanto os sírios têm algumas unidades de combate de elite, eles não têm agentes de inteligência de alta qualidade. O que é necessário neste caso não é apenas um bom soldado (digamos, como um paraquedista russo ou um Ranger dos EUA), mas um combatente totalmente treinado e um oficial de inteligência totalmente treinado, algo semelhante à Divisão de Atividades Especiais da CIA ou a força russa Vympel.

O tipo de treinamento necessário para se preparar para tal função é muito mais complexo, caro e demorado do que o necessário para treinar um bom paraquedista ou Ranger. Meu palpite é que, enquanto os "Chechenos", quando necessário, fornecerão apoio imediato aos sírios, eles também terão um papel de longa data na organização de uma efetiva força contraterrorista, contrainsurgente.

Claro, eu posso estar errado. Se eu sou, então a outra razão pela qual estes dois batalhões foram enviados para a Síria é participar diretamente em operações de combate contra os Takfiris. Sabemos que Putin enviou uma carta secreta ao presidente iraniano Rouhani. Poderia ser para coordenar um aumento nas operações russa e iraniana na Síria? Se assim for, enviar as forças especiais "chechenas" faria sentido, especialmente para manter os turcos à distância se e quando necessário.

Seja qual for o caso, a decisão de enviar os "Chechenos" é claramente um grande desenvolvimento e o sinal de que algo importante está sendo preparado.

Texto de O Saker.


P.S: Ramzan Kadyrov emitiu uma negação dizendo que não há batalhões "Oeste" e "Leste" na Chechênia que é TÉCNICAMENTE verdadeiro desde que estes dois batalhões foram agora incluídos na 8 ª montanha e 18 motor-rifle brigadas. Também é verdade que os comandantes originais destas forças foram substituídos, mas os operadores ainda existem e Kadyrov admitiu que eles já estavam na Síria.