Manifestantes do movimento "Ocupe Oakland", que protestam contra a crise econômica, queimaram a bandeira americana e foram duramente reprimidos pela polícia
Dezenas de policiais montaram guarda durante toda a noite de
ontem na prefeitura de Oakland, Califórnia, após os protestos que
resultaram na prisão de 300 pessoas. No sábado, manifestantes do Ocupe
Oakland tentaram invadir um edifício histórico e queimaram a bandeira
dos EUA. Os policiais usaram gás para dispersar os manifestantes.
Os protestos de sábado, que foram os mais violentos desde que a
polícia desmobilizou o acampamento do movimento Ocupe Oakland em
novembro, ocorreram dias após o grupo dizer que havia planejado usar o
um prédio público desocupado como centro social e sede do movimento e
ameaçaram paralisar o porto, ocupar o aeroporto e tomar a prefeitura.
A prefeita, Jean Quan, que ficou conhecida pelas críticas pesadas às
ações dos policiais no último outono, pediu ao movimento para "parar de
usar Oakland como parque de diversões". "As pessoas na comunidade e no
movimento precisam parar usar desculpas para seu comportamento", afirmou
Quan.
Manifestantes entraram em confronto com os policiais durante todo o
dia de ontem, usando algumas vezes pedras e garrafas. Os policiais
responderam com lançamento de gás lacrimogêneo. O grupo reunido em
frente à prefeitura de Oakland marchou pelas ruas da cidade, interrompeu
o tráfico e ameaçou tomar o Centro de Convenção Henry Kaiser, que está
desocupado.
Oakland, Nova York e Los Angeles estão entre as cidades que
registraram os maiores protestos na linha "Ocupe". Os protestos
diminuíram depois que estas cidades usaram de força para retirar
centenas de manifestantes acampados em ruas destas cidades.
Em Oakland, a política foi duramente criticada por ter usado a força
para interromper os protestos anteriores. A prefeita estava entre os que
fizeram críticas, mas hoje ela mostrou ter mudado o tom de suas
criticas. "Nossos policiais cometeram erros, mas os manifestantes que
desafiaram a polícia ontem não fizeram isso pacificamente", afirmou
Quan.
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