Tradução: Caminho Alternativo
(28-11-2012) Corrections Corporations, a 
multimilionária companhia que gerencia uma parte considerável das 
prisões nos Estados Unidos, oferece aos estados uma gorda quantia para 
operar suas prisões em troca de que seja garantida uma ocupação mínima de 90% de prisioneiros.
A oferta está encaminhada a injetar um 
fluxo de liquidez aos estados necessitados, enquanto que a corporação 
ganha um contrato que a longo prazo pode lhe dar muitos dividendos, 
sendo que nos Estados Unidos, o país com a maior popuçação de réus, as 
prisões são um grande negócio.
Numa carta que obteve o Huffington Post, se informa que a oferta, de até 250 milhões de dólares, contêm uma cláusula com o compromisso para os estados de manter suas prisões com um mínimo de 90% de ocupação. 
Este último resulta inquietante, especialmente para os imigrantes 
ilegais (se calcula que 60% de todos os imigrantes que estão presos o 
estão em presídios da Corrections Corporations) e para os consumidores 
de drogas.  
Especialmente quando Corrections Corporations 
financia o lobby American Legislative Exchange Council, um grupo de 
ultradireita que se encarrega propôr leis mais estritas contra a 
imigração.
Toda uma estrutura, na que se dilui a fronteira entre a burocracia e a
 empresa privada, em busca de mais prisioneiros, mais leis que se 
acomodem a seus interesses e presídios mais baratos, reduzindo custos e 
provocando que os internos não possam sair por bom comportamento. 
Este é
 o obscuro panorama das prisões nos Estados Unidos, onde uma das poucas 
luzes recentes é a legalização da maconha em Washington e Colorado. 
Sendo que na Holanda isto, entre outras coisas, resultou no fechamento 
de algumas prisões por falta de prisioneiros.
Embora isto também tenha 
significado na perda de empregos, que lógica perversa é esta que busca 
gerar mais prisioneiros – criminosos segundo a lei – para alimentar a 
indústria penitenciária?
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