Do O Estado do Ceará. Artur Bruno e o Petismo 3.0
Luiz Cláudio Ferreira - SOCIÓLOGO.
O Partido dos Trabalhadores passou
por uma enorme metamorfose político – administrativa depois de chegar ao
Planalto. Nos últimos dez anos o Governo Federal (Lula – Dilma) tem
feito uma série de ações administrativas na área econômica, que são
favoráveis ao surgimento das novas classes médias: as políticas de
transferência de renda e de crédito popular.
A presidente Dilma Rousseff (PT) consolidou o modelo administrativo –
político que é denominado de “fordismo tardio” no Brasil, um sistema de
gestão altamente centralizado e orientado pelo Governo Federal (60% do
orçamento público está, hoje, concentrado na União), que transformou os
municípios em gestores de convênios federais, onde os prefeitos são
meros operadores das políticas públicas do Planalto.
O seu impacto é
maior na Região do Nordeste. O Bndes, as políticas de transferência de
renda e o aumento real do salário mínimo, aliados às políticas de
fomento ao consumo doméstico, geraram um “pacto desenvolvimentista” que
atualizou a conciliação de interesses, montado pelo ex - presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT).
O Partido dos Trabalhadores tinha base social nos grandes centros
urbanos, com pouca penetração eleitoral nas camadas sociais de baixa
renda (um salário mínimo até três salários mínimos), na época que era um
partido de oposição (1979 – 2002) ao Governo federal.
A chegada do
maior partido de esquerda brasileiro ao Planalto, no ano de 2003, foi
responsável pelo deslocamento do mesmo para um novo tipo de eleitor, com
tendência a votar em função dos ganhos econômicos, o mesmo não está
muito interessado nas discussões ideológicas, com matriz moralista.
O deputado federal Artur Bruno (PT – CE) tem uma trajetória de mais
de vinte cinco anos de mandatos nos legislativos (Municipal, Estadual,
Federal), com nenhuma interrupção, na construção da sua imagem de homem
público. O seu primeiro mandato no Congresso, que será o único, com o
seu retorno para Assembleia Legislativa do Ceará, no pleito eleitoral de
2014.
A base social do eleitorado do professor Artur Bruno é formada
pelas classes médias tradicionais e os sindicatos dos trabalhadores, com
apoio das novas classes médias cearenses, numa simbiose do antigo e do
novo eleitor – cidadão do PT – Lula – Dilma.
O PT procura refazer os seus palanques nos principais estados da
federação brasileira, para os pleitos eleitorais de 2014, visando atrair
os antigos segmentos sociais (classe média tradicional – funcionários
públicos) dos grandes centros urbanos, para votarem na reeleição da
presidente Dilma Rousseff.
No palanque do Ceará não será nenhuma
surpresa á indicação do Planalto do nome do deputado federal Artur Bruno
(PT – CE), para ocupar a vaga de vice – governador na chapa majoritária
estadual do PMDB – PT, com apoio do governador Cid Gomes (PSB) e do seu
grupo, num grande pacto político – administrativo do bloco cearense
Dilma Rousseff – Ciro Gomes, no pleito eleitoral de 2014.
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