Em nossa São Luís, assisto o
celeuma provocado pela “guerra do banheiro no colégio liceu maranhense”, onde um ser
humano busca garantir sua autoafirmação social e a “defesa” do seu direito como transexual de usar o banheiro feminino, versus servidores públicos pseudo-defensores
dos direitos coletivos das alunas, que impedem indivíduos portadores de genitália
masculina de acessar as dependências da referida casa de banho do sexo feminino. E mais
uma vez nossa Capital que um dia foi chamada de "Atenas" brasileira, é manchete nacional, “agora na guerra pela moral e os bons costumes”...
Isto na semana que a Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos da América,
reconheceu a legalidade do casamento entre indivíduos do mesmo sexo.
Vencedora do Miss Prostituta 2014. Waleska. |
A Vencedora e participantes do Miss Prstituta 2014 com suas faixas. |
Recordei-me que em Minas
Gerais, as “minorias sexuais”, criaram uma forma sutil de denunciar as mazelas
sociais, e a discriminação reinante contra segmentos da sociedade politicamente
incorretos e até indesejáveis, porém imprescindíveis sexualmente falando, pois desde que o mundo é
mundo exercem seu papel social e econômico.
Mesmo que por motivos opostos, prospecção de novos públicos consumidores, não podemos deixar de reconhecer a coragem e a ousadia do Grupo Empresarial Doimo, que através de sua fundação é parceiro de primeira hora da realização deste concurso e integra o Festival Nacional Sem Preconceito, permitindo a utilização de suas dependências anualmente na capital mineira de Belo Horizonte.
Mesmo que por motivos opostos, prospecção de novos públicos consumidores, não podemos deixar de reconhecer a coragem e a ousadia do Grupo Empresarial Doimo, que através de sua fundação é parceiro de primeira hora da realização deste concurso e integra o Festival Nacional Sem Preconceito, permitindo a utilização de suas dependências anualmente na capital mineira de Belo Horizonte.
Me refiro a forma inovadora como a sociedade civil organizada mineira vem conduzindo este debate social. A data escolhida para ser contraponto a um outro evento socialmente aceito, porém extremamente machista e excludente.
A forma festiva e muito criativa, expõe as fragilidades que este segmento social carrega, dá voz mesmo que momentaneamente, a este fragmento social esquecido, seja através da internet ou da imprensa tradicional, divulga-se o glamour do evento social, mas apresenta-se também as demandas sociais e denuncia-se a violência sofrida diariamente e ignorada pelo aparelho estatal.
Quando divulgou-se a realização do primeiro Miss Prostituta em
2012, queria-se dar visão aos problemas destas mulheres: Que antes de Prostitutas, são mães, chefes de famílias, estudantes inclusive universitárias... Mas tem como atividade profissional que honestamente garante o sustento de suas familias, a prestação de serviços sexuais.
Em 2014 tivemos a terceira
edição do Festival, o evento que começou tímido, já cumpriu parcialmente seu papel de dar visibilidade as prostitutas mineiras. Hoje alçado a categoria de evento nacional, ampliou-se abrindo espaço para novos segmentos sociais excluídos, foram eleit@s também: a Miss Favela, Miss Pantera Trans, e o Mister Boy. Porém junto com o glamour destes novos concursos virão mais denuncias e novas demandas por direitos dos excluidos e ignorados pelas castas sociais dominantes.
Vencedora do Miss Prostituta 2013. Marcelina. |
O Evento que começou mineiro e
agora é de caráter nacional, nasceu como contraponto ao “Miss Brasil”, para
refletirmos, sobre os problemas sociais e morais de nosso dia a dia que solenemente ignoramos, conforme a organização.
Mara. a Primeira Vencedora do Miss Prostituta 2012. |
Dentre
as Reivindicações do “Miss Prostituta” enumeramos algumas:
1 – O objetivo da
realização do Concurso realizado pela Aprosmig (Associação das Prostitutas de
Minas Gerais) é dar visibilidade a luta das profissionais do sexo.
2 – As Prostitutas defendem
a regulamentação da profissão.
3 – Fim da violência
contra as mulheres.
Abaixo segue as fotos das vencedoras do Miss Favela e d@ vencedora d@ Miss Pantera Trans.
A Principal reivindicação do “Miss Pantera Trans”: Na luta pelos direitos do público "LGBT" o principal objetivo do ano de 2014 é o de adotar o nome social.
Eleição da “Miss Favela 2014”.
De um total de dezesseis candidatas concorreram ao título de Miss Favela 2014, consagrou-se vencedora a representante do Conjunto Palmital, em Minas Gerais, a afrobrasileira Andréa Ferreira, 27 (Número 4)..
Texto Chico Barros.
Leia mais a respeito nos links abaixo:
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