segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Guerra Síria. Como a Frota Russa imobilizou o poder da Marinha dos Estados Unidos com um único golpe.

Igor Zarembo / RIA Novosti
O ataque da flotilha russa contra o Estado islâmico na Síria surpreendeu os Estados Unidos, que, pela primeira vez em anos, acordou para a realidade de que existe sim um País capaz de competir com o seu poderio militar. "Pela primeira vez na história recente os EUA se sentem ameaçados por armas convencionais", disse o especialista Rostislav Ishchenko, acrescentando que o ataque russo "retira" da frota dos EUA o status de unica força poderosa.

A Russia demonstrou em outubro ser errônea a suposição até então inquestionável que os EUA  eram imbatíveis, ninguém seria capaz de competir com as forças militares "armas convencionais" dos Estados Unidos, sem armas nucleares, diz especialista do Centro de Análise e Previsão Systematic Rússia Rostislav Ishchenko, citado pela RIA Novosti. Segundo Ischenko, esta noção de "a ousadia da política externa americana foi baseada, no convencimento de que a Rússia não vai iniciar uma guerra nuclear, mesmo pela a Ucrânia e ainda menos pela Síria".

Antes deste ataque naval, os Estados Unidos consideravam a frota russa em diferentes mares como forças capazes de "defender apenas os custos relativos para pegar traficantes e caçadores e para conduzir operações anfíbias em suas águas". Os EUA reconheciam como "ameaça real", apenas as partes da Frota do Mar do Norte e no Pacífico russo "teoricamente capaz de atingir os oceanos Atlântico e Pacífico."

"Um único disparo de 26 "mísseis Kalibr" feito contra as bases do Estado islâmico na Síria, poderia eliminar também uma grande frota dos EUA no mesmo espaço marítimo". Mas o recente ataque russo mostrou ao mundo que navios russos não precisam ir a qualquer lugar para "destruir qualquer inimigo" no leste do Mediterrâneo, no Golfo Pérsico, no Canal Inglês, no Mar do Norte e da Noruega, bem como através do Atlântico Norte, e para "afundar tudo no Pacífico norte do Havaí".

Na opinião de especialistas Estados Unidenses, eles estimam que para destruir um grupo de combate naval incluindo porta-aviões, a Rússia teria que disparar 100 (cem) mísseis ao mesmo tempo, então imaginavam que a Russia teria que reunir em um só lugar "uma grande força naval", incluindo submarinos da Frota do Norte e no Pacífico, e que só assim poderiam sentir ameaça a suas frotas navais.

Mas a Rússia não precisa trazer seus navios de grande porte para atacar alvos militares, pois na marinha russa até mesmo os "barcos sem atrativos" podem lançar mísseis a uma distância de milhares de quilômetros. "Os EUA não são capaz de monitorar todos os navios russos que patrulham e vigiam no mar de Okhotsk, e ao mar Cáspio, mas acontece que eles são capazes de afundar um a belonave dos EUA em qualquer destes mares despercebidamente." Isso é algo que reduz a possibilidade dos Estados Unidos detectar nossos mísseis previamente e, portanto, reduz o número de mísseis para destruir num hipotético ataque a um grupo aeronaval.

"Este disparo de 26 mísseis Kalibr contra as bases do Estado islâmico na Síria feito no dia 07 de outubro, limitou a ação da frota naval norte-americana neste espaço marítimo" demonstrado como um fator de força, destacou Ischenko. Onde anteriormente os Estados Unidos impunha simplesmente a sua vontade com a ameaça de aplicar sua força militar e ninguém ousava contrariar, "agora Washington terá de negociar e convencer", algo que "a América do Norte se esqueceu de como fazer", diz o especialista.

Mas os argumentos dos Estados Unidos são fracos, estima Ischenko. "De acordo com o presidente dos EUA, Barack Obama, os EUA é o melhor porque é o melhor, e todos devem alguma coisa, porque todo mundo deve algo. Este argumento perdeu seu peso a 07 de outubro de 2015, é agora nada mais que a opinião de uma pessoa ", conclui.

LEIA MAIS A ESTE RESPEITO: Mísseis da Marinha de Guerra da Russia evitam zonas povoadas na Síria. http://maranauta.blogspot.com.br/2015/10/misseis-da-marinha-de-guerra-da-russia.html

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