domingo, 3 de janeiro de 2016

Culpa do PT: Extrema pobreza caiu 63% no Brasil desde 2004, segundo Ipea.

Enquanto a desigualdade social diminuiu no Brasil em 10 anos até 2014, indicadores do mercado de trabalho, como renda média do brasileiro e taxa de desemprego, apresentaram leve piora nos últimos anos. Por outro lado, houve melhoria no índice de idade média escolar e da cobertura previdenciária nesse intervalo.
É o que conclui um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na análise de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo IBGE. Para o economista André Calixtre, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, porém, no geral, houve mudanças profundas na estrutura da sociedade brasileira do ponto de vista social que, por enquanto, ainda fazem o país resistir à crise econômica recente.
“Temos uma estrutura social capaz de enfrentar a crise, temos um Estado de bem-estar social mas, evidentemente, essa capacidade não é infinita”, disse Calixtre, que citou a política de reajuste do salários mínimo e o crescimento do emprego formal como causas fundamentais para a melhoria dos indicadores sociais brasileiros.
“Não sabemos ainda até quando essa estrutura suporta crises muito prolongadas, mas podemos afirmar que existe um colchão de amortecimento às crises produzido por um ciclo de mudanças sociais ao longo dos últimos 10 anos”, afirmou.
Pelas conclusões do Ipea, entre 2004 e o ano passado, a taxa de pobreza extrema no Brasil teve uma queda de 63% quando se consideram as pessoas que vivem com até R$ 70 por mês e um recuo de 68,5% na linha de até R$ 77 mensais. Esse índice teve uma redução média de 10% ao ano.
Já quando se leva em consideração o Gini, indicador usado para medir renda domiciliar per capita, a desigualdade também caiu sob esse ponto de vista: o índice recuou 9,7% no intervalo de uma década, com recuo de 1% ao ano.
Por outro lado, também continua havendo melhoria nos dados de mercado de trabalho nesse intervalo de comparação, contudo de maneira menos acelerada que há três anos. O rendimento real do brasileiro, por exemplo, cresceu de R$ 1.192,53 em 2004 para R$ 1.720,41 em 2014. No entanto, o crescimento anual desse rendimento que superou 7% em 2006 e registrou 5,6% em 2012, desacelerou para um patamar inferior a 1% em 2014.
Fonte: Valor

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