quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Blog Tijolaço reponde ao Financial Times. Avisem aos ingleses que o FHC saiu.

As previsões do "The Sun" para o crescimento do PIB do Reino Unido. 

Alguém precisa avisar ao “Financial Times” que o Fernando Henrique já não é mais o presidente do Brasil” e que não espere que continuemos a responder “sim, buana” a tudo o que eles dizem.

Hoje, além do mau-gosto de chamar a presidenta Dilma Rousseff de “Dama de Ferro dos Trópicos” – além do machismo, uma comparação improcedente com uma neoliberal que privatizou, desempregou, acabou com o salário mínimo e até o leite das escolas inglesas tirou – dá pitacos sobre  a queda do crescimento e  a alta da inflação.

A matéria foi comentada e emparte reproduzida no Estadão.

Eles duvidam que ela vá manter o crescimento econômico e se preocupam com a inflação.

Muito obrigado, mas isso me lembra a minha avó dizendo: “macaco, olha o seu rabo, deixa o rabo do vizinho”.

Deveriam dar conselhos sobre reformas ao Primeiro-Ministro David  Cameron e a seu ministro das Finanças, George Osborne. Lá, o crescimento econômico para 2011 baixará – segundo os oimistas – para 0,9%, ante o  1,7% previsto em março, enquanto a previsão para 2012 foi reduzida  de 2,5% para 0,7%.

Imaginem o que a imprensa diria aqui se o nosso PIB crescesse tão pouco?

E a inflação? A meta lá era de 2%, e a inflação bateu em 5%, para depois cair uns dois ou três décimos. Na proporção, seria o mesmo que o nosso índice  ficar na casa dos 11%.

O “FT” fala que precisamos de reformas. E cita a tributária, a trabalhista – traduzindo, cortar direitos e impostos – e a necessidade de aumentar os investimentos em educação, pesquisa e infraestrutura.

Quanto a isso, é verdade. Precisamos gastar mais com estas áreas e, para isso, a reforma de que precisamos, essencialmente, é uma só: a financeira, que tire das costas deste povo a carga de pagar mais de R$ 230 bilhões por ano aos rentistas. 

Nisso, sim, gostaríamos e deveríamos imitá-los: a taxa Libor, principal referência de juros do mercado inglês, anda pouco acima de 1% – 1% ao ano! E, felizmente, este vai ser o ano, ao que tudo indica, dos juros voltarem a um patamar não diríamos civilizado, mas menos selvagem.

O Financial Times, em lugar da velha cantilena de nos mandar fazer o dever de casa, deveria, sim, fazer o seu dever em casa.

Fonte:http://www.tijolaco.com/

Financial Times. Desaceleração testa 'dama de ferro dos trópicos'.

Jornal questiona capacidade de Dilma aprovar reformas.

A presidente Dilma Rousseff deve enfrentar neste ano o desafio de superar "sérias dificuldades" para manter a imagem do Brasil como "um país emergente de crescimento acelerado" e não correr o risco de perder a confiança dos investidores, na avaliação de reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário econômico britânico Financial Times

O jornal, que em sua chamada de capa chama Dilma de "Dama de Ferro dos Trópicos", observa que o otimismo demonstrado pela presidente brasileira em seu pronunciamento de fim de ano "mascara sérias dificuldades que Rousseff e seu Partido dos Trabalhadores precisarão superar neste ano".

A reportagem, que ocupa uma página inteira do diário, relata que, após crescer 7,5% em 2010, a economia brasileira encerrou o ano passado com um crescimento estimado de menos da metade disso, acompanhado de um aumento da inflação, chamada de "inimigo histórico do país". Além disso, comenta o diário, na área política a presidente "enfrentou uma série de escândalos de corrupção que ameaçaram desestabilizar sua incômoda coalizão".

Popularidade com escândalos

O Financial Times relata que a popularidade de Dilma cresceu apesar dos escândalos, por conta da percepção pública sobre sua reação às denúncias, mas afirma que "os céticos advertem que ela terá que colocar um fim nos escândalos de corrupção neste ano, em meio às preocupações de que eles são prejudiciais a um governo cuja agenda legislativa já está repleta de projetos polêmicos e de tramitação lenta". 

O jornal afirma, porém, que "talvez o maior desafio seja devolver a economia aos altos níveis de crescimento". "Os economistas argumentam que a rápida desaceleração vem expondo as limitações estruturais da economia brasileira", diz o texto, observando que a maioria dos brasileiros ainda não sente a desaceleração, graças a uma taxa de desemprego de 5,2% em novembro, mantida em seus menores níveis históricos, e um aumento recente de 14% no salário mínimo determinado pelo governo.

"A questão é se o país pode alcançar taxas de crescimento maiores do que a média de 4% que conseguiu na década passada", diz o texto. "Para fazer isso, os economistas dizem que o Brasil tem que fazer os 'consertos difíceis' necessários para melhorar sua competitividade de longo prazo. Seu sistema tributário é notoriamente pesado, e mais gastos são necessários em educação, treinamento, pesquisa e desenvolvimento e em infraestrutura. Os investimentos, 19% do PIB, estão muito aquém das necessidades do país e dos níveis da China e da Índia", comenta o jornal.

O diário comenta que Dilma já se mostrou pragmática, mas diz que "em um mundo no qual os modelos econômicos tradicionais americano ou europeu estão desacreditados, enquanto o Brasil se mostra resistente, será difícil para seu governo pressionar por reformas dolorosas". "Mais fácil é manter o excesso de confiança", afirma.

Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/01/120111_dilma_financial_times _rw.shtml

Crise do Euro Espanha: Crônica de um país devastado.

Muito rapidamente, políticas de “austeridade” multiplicaram desemprego e pobreza. Ninguém desafia mercados – exceto “indignados”, que enfrentarão novos desafios em 2012.

Por Pep Valenzuela 
 
Publicado por Outras Palavras.

Não me lembro de momento nenhum da minha vida em que existisse unanimidade tão grande quanto a dos prognósticos sobre a economia no Estado espanhol. O chefe de Estado, Rei Juan Carlos; o novo presidente do governo espanhol; as lideranças de todos os partidos (sejam de esquerda ou direita; as lideranças sindicais dos trabalhadores e dos empresários; os dirigentes do FMI, do Banco Central Europeu (BCE) e da Comissão Europeia; assim como os pesquisadores da OCDE e dos distintos institutos públicos ou privados de pesquisa econômica mundo afora — todo mundo, enfim, garante: “a situação da Europa e da Espanha, já muito ruim, vai piorar!” E, ainda, “não há como saber quando vai recomeçar a recuperação do crescimento”.

Para além de discursos e declarações, a sociedade sabe que todos têm razão. Está na hora de viver na carne o desemprego, sem subsídio algum; e, pior ainda, sem perspectiva real de arrumar sequer algum bico, para ir em frente. Há seis meses, o secretário de Trabalho do governo catalão declarava para um jornal de Barcelona que “50% dos atuais desempregados não vão conseguir mais achar trabalho”.

O senhor secretário referia-se aos desempregados da Catalunha, se bem que há sobrados motivos para assegurar que essa afirmação serve também para o conjunto do Estado espanhol.

Em algumas regiões, é até pior, dadas as perspectivas bem menores de investimentos. Sabendo que o número de desempregados é de quase 5 milhões (mais de 20% da população ativa), significa que 2,5 milhões de pessoas não vão conseguir trabalhar mais pra valer na sua vida.

É uma situação muito grave e cheia de conflito. Mas há de considerar ainda que a imposição de políticas de austeridade, sobretudo a partir da diminuição do gasto público e dos investimentos na área “social”, vai ter como decorrência imediata a liquidação dos subsídios para o desemprego e a diminuição do gasto para formação profissional e assistência social em geral. O crescimento do número de pobres, que já foi muito grande durante os últimos quatro anos, de acordo com dados dos governos e de organizações cidadãs, deve aumentar muito ainda.

E não é que faltem estudos e propostas que apontem soluções para tais problemas. Bem ao contrário: são prêmios Nobel de Economia, ex-funcionários do FMI e do Banco Mundial, intelectuais de esquerda, de centro e até da direita; estudiosos, pesquisadores e colunistas de todos os jornais e mídia… advertem que as políticas de “austeridade” e corte do gasto público só vão piorar as coisas. De um lado, deterioram as condições de vida para amplas camadas sociais; de outro, impedem a criação de condições para a retomada do crescimento econômico.

Vejam, por exemplo, Manel Pérez, analista do prestigioso (tanto quanto conservador), jornal diário La Vanguardia, de Barcelona: “A dinâmica continua sendo a da austeridade indiscriminada, a que devem submeter-se todos, tanto os que não têm mais chance, como é o caso dos [países] do sul da Europa, quanto os que desfrutam de um enorme superávit comercial. E isso significa caminhar para a deflação, condenando as economias em crise a endividar-se a cada vez mais…”

Veja-se ainda que o governo da União Europeia aprovou medidas que fazem com que “os bancos tenham, agora ‘barra libre’ (direito de tomar empréstimos sem limite) para comprar dívida pública com um argumento excitante: retiram os fundos do BCE a 1% de juros ao ano para comprar letras a 6%”.

A coisa tem todo o jeito de absurdo. Mas, como poderia ser um absurdo, quando estamos falando dos governos e os bancos da velha Europa – onde nasceu o capitalismo e floresceram os impérios coloniais? Até onde pode-se enxergar, parece meridianamente claro que se consumou a destruição do pacto social que fez possível estado do bem-estar na Europa do pós- II Guerra Mundial. Desde essa perspectiva é possível entender a inversão de prioridades de quase todos os governos, a mudança de agenda e rumos.

A chamada “crise financeira” (o estouro dos jogos especulativos) dos últimos quatro anos pôs em evidência quem tem o poder e a força. Os bancos e especuladores foram salvos com o dinheiro público. Mas não foram os bancos que, em função disso, tornaram-se dependentes dos Estados. Ao contrário: os governos ficam cada vez mais presos aos bancos, aos especuladores e às chamadas agências de qualificação de risco.

A palavra de ordem dos executores das novas políticas de “ajuste fiscal” e “austeridade” é: “vocês viveram acima das suas possibilidades; agora, é preciso cortar os excessos”. Isso mesmo, o que até ontem era quase que unanimemente considerado direitos sociais e ou serviços públicos, agora é chamado de “viver acima das possibilidades”. E os novos governos, ditos de “técnicos”, que na Itália e Grécia nem sequer são produto de processos eleitorais, afirmam: “vocês terão o estado do bem-estar que possam pagar”. Ou seja, já não se preocupam sequer em utilizar eufemismos ou metáforas, para disfarçar as políticas que impõem.

Diante desta situação, os grandes sindicatos da maioria dos países vêm tentando manter, pelo menos, o papel de negociador no conflito trabalhista. O problema é que mesmo isso é cada vez menos importante para os empresários e o capital. Na Espanha o novo governo central vai cortar boa parte das subvenções com as quais as confederações sindicais mantêm a estrutura de profissionais e serviços. Enquanto isso, o chamado “sindicalismo alternativo”, continua minoritário e sem capacidade de conflito.

Em outro terreno, os partidos social-democratas sofrem uma doença similar. Sabiam gerenciar o sistema, amortecer de certo modo os conflitos. Agora, pouco ou nada os diferencia dos partidos da direita. O Partido Socialista Francês é o único que, talvez, tente agora fazer oposição às políticas determinadas pelo atual pensamento único. Por sua parte, os velhos partidos comunistas praticamente sumiram (exceto na Grécia e Portugal, onde articulam-se com os Verdes e o Bloco de Esquerda).

Neste cenário de devastação e falta de horizontes, o surgimento dos “indignados” no Estado espanhol evidenciou de novo que o rei está nu! Os indignados deram uma virada na agenda do debate político (não na das políticas reais e concretas). Demonstraram, além disso, que há vida além do capitalismo, e que essa vida chama-se soberania popular, democracia real, justiça social, controle dos capitais e por aí adiante.

O recém-nascido movimento dos indignados fez muita coisa no curto espaço de tempo desde seu nascimento inesperado, em 15 de maio. Mas em 2012, enfrentará desafios mais duros. O lança roteiros e propostas. As forças sociais e políticas da esquerda ficaram na obrigação de dar retorno. Não há muito tempo, é verdade. Mas também é verdade que as políticas em curso devem ser chamadas de destruição em massa. Querendo ou sem querer, os povos terão de articular formas de resistência e para a alternativa.

Fonte: http://rede.outraspalavras.net/pontodecultura/2012/01/04/espanha-cronica-de-um-pais-devastado/

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

São Paulo - USP Espancamento do Estudante Negro. Nota de Repúdio do Núcleo de Consciência Negra na USP: Afastamento não basta.

Nota de Repúdio do Núcleo de Consciência Negra na USP sobre a abordagem policial racista ocorrida no dia 9 de Janeiro de 2011.

A Polícia Militar está, pouco a pouco, mostrando à sociedade a razão pela qual ela foi colocada dentro do campus Butantã da Universidade de São Paulo pelo governo tucano. O suposto princípio de segurança do qual a reitoria se utiliza para combater a violência é na verdade uma fonte de violência e nós devemos nos perguntar quem, de fato, são os atingidos por ela.

O lamentável episódio de extrema violência policial contra Nicolas Menezes Barreto, aluno negro do curso de Ciências da Natureza, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e contra Anita*, aluna negra do Curso de Matemática do Instituto de Matemática e Estatística (IME) e grávida de 5 meses, durante a invasão da polícia à um espaço estudantil não deixa dúvidas: dentro da USP assim como fora dela, a Polícia Militar aborda as pessoas de forma truculenta e abusa de poder contra aqueles considerados fora do estereótipo “burguês-estudante da USP”, ou seja, as pessoas negras e pobres.

Como entidade que discute a questão do racismo e acesso à Universidade, o Núcleo de Consciência Negra na USP (NCN) repudia veementemente as sucessivas e crescentes ações repressoras, fascistas e racistas da Polícia Militar e da Guarda Universitária dentro da Universidade, em especial a ocorrida no último dia 9, mas não somente ela, pois existem outros casos de agressão, coação e perseguição de cunho político e sócio-racial acontecendo cotidianamente na USP, e principalmente nas periferias.

Fica nítido no vídeo que entre os cerca de 15 alunos que protegiam o espaço de vivência do Diretório Central dos Estudantes (DCE-Livre) da USP que Nicolas ele era a pessoa que possuía a pela mais escura e por conta disso ele foi “o escolhido” para ser abordado e agredido pelo policial. Por ser negro, sim, Nicolas foi questionado sobre a sua condição de estudante da USP e antes mesmo de responder ao questionamento racista, foi abordado com tapas e teve uma arma apontada para sua cabeça.

É vergonhoso e não podemos aceitar a violência e o racismo policial em nenhuma parte do mundo e a nossa luta começa na USP, mas ultrapassa seus muros. Não podemos permitir que quando as pessoas negras e pobres vencem o filtro social do vestibular, elas sejam literalmente enquadrados por não estar de acordo com o “perfil USP”. Ironicamente, a USP possui apenas 10% de estudantes negros (FUVEST 2010), conta-se nos dedos os professores negros a ministrar aulas aqui e a única entidade que tem como linha política o questionamento disso, o NCN, está sendo ameaçado de fechamento e demolição do seu barracão pela Reitoria.

O NCN está, juntamente com o Instituto Luiz Gama, intercedendo para o devido auxílio jurídico aos estudantes agredidos, com a perspectiva de caracterizar as agressões como crimes de racismo e cobramos da USP e do Estado de São Paulo a exoneração imediata do Guarda Universitário e dos 2 PMs agressores.

Afastamento não basta!

Fonte:www.viomundo.com.br/denuncias/nucleo-de-consciencia-negra-na-usp-afastamento-nao-basta.html 

Portugal vive o maior escândalo político das últimas décadas.

Portugal vive um dos maiores escândalos das últimas décadas, envolvendo os serviços secretos e a Maçonaria. Tudo começou com materiais publicados no jornal Público segundo os quais Jorge Silva Carvalho, ex-diretor do SIED  (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa), um dos serviços secretos portugueses,  teria passado informações confidenciais indevidas ao grupo empresarial privado Ongoing para onde foi trabalhar após a demissão do SIED.

O Partido Comunista Português pediu audições parlamentares sobre os serviços de informações. De acordo com o deputado António Filipe, as audições provaram que existe promiscuidade entre grupos empresariais privados e altos cargos do SIED, nomeadamente, o seu ex-diretor Jorge Silva Carvalho.

Na primeira versão do relatório das audições surgem referências que indiciam ligações e suspeitas de envolvimento de Jorge Silva Carvalho, com grupos de pressão, nomeadamente, ramos da Maçonaria e conluios de poder com a ambição de ocupar cargos de poder, lê-se no site da rádio TSF.

Posteriormente, numa outra versão do relatório acordado entre os vários deputados, as referências à Maçonaria foram retiradas. O Partido Social Democrata, maioritário no Governo, afirmou que a retirada das referências à influência maçónica nos serviços foi devida às pressões conjuntas do Partido Socialista e do PP-CDS (Partido Popular).

Posteriormente, a imprensa publicou uma lista de conhecidas personalidades pertencentes à loja maçónica portuguesa Mozart. As últimas notícias dão conta de ligações entre maçons da Loja Mozart, da Grande Loja Regular de Portugal (GLRP), e o grupo Ongoing.

Daquela obediência maçónica e dessa loja, segundo vários órgãos de comunicação social revelaram nos últimos dias, fazem parte o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, e um dos seus vice-presidentes, Miguel Santos, para além do presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, e o antigo diretor do SIED e atual quadro daquela empresa, Jorge Silva Carvalho, escrevia o jornal Público no passado dia 7.

O Jornal de Notícias garante serem às dúzias os maçons presentes na Assembleia da República (Parlamento), sendo que, entre eles, estão os líderes parlamentares dos dois maiores partidos: Luís Montengro, do PSD, e Carlos Zorrinho, do PS, os quais, em conjunto, dirigem 182 deputados, ou seja, quase 80% do plenário.

Vários dos políticos referidos já assumiram nos últimos dias pertencer à Maçonaria, nomeadamente o líder parlamentar do partido governante (PSD) e João Cravinho, antigo ministro. João Cravinho admitiu que pertence a esta sociedade secreta, dizendo que todos os membros deviam assumir publicamente que o são. O ex-ministro diz que é filiado há 15 anos, mas frequentou poucas sessões.

A ideia de que o atual PSD está fortemente influenciado pela Maçonaria deixou o partido fortemente embaraçado, escreve o jornal Expresso.

Estas revelações têm provocado enorme perplexidade e polémica na opinião pública, havendo quem exija que todos os membros da Maçonaria com cargos no Estado se assumam publicamente.  

Não fico tranquilo por saber que há membros da Maçonaria nos serviços secretos, disse Miguel Sousa Tavares, jornalista e escritor, em entrevista televisiva.

Sendo secreta, esse poder /o da Maçonaria/ não está sujeito ao escrutínio público. E isso é perigoso para a democracia.

Mas a coisa fica bem mais grave quando percebemos que naqueles espaços se traficam, em segredo, os segredos do Estado. Ou seja, que estas organizações se apoderam, usando da sua obscuridade, de funções que a democracia reservou ao Estado. Ou que, como é o caso de Luís Montenegro, escondem incompatibilidades de funções.

Ficámos ontem a saber que o advogado e líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, pertence à loja Mozart (…) Montenegro é membro da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Liberdades e Garantias, que tem investigado as irregularidades no SIED. Ou seja, investigador e investigado são colegas de avental numa loja que tem sido envolvida no tráfico de informações secretas, escreve o comentador Daniel Oliveira  no jornal Expresso.

Por sua vez, o grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL) – Maçonaria Portuguesa, Fernando Lima, considera que qualquer lei que obrigue os candidatos a lugares públicos a declarar a sua pertença a associações maçónicas é discriminação.

Quando já há quem diga que os próprios jornalistas também deveriam declarar se pertencem ou não à Maçonaria, outros defendem o direito das sociedades secretas.

As instituições democráticas devem ser transparentes, mas a sociedade pode ter organismos secretos, discretos ou exclusivos, sem paredes de vidro. Não podemos confundir instituições com a sociedade em geral. Na sociedade, x pode fazer um clube onde só entram pessoas ricas; y pode fazer um clube onde só entram brancos, e ninguém tem nada que ver com isso; w pode fazer um clube onde só entram crentes em Cristo, e a sua organização pode ser secreta ou discreta. Os maçons têm todo o direito ao seu clube interdito a profanos, e ninguém tem nada que ver com isso. Dizer o contrário é entrar numa lógica de perseguição, escreve hoje o comentador Henrique Raposo no jornal Expresso.

Fonte:http://portuguese.ruvr.ru/2012/01/10/63621716.html

Denúncia de criança indigena queimada no Maranhão é mentira., diz Funai

10/01/2012 - 12h44. JEAN-PHILIP STRUCK - DE SÃO PAULO.

A Funai (Fundação Nacional do Índio) afirma que a denúncia de que uma criança indígena da etnia awá-guajá foi queimada por madeireiros no Maranhão é infundada, e que as histórias sobre o suposto crime não passam de boatos. A fundação também chamou a divulgação do caso de "ato inescrupuloso" e "irresponsável". 

A conclusão foi divulgada num relatório elaborado pela fundação, que deslocou no último fim de semana uma equipe de três servidores para a terra indígena Arariboia, no município de Arame (350 km de São Luís), local onde teria ocorrido o crime. 

Segundo a Funai, a equipe conversou com o índio guajajara Luís Carlos Tenetehara, da aldeia Patizal, citado em textos divulgados na internet como o autor da descoberta do suposto corpo da criança indígena carbonizada. 

De acordo com a fundação, o índio disse que a história não é verdadeira e que os índios awá-guajá, que vivem isolados, não deixaram de ser vistos pelos guajajaras, com quem dividem a mesma terra, após o suposto ataque por madeireiros. 

A fundação também afirma que seus servidores, enquanto circulavam pela terra indígena, flagraram um caminhão conduzido por um não índio. Segundo os servidores, o motorista, que levava um indígena guajajara de carona, contou que tinha autorização dele para retirar madeira da terra indígena. Uma motosserra foi apreendida. 

DENÚNCIA
A denúncia de que uma criança da etnia awá-guajá foi queimada por madeireiros começou a aparecer em blogs de notícias do Maranhão na semana passada. Poucas horas depois já começava a ganhar espaço em redes sociais.
Alguns dos textos afirmavam que o crime tinha ocorrido uma semana antes. Outros, de que havia acontecido em setembro ou outubro de 2011. E todos afirmavam que madeireiros atearam fogo na criança após atacarem os awá-guajá. Depois disso, os índios não teriam sido mais vistos. 

O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) disse que índios afirmaram que o suposto crime foi denunciado há meses para a Funai. 

A fundação nega, e diz que informações sobre o caso só chegaram ao seu conhecimento na semana passada, e que ineditamente começou a investigar a denúncia. 

"É lastimável que a sociedade brasileira tenha sido ludibriada de maneira tão vil e levada a crer num fato inexistente que não pode ser sequer classificado como 'brincadeira de mau gosto'. O 'incêndio' causado pela má-notícia na internet foi o verdadeiro atentado à inteligência das pessoas de bem", disse a Funai, em nota. 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1032340-denuncia-de-crianca-queimada-no-ma-e-boato-diz-funai.shtml 







Não deveria a Polícia Federal investigar?   
 Fonte:www.viomundo.com.br/voce-escreve/o-estranho-relatorio-da-funai-sobre-o-caso-do-maranhao .html

As serpentes devoradoras de homens das Filipinas.

Pesquisadores descrevem, pela primeira vez, como membros de uma tribo que viveu até recentemente como na pré-história viraram presas de pítons e boas.

Nossa reação às serpentes pode variar do nojo ao horror, da fobia a curiosidade, fascínio, e até mesmo adoração, como em algumas culturas em que são convertidas em deusas.

Essa mistura de repulsa e atração tem sido pesquisada por antropólogos, primatólogos, psicólogos e outros cientistas de diferentes áreas, mas até agora pouco se sabia sobre os perigos destes animais para os extintos hominídeos, e os humanos que vivem atualmente de forma pré-histórica como caçadores-coletores.

A razão é que as cobras engolem suas vítimas inteiras e não deixam fósseis como o fazem os crocodilos ou os mamíferos carnívoros.

Além disso, os limitados estômagos de serpentes fóssilizados encontrados não contêm primatas e os casos de ataques de constritoras a seres humanos em áreas rurais são anedóticos.

Assim, foram os primeiros homens, envolvidos na caça e assentamentos instáveis, um prato para as cobras?

Pesquisadores da SIL Internacional em Dallas, e Universidade Cornell, em Ithaca (Nova York), estudaram um grupo de nativos das Filipinas, os Agta, para obter a resposta.

O estudo, publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences, sugere que as duas espécies estavam prontas para devorar umas as outras, ambas foram presas e predadores, e ambas competiram para comer outros animais.

A complexa teia de relações entre homens e serpentes gigantes começa nas noites do tempo. Até recentemente, os Agta estavam amplamente disseminados nas Filipinas e no Sul da Ásia. No entanto, em 1990, a transição para uma vida sedentária estava completa e agora estão ameaçados de extinção.

Thomas N. Headland, co-autor do artigo, começou a estuda-los em 1962 em Casiguran, na Sierra Madre da província de Aurora em Luzon, quando ainda viviam em pequenos grupos, dormindo em cabanas temporarias, buscando alimento na floresta e comendo carne de animais selvagens todos os dias.

Um homem adulto pesava 44,2 quilos, muito pouco, especialmente em comparação com o tamanho e o peso das serpentes que vivem no Sudeste Asiático.

Uma píton reticulada macho atinge 5 metros e 20 quilos, enquanto as fêmeas podem medir até o dobro e pesar 75 quilos. Com estas proporções, um homem adulto pode muito bem ser um alimento relativamente leve para uma píton fêmea.

Os pesquisadores descobriram uma alta incidência de ataques de píton a indivíduos da comunidade Agta.

As pítons atacaram 15 de 58 homens e 1 em 62 mulheres. Mais homems, provavelmente porque passam mais tempo na selva. Dos homens da tribo, 26% sobreviveram a um ataque de Píton, mas a maioria sofreu mordidas e ferimentos nas extremidades e com menos freqüência nas mãos ou torso, e seis ataques fatais ocorreram entre 1934 e 1973.

Morreram quatro homens e duas mulheres. Os homens geralmente eram atacados quando se aventuravam na selva.

Mas os Agta também devoravam pítons, bem como cervos, porcos selvagens e macacos, que eram, por sua vez, alimento das serpentes, portanto, os seres humanos e as cobras têm sido tanto presas, predadores, e competidores potenciais.

Estes achados, segundo seus autores, demonstram as complexas interações que têm caracterizado a nossa história evolutiva.

Tradução: Carlos de Castro

Fonte: http://moraisvinna.blogspot.com/2011/12/as-serpentes-devoradoras-de-homens-das.html