segunda-feira, 19 de março de 2012

Focas. O abate dos inocentes.

                                                                                   Polina Tchernitsa -
18.03.2012.
Foto: RIA Novosti.

Em 17 de março em todo o mundo tiveram lugar manifestações em defesa de focas da Gronelândia. A data não foi escolhida ao acaso. Dentro de alguns dias, no Canadá, abre a temporada de caça aos filhotes recém-nascidos das focas. Ambientalistas de todo o mundo estão apelando a todos interessados para assinarem uma petição especial ao governo canadense para parar a “matança por luxo”.

Enquanto isso, muitos países incluindo a Rússia se recusaram a importar do Canadá peles de filhotes de foca.

Os filhotes mais cobiçados são os que têm menos de 10-15 dias de idade. É nesse curto período que seus corpos estão cobertos por um pelo fino e branco. As peles de crias de foca são utilizadas principalmente para fabricar gorros quentes.

Este ano, a temporada de caça aos filhotes de foca será aberta no Canadá de 23 de março até final de abril. Cerca de 300 000 animais serão abatidos e este número não muda ao longo das últimas décadas. As autoridades canadenses enfatizam que a produção e a venda de peles de filhotes bebés é vital para a população do litoral. 

Mas esses argumentos não passam de ficção, diz o ecologista Maxim Olenitchev: “Esse tipo de caça não é economicamente justificável em si, o governo subsidia-o. Além disso, a opinião pública está do lado das pessoas que se opõem à matança de filhotes de foca na Gronelândia no Canadá.”

Hoje, os EUA, o México e a União Europeia se expressam contra essa indústria cruel. 

Eles não importam do Canadá peles de filhotes de foca abatidos. A Rússia proibiu a importação de peles em 2011. 

Várias organizações, políticos, figuras públicas e vedetas se juntaram à luta para proteger os filhotes de foca da Gronelândia. As autoridades canadenses dizem que tudo isso pode levar à expansão da população de focas, o que desequilibrará o ecossistema. 

Eis o que pensa sobre isso o ecologista Maxim Olenitchev: “Hoje em dia, demasiado peixe é pescado. Ora, o peixe é o alimento principal das focas. Se não se abusar da pesca, as focas terão alimento suficiente. Além disso, devido ao aquecimento global, os gelos estão derretendo, reduzindo assim o habitat das focas, e portanto, o número de focas irá diminuir também. A própria natureza vai colocar tudo em seu lugar.”

Na Rússia também se praticava a caça às crias de foca – na área dos mares Branco e Kara. No entanto, os volumes anuais não se comparavam com os canadenses – 30,000 animais. Em 2009,este tipo de caça foi proibido por lei, nomeadamente através dos esforços da filial russa do Fundo Internacional para a Proteção dos Animais (IFAW).

Mas apesar de todos os esforços, a ameaça à população de focas da Gronelândia mantem-se. Na Noruega, esse tipo de caça continua a ser subsidiado – aparentemente devido ao fato de as focas comerem demasiado peixe. 

Os caçadores canadenses, de momento, estão depositando grandes esperanças na China. Este país está experimentando um verdadeiro “boom de peles” e as autoridades locais não são tão escrupulosas em matéria de ecologia.

Fonte:http://portuguese.ruvr.ru/2012_03_18/68808922/

Itália. Vulcão siciliano Etna “acordou”.

Na Sicília, acordou um dos vulcões mais ativos do mundo – o Etna. Uma coluna de fumaça e cinzas subiu a uma altura de 7 km, se sentem tremores subterrâneos.

Fontes de lava são ejetadas de uma nova cratera formada na encosta sudeste da montanha.

O serviço de resgate informa que não há ameaça para a população, e o aeroporto internacional de Catania está funcionando normalmente.

O Etna tem cerca de 400 crateras vulcânicas secundárias. Uma vez em cada três meses, uma delas tem uma erupção. O novo “despertar” do Etna é já o quarto desde o início do ano.

FONTE:http://portuguese.ruvr.ru/2012_03_19/68865686/

Eleições 2012. Contas Sujas. Passa dos 20 mil os políticos atingidos pela decisão do TSE.

Visão do Correio.


Não bastou reunir cerca de 1,6 milhão de assinaturas, bancar a aprovação e aguardar a confirmação da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa. A cidadania ainda não pode relaxar. É verdade que, desde o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que eliminou qualquer dúvida quanto à validade da lei e de sua aplicação nas eleições deste ano, vem surgindo no país clima favorável a iniciativas de ampliação da faxina.
 
Há animador sentimento de reconstrução da vida pública brasileira, como tem sido a extensão dos impedimentos previstos na Ficha Limpa à formação dos quadros de gestão e de servidores em todos os níveis da administração. Mas a purificação do processo eleitoral ainda requer a vigilância da cidadania contra reações e espertezas, enquanto se fazem a garimpagem de esconderijos e a eliminação de escurinhos que facilitam a sobrevivência de espertalhões.

É o caso da acertada decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) de que, para disputar eleição ou reeleição para prefeito ou vereador em outubro, o candidato dependerá de ter as contas da campanha de 2010 aprovadas pela Justiça Eleitoral. A exigência é tão correta e coerente com os propósitos da Ficha Limpa que a primeira reação das pessoas de bem é estranhar que só agora ela tenha sido adotada. De fato, até as eleições passadas, bastava o candidato fazer a entrega da prestação de contas para obter o registro da candidatura.

O TSE decidiu também que o registro poderá ser concedido aos candidatos que tiverem prestado contas, mas ainda aguardam o julgamento da Justiça Eleitoral. A preocupação do TSE com essas contas se justifica. É exatamente nesse momento que ocorrem os primeiros e definitivos lances do envolvimento do futuro administrador público ou legislador com interesses particulares. O encarecimento desenfreado das campanhas e o desejo de amealhar recursos extras (caixa 2) costumam ser tentações irresistíveis para os que se infiltram na política com propósitos escusos. Se o que a sociedade espera com a Ficha Limpa é fechar a porta aos corruptos, as contas de campanha rejeitadas pela autoridade são claramente atestado de mau comportamento.

Especialistas estimam que passa dos 20 mil os políticos atingidos pela decisão do TSE. Apenas nos três estados mais populosos — São Paulo, Minas e Rio de Janeiro — levantamentos preliminares com dados da Justiça Eleitoral indicam que 1.756 políticos que se candidataram em 2010 correm o risco de ser barrados pela decisão do TSE. Mas essa tranca na porta dos malfeitos eleitorais corre perigo. Primeiro foi o PT, que ingressou no próprio TSE solicitando a revisão da exigência. Depois, dirigentes de praticamente todos os partidos se uniram para pressionar o TSE a liberar a contabilidade não aprovada, sob o argumento de que a exigência configuraria mudança de regra em ano eleitoral.

Alegam os políticos que os partidos teriam de contar com mais tempo para se preparar. É de se perguntar com que propósito a legislação eleitoral, anterior à Ficha Limpa, exige a prestação das contas de campanha se não for para aprová-las ou rejeitá-las. A reação dos partidos era previsível, mas a sua intensidade chega a soar como alerta de que o TSE acertou em cheio e, por isso mesmo, precisa resistir à pressão. É o que espera a cidadania interessada no combate à corrupção.

FONTE: http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha

domingo, 18 de março de 2012

Filho de Eike Batista é cercado de privilégios.

Filho de Eike Batista é cercado de privilégios Foto: Divulgação

Thor, que matou ciclista conduzindo uma Mercedes de R$ 2,7 milhões, não foi sequer conduzido a delegacia; carro foi retirado do local antes da perícia; advogado da vítima já fala em homicídio doloso; o tratamento seria o mesmo não fosse ele filho do homem mais rico do Brasil?

18 de Março de 2012 às 19:51
 
247 – O acidente que envolve o filho do empresário mais rico do Brasil, Eike Batista, mostra um cenário de privilégios para o jovem herdeiro. Thor Batista, de 20 anos, não foi sequer conduzido à delegacia depois de bater em um ciclista com uma Mercedes-Benz no valor de R$ 2,7 milhões, liberada ao advogado do jovem antes mesmo de passar pela perícia. O acidente aconteceu na BR-040, na Baixada Fluminense, no Rio, por volta das 19h desse sábado.

Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, morreu na hora e o estado que ficou o corpo leva o advogado da família da vítima a acreditar que o carro de Thor estava, sim, em alta velocidade, ao contrário do que defende o bilionário. 

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Cleber Carvalho disse que irá na Justiça pedir indenização por danos morais e materiais e que, se for comprovada a alta velocidade, abrirá também um processo criminal. Nesse caso, o caso passaria de crime culposo – sem intenção de matar – para doloso – com a intenção.

Pelo Twitter, Eike Batista defende o filho, afirmando que a “imprudência não foi de Thor”, já que o ciclista, segundo ele, estaria atravessando a rodovia. A mesma informação foi divulgada oficialmente pela assessoria de imprensa do grupo EBX, empresa de Eike. 

A versão do advogado, porém, é outra: o ciclista estaria andando no acostamento, em um trajeto que conhecia bem e que fazia diariamente na volta para casa. O testemunho de um vizinho da vítima, que afirma ter presenciado o acidente, comprova a versão. "Quando corri para ver, já tinha acontecido. Ele (Santos) estava fora da estrada, foi atingido no acostamento da esquerda", disse o montador José da Silva. Segundo ele, Thor entrou no acostamento para desviar de um ônibus.

“Thor estava na velocidade permitida, fez teste do bafômetro e firmou declaração descrevendo o acidente, no posto da PRF”, defendeu Eike pela rede social. O empresário também falou, em nome do filho, que o jovem lamentava o ocorrido e que informou que prestou socorro à vítima. 

Os usuários do Twitter já criaram a hashtag #CastigoDoThor, ironizando as possíveis punições que o jovem rico poderia sofrer diante de tantos privilégios. "Parece que o filho da Eike atropelou um ciclista, né?! Se for preso vai poder cumprir prisão domiciliar na sua base espacial", escreveu Mateus Caniceiro (‏@MateusCaniceiro).

FONTE:http://brasil247.com/pt/247/brasil/48378/Filho-de-Eike-Batista-%C3%A9-cercado-de-privil%C3%A9gios.htm

Filho de Eike Batista se envolve em acidente com morte no RJ, diz polícia.

Thor, filho de Eike Batista.
O filho mais velho do empresário Eike Batista, Thor, 24 anos, envolveu-se na noite de sábado (17) em um acidente que resultou na morte de um ciclista na Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Flumimense, de acordo com policiais civis.

Segundo os agentes, a vítima é Wanderson Pereira dos Santos, 30 anos, que passava de bicicleta pela pista sentido Rio é foi atingido pelo carro do filho do bilionário, uma Mercedes-Benz SLR McLaren prata, placa EIK-0063.


De acordo com a polícia, Thor dirigia o carro acompanhado de um amigo no momento do acidente, por volta das 19h30.


Com o impacto do acidente, a frente do carro ficou amassada. O veículo, no entanto, não passou por perícia. De acordo com os policiais, o advogado do rapaz recolheu o carro com o compromisso de não alterar a estrutura do automóvel. Thor e uma tia da vítima devem ser ouvidos pela polícia nos próximos dias.


O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias. Até as 10h deste domingo (18), ainda não havia informações sobre velório e enterro.

FONTE:http://www.portalaz.com.br/noticia/geral/239381_filho_de_eike_batista_se_envolve_em_acidente_ com_morte_no_rj_diz_policia.html

Brasil. Mais de 80% das cidades do país não se sustentam.


Municípios geram menos de 20% da receita e têm situação fiscal crítica.

Cidades à beira da falência.

Estudo da Firjan aponta que 83% dos municípios, com baixa receita própria, não se sustentam.

Alessandra DuarteCarolina Benevides.

RETRATOS DO BRASIL.

As cidades brasileiras não se sustentam. A maioria - 83% de 5.266 municípios, do total de 5.565 existentes hoje no país - não consegue gerar nem 20% da receita de seu orçamento. O dado faz parte de um estudo inédito da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) sobre a gestão fiscal municipal, de 2006 a 2010. Nesse estudo, só 2% das cidades tiveram nota geral máxima - apenas 95 prefeituras têm gestão excelente das finanças, enquanto mais da metade do total, ou 64%, está em situação difícil ou crítica ao gerir o orçamento. A nota geral do país também pouco melhorou: subiu só 1,9%.

A Firjan criou um Índice de Gestão Fiscal que mede cinco itens: capacidade que o município tem de gerar receita (arrecadação); gastos com pessoal; capacidade de fazer investimentos; custo da dívida (o peso do pagamento de juros e amortizações); e uso de restos a pagar (a capacidade de pagar dívidas do ano anterior). 

Esse índice foi medido de 2006 a 2010, em 5.266 municípios (há 297 que não entregaram dados fiscais ao Tesouro, e, por isso, não entraram na pesquisa) - e um dos principais resultados foi a má administração municipal no item geração de receita. Nos 4.372 (83%) municípios que não geravam nem 20% das receitas, moravam 35,2% da população.

- São municípios que não se sustentam. Se fossem uma empresa, seriam como uma filial falida de uma matriz. Só 83 prefeituras, 1,6% do total, conseguem pagar a folha de pessoal com dinheiro próprio. As outras 98,4% precisam de transferências da União e dos estados - afirma Guilherme Mercês, gerente de Estudos Econômicos da Firjan.

- Cidades com frágil sistema de gestão e que vivem só das transferências federais caminham eventualmente para a falência - diz José Matias-Pereira, professor de Administração Pública da UnB.

Além da incapacidade de gerar receita própria, outra deficiência foi o aumento do gasto com pessoal, item que teve a nota que mais piorou de 2006 a 2010. Caiu 15,2%. Significa, diz a Firjan, que os gastos com pessoal passaram de 45% das receitas correntes líquidas das prefeituras para 50% - aumento de R$ 37,6 bilhões de 2006 a 2010, atualizados pela inflação. 

Enquanto isso, o gasto das prefeituras com investimento é baixo: metade delas está em situação difícil ou crítica nesse quesito, tendo aplicado em 2010, em média, 7% da receita. É no item investimentos que entrariam, por exemplo, projetos de infraestrutura em transporte e habitação.

Boa parte da explicação sobre a incapacidade dos municípios de gerar receita recai sobre a falta de desenvolvimento da economia local das regiões. 

Segundo a Associação Brasileira de Municípios (ABM), apesar de a maioria da população brasileira ser urbana, cerca de 50% das cidades do país têm base econômica agrícola, com atividades produtivas e renda da população que geram arrecadação de baixo valor.

- De toda a receita arrecadada no Brasil hoje, de 60% a 65% são da União; de 20% a 25%, dos estados; e apenas de 17% a 19%, dos municípios - sublinha José Carlos Rassier, secretário-geral da ABM. - A saída é estimular as economias locais e o desenvolvimento regional de forma integrada. 

Há má distribuição de recursos, principalmente levando-se em conta que, após a Constituição de 88, os municípios ganharam mais responsabilidades em Saúde e Educação, e até por isso houve mais gastos com pessoal. Mas a cooperação federativa precisa melhorar. No Uruguai, toda a educação é federal. Em outros países, há muitas obrigações para unidades regionais, equivalentes aos estados. Aqui, Borá (SP), com menos de mil habitantes, tem as mesmas obrigações de São Paulo.

Mesmo cidades com boas notas em gestão fiscal nem sempre oferecem à população serviços de qualidade ou boa infraestrutura urbana. Ourilândia do Norte (PA) é a sétima melhor do país, mas mais da metade de seus domicílios não tem saneamento, segundo o IBGE, e 12,6% de sua população com 15 anos ou mais são analfabetos.

- A boa gestão de hoje não tem efeito imediato no desenvolvimento do município - diz Gabriel Pinto, especialista em Desenvolvimento Econômico da Firjan. 

- Santa Isabel (GO), a melhor hoje, em 2006 estava na 4.510 posição. Hoje, ela pode ainda não ter bons indicadores sociais porque o reflexo da boa gestão nos serviços sociais é um processo de médio a longo prazo.

- Isso demonstra que boa gestão não necessariamente traz boa política social. Maior gasto com pessoal, mesmo com Educação, não necessariamente significa qualidade: pode ter havido mais contratações de professores, mas por baixos salários - diz Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. - Tem de se ver a qualidade do gasto, não só sua gestão.

Observação matéria publicado pelo Jornal O Globo. 

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Pesquisa mostra penúria de municípios.


Das 5.266 cidades brasileiras avaliadas pela Firjan, apenas 95 alcançaram o conceito de excelência na gestão das contas públicas.

WILSON TOSTA, ALEXANDRE RODRIGUES / RIO - O Estado de S.Paulo.
 
A mistura de despesas elevadas com funcionalismo, receita própria reduzida e investimentos escassos ou até inexistentes leva duas em cada três cidades brasileiras (63,5%) a viver situação financeira difícil ou crítica. 
 
O retrato está no Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), elaborado pela Federação das Indústrias do Rio com dados de 2010 para medir a qualidade da administração financeira das cidades. 
 
Só 95 (1,8%) das 5.266 prefeituras avaliadas tiveram a gestão das contas considerada de excelência, com conceito A.

O levantamento, que ajuda a explicar a desproporção entre a qualidade dos serviços públicos e a elevada carga tributária brasileira, mostra que Sul e Sudeste abrigam 81 das 100 municipalidades com melhor desempenho nas finanças. Na ponta inversa, as 93 piores administrações estavam no Norte e no Nordeste - em correlação forte, mas não automática, com a renda.

Dez anos após a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a média dos municípios levou a um IFGF Brasil de 0,5321 em 2010, 1,9% a mais do que o resultado de 2006, base de comparação estabelecida no trabalho. O resultado de 2010 coloca o IFGF nacional no nível de "gestão em dificuldade" e foi negativamente influenciado pelos gastos com pessoal das cidades, cujo indicador caiu de 0,6811 para 0,5773 - menos 15,2%.
 
Estabilidade no custo da dívida (piora de 0,3%) e avanço modesto na receita própria (6,9%) completaram o quadro ruim. A reduzida melhora foi garantida pelo avanço nos investimentos (9,5%) e na administração dos restos a pagar (16,3%), sob a influência do crescimento recorde de 7,5% da economia em 2010.

"A cultura da responsabilidade fiscal ainda não se consolidou no País", avalia Guilherme Mercês, gerente de Estudos Econômicos da Firjan. "A característica em comum dos poucos municípios com gestão de excelência é o baixo gasto com pessoal e o alto investimento. Esse é o binômio do sucesso."

O economista lembra que os municípios com contas saneadas têm maior capacidade de investir. "Quem tem melhor infraestrutura é quem atrai mais empresas e gera mais impostos locais, por isso as prefeituras precisam investir", afirmou.

Capitais. Apenas três capitais - Porto Velho (RO), Vitória (ES) e Porto Alegre (RS) - estão entre os municípios com administração financeira excelente em 2010. A capital de Rondônia foi beneficiada pelo boom econômico causado pela construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. A lista geral é encabeçada por Santa Isabel (GO), cujo IFGF chegou a 0,9747. Na lanterna, Ilha Grande (PI) ficou com apenas 0,0778. São Paulo, quarta capital em melhor situação, teve conceito B, o que é considerado "boa gestão".

Avanços. Apesar do quadro financeiro majoritariamente difícil ou crítico, alguns dados obtidos na pesquisa mostram avanços que, presumivelmente, são efeitos da LRF. Apenas 384 (7,3%) das 5.266 cidades gastavam com pessoal, em 2010, mais de 60% da Receita Corrente Líquida (soma da arrecadação tributária de um governo, deduzidas as transferências constitucionais) - limite estabelecido no artigo 19 da Lei 101/00.

Menos de 20% (1.029 prefeituras) não tinham em caixa dinheiro suficiente para honrar os restos a pagar (despesas de um ano, cujo pagamento é transferido para o orçamento do seguinte). A pesquisa também constatou que 1.686 (32%) dos municípios investiram mais de 16% das suas receitas.
 
Mercês reconhece os efeitos positivos da LRF sobre as contas das prefeituras, mas adverte que muitas cidades interpretaram "erroneamente" o teto de 60% para as despesas com funcionalismo não como um teto a ser evitado, mas como um ponto ao qual poderiam chegar.

"Os gastos com pessoal, no início da década, estavam em 43% da receita. E em 2010 chegaram a 50%", afirma o economista. "Em média, o pagamento dos servidores cresceu 7%."

Mais de um terço das cidades brasileiras (1.821) estava em situação considerada boa do ponto de vista fiscal em 2010. Além de São Paulo e Rio, outras 14 capitais estão nessa mesma situação, mas perderam na comparação com muitas cidades de médio ou pequeno porte. Quase metade dos municípios brasileiros (2.302) ganhou conceito C (gestão em dificuldade). Outras 1.045 cidades (19,8%) levaram nota D (crítica).


FONTE - http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha

Minas Gerais. Acidente com uma carreta e um ônibus causa pelo menos 15 mortes.

Da Agência Brasil.

Brasília – Pelo menos 15 pessoas morreram ontem (17) em um acidente envolvendo uma carreta e um ônibus na BR-040, na altura do km 393, no município de Curvelo, em Minas Gerais.

As informações são da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Minas. Os feridos estão sendo levados para hospitais da região e os corpos para o Instituto Médico-Legal de Curvelo.

De acordo com a PRF, o ônibus transportava funcionários de uma indústria de Paracatu para Ipatinga. A BR-040 permanece totalmente interrompida no local do acidente.
 
Ampliada às 18h55
Edição: Aécio Amado

FONTE:http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-17/acidente-com-uma-carreta-e-um-onibus-causa-pelo-menos-15-mortes-em-minas