sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Software de maranhense simula impacto da elevação do mar.

O software é fruto da tese de doutorado de Denilson da Silva Bezerra.

Foto: Divulgação/Vice-governadoria
SÃO LUÍS - O maranhense Denilson da Silva Bezerra apresentou, nesta sexta-feira (4), ao vice-governador, Washington Luiz Oliveira, uma ferramenta computacional para simular o impacto da elevação do nível do mar em São Luís. 

O software, que é fruto da tese de doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), constitui-se em uma plataforma digital pública para subsidiar na elaboração de políticas públicas.

"Desenvolvi um modelo aplicado para minha terra. Quero retribuir ao meu estado todo investimento em minha formação acadêmica", afirmou o pesquisador. Denilson é graduado em Ciências Aquáticas e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e especialista pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema). 

Ele explicou que a plataforma computacional permite aos gestores públicos a identificação dos impactos da elevação do nível do mar em São Luís nos próximos anos, verificando índices de consumo de água, crescimento populacional, impacto de obras, áreas degradadas, entre outros.

"O foco é perceber como Manguezal vai responder à elevação do nível do mar, tendo em vista que a segunda maior concentração de mangue está no Maranhão", acrescentou, destacando que São Luís será a primeira capital brasileira a utilizar o software

Após a apresentação do projeto, o vice-governador destacou a importância da ferramenta para fortalecer as ações e programas estratégicos do Governo do Maranhão. "Essa ferramenta deverá ser apresentada na reunião do Conselho de Gestão Estratégica das Políticas Públicas de Governo (Congep), para que todos os secretários possam conhecer o programa e perceber aplicabilidade nas políticas públicas desenvolvidas pelo governo", ressaltou Washington Luiz.

 

Sobreviventes do 4 de Janeiro, (Genocídio de 10 Mil Angolanos pelas Tropas Coloniais Portuguesas), defendem políticas que dignificam as vítimas.

massacre da Baixa de Cassanje.

Angola (Malanje) - O presidente da associação nacional 4 de Janeiro, Joveta Nzage, defendeu nesta quinta-feira, em nome dos sobreviventes da efeméride, a necessidade de se implementar políticas concretas, que dignifiquem o heroísmo das vítimas desse massacre ocorrido em 1961 contra os camponeses angolanos na região da Baixa de Kassanje.
De acordo com o responsável que se pronunciava a propósito do dia do massacre da Baixa de Kassanje, a assinalar-se hoje, sexta-feira, essa dignidade passa pela construção de um memorial e várias infra-estruturas socioeconómicas na região de Teka dya Kinda(município do Quela), local onde se encontram sepultados em vala comum, milhares de cidadãos mortos na sequência da chacina perpetrada pelos colonialistas portugueses.
Entretanto, Joveta Nzage advoga igualmente maior divulgação dos actos que originaram o massacre da Baixa de Cassanje, consubstanciados na reivindicação da mão de obra barata e abolição do trabalho forçado, através da inserção de conteúdos no curriculum escolar de vários níveis de ensino.
O presidente da associação 4 de Janeiro, é ainda de opinião que a data seja reinserida no leque de feriados nacionais, devido a sua importância histórica para a nação angolana.
O 4 de Janeiro de 1961, marca um acontecimento histórico, quando mais de dez mil camponeses da ex-companhia de Algodão de Angola (Cotonang), foram barbaramente assassinados pelo exército colonial português, por exigirem os seus direitos como trabalhadores, a isenção de pagamentos de imposto e a abolição do trabalho forçado.
O acontecimento estendeu-se aos municípios do Quela, Kunda-dia-base e Kiwaba Zonje, na província de Malanje e Xá-muteba, Kapenda Kamulemba e Cubalo (Lunda Norte), que compreendem a região da Baixa de Kassanje.
LEIA MAIS: 

ONU apenas joga papel de facilitador no caso Baixa de Kassanje. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

vc repórter: internauta antecipa em 16 dias, que ganhador da Mega-Sena seria da Cidade de Aparecida de Goiânia - GO.

Internauta publicou 16 dias antes de sorteio que vencedor seria de Aparecida de Goiás
Internauta publicou 16 dias antes de sorteio que vencedor seria de Aparecida de Goiânia - GO.
Dezesseis dias antes do sorteio da Mega da Virada, que premiou com R$ 81,5 milhões os três acertadores das dezenas sorteadas na noite de segunda-feira, 31 de dezembro, um internauta usou o Orkut para antecipar que um dos vencedores seria de Aparecida de Goiânia, em Goiás. 

"Eu não deveria estar falando isso aqui. Mas meu tio é um dos diretores responsáveis pela 'Mega da Virada'. Ele me afirmou que, neste ano, o ganhador vai ser da cidade de Aparecida de Goiânia. Podem printar', escreveu o internauta anônimo em um fórum na rede social, em mensagem publicada no dia 15 de dezembro. Na tarde desta quinta-feira, o post foi apagado do fórum no Orkut.
Conforme previa o internauta, uma das apostas vencedoras foi feita no município de Aparecida de Goiânia. Os outros dois premiados são das cidades de Franca e São Paulo. Os números sorteados foram 33-14-52-36-32-41. O prêmio total de R$ 244,7 milhões foi o maior já pago pelas loterias Caixa em 50 anos. No total, foram vendidos 85 milhões de bilhetes, e arrecadados R$ 640,5 milhões.

Caixa descarta fraude
Em nota, a Caixa negou qualquer possibilidade de fraude no sorteio, e afirmou que "todos os processos de sorteio e apuração das Loterias Federais passam por recorrentes verificações de órgãos de controle interno e externo, como o Tribunal de Contas da União (TCU), e a Controladoria Geral da União (CGU)".

A Caixa afirma ainda manter um processo rigoroso de captação e processamento das apostas que impossibilita a adulteração de dados, e impede inserção de novas apostas após o início do sorteio. Os apostadores premiados são identificados, e seus dados são repassados à Receita Federal.

"Os sorteios das Loterias Federais são realizados em lugares abertos, com a presença e participação da população local e de órgãos de imprensa, que podem verificar e atestar a transparência e lisura de todos os processos envolvidos", garante.

Os apostadores que recebem um prêmio das Loterias Federais nas agências da Caixa são identificados. Dados como nome, CPF e número de identidade são registrados e, posteriormente, são repassados à Receita Federal, ficando assim, à disposição dos órgãos públicos competentes.

"O ganhador tem o direito, por questões relativas à sua segurança e de seus familiares, de não ter seu nome e sua imagem divulgados ao público em geral. Porém, a Caixa sempre que instada a fazê-lo por órgãos que constitucionalmente detenham essa competência, disponibiliza essa informação", afirma a nota.

A Caixa ressalta ainda que "é aliada e parceira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) na prevenção ao crime de lavagem de dinheiro e se submete às suas determinações, enviando, rotineiramente, informações sobre os pagamentos de prêmios e obedecendo a parâmetros definidos por aquele Órgão".
O internauta Felipe J., de Cariacica (ES), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte; http://noticias.terra.com.br/loterias/interna/0,,OI6418351-EI189,00-vc+reporter+internauta+antecipa+que+ganhador+da+MegaSena+seria+de+GO.html

Violência - Policial da Força Tática é morto a tiros em Balsas.

por Carlos Neto


Condismom Pereira da Silva, um soldado da Polícia Militar do Maranhão, de 34 anos, foi morto a tiros no município de Balsas. 

Ele foi atingido por três tiros disparados por um homem que estava na garupa de uma moto Pop 100 Honda de cor vermelha.

O homicídio aconteceu por volta das 10h30, nas proximidades da Rua 3 de Maio, na cabeceira da ponte de madeira sobre o Rio Balsas. A vítima era morador do bairro Trizidela.

A suspeita é de que o tenha sido um crime de vingança. O soldado pode ter sido morto por pessoas ligadas à família de um criminoso, que morreu há dois meses, em confronto com o militar, em uma ação da polícia.

Além de executar o policial, a dupla roubou a pistola PT-100, que estava com Condismom, fato este que também leva a Polícia Civil a investigar a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).

O comando da PM em Balsas divulgou ontem a foto do traficante suspeito do crime. 

Ele é conhecido como Rogério Ramos Silva, e teria fugido para a cidade de Ribeiro Gonçalves, no Piauí.

Com informações do Voz e Vez.

FONTE: http://www.gazetadailha.com.br/2013/01/03/policial-da-forca-tatica-e-assassinado-em-balsas/

Mundo pode entrar em guerra por causa da água

água
© Flickr.com/DJ-Dwayne [Away till 31st November]/cc-by

A falta de água pode travar o progresso técnico – advertem os especialistas da ONU em seu relatório com o título assustador de "Gestão dos Recursos Hídricos em Condições de Indefinição e Risco". 

Os autores do documento exortam a planejar a distribuição da água e lembram que um bilhão de pessoas no planeta não tem acesso a ela. A Rússia, com os seus recursos, pode contribuir para melhorar a situação.

Daria Manina - Haverá no planeta uma guerra pela água? Os especialistas tentam responder a esta questão. O relatório da ONU diz que, até meados do século, o consumo de água doce no setor agropecuário aumentará em mais 20%. Isto está relacionado com o aumento das necessidades de água na produção. Grande parte do líquido vai para regar as culturas agrícolas. Por exemplo, são necessários cerca de 500 litros para se obter um quilo de trigo.


Entretanto, as causas da escassez de água doce no planeta estão não apenas no aumento da procura de géneros alimentícios. Importante papel nesse processo é desempenhado pela mudança do clima no planeta –explica o co-presidente do grupo ecológico russo Ecozashita (Ecodefesa) Vladimir Sliviak. 

 "A mudança do clima é um desequilíbrio, um caos natural, que provoca, por exemplo, mudança muito brusca e frequente das temperaturas, neve no verão. A influência desse processo será tal que, nas zonas onde caem muitas precipitações, estas aumentarão ainda mais. Pelo contrário, nas regiões onde falta água, haverá ainda menos."

Entretanto, nem todos os especialistas concordam que as oscilações da temperatura possam influir sobre o abastecimento de certas regiões. Sobretudo, o problema está não na escassez do líquido como tal – considera o ecologista Alexander Bogoliubov.

"Não há lugares na Terra onde não haja água a uma certa profundidade.. A questão é que alguns países não têm possibilidade de escavar poços de um quilómetro e tirar essa água. Se nesse local existir um país civilizado com os equipamentos técnicos necessários, não haverá tais problemas."

Mais de dez países no planeta estão situados em territórios áridos. São eles o Egito, a Arábia Saudita, o Iémen e outros. Mas este é um problema que pode ser resolvido – salientam os especialistas. A saída mais simples e racional da situação é a distribuição dos recursos. 

Na opinião dos ecologistas, o Brasil poderia ser uma espécie de “doador”. Para a Rússia, a água poderia se tornar uma fonte de renda, igual ao petróleo ou gás. O diretor geral do Centro Principal de Testes Hídricos, Iuri Gontchar, tece as suas considerações.

"Atualmente os empresários russos estão estudando programas de construção de condutas de água da região do Cáucaso para os portos. Nestes, seriam enchidos tanques para o transporte de água para o Sul da Europa e África. Faz sentido estudar apenas o uso racional dos recursos e redistribuição sem consequências, sem desviar rios nem bombear um rio para outro."

A prática de mudança de cursos de rios é muito popular agora. O governo da China gastou dezenas de bilhões de dólares para fazer um rio mudar de curso e abastecer o norte do país. Os ecologistas consideram que semelhantes ações não ficarão sem consequências. 

O mesmo acontece com o bombeamento ativo de água do subsolo na Arábia Saudita. Segundo previsões dos especialistas, as reservas subterrâneas do líquido neste país podem terminar já dentro de 40 anos se a política de abastecimento de água da região não mudar. 

É verdade que em Er Riad já tomaram consciência da envergadura do problema e passaram a adquirir ativamente terras para a agricultura em outros países, para além de desenvolverem tecnologias para obtenção de água potável. 

Iuri Gontchar fala sobre um desses sistemas: "A Arábia Saudita investe dinheiro em membranas para dessalinização da água (nos últimos 5 anos mais de 10 bilhões de dólares) Através de membranas porosas especiais, a água é destilada, sendo os sais retidos. Mas isto é para países ricos. Por isso, nos países pobres fala-se de programas de dotações."

O problema do abastecimento de água da população exerce influência considerável sobre a economia dos países. A escassez de água pode levar à emigração da população dos países pobres e, no caso dos países ricos, à dependência das regiões com grandes reservas de recursos hídricos. 

Quer em um ou em outro caso, a instabilidade social pode levar ao surgimento de conflitos. A luta pelo acesso à água pode se transformar literalmente em oposição armada.

Políticos e empresários são envolvidos na “lista suja” do trabalho escravo.

 
O Complexo Agroindustrial Pindobas, que pertence à família do deputado federal Camilo Cola (PMDB-ES), está entre as 56 empresas e pessoas físicas incluídas na última atualização do cadastro de empregadores flagrados explorando pessoas em situação análoga à de escravos, divulgada na última sexta (28).
Conhecida como “lista suja” do trabalho escravo, a relação é mantida pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e tida como uma das mais importantes ferramentas na luta pela erradicação da escravidão contemporânea no Brasil. O deputado é fundador do grupo Itapemirim.
A matéria é de Anali Dupré, Daniel Santini, Guilherme Zocchio e Stefano Wrobleski, da Repórter Brasil:

A empresa da família Cola entra na atualização por conta de fiscalização realizada em 2011, quando foram encontrados 22 empregados do grupo em situação análoga à de escravo. Suplente da coligação PT-PSB-PMDB no Espírito Santo, o deputado assumiu a vaga de Audifax Barcelos (PSB-ES) de 6 de julho a 3 de novembro deste ano. 

Ele é um dos empresários mais poderosos do Espírito Santo e em 2010 declarou à Justiça Eleitoral crédito de R$ 1,1 milhão com o Complexo Agroindustrial Pindobas. A empresa é uma das propriedades disputadas por seus futuros herdeiros – conforme detalhado no livro Partido da Terra, do jornalista Alceu Luís Castilho. 

Nem o deputado, nem representantes da empresa foram encontrados para comentar a inclusão.

A lista serve como parâmetro para bancos na avaliação de empréstimos e financiamentos e para empresas na contratação de fornecedores. As signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, acordo que reúne alguns dos principais grupos econômicos do país, comprometem-se a não realizar transações econômicas com os que têm o nome na relação. Não é a primeira vez que políticos e suas empresas entram na lista. 

Assim como nas últimas atualizações, foram incluídos parlamentares, além de representantes de sindicatos patronais e de grupos empresariais. Além do deputado Camilo Cola, outro caso emblemático é de José Essado Neto, atual segundo suplente do PMDB para deputado estadual em Goiás. Trata-se de figura pública bastante influente com tradição na política local. 

Ele foi prefeito de Inhumas (GO) de 1983 a 1989 e de 2001 a 2004, cidade em que o estádio municipal leva seu nome, e deputado estadual de 1990 a 1994 e de 1994 a 1998. Ocupou também, até julho de 2012, o cargo de secretário extraordinário da prefeitura de Goiânia (GO). O empresário, que nas eleições de 2010, declarou R$ 4,3 milhões de bens à Justiça Eleitoral, foi incluído por manter trabalhadores em condições degradantes na produção de tomates.

Antes de serem incluídos, todos têm chance de se defender em um processo administrativo. Além das inclusões, também foram divulgadas as exclusões. São empregadores que permaneceram por dois anos na relação, quitando débitos trabalhistas e cumprindo todas obrigações previstas na portaria interministerial que criou a lista. 

Pecuária e setores empresariais – Os pecuaristas José Pereira Barroso, o Barrosinho, e Liro Antônio Ost, políticos com influência municipal, também foram incluídos. O primeiro foi eleito suplente de vereador pelo PMDB em Guajará-Mirim (RO) e o segundo foi vereador em Cacaulândia (RO) pelo PSDB de 1993 a 1996. A atualização da lista foi marcada pela grande quantidade de pecuaristas flagrados explorando escravos, especialmente na Amazônia. 

Entre os pecuaristas desta atualização também está José de Paula Leão Júnior, inserido por flagrante de exploração de 28 pessoas em condições análogas à de escravo na Fazenda Santa Luzia, no município de Araguaçu (TO), em 2009. O fazendeiro, que tem acordo de comodato com a Comapi, é um dos que estão na lista de proprietários com áreas embargadas pelo Ibama. 

Mesmo com tantos problemas, ele recebeu da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) comenda na categoria “pecuária de corte” em dezembro de 2011, por cumprir preceitos de segurança e saúde do trabalhador, em evento que contou com a presença do ministro dos Esportes Aldo Rebelo. 

A presença de um ministro em evento em que um pecuarista flagrado com trabalho escravo recebeu homenagem está longe de ser caso isolado. Muitos dos que estão na lista têm relações diretas com o poder. A Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), empresa que também entra nesta atualização, foi agraciada recentemente com o selo de “Empresa Compromissada” concedido pela Comissão Nacional de Diálogo e Avaliação do Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar. 

Frederico Paes, presidente do grupo, recebeu um certificado da presidenta da República Dilma Rousseff (PT) e do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) em meados deste ano. A Coagro entra na relação devido a flagrante de 2009, quando fiscais encontraram 38 escravos empregados pelo grupo. É justamente por conta de problemas trabalhistas e outras irregularidades que o MPT tem defendido o cancelamento do “selo social” da cana. 

Outro caso é o do empresário do ramo de erva-mate Obiratan Carlos Bortolon, inserido nesta atualização por ter sido flagrado escravizando índios da etnia Kaingang em 2009. Bortolon foi recebido em 2011 pela senadora Ana Amélia (PP-RS). Ao lado de outros empresários do setor ele solicitou à senadora reduções de impostos, em encontro noticiado na página da senadora. 

Poder econômico – Na atualização, também estão a construtora MRV, uma das principais do país, além de representantes de sindicatos locais e grupos empresariais de diferentes setores. Marcelo Kreibich, por exemplo, é vice-presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad). Já Priscilla Bressa Bagestan, além de pecuarista é diretora financeira do grupo de concessionárias GM Vianorte, no Mato Grosso.

Até um integrante da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha entrou na lista. Ademir Furuya, proprietário da Fazenda Araponga e admirador de cavalos, acabou responsabilizado pelo flagrante de escravidão na produção de carvão vegetal em sua fazenda no município de São Miguel do Araguaia (GO).

Na fiscalização foram encontrados trabalhadores dormindo dentro dos fornos de produção de carvão. O auditor-fiscal Roberto Mendes, que coordenou a inspeção trabalhista resultante na inclusão de Ademir Furuya na lista suja, chamou a atenção para a gravidade das condições a que os trabalhadores estavam submetidos. “É, sem dúvida, a pior situação que eu já encontrei em vários anos de trabalho atuando nesse tipo de ação de combate ao trabalho escravo”.

Post atualizado às 11h20 do dia 31/12/2012.

Fonte: http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/12/31/politicos-e-empresarios-sao-incluidos-na-lista-suja-do-trabalho-escravo/

Angola - Após tragédia com 13 mortos e Centenas de feridos. "Bispo" da IURD esclarece objetivos da vigilia do "Dia do Fim".



Luanda - O líder da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, Bispo José Augusto Dias, esclareceu hoje, em Luanda, que a congregação pretendeu com a "Vigília da Virada – Dia do Fim", realizada a 31 de Dezembro, apenas "suprir as necessidades espirituais dos crentes".
"Nos últimos dias, tem havido muita especulação sobre o evento", afirmou o religioso em conferência de imprensa, sem fundamentar se as eventuais insinuações referem-se aos dizeres do cartaz publicitário do ato ou à causa das mortes.
Segundo o cartaz da igreja, posto a circular em Luanda, tratar-se-ia de uma vigília alusiva à passagem de ano, cujo convite trazia os dizeres "O Dia do Fim. Venha dar um fim a todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja e olho grande".
A esse respeito, o também Bispo Felner Batalha, porta-voz da comissão criada para acompanhar o sinistro, pela igreja, explicou que o Dia do Fim representou apenas uma expressão indicativa do final de mais um ano e não a um suposto termo definitivo de todos os problemas.
"Nós apenas associamos o dia 31 de Dezembro, que é o último do ano, e levamos as pessoas a usarem a sua própria fé juntamente conosco, para determinarem o fim dos problemas espirituais, familiares (…)", disse.
Acrescentou que isso já tem sido feito nos seus templos, onde levam as pessoas ao uso da fé. "Graças a Deus, temos muitos testemunhos de crentes que usarem a fé e foram curados e libertos", sustentou o Bispo. 
"Nós cremos na proteção divina e todas as coisas que acontecem debaixo do Céu sobre a terra não fogem do controle de Deus. Existe influência do mal, mas nós fomos lá (Cidadela) com o intuito de ajudar as pessoas a darem resposta aos seus anseios espirituais", alegou.
Quanto as questões organizativas do evento, que juntou mais de 200 mil crentes (segundo dados da polícia), o Bispo José Augusto Dias explicou que a igreja solicitou antecipadamente o apoio da Polícia Nacional, do Corpo de Bombeiros e dos serviços de Proteção Civil, bem como dos Serviços de Emergências Médicas e da Cruz Vermelha de Angola.
Disse terem mobilizado ainda quase cinco mil e 300 obreiros e outros 100 técnicos, entre médicos e enfermeiros, para ajudarem os serviços de emergências médicas.
"Relativamente a vigília, nós nos precavemos de tudo. Todas as medidas de segurança foram tomadas para a realização do evento. Não é que fomos irresponsáveis, porque até não é a primeira vez que realizamos eventos dessa natureza.
Praticamente todos os eventos promovidos movimentaram multidões e nós temos experiência com isso", asseverou.
Informou que estão a fazer auscultação junto da polícia, para chegarem a uma conclusão sobre o que de fato motivou a ocorrência. "Depois, na devida altura, daremos as reais razões deste lamentável incidente", garantiu.
Apelou às pessoas a respeitarem a dor da igreja, das famílias e que haja, nessa hora, palavras de conforto. 
Na mesma conferência, a igreja disse ter registo de 12 mortos e 120 feridos, maior parte deles já teve alta médica.
Dados divulgados hoje pelo Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros indicam 13 mortos e 120 feridos.



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