segunda-feira, 3 de junho de 2013

Jornalista Maria Inês Nassif, noticia que o Ministro Joaquim Barbosa ocultou inquérito que poderia ajudar os réus da Ação Penal 470 (Mensalão).

JB ocultou inquérito que poderia ajudar os réus

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Inquérito sigiloso 2454 foi relatado em segredo por Joaquim Barbosa desde 2006, a pedido do então procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza; laudo 2828, do Instituto de Criminalística da Polícia Federal, poderia inocentar o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato; mas advogados tiveram acesso negado à peça jurídica; ministro Marco Aurélio Mello insistiu em plenário para que o presidente do STF esclarecesse o segredo ao tribunal, mas foi em vão.

3 de Junho de 2013 às 19:54.


247 – A jornalista Maria Inês Nassif, do GGN e da Carta Maior, acaba de publicar uma reportagem de conteúdo inédito sobre os bastidores da Ação Penal 470, o chamado processo do Mensalão. Ela apurou que desde 2006, a pedido do então procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza e relatado pelo atual presidente do STF, Joaquim Barbosa, corre sob sigilo no tribunal o inquérito 2454. Trata-se de uma investigação completa sobre a maioria dos réus da AP 470, mas que juntou algumas provas diferentes das que constam no chamado processo do Mensalão. Uma delas, um laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Federal, de número 2828, poderia ser suficiente para inocentar do crime de desvio de dinheiro público o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato.

O inquérito secreto 2454, no entanto, nunca havia tido sua existência revelada aos advogados dos réus. O magistrado Marco Aurélio Mello debateu com Barbosa, em sessão plenária, a necessidade de revelar o conteúdo do inquérito paralelo, adiantando que provas colhidas poderiam ser usadas em embargos declaratórios, mas foi em vão.

Descoberta é da jornalista Maria Inês Nassif, do GGN e Carta Maior. Acompanhe:


Inquérito paralelo, ao qual os réus nunca tiveram acesso, foi montado em 2006 pelo ministro do STF em estratégia que envolveu o então procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza

por Maria Inês Nassif, do GGN e da Carta Maior publicado 03/06/2013 18:04, última modificação 03/06/2013 18:15

São Paulo – O então procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criaram em 2006 e mantiveram sob segredo de Justiça dois procedimentos judiciais paralelos à Ação Penal 470. Por esses dois outros procedimentos passaram parte das investigações do chamado caso do "Mensalão". O inquérito sigiloso de número 2454 correu paralelamente ao processo do chamado Mensalão, que levou à condenação, pelo STF, de 38 dos 40 denunciados por envolvimento no caso, no final do ano passado, e continua em aberto. E desde 2006 corre na 12ª Vara de Justiça Federal, em Brasília, um processo contra o ex-gerente executivo do Banco do Brasil, Cláudio de Castro Vasconcelos, pelo exato mesmo crime pelo qual foi condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato.

Esses dois inquéritos receberam provas colhidas posteriormente ao oferecimento da denúncia ao STF contra os réus do mensalão pelo procurador Antônio Fernando, em 30 de março de 2006. Pelo menos uma delas, o Laudo de número 2828, do Instituto de Criminalística da Polícia Federal, teria o poder de inocentar Pizzolato.

O advogado do ex-diretor do BB, Marthius Sávio Cavalcante Lobato, todavia, apenas teve acesso ao inquérito que corre em primeira instância contra Vasconcelos no dia 29 de abril deste ano, isto é, há um mês e quase meio ano depois da condenação de seu cliente. E não mais tempo do que isso descobriu que existe o tal inquérito secreto, de número 2474, em andamento no STF, também relatado por Joaquim Barbosa, que ninguém sabe do que se trata – apenas que é um desmembramento da Ação Penal 470 –, mas que serviu para dar encaminhamento às provas que foram colhidas pela Polícia Federal depois da formalização da denúncia de Souza ao Supremo. Essas provas não puderam ser usadas a favor de nenhum dos condenados do mensalão.

Essa inusitada fórmula jurídica, segundo a qual foram selecionados 40 réus entre 126 apontados por uma Comissão Parlamentar de Inquérito e decidido a dedo para qual dos dois procedimentos judiciais (uma Ação Penal em curso, pública, e uma investigação sob sigilo) réus acusados do mesmo crime deveriam constar, foi definida por Barbosa, em entendimento com o procurador-geral da República da época, Antonio Fernando, conforme documento obtido pelo advogado. Roberto Gurgel assumiu em julho de 2009, quando o procedimento secreto já existia.

A história do processo que ninguém viu

Em março de 2006, a CPMI dos Correios divulgou um relatório preliminar pedindo o indiciamento de 126 pessoas. Dez dias depois, em 30 de março de 2006, o procurador-geral da República, rápido no gatilho, já tinha se convencido da culpa de 40, número escolhido para relacionar o episódio à estória de Ali Baba. A base das duas acusações era desvio de dinheiro público (que era da bandeira Visa Internacional, mas foi considerado público, por uma licença jurídica não muito clara) do Fundo de Incentivo Visanet para o Partido dos Trabalhadores, que teria corrompido a sua base aliada com esse dinheiro. Era vital para essa tese, que transformava o dinheiro da Visa Internacional, aplicado em publicidade do BB e de mais 24 bancos entre 2001 e 2005, em dinheiro público, ter um petista no meio. Pizzolato era do PT e foi diretor de Marketing de 2003 a 2005.

Pizzolato assinou três notas técnicas com outro diretor e dois gerentes-executivos recomendando campanhas de publicidade e patrocínio (e deixou de assinar uma) e foi sozinho para a lista dos 40. Os outros três, que estavam no Banco do Brasil desde o governo anterior, não foram mencionados. A Procuradoria-Geral da República, todavia, encaminhou em agosto para a primeira instância de Brasília o caso do gerente-executivo de Publicidade, Cláudio de Castro Vasconcelos, que vinha do governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso. 

O caso era o mesmo: supostas irregularidades no uso do Fundo de Incentivo Visanet pelo BB, no período de 2001 a 2005, que poderia ter favorecido a agência DNA, do empresário Marcos Valério. Um, Pizzolato, que era petista de carteirinha, respondeu no Supremo por uma decisão conjunta. Outro, Cláudio Gonçalves, responde na primeira instância porque o procurador considerou que ele não tinha foro privilegiado. Tratamento diferente para casos absolutamente iguais.

Barbosa decretou segredo de Justiça para o processo da primeira instância, que ficou lá, desconhecido de todos, até 31 de outubro do ano passado, quando a Folha de S. Paulo publicou uma matéria se referindo a isso ("Mensalão provoca a quebra de sigilo de ex-executivos do BB"). Faltavam poucos dias para a definição da pena dos condenados, entre eles Pizzolato, e seu advogado dependia de Barbosa para que o juiz da 12ª Vara desse acesso aos autos do processo, já que foi o ministro do STF que decretou o sigilo.

O relator da AP 470 interrompera o julgamento para ir à Alemanha, para tratamento de saúde. Na sua ausência, o requerimento do advogado teria que ser analisado pelo revisor da ação, Ricardo Lewandowiski. Barbosa não deixou. Por telefone, deu ordens à sua assessoria que analisaria o pedido quando voltasse.

Quando voltou, Barbosa não respondeu ao pedido. Continuou o julgamento. No dia 21 de novembro, Pizzolato recebeu a pena, sem que seu advogado conseguisse ter acesso ao processo que, pelo simples fato de existir, provava que o ex-diretor do BB não tomou decisões sozinho – e essa, afinal, foi a base da argumentação de todo o processo de mensalão (um petista dentro de um banco público desvia dinheiro para suprir um esquema de compra de votos no Congresso feito pelo seu partido).

No dia 17 de dezembro, quando o STF fazia as últimas reuniões do julgamento para decidir a pena dos condenados, Barbosa foi obrigado a dar ciência ao plenário de um agravo regimental do advogado de Pizzolato. No meio da sessão, anunciou "pequenos problemas a resolver" e mencionou um "agravo regimental do réu Henrique Pizzolato que já resolvemos". No final da sessão, voltou ao assunto, informando que decidira sozinho indeferir o pedido, já que "ele (Pizzolato) pediu vistas a um processo que não tramita no Supremo".

O único ministro que parece ter entendido que o assunto não era tão banal quanto falava Barbosa foi Marco Aurélio Mello.

Mello: "O incidente [que motivou o agravo] diz respeito a que processo? Ao revelador da Ação Penal nº 470?"

Barbosa: "Não".

Mello: "É um processo que ainda está em curso, é isso?"

Barbosa: "São desdobramentos desta Ação Penal. Há inúmeros procedimentos em curso."

Mello: "Pois é, mas teríamos que apregoar esse outro processo que ainda está em curso, porque o julgamento da Ação Penal nº 470 está praticamente encerrado, não é?"

Barbosa: "É, eu acredito que isso deve ser tido como motivação..."

Mello: "Receio que a inserção dessa decisão no julgamento da Ação Penal nº 470 acabe motivando a interposição de embargos declaratórios."

Barbosa: "Pois é. Mas enfim, eu estou indeferindo."

Segue-se uma tentativa de Marco Aurélio de obter mais informações sobre o processo, e de prevenir o ministro Barbosa que ele abria brechas para embargos futuros, se o tema fosse relacionado. Barbosa reitera sempre com um "indeferi", "neguei". Veja sessão:



O agravo foi negado monocraticamente por Barbosa, sob o argumento de que quem deveria abrir o sigilo de justiça era o juiz da 12ª Vara. O advogado apenas consegui vistas ao processo no DF no dia 29 de abril do mês passado.

Um inquérito que ninguém viu

O processo da 12ª Vara, no entanto, não é um mero desdobramento da Ação Penal 470, nem o único. O procurador-geral Antonio Fernando fez a denúncia do caso do Mensalão ao STF em 30 de março de 2006. Em 9 de outubro daquele ano, em uma petição ao relator do caso, solicitou a Barbosa a abertura de outro procedimento, além do inquérito original (o 2245, que virou a AP 470), para dar vazão aos documentos que ainda estavam sendo produzidos por uma investigação que não havia terminado (Souza fez as denúncias, portanto, sem que as investigações de todo o caso tivessem sido concluídas; a Polícia Federal e outros órgãos do governo continuavam a produzir provas).

O ofício é uma prova da existência do inquérito 2474, o procedimento paralelo criado por Barbosa que foi criado em outubro de 2006, imediatamente ganhou sigilo de justiça e ficou sob a responsabilidade do mesmo relator Joaquim Barbosa.

Diz o procurador na petição: "Por ter conseguido formar juízo sobre a autoria e materialidade de diversos fatos penalmente ilícitos, objeto do inquérito 2245, já oferecia a denúncia contra os respectivos autores", mas, informa Souza, como a investigação continuar, os documentos que elas geram têm sido anexados ao processo já em andamento, o que poderia dar margens à invalidação dos "atos investigatórios posteriores". E aí sugere: "Assim requeiro, com a maior brevidade, que novos documentos sejam autuados em separado, como inquérito (...) ".

Barbosa defere o pedido nos seguintes termos: "em relação aos fatos não constantes da denúncia oferecida, defiro o pedido para que os documentos sejam autuados em separado, como inquérito. Por razões de ordem prática, gerar confusão."

No inquérito paralelo, o de número 2474, foram desovados todos os resultados da investigação conduzida depois disso. Nenhum condenado no processo chamado Mensalão teve acesso a provas produzidas pela Polícia Federal ou por outros órgãos do governo depois da criação desse inquérito porque todas todos esses documentos foram enviados para um inquérito mantido todo o tempo em segredo pelo Supremo Tribunal Federal.



Parricídio - Jovem de 19 anos mata próprio pai: 'Se levantar, mato de novo'.

Um jovem de 19 anos foi preso após confessar haver matado o próprio pai, um comerciante de 42 anos, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. O crime aconteceu na madrugada deste sábado (1º), na rua Cocada, no Bairro Sorriso. Alair dos Santos Caixeta foi encontrado morto dentro de casa, no quarto dos filhos. 

Um dos filhos, um adolescente de 14 anos, contou aos policiais que acordou com os gritos do pai e que quando acendeu a luz, ele já estava caído no chão. Ele disse que viu o vulto de um homem que saiu correndo da casa. Para a Polícia Civil da cidade o garoto inventou a informação para tentar proteger o irmão mais velho que praticou o crime. A mãe do adolescente disse aos policiais que não viu nada. A falta de comoção por parte da família após o assassinato chamou a atenção da polícia. 

 Parrecido. O Acusado do Wesley dos Santos.
Uma marca de pegada do chinelo do garoto sob o corpo aumentou a desconfiança da perícia técnica que esteve no local. A marca descartava a versão do jovem de que ele já havia encontrado o pai caído. Uma faca e um pedaço de madeira foram utilizados para matar a vítima segundo a polícia. Manchas de sangue também foram constatadas no bar do comerciante, localizado na rua Caetés, no Bairro Alvorada. 

Pela manhã os peritos retornaram o bairro e depois de verificarem alguns lotes vizinhos encontraram uma roupa e um boné, ambos sujos com sangue. Vizinhos ao serem questionados pelos policiais disseram que a roupa e o boné pertenciam ao filho mais velho do casal. Wesley dos Santos, o Caixeta, que foi questionado e após algumas contradições no depoimento, acabou confessando o crime. O jovem disse que matou o pai porque ele chegava embriagado em casa e agredia os filhos e a esposa. 

Ontem o motivo da discussão foi o volume alto do aparelho de tv. Detalhes do crime: Wesley dos Santos contou ao delegado que antes de matar o pai tentou atear fogo na cama do comerciante para que ele morresse asfixiado com a fumaça. Como o primeiro plano não deu certo e o pai começou a agredir o irmão dele de 14 anos, o jovem deu um golpe de madeira na cabeça da vítima. 

Em seguida ele pegou uma machadinha e deu vários golpes na cabeça do pai. Por último, cravou uma faca no peito do comerciante. "Se ele levantar, o mato de novo", disse o jovem à reportagem do Grupo Paranaíba. 

Quanto pior, melhor: os riscos de uma estratégia editorial;

Por Carlos Castilho em 02/06/2013. 
Os três principais jornais do país, aqueles que em grande medida estabelecem a agenda nacional, estão sintonizados no uso da estratégia de alimentar o fantasma da inflação e da estagnação do crescimento econômico, temas que ocupam um lugar destacado no discurso político do presidenciável oposicionista Aécio Neves.

Não há nada de anormal no fato do possível candidato do PSDB situar o país a beira do caos porque essa é uma tradicional contrapartida ao fato de o Palácio do Planalto invariavelmente carregar no otimismo em matéria de economia. 

O que preocupa, como muito bem mostrou o colega Luciano Martins Costa, é o fato de os três jornais adotarem a linha do “quanto pior melhor”, porque isso implica dois possíveis desenlaces: ou o pior acontece e voltamos ao passado, ou o pessimismo se dilui e o descrédito na imprensa aumenta mais ainda.

A grande imprensa brasileira está fazendo uma aposta muito perigosa tanto para o país como para ela própria. Os indicadores econômicos são preocupantes, não tanto pela situação interna, mas pela conjuntura internacional que, gostando ou não, determina muito do que acontece aqui dentro. Por mais que o governo diga, o Brasil não é uma ilha na economia mundial e obviamente sofre os efeitos da recessão mundial.

Os grandes jornais estão cansados de saber disso, mas por razões que ainda não estão claras preferem ampliar a percepção de disparada inflacionária e de estagnação do PIB. O comportamento dos consumidores está sujeito a fatores emocionais que por sua vez determinam condicionamentos econômicos com óbvios reflexos políticos. Não é fortuito o fato de quase todas as grandes manobras de desestabilização política de governos começarem invariavelmente pela desestabilização econômica.

Estamos entrando numa conjuntura pré-eleitoral e como sempre acontece nessas circunstâncias os partidos adotam a tradicional estratégia do fim justificando os meios. Também aqui não há nada de novo porque essa mesma situação se repete monotonamente a cada eleição. O que preocupa é que a imprensa prefira deixar de lado os conhecimentos e a experiência que adquiriu ao longo dos anos em coberturas eleitorais para envolver-se num jogo perigoso e de consequências imprevisíveis.

Num quadro internacional incerto e sujeito a mudanças bruscas, apostar na inflação significa alimentar a dúvida e insegurança entre os consumidores e produtores. Na dúvida, os primeiros tenderão a estocar para prevenir-se contra o pior enquanto os comerciantes, prestadores de serviços, indústrias e agricultura aumentarão os preços para evitar prejuízos futuros irrecuperáveis. Todos os brasileiros com 30 anos ou mais sabem no que isso vai dar.

A coincidência, intencional ou não, na ênfase dada ao fantasma da inflação e da estagnação econômica coloca a imprensa sob suspeita de participação num esquema politico-eleitoral, num momento em que os principais jornais do país precisam é se preocupar com a crise do seu modelo de negócios. A solução desse problema não virá com benesses estatais, seja lá qual for o governo de turno, e sim da recomposição da relação com os seus leitores.

Não é necessário ter bola de cristal ou de pesquisas de opinião para saber que os brasileiros estão razoavelmente satisfeitos com a situação econômica do país, mas ao mesmo tempo temem uma disparada de preços porque isso significará uma redução do seu poder de compra. Seguindo essa lógica, a estratégia mais adequada a uma aproximação com os leitores seria destacar as formas de evitar fatores emocionais que podem acelerar os aumentos de preço, em vez envolver-se numa obscura estratégia eleitoral.

A reconquista da confiança dos leitores passa inevitavelmente pela preocupação jornalística com a serenidade e equilíbrio numa conjuntura de incertezas alimentadas por ambições eleitoreiras. Significa não inflar o fantasma da inflação e nem fenômenos como corrida aos caixas eletrônicos por causa do boato do fim do programa Bolsa Família. Os principais executivos e editores das indústrias da comunicação jornalística no Brasil sabem disso melhor do que todos nós. O que nos preocupa é por que não agem conforme o conhecimento adquirido no exercício da profissão?

domingo, 2 de junho de 2013

Professor da UFMS pede demissão, após postagem contra homossexuais


Crédito : Reprodução Facebook
Após a má repercussão de uma postagem do professor substituto Kleber Kruger da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em seu perfil do facebook, com conteúdo ofensivo a estudantes homossexuais, ele se desculpou, disse que se expressou de forma “equivocada” e “não quis ofender” e pediu demissão nesta segunda (27). No fim de semana ele demonstrou irritação com pichações que defendiam o amor entre pessoas do mesmo sexo e pregou o fim dos “cursos de gente colorida”. 

Segundo a assessoria da instituição, a solicitação de Kruger foi atendida pela direção do campus de Ponta Porã. Mesmo com a demissão, ele é aluno do mestrado e por isto será aberto um procedimento administrativo para apurar o caso. As publicações deverão ser analisadas pela administração da universidade e o caso, encaminhado ao Conselho de Ética da instituição. No caso da demissão, nesta terça (29) já deverá ter outro docente nas salas de aula, porque Kruger era substituto e o contrato desse tipo de cargo é rescindido assim que o pedido de demissão é aceito. 

Postagem – A postagem de Kruger foi feita no fim de semana. Ele reclama sobre pichações em defesa da homossexualidade feitas nos corredores dos cursos de Ciências Exatas. Segundo ele, nos “cursos formadores de bichonas está tudo limpo”. Em seguida prega o fim “daqueles cursos de gente colorida” e fala que é rotulado de preconceituoso por conta de suas opiniões. 

Os comentários feitos pelo professor geraram má repercussão na rede social e, após ser alvo de críticas dos internautas, ele removeu a postagem e excluiu sua conta do Facebook. Leonardo Bastos, presidente do Centro de Referência em Direitos Humanos, Prevenção e Combate à Homofobia (Centrho), informou que denunciou o caso para o Ministério Público Estadual pedindo que seja apurado. Já a assessoria da Polícia Civil informou que não há boletins de ocorrência registrados contra o professor por conta das publicações. 

Veja na íntegra a nota da UFMS sobre o caso: 

A Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) esclarece que já tomou conhecimento das declarações do professor substituto da Instituição. A direção do campus de Ponta Porã, onde o professor é lotado, encaminhou o material divulgado para a Administração Superior. A partir da análise do conteúdo, a Instituição vai definir quais providências serão tomadas. 

Com informações do G1-MS.

Link da Matéria: http://brasiliaempauta.com.br/artigo/ver/id/2094/nome/Professor_da_UFMS_pede_demissao __apos_postagem_contra_homossexuais

Veículo do Exército capota dois militares morrem e sete ficam feridos na rodovia BR 471.






ATUALIZAÇÃO.

Veículo do Exército capota e dois militares morrem na BR-471, perto do Taim.

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Outros sete feridos são atendidos na Santa Casa de Rio Grande, sendo três em estado grave.


vinheta-clipping-forte1Um jipe Marruá do Exército capotou na BR-471, no km 518, entre Rio Grande e a Reserva Ecológica do Taim, por volta das 8h deste domingo. Dois militares morreram no acidente, segundo o tenente-coronel Rubem Mendes da Costa Neto, assessor de Comunicação da Operação Ágata no sul do Brasil.

Além das vítimas fatais, sete pessoas ficaram feridas e são atendidas na Santa Casa do Rio Grande. Três militares estão em estado grave – dois com traumatismo craniano e outro com fraturas – e os outros quatro têm lesões e escoriações. A pedido do Exército, os nomes dos militares mortos não foram divulgados porque as famílias ainda não foram comunicadas.

O comboio, que incluía dois caminhões e a Marruá, espécie de jipe com cabine estendida, ia de Rio Grande para o Chuí. O veículo acidentado, que pertence ao 18º Batalhão de Infantaria Motorizado, com sede em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, seguia com nove militares.

No local, há marcas de freagem no asfalto e manchas de óleo deixados pela viatura. O veículo tombou no lado direito da rodovia e capotou por motivo ainda desconhecido.

O grupo trabalha na Operação Ágata 7, que abrange toda a fronteira brasileira com os dez países sul-americanos e inclui 25 mil militares e agentes das polícias federal, rodoviária federal, militar e de agências governamentais. 

É a maior mobilização já realizada pelo governo brasileiro no combate aos ilícitos entre Oiapoque (AP) e Chuí (RS). Durante a mobilização, militares trabalham para combater os principais crimes transfronteiriços como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração e garimpo ilegais.

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FONTE: Zero Hora / FOTOS: Lucia Maciel
Link deste Matéria: http://www.forte.jor.br/2013/06/02/veiculo-do-exercito-capota-e-dois-militares-morrem-na-br-471-perto-do-taim/

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Dois militares morreram e sete ficaram feridos após um caminhão do Exército brasileiro sair da pista e tombar por volta das 8h da manhã deste domingo no quilômetro 518 da BR-471, na altura de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo a PRF, um pneu do veículo teria furado e fez com que o caminhão se desgovernasse, saindo da pista. Maicon Santos da Silva, 19 anos, e Elton Vinícius Rosa Leote, 22 anos, não resistiram aos ferimentos e morreram no local. 

Os feridos foram levados para um hospital da região. O acidente não provocou a interrupção da via.
Caminhão do Exército provoca duas mortes

O caminhão acidentado participava da Operação Ágata VII, que vem sendo realizada pelas Forças Armadas há duas semanas ao longo de toda a fronteira para reforçar a vigilância em função da Copa das Confederações, programada para a segunda quinzena de junho.

México - Novos OVNI's entraram no vulcão Popocatépetl.






 


Novas imágens, difundidas pela emissora mexicana Televisa, mostram ovnis caindo, pelo que parece, justo na cratera do vulcão Popocatépetl, situado a uns 65 quilômetros da Cidade do México.

No vídeo, gravado perto do vulcão, pode se observar a vários objetos voadores não identificados que o sobrevoam a grande velocidade, e após acercar-se ao Popocatépetl, desaparecem dentro de sua cratera.

Nãe é o primeiro caso da aparição de ovnis nas cercanias do vulcão. O captado pela emissora de televisão Televisa é o terceiro objeto deste tipo avistado nos últimos meses na zona.

Num vídeo publicado no passado fevereiro se vê um grupo de luzes voadoras que “entram” no Popocatépetl e o passado mês de novembro, também detectaram um objeto luminoso de forma cilíndrica que poderia ter até um quilômetro de comprimento e 200 metros de largura e que parecía introduzir-se dentro do vulcão.

Este fenômeno atraiu a atenção de numerosos ufólogos, alguns dos quais chegam a assegurar que se pode tratar de um lugar intergaláctico de encontro de alienígenas localizado exatamente no interior do Popocatépetl.
Fonte: RT


Comentário do blog:
Nassim Haramein já havia divulgado que estrelas podem ser usadas como portais estelares para viajar pelo quadrante galático e nos planetas como a Terra os vulcões seriam os portais. Assista!


No vídeo abaixo é explicado este tema em relação à Terra.


Curiosamente, o Vulcão Popocatépetl está localizado na Latitude: 19.023 N. Portanto, confirmaria a teoria de Haramein. Todos os vulcões próximos à latitude 19,7º servem como portais.

Link da Matéria: http://caminhoalternativo.wordpress.com/2013/06/01/outro-ovni-entrou-no-vulcao-popocatepetl/

Anatomia do prazer: clitóris e orgasmos.

Texto de Érika Pellegrino.
Anatomia é um conhecimento básico, que aprendemos de maneira mais intensiva no primeiro ano da faculdade de medicina, apesar de retornarmos ao tema o tempo todo durante o curso. Era a matéria que eu mais odiava, muito técnica, milhares de nomezinhos de origem grega ou latina pra criar todo um novo vocabulário e entendimento sobre o corpo que eu sabia que ia usar muito pouco na minha carreira de psiquiatra. 

Digo isso para me desculpar de antemão por alguma imprecisão ou dificuldade de passar o conhecimento. Não sou uma especialista e também não espero que esta pequena contribuição seja capaz de esclarecer toda a questão da anatomia feminina, já que com livros cheios de descrições e desenho, professores do lado, mesas com cadáveres e peças anatômicas dissecadas já era difícil entender o que ficava onde e para que.

Foto de Matt Blum. Integra o prpjeto fotográfico 'The Nu Project'.
Foto de Matt Blum. Integra o projeto fotográfico ‘The Nu Project’.
Bom, então para que me proponho a escrever um texto que talvez seja de difícil compreensão sobre um assunto que nem gosto? Porque conhecimento é valioso, e o conhecimento sobre os nossos corpos é essencial –- nos dá poder sobre quem somos, como funcionamos, porque as coisas acontecem de determinada forma. Só assim dá pra questionar e não aceitar o que é colocado como verdade e realmente se apoderar do corpo com propriedade.

Começando do começo
Durante o desenvolvimento embrionário, até por volta de 7 semanas, todo mundo é igual, não dá pra “saber o sexo” (anatômico) ainda. Conforme a presença e expressão de certos genes e hormônios, a maioria dos embriões vai ter o tecido da região genital diferenciado em feminino ou masculino. Uma outra parte apresentará alguma alteração nessa diferenciação pelos mais diversos motivos, e a medicina vai chamar isso de intersexo; nesses casos não dá pra dizer, só olhando externamente, se o sexo anatômico é masculino ou feminino. Isso tem uma série de implicações que não vai dar tempo de discutir aqui, quem sabe em outro post.

Mas o que nos importa para o assunto de hoje é: o que a sociedade e a medicina vai chamar de meninos e meninas na verdade têm órgãos correspondentes, derivados de um desenvolvimento divergente (porém análogo) de um tecido que era comum. Vocês já repararam que na parte de baixo do pênis tem um prega (chamada rafe), assim como no meio dos testículos? Pois é, porque aquilo era separado e se uniu, e uma marca é deixada “no meio do caminho”. A mesmíssima estrutura vai formar a bolsa escrotal no masculino e os grandes lábios no feminino; o corpo do pênis no masculino e os pequenos lábios no feminino; a glande do pênis no masculino e o clitóris no feminino.
Ou seja, não existe isso de que meninos têm pênis e meninas não.

Não somos barbies, quando olhamos para nossa genitália não vemos um pedaço liso de pele, uma grande ausência do precioso falo. Vemos os nossos órgãos genitais femininos, no caso das mulheres cissexuais, a vulva, que é a parte externa da genitália, composta pelos grandes e pequenos lábios, abertura da vagina e da uretra e o clitóris, que é coberto por uma pelinha (prepúcio). E ainda lá para dentro temos a vagina. 

Tudo formado pelo mesmo tecido, que se arranjou de formas diferentes no período embrionário. Ou seja, se é verdade que não temos pênis, é verdade também que os homens cissexuais não têm vulva ou vagina. Mas não estamos falando por aí em “inveja da vulva”, estamos? Isso porque essa frase de efeito, usada em tom de mais pura realidade objetiva que só as ciências biológicas conseguem dar, não é mais do que uma retrato da autoridade, de quem manda, de quem e do que deve ser invejado. Não tem nada a ver com anatomia, tem a ver com machismo.

(Nota deste blogueiro - Foto de uma vagina com indicação de termos médicos. foi retirada devido censura do Google - a foto poderá visualizá-la em http://blogueirasfeministas.com/2013/05/anatomia-do-prazer-clitoris-orgasmos/).

Conhecimento é poder
Mas acontece que os meninos cissexuais acabam nascendo com a sua genitália balançando lá no meio das pernas, externalizada, que ele precisa lavar, tocar, mexer até pra fazer xixi. Nossa civilização coloca símbolos fálicos para todo lado e eles se sentem orgulhosos do que têm, usam como símbolo de poder. E, no nosso mundo, poder é demonstrado de forma agressiva. “Pega no meu pau!”, dizem os meninos cissexuais na escola (ou os adultos com mentalidade de pré-adolescentes), fazendo algum gesto obceno. 

Se alguém duvida de sua masculinidade, estão prontos para ameaçar abaixar as calças e mostrarem o que têm ali. As meninas cissexuais não fazem isso, não só porque seriam execradas, mas porque não faz sentido. Não têm o que mostrar ali, não têm do que se orgulhar, segundo essa lógica cultural. E além do mais, ninguém questiona a “feminilidade” delas como algo ofensivo, elas já são meninas, se disserem que elas têm culhões, isso é um elogio (e não necessariamente porque o masculino é valorizado, mas também porque o que é valorizado vira automaticamente masculino).

Então, no fim das contas, paras meninas não é tão simples. As coisas não são tão proeminentes e sempre ouvimos que é feio ou errado. Não é fácil enxergar tudo, demoramos para desenvolver intimidade, para explorar mais, parece que não deveríamos estar mexendo ali. E aí fica mais difícil descobrir onde está o prazer, experimentar de que jeito é gostoso.

Poxa, sou virgem, né? E se eu ficar mexendo não posso “perder” a virgindade?

Bom, o hímen é uma pele fininha que fica na entrada da vagina, é flexível e tem uma abertura no meio. É por ali que sai a menstruação e outras secreções vaginais. Também é por onde entra o dedo ou o absorvente interno. Em alguns casos, o orifício pode ser muito pequeno e causar algum desconforto ou dificuldade para introduzir algo pela entrada da vagina, mas geralmente ele se alarga com a prática. Em outros, ele pode ser totalmente fechado, e aí na época de menstruar o sangue não tem por onde sair e geralmente precisa fazer uma pequena cirurgia para abrir.

O hímen tem poucas terminações nervosas e pode ser rompido em algum ponto quase sem percebermos, ou causando um leve desconforto, e ele fica lá, para sempre; não desaparece quando transamos pela primeira vez. Repito, ele é um resquício embrionário, um pedaço de pele. Não é lacre de segurança, nem certificado de garantia. O rompimento do hímen é comum na maioria das mulheres e pode acontecer, por exemplo, durante a penetração (de um pênis, dos dedos seus ou d@ parceir@, de um brinquedo), na primeira, segunda ou milésima vez.

Virgindade é uma construção social e não uma instância anatômica, e “perdê-la” tem a mesma definição pra meninos e meninas: é a primeira vez que fazemos sexo (e aí acho que você pode considerar o que quiser, a virgindade é sua, e sexo é uma coisa muito, mas muito ampla). Não dizemos que os meninos deixam de ser virgens quando se masturbam, não é? Então como é que podemos perder a virgindade sozinhas???

Então vamos!
Toda a região da vulva é bastante sensível à estimulação sexual, assim como a parte mais externa da vagina (mais para o fundo ela fica menos sensível), o períneo (região entre a vagina e o ânus) e o ânus. Conhecendo as áreas do nosso corpo que podem nos proporcionar prazer e treinando elas para isso vai fazer tudo ficar muito melhor. Nós temos um circuito nervoso prontinho só para ter orgasmo.

No caso do pênis, o circuito do orgasmo é o mesmo da ejaculação, então é difícil gozar sem ejacular (tanto que frequentemente usam-se essas palavras como sinônimos). Num outro momento, podemos explicar como funciona para os homens e para algumas mulheres transexuais, mas o fato é que a nossa linda anatomia nos permite simplesmente ter prazer sem absolutamente nenhuma função reprodutiva direta nisso. E apesar do patriarcado tentar voltar isso contra nós, e algumas culturas condenarem o prazer feminino porque atribui como unica finalidade sexual a reprodução, nós achamos que isso é muito ultrapassado e também não queremos transar com essas pessoas. Queremos sexo com pessoas que nos deem orgasmos!

Mas então por que até 70% das mulheres não conseguem ter orgasmos?
OK, temos um circuito nervoso prontinho para nos dar orgasmos. E também temos circuitos de linguagem no cérebro iguais aos das pessoas da China, e não sabemos escrever ideogramas. Porque o nosso cérebro aprende o que a gente treina, e se a gente não treinar ter orgasmos, vai ser bem mais difícil. E a gente não treina porque não conhece o próprio corpo. Como eu disse, os meninos cissexuais conhecem, vão lá desde cedo, uma, duas, dez mil vezes, treinam frequentemente imaginando pessoas que os excitam e vendo revistas ou filmes que são vendidos a rodo para eles (mas quase não existem direcionados ao público feminino) e aí fica todo mundo falando: fato biológico, homens são mais visuais, se excitam rapidamente e chegam mais rapidamente ao orgasmo. Aham. Mulheres são mais “sensação”, gostam mais do toque, mas será coincidência que as únicas experiências que ela teve foram com @ parceir@? Uma olhada no espelho, masturbação de vez em quando, com um certo sentimento de vergonha, debaixo das cobertas?

O que é preciso para ter orgasmos é ter orgasmos
É preciso ensinar o seu circuito nervoso, que leva os estímulos ao cérebro, que dependendo da forma que você é estimulada, fica bom assim, você goza. Repetição, repetição, repetição = comportamento aprendido. Claro que diversos fatores emocionais podem atrapalhar, mas podem ajudar também. Descubra do que você gosta. Filmes, contos eróticos, fotos? Treine sozinha, nada é ridículo, é só você e seu corpo.


Tradução: Eu nem sabia que havia uma palavra para o resultado inevitável do movimento de me esfregar na minha cadeira… o espasmo implosivo tão atordoadamente completo e perfeito que por alguns breves momentos eu não poderia questionar sua inerente validade moral. – Do quadrinho Fun Home, de Alison Bechdel
E claro, falamos de algumas questões anatômicas importantes, mas não tocamos no ponto principal aqui. A parte mais sensível (com mais terminações nervosas) do corpo do homem cissexual é a glande (a cabeça) do pênis. E o que é que eu tinha falado que tem a mesma origem embrionária na genitália feminina?
Sim, o clitóris!
Fato, o clitóris tem a única função de proporcionar prazer, mais nada. Não protege lugar nenhum, não recebe o pênis para funções reprodutivas, nada. Só serve para isso, então dê a ele a devida atenção! O circuito nervoso do orgasmo sai do feixe nervoso do clitóris — ou seja, é ele que nos faz gozar. Claro que o orgasmo é cerebral e estímulo em outras áreas pode proporcionar prazer, mas por que não facilitar? Ele está lá para isso e tem duas vezes mais terminações nervosas que o pênis. Peraí, vou repetir: duas vezes! Lá, logo acima da uretra, uma bolinha menor que uma ervilha. Tem uma pele cobrindo, mas quando você estiver excitada ela aumenta de tamanho e fica bem mais fácil de achar.
O clitóris na verdade é um órgão maior e mais comprido, pois continua internamente e enche de sangue durante a excitação sexual. Alguns estudiosos acreditam que o estímulo dessa parte interna durante a penetração poderia corresponder ao tal ponto G — que, desculpe informar, não tem um local anatômico definido, mas divirta-se procurando! O clitóris pode ser estimulado durante uma relação sexual com a mão, com vibradores específicos ou anéis vibratórios penianos, pela fricção com a pelve d@ parceir@, com a língua, os dedos…
O vídeo “Clitóris, prazer proibido” é genial, e pode mudar a sua vida, então assista (é sério, assista).


Enfim, conheça o seu corpo, se goste, goze sozinha para depois ensinar a alguém como te fazer sentir isso. Isso vale tod@s. Sei que esse texto foi majoritariamente direcionado a mulheres cissexuais, mas independente da sua anatomia genital (e se ela é compatível ou não com o seu gênero), pense na questão da necessidade de treino para conseguir ter orgasmos. Claro que pode ser ainda mais difícil, mas lembre-se que mesmo que você vá passar por uma cirurgia de transgenerização, ou tomar hormônios, você vai usar a mesma estrutura nervosa e vascular para ter orgasmos. Se você não treinar antes desses procedimentos, depois pode ser mais difícil saber como deveria ser e mesmo avaliar o sucesso ou o que dá para melhorar.
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Érika Pellegrino é médica, está fazendo psiquiatria e acha o máximo ser paga pra ouvir inúmeras historias interessantes todos os dias.