sexta-feira, 11 de abril de 2014

Efeito Lula: Graça vai ao Senado falar de Petrobras.

petroluladilma
Embora a imprensa diga que é para “esvaziar a CPI” – seria a CPI um balão, a ser inflado ou esvaziado? – a decisão de Graça Foster de se oferecer para ir a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, na próxima terça-feira,  é, evidentemente, reflexo do comando dado por Lula para “partir para cima” da oposição, em defesa da Petrobras.

A rigor, falar do que tem sido a Petrobras nesses últimos anos, longe de ser um problema, deveria ser uma oportunidade ansiada por todos os seus dirigentes.

Hoje, num comentário que fiz na Rádio Nacional, eu disse que as dificuldades porque passa a Petrobras, longe de serem um problema, são o resultado do desafio imenso que ela vem enfrentando de, em poucos anos, fazer em dobro tudo o que foi feito ao longo de 60 anos de história da companhia.

É a oportunidade de mostrar que há duas questões, ambas essenciais e ligadíssimas.

Uma, o controle brasileiro sobre nossa riqueza, o que só pode ser conseguido se for a Petrobras a única e exclusiva a operadora de sua retirada.

Outra, que a extração do petróleo seja a mola impulsionadora de um desenvolvimento tecnológico e industrial de nosso país, o só pode ocorrer se for da Petrobras a liderança deste processo, espalhando por estaleiros, fábricas, escritórios de projeto, consultorias de engenharia, prestadores de serviços técnicos e toda a sua gama imensa de fornecedores os investimentos necessários a esta epopeia em alto-mar.

A presidente Graça Foster deve estar pronta para enfrentar uma abordagem melíflua da oposição, que a vai adular com elogios à sua capacidade como técnica para tentar confrontar isso com uma suposta “politização” da empresa no Governo Lula.

A Petrobras, a melhor e mais bem organizada empresado país, sabe perfeitamente que nada disso a faria gigante se não fosse, ela própria, uma projeção dos desejos de soberania e progresso deste país.

Não é a gestão Graça Foster ou a de José Sérgio Gabrielli, o a de José Eduardo Dutra que estará em questão.

É a Petrobras. sem X, do Brasil e dos brasileiros.

Blog. Tijolaço - http://tijolaco.com.br/blog/?p=16547.Efeito Lula: Graça vai ao Senado falar de Petrobras.





José Dirceu e o princípio da inocência.


"Peça a um amigo trancar a porta de seu quarto por um dia e faça um diário sobre o que fez e viu. Evite ligar a TV, porque ela só é autorizada a quem tem bom comportamento – e ninguém sabe se você merece isso. Não leia jornais nem revistas. Limite a leitura aos livros mas apague a luz às 22 horas. 

Desligue o telefone, não atenda a campainha e, se sentir fome, peça um resto de geladeira para aquecer em banho-maria. Pode ser qualquer coisa que sobrou da véspera mas lembre-se de que, comparado com o que se oferece na Papuda, sempre será um privilégio.

E se você achar que é inocente, e não fez nada para merecer o que está acontecendo, só quis passar por uma experiência existencial, lembre-se: esse pensamento só é válido para quem acredita que toda pessoa é inocente até que se prove o contrário. Esse é o princípio que garante nossa liberdade.

Também é o princípio que deveria definir a situação de Dirceu. Ele passou oito anos sendo acusado como chefe de quadrilha e era este ponto – a quadrilha – que poderia manter seu regime fechado.

Depois que a acusação de quadrilha caiu, ele é chefe de que mesmo?"



José Dirceu - Imagem Google.

Numa injustiça clamorosa que vai além de qualquer opinião sobre as ideias de José Dirceu, seus direitos como prisioneiro não são respeitados

Há momentos em que a vida política deixa de ser um conflito de ideias e projetos para se transformar numa prova de caráter.

Isso é o que acontece com a perseguição a José Dirceu na prisão.

A defesa dos direitos de Dirceu é, hoje, uma linha que define o limite da nossa decência, ajuda a mostrar aonde se encontra a democracia e o abuso, a tolerância diante do ataque aos direitos elementares de uma pessoa.

Ninguém precisa estar convencido de que Dirceu é inocente sobre as denúncias da AP 470. Nem precisa concordar com qualquer uma de suas ideias políticas para reconhecer que ele enfrenta uma situação inaceitável. 

As questões de caráter envolvem nossos princípios e nossa formação. Definem a capacidade de homens e mulheres para reagir diante de uma injustiça de acordo com princípios e valores aprendidos em casa, na escola, ao longo da vida, como explica Hannah Arendt em Origens do Totalitarismo. São essas pessoas que, muitas vezes, ajudam a democracia a enfrentar as tentações de uma ditadura. 

Um desses homens, e nós vamos saber seu nome dentro de alguns parágrafos, “não era herói e certamente não era um mártir. Era apenas aquele tipo de cidadão com interesse normal pelos negócios públicos que, na hora do perigo (mas não um minuto antes) se ergue para defender o país da mesma forma como cumpre seus deveres diários, sem discutir.”

A mais recente iniciativa contra os direitos de Dirceu criou um situação nova.

O Ministério Público pede uma investigação telefônica-monstro envolvendo todas as ligações de celular – de 6 operadoras - entre a região do presídio da Papuda, em Brasília, onde ele se encontra prisioneiro desde 16 de novembro, e uma região em torno de Salvador, na Bahia. São milhares, quem sabe milhões de ligações que devem ser mapeadas, uma a uma, e transcritas – em formato de texto – para exame do ministério público em Brasília. 

Você sabe qual é o motivo alegado dessa investigação: procurar rastros de uma conversa de celular entre Dirceu e um secretário do governo de Jaques Wagner. Detalhe: supõe-se que o telefonema, caso tenha sido feito, teria ocorrido em 6 de janeiro. Pede-se uma investigação de todas as conversas por um período de 16 dias.

Você sabe qual será seu efeito prático: manter a pressão sobre Dirceu e impedir que ele possa deixar o presídio para trabalhar durante o dia – direito que tem todas as condições legais de cumprir. Não só obteve uma oferta de emprego, como tem parecer psicossocial favorável e também do Ministério Público.

Você pode “achar” – assim como “achamos” tantas coisas a respeito de tantas pessoas, não é mesmo? – que ele cometeu, mesmo, essa falta disciplinar, de natureza grave.

O fato é que desde 6 de janeiro procura-se uma prova desse diálogo e nada. O secretário de Estado deu uma entrevista a Folha de S. Paulo, dizendo que havia conversado com Dirceu. Mais tarde, ele se corrigiu e desmentiu o diálogo. Também confirmou o desmentido em depoimento oficial. Dirceu sempre negou ter mantido qualquer conversa nestas condições. 

A conta telefônica do celular do Secretário de Estado não registra nenhuma ligação que, em tese, poderia confirmar a conversa. Uma investigação da polícia do Distrito Federal também concluiu que não há o mais leve indício de que o diálogo tenha ocorrido.

Conforme todos os indícios disponíveis, portanto, quem mentiu foi o Secretário – não Dirceu.

Você pode continuar duvidando da inocência de Dirceu, claro. Mas não pode aceitar que seus direitos sejam subtraídos sem que sua culpa seja demonstrada. Mesmo na prisão, uma pessoa é inocente até que se prove o contrário. 

É verdade que, no julgamento da AP 470, o ministro Luiz Fux chegou a dizer que cabe ao acusado provar sua inocência. Mas foi uma colocação tão fora de qualquer princípio jurídico posterior ao iluminismo que, nos acórdãos, a declaração foi suprimida.

O pedido para esse grampo-monstro foi feito pelo Ministério Público em 26 de fevereiro mas ficou engavetado pelo juiz Bruno Ribeiro por mais de um mês. Quando se retirou do caso, no fim de março, Bruno enviou o pedido a Joaquim Barbosa, a quem caberá a palavra final sobre o semiaberto de Dirceu. Joaquim pode acolher o pedido.

Mas também pode manter Dirceu em regime fechado enquanto aguarda pelos grampos Papuda-Bahia. Seria uma nova injustiça, mesmo para quem é favorável a uma investigação nessa natureza e acha que toda punição a Dirceu será pouca.

A liberdade de Dirceu não pode ser diminuída porque os responsáveis pela sua prisão levaram um tempo absurdo– mais de um mês – para decidir se acatavam a solicitação ou não.

Ninguém pode ficar preso indevidamente porque o Justiça está “pensando.”

Quando foi preso, em 15 de novembro, Dirceu tinha direito ao regime semiaberto, provisoriamente. Antes que os embargos infringentes tivessem sido julgados, havia a possiblidade de que o Supremo confirmasse a condenação por formação de quadrilha.

Mas o STF derrubou a condenação, o que confirmou o semiaberto.

Assim, do ponto de vista de seus direitos, Dirceu perdeu quatro meses de liberdade. 

Se o apreço abstrato do caro leitor pela liberdade dos indivíduos não lhe permite avaliar o que isso significa, sugiro uma experiência concreta.

Peça a um amigo trancar a porta de seu quarto por um dia e faça um diário sobre o que fez e viu. Evite ligar a TV, porque ela só é autorizada a quem tem bom comportamento – e ninguém sabe se você merece isso. Não leia jornais nem revistas. Limite a leitura aos livros mas apague a luz às 22 horas. 

Desligue o telefone, não atenda a campainha e, se sentir fome, peça um resto de geladeira para aquecer em banho-maria. Pode ser qualquer coisa que sobrou da véspera mas lembre-se de que, comparado com o que se oferece na Papuda, sempre será um privilégio.

E se você achar que é inocente, e não fez nada para merecer o que está acontecendo, só quis passar por uma experiência existencial, lembre-se: esse pensamento só é válido para quem acredita que toda pessoa é inocente até que se prove o contrário. Esse é o princípio que garante nossa liberdade.

Também é o princípio que deveria definir a situação de Dirceu. Ele passou oito anos sendo acusado como chefe de quadrilha e era este ponto – a quadrilha – que poderia manter seu regime fechado.

Depois que a acusação de quadrilha caiu, ele é chefe de que mesmo? 

E aí podemos falar do personagem a que Hannah Arendt se refere. Ela está falando de George Picquard, major do Exército francês, que teve um papel decisivo no restabelecimento da verdade no caso do capitão Alfred Dreyfus, condenado em 1894 à prisão perpétua na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa, com base em provas falsas.

“Embora dotado de uma boa formação católica” e, como Arendt sublinha para registrar os preconceitos da época, " ‘adequada’ antipatia pelos judeus, ele ainda não havia adotado o princípio de que o fim justifica os meios.” Ela recorda que “esse homem, completamente divorciado do classicismo social e da ambição profissional, espírito simples, calmo e politicamente desinteressado”, iria mostrar que havia encontrado provas que apontavam para outro culpado, sugerindo que o caso fosse reaberto.

Picquard acabou processado e perseguido, a ponto de enfrentar uma condenação num tribunal militar e deixar um posto confortável em Paris por um posto sem perspectiva na África colonial. Mas cinco anos depois de condenado, Dreyfus acabou recebendo indulto presidencial, depois de enfrentar um segundo julgamento – que perdeu, mais uma vez.

A campanha pela libertação de Dreyfus não passou pelo parlamento, que rejeitou seguidos pedidos de um novo exame do caso. Foi fruto de uma movimentação da sociedade civil, à margem dos principais partidos políticos.

Mesmo os socialistas temiam perder votos se colocassem o assunto nos debates eleitorais. Atribui-se uma derrota de um de seus líderes históricos, Jean-Jaurés, hoje nome de boulevard em Paris, ao empenho a favor de Dreyfus. Ninguém recorda o nome dos que se omitiram. 

O alto comando militar, responsável pela condenação de Dreyfus e, mais tarde, pela manutenção da farsa, alimentava a imprensa suja de Paris. Numa avaliação que nos ajuda a entender que a realidade que hoje se vê nos trópicos brasileiros tem muito a dever às asneiras cometidas na capital francesa daquele tempo, Arendt analisa o mais duro dos jornais contra Dreyfus para dizer: “direta ou indiretamente, através de seus artigos e da intervenção pessoal de editores, mobilizou estudantes, monarquistas, anarquistas, aventureiros e simples bandidos, e atirou-os nas ruas.” Essa turba espancava defensores de Dreyfus na rua e por várias vezes apedrejou as janelas de Emile Zola depois de seus artigos e conferências mais contundentes.

Julgado pelo Eu Acuso, Zola recebeu pena máxima. Foi um alívio, pois se fosse absolvido “nenhum de nós sairia vivo do julgamento”, recordou Georges Clemenceau, dono do jornal que publicou o artigo, L ‘Aurore.

Em 1975, em São Paulo, o rabino Henry Sobel deu uma demonstração de caráter semelhante. Ele sequer era o rabino principal da comunidade paulistana. Apenas substituía o rabino principal, que se encontrava em viagem. Norte-americano de nascimento, Sobel admirava John Kennedy e nunca teve simpatias pelo Partido Comunista.

Mas, quando foi informado que o corpo do jornalista Vladimir Herzog apresentava sinais de tortura, como fora percebido pelos funcionários do cemitério judeu que o preparavam para o enterro, Sobel tomou uma decisão de acordo com sua formação e suas convicções.

Impediu que Herzog fosse enterrado na área do cemitério reservada aos suicidas, como seria coerente com a versão oficial para a morte do jornalista – acompanhada até por uma fotografia forjada na cadeia – para lhe dar a dignidade de um enterro comum. 

O resto é história, feita por um cidadão tão humano, tão comum, que mais tarde seria apanhado num pequeno e desagradável incidente num shopping em Miami, como todos nós sabemos.

ISTOÉ - Destaques do ABC!

terça-feira, 8 de abril de 2014

Presidenta Dilma diz que não vai recuar nas disputas políticas

Tijolaço - 7 de abril de 2014 | 22:13 Autor: Fernando Brito
dilmanaorecuar



Parece ter subido uma oitava o tom da Presidenta Dilma Rousseff em relação aos ataques que vem sofrendo, finalmente.

Hoje, ao entregar um pacote de máquinas para prefeituras de cidades do interior, em Contagem, ela reagiu dizendo que já enfrentou isso “em 2006, na reeleição do Lula, e em 2010 na minha eleição. ”

Ela assegurou que seu governo não fará discriminações, mas também que não irá “recuar um milímetro da disputa política quando ela aparecer”.

É bom que seja assim, a partir de agora, porque o Governo anda levando de todo lado e com pouquíssima capacidade de reação.

E reação não é apenas abrir as informações e, eventualmente, punir quem o mereça.

É questionar a autoridade dos acusadores, como hoje, em seu artigo na Folha, fez o colunista Ricardo Mello:

- Com a cara mais lambida do mundo, Aécio e Campos pedem agora CPIs sobre a Petrobras; já em suas searas, vestem a roupa do coronelismo mais retrógrado. Nunca é demais recordar: governos tucanos, que há mais de uma década rapinam o Tesouro paulista em conluio com multinacionais, jamais aceitaram a criação de uma mísera CPI estadual para investigar as denúncias de roubalheiras no Metrô e na CPTM. Uma única!

Ah, como seria bom ver alguém do Governo dizendo as coisas assim, com esta clareza.

Assista o trecho da fala de Dilma.



Sergey Lavrov: Não é a Rússia quem está desestabilizando a Ucrânia.

7/4/2014, [*] Sergey Lavrov, Min. Rel. Exteriores da Rússia, Guardian, UK
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Sergey Lavrov, Ministro das Relações Exteriores da Rússia
A crise profunda e generalizada na Ucrânia é tema de grave preocupação para a Rússia. Entendemos perfeitamente bem a posição de um país que se tornou independente há apenas 20 anos e que ainda tem pela frente tarefas complexas na construção de um estado soberano. Dentre elas, a busca de algum equilíbrio entre os interesses de suas várias regiões, de povos que têm raízes históricas e culturais diferentes, falam línguas diferentes e têm diferentes perspectivas sobre o próprio passado e presente, e sobre o lugar futuro de seu país no mundo.

Dadas essas circunstâncias, o papel de forças externas deve ser ajudar os ucranianos a proteger as fundações da paz civil e do desenvolvimento sustentável, que ainda são frágeis.

A Rússia fez mais que qualquer outro país para apoiar o estado ucraniano independente, incluindo subsidiar por muitos anos a economia ucraniana mediante baixos preços da energia. Em novembro passado, no início da atual crise, apoiamos o desejo de Kiev, de consultas urgentes entre Ucrânia, Rússia e a União Europeia, para discutir a harmonização do processo de integração. Bruxelas rejeitou completamente a ideia. Essa atitude refletiu a linha perigosa e improdutiva já tomada pela União Europeia e pelos EUA, há muito tempo. Tentavam já forçar a Ucrânia a fazer uma dolorosa escolha entre leste e oeste, o que agravou as diferenças internas.

Manifestantes pró-Rússia lotam a Praça Lênin em Donetsk, Ucrânia em 6/4/2014
Sem considerar as realidades na Ucrânia, foi fornecido apoio massivo a movimentos políticos que promoviam a influência ocidental, e isso foi feito em direta violação da Constituição da Ucrânia. Foi o que aconteceu em 2004, quando o presidente Viktor Yushchenko venceu um terceiro turno inconstitucional das eleições, introduzido sob pressão da União Europeia. Agora, o poder em Kiev foi tomado por vias não democráticas, mediante violentas ações de rua das quais participaram diretamente ministros e outros altos funcionários dos EUA e de países da União Europeia.

Afirmativas de que a Rússia tivesse empreendido qualquer esforço para minar parcerias dentro do continente europeu são falsas, não correspondem aos fatos. Ao contrário, nosso país promoveu com constância um sistema de segurança igual e indivisível na área euro-atlântica. Propusemos assinar um tratado para esse efeito, e defendemos a criação de um espaço econômico e humano comum do Atlântico ao Pacífico, que seria também aberto aos países pós-soviéticos.

Simultaneamente, estados ocidentais, apesar de repetidamente garantir que não, promoveram sucessivas ondas de expansão da OTAN, moveram a infraestrutura militar da aliança para o leste e puseram-se a implementar planos de defesa antimísseis. O programa da Parceria Ocidental da União Europeia está desenhado para amarrar fortemente à Europa os chamados estados-foco, vedando-lhes a possibilidade de cooperação com a Rússia.

Os esforços, pelos que encenaram a secessão do Kossovo, hoje separado da Sérvia, e de Mayotte, hoje separado de Comoros, para questionar a livre vontade dos crimeanos só podem ser interpretados como flagrante manifestação de duplicidade de padrões. Não menos estranha é a ação de fingir que não sabe que o principal perigo a ameaçar o futuro da Ucrânia é que o caos gerado por extremistas e neonazistas se espalhe.

Manifestação pró-Russia em Donetsk exige referendo igual ao da Crimeia
A Rússia está fazendo tudo que pode para promover a rápida estabilização na Ucrânia. Estamos firmemente convencidos de que ela pode ser alcançada, mediante, dentre outros passos: uma verdadeira reforma constitucional, que assegure os direitos legítimos de todas as regiões da Ucrânia e responda às demandas da região sudeste, de fazer do idioma russo a segunda língua oficial do estado; firmes garantias de que o status de estado não alinhado da Ucrânia seja consagrado na lei do país, consagrando assim o seu papel de elo de conexão numa arquitetura de segurança indivisível para toda a Europa; e medidas urgentes para pôr fim às formações armadas ilegais do Setor Direita e de outros grupos ultranacionalistas.

Não estamos impondo coisa alguma a ninguém. Apenas vemos que, se isso não for feito, a Ucrânia continuará em espiral rumo à crise, com consequências imprevisíveis. Permanecemos prontos a nos somar aos esforços internacionais que visam a alcançar esses objetivos. Apoiamos o apelo feito pelos ministros de Relações Exteriores de Alemanha, França e Polônia, para que seja implementado o acordo de 21 de fevereiro. A proposta deles – de fazerem-se conversações Rússia-União Europeia, com a participação da Ucrânia e de outros estados da Parceria Ocidental, sobre as consequências de acordos de associação com a União Europeia – corresponde à posição da Rússia.

O mundo de hoje não é escola primitiva, na qual os professores distribuam castigos à vontade. Declarações beligerantes, como as que se ouviram na reunião de ministros da OTAN em Bruxelas, dia 1º de abril, não correspondem a demandas por uma desescalada. A desescalada deve começar por desescalar-se a retórica. É hora de pôr fim ao aumento infundado da tensão, e de voltar ao trabalho conjunto, sério.  
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[*] Sergey Viktorovich Lavrov (russo :Сергей Викторович Лавров, nasceu em 21 de março de 1950) é diplomata e desde 2004 ocupa o cargo de Ministro das Relações Exteriores da Rússia . Sua nomeação foi aprovada por dois presidentes da Rússia , em 2008 por Dmitry Medvedev e em 2012 por Vladimir Putin. Antes disso, Lavrov atuou na diplomacia como embaixador da Rússia à Organização das Nações Unidas (1994-2004).Além de seu russo nativo, Lavrov fala inglês, francês e cingalês.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Cultura - Oficina de Difusão e Orientação dos Editais DLLLB.



O Ministério da Cultura, por meio da Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura (RRNE/MinC) realiza a Oficina de Difusão e Orientação dos Editais da Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas no âmbito do Plano Nacional de Livro e Leitura – PNLL. 
O evento ocorrerá no Auditório do BNB em Recife no  dia 10 de abril, das 14h às 17h, com transmissão por videoconferência para as sedes do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) das capitais nordestinas.
A oficina será ministrada por Suzete Nunes, Coordenadora Geral de Economia do Livro da DLLLB/FBN/MinC, que irá apresentar e esclarecer dúvidas sobre os seguintes editais:
1) Prêmio Boas Práticas e Inovação em Bibliotecas Públicas
2) Prêmio Leitura para Todos: Projetos Sociais de Leitura
3) Bolsas de Fomento à Literatura
4) Circuito Nacional de Feiras de Livros e Eventos Literários
Os interessados em participar da oficina devem enviar pedido de inscrição para o e-mail editaislllb2014@gmail.com
As inscrições para a oficina estarão abertas até as 12h do dia 9 de abril (quarta-feira), ou até o preenchimento das vagas.

Serviço:
Data/Hora:  10 de abril  (quinta-feira) - 14h às 17h.
Local:  Auditório do BNB em Recife – Av. Conde da Boa Vista, 800 – 2º Andar – Edif. Apolônio Sales – Bairro da Boa Vista
Locais de transmissão por videoconferência (Sedes do BNB nas capitais nordestinas):
- Aracaju – SE: R. Itabaianinha, 44 – 3º Andar – Centro
- Fortaleza – CE: Av. Dr. Silas Munguba, 5700 – Passaré
- Maceió – AL: R. da Alegria, 407 – Centro
- Natal – RN: Av. Antônio Basílio, 3006. Ed. Lagoa Center. Loja 35C – Lagoa Nova
- São Luis – MA: Av. Colares Moreira, Quadra 100, Lote 4, ED Expresso XXI – Bairro Renascença - BANCO DO NORDESTE.
- Teresina – PI: R. Rui Barbosa, 163 – Centro
- Salvador – BA Av. Manoel Dias da Silva, 2450 – Pituba
- João Pessoa – PB Av. Pres. Epitácio Pessoa, 1251 – 12º Andar – Ed. Empresarial Epitácio Pessoa Bairro dos Estados
Fonte: Fundação Biblioteca Nacional
Publicação: Ascom / MinC

Luis Fernando anuncia oficialmente a desistência da pré-candidatura



Por meio de nota, o ex-secretário de Estado da Infra-estrutura, Luis Fernando Silva (PMDB), oficializou sua desistência da pré-candidatura ao Governo do Estado.
No comunicado, ele explica que tomou a decisão e a comunicou à governadora Roseana Sarney antes da desincompatibilização e reafirma que prestará apoio político ao grupo.
Veja abaixo. 
Comunicado de Luis Fernando Silva ao povo do Maranhão.
A propósito da minha pré-candidatura ao Governo do Maranhão, comunico à sociedade maranhense que:
1 – Na proximidade do período eleitoral, os grupos políticos iniciam um processo de articulação visando à escolha de nomes para a disputa. A cultura política brasileira instituiu para esse período a figura do pré-candidato;
2 – Em julho de 2013, as lideranças políticas do grupo ao qual pertenço atribuíram a mim tal condição de pré-candidato e não de candidato. Aproximando-se a campanha propriamente dita, é natural, no mundo político, que tal condição se altere, no interesse do êxito eleitoral;
3 – Concluída a missão de auxiliar do governo, na qual tive a honra de exercer, a convite pessoal da Governadora, os cargos de Secretário-Chefe da Casa Civil e de Secretário de Estado de Infraestrutura, após análise da conjuntura política e dos prováveis cenários em que ocorrerá a campanha eleitoral, manifestei a Sua Excelência, antes da data da minha desincompatibilização e do seu anúncio de permanecer ou não à frente do Poder Executivo até 31 de dezembro, a decisão de não concorrer ao pleito, deixando a critério do grupo político o momento adequado para promover a devida substituição;
4 – Ressalto a confiança, o apoio e a distinção de que sempre fui alvo por parte da Governadora Roseana no exercício dos referidos cargos de Secretário de Estado bem como na atividade político-institucional a eles inerentes;
5 – Destaco, também, que integro o círculo de amigos pessoais da governadora Roseana Sarney e dos seus familiares;
6 – Nesta oportunidade comunico, também, a decisão de permanecer como integrante do grupo, prestando apoio político ao Governo Roseana Sarney e me mantendo na luta pelo desenvolvimento do Maranhão;
7 – Valho-me desta oportunidade para manifestar a minha gratidão à Governadora, aos Senadores, aos ex e atuais deputados federais e estaduais, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que integram o nosso grupo político, assim como aos líderes comunitários e estudantis, dirigentes de organizações da sociedade civil, movimentos sociais, militantes partidários, imprensa, usuários das redes sociais, cidadãos e cidadãs de todo o Maranhão que me acolheram, apoiaram e estimularam o cumprimento da missão de levar obras públicas a todas as cidades maranhenses;
8 – Finalmente, ao Maranhão, que testemunhou em mim compromisso e dedicação ao trabalho, reafirmo a esperança, que me conduziu durante todos esses anos, por um futuro ainda melhor.
São José de Ribamar, 07 de Abril de 2014.

domingo, 6 de abril de 2014

Maranhão - População lincha policial militar na região metropolitana de São Luís. Agência Brasil.


Carolina Gonçalves e Alex Rodrigues - Repórteres da Agência Brasil.Edição:Andréa Quintiere.


Um policial militar foi linchado por um grupo de pessoas na noite da última sexta-feira (4), na região metropolitana de São Luís (MA). 

Desejamos PAZ.
Segundo a Polícia Militar (PM), o cabo Josilmar Moraes Lobo foi morto logo após matar, a tiros, um rapaz identificado como João Dalmácio, de 22 anos.

Ainda de acordo com a PM, Lobo não estava de serviço. 

O cabo, que trabalhava na Unidade de Socialização Comunitária da Vila Luizão, em Araçagi, passou de moto em frente a uma churrascaria na BR-135, próxima ao 6º Batalhão da Polícia Militar, quando atirou em Dalmácio por motivos que ainda vão ser apurados. O jovem foi atingido na clavícula e morreu no local.

O pai de Dalmácio presenciou a cena e pediu a ajuda de outros moradores do bairro Matinha do Rio Grande para impedir que o cabo deixasse o local. 

Na sequência, as mesmas pessoas passaram a agredir o cabo com pedradas e pauladas na cabeça.  Ele não resistiu aos ferimentos.

Até o momento, nenhum dos envolvidos no linchamento do policial foi detido e o serviço de inteligência da PM continua tentando identificá-los.