sábado, 18 de julho de 2015

Manaus, já registra mais de 20 assassinatos nas ultimas 24 horas, tudo começou com a morte de um sargento da Policia Militar....

Manaus/AM - Por volta das 14h40 desta sexta-feira, 17, policial militar foi ferido a bala durante tentativa de assalto à agência bancária do Bradesco localizada na avenida Leopoldo Péres, no Educandos, zona Sul.




Afonso Camacho prestava serviço na escola da PM no Grande Vitória

Os assaltantes tentaram fugir em um VW Gol, preto, de placas JXQ-1866, após alvejarem o sargento PM Afonso Camacho Dias. O carro foi localizado no Morro da Liberdade, mas ainda não há informações sobre os assaltantes.

Depois do assalto multidão se aglomerou nas proximidades do banco

Há informações de que o militar teria sacado certa importância em dinheiro e um a mulher o teria apontado aos assaltantes que tentaram fazer o roubo, mas o Camacho reagiu.



A morte do militar foi confirmada pelo grupo da PM no WhatsApp, ele prestava serviço na escola da PM do bairro Grande Vitória, zona Leste.

18/07/2015 11h13 - Atualizado em 18/07/2015 13h33.


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Manaus registra 20 assassinatos por arma de fogo em menos de 12 horas  -  IML trabalha em etapas para conseguir liberar corpos de vítimas. Secretaria de Segurança vê coincidências após morte de PM na sexta.


Jamile Alves e Diego Toledano - Do G1 AM.FACEBOOK

Diego da Silva Lira, 18 anos, uma das vítimas (Foto: Arquivo de família)
Diego da Silva Lira, 18 anos, uma
das vítimas (Foto: Arquivo de família)

A capital do Amazonas registrou a noite e madrugada mais violentas do ano de 2015. Entre 22h30 de sexta-feira (17) e 09 horas de sábado, o Instituto Médico Legal (IML) fez a remoção de 20 corpos das ruas de Manaus

Todos os crimes foram cometidos com arma de fogo. Na sede do IML, a movimentação de parentes das vítimas começou desde o fim da noite de sexta. O trabalho no órgão está sendo realizado por etapas, para possibilitar a liberação dos corpos.

Ao G1, o secretário de Segurança do Amazonas, Sérgio Fontes, disse achar o elevado número de homicídios uma "estranha coincidência após a morte de um policial militar na sexta". A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) realizará reunião neste sábado com a participação das polícias Civil e Militar do estado.

Segundo a diretora do IML, Maria Margarete Vidal, o trabalho no instituto está sendo intenso desde a madrugada. "Estamos tendo um cuidado de operação, pois foge da rotina essa situação de tantos homicídios na virada de plantão", afirmou.

Por volta das 08h30 deste sábado, a equipe de legistas deu início à segunda etapa de trabalhos no instituto, para possibilitar a liberação de outros corpos a famílias.

Familiares de vítimas lotaram o IML na manhã deste sábado (17) (Foto: Jamile Alves/ G1 AM)Familiares de vítimas lotaram o IML na manhã deste sábado (17) (Foto: Jamile Alves/ G1 AM)

A movimentação de parentes de vítimas aumentou a cada hora que passava desde o fim da noite de sexta. Um dos mortos foi Frank Silva Almeida, de 20 anos. Segundo a tia dele, que não quis se identificar, o autonômo estava na esquina da rua Belford Roxo, Bairro Jorge Teixeira, Zona Leste, na companhia de um amigo. Um carro modelo corsa parou em frente a dupla, e um homem atirou contra o sobrinho dela.

Jhonatan Nobre Aguiar, 23 (Foto: Arquivo de família)
Jhonatan Nobre Aguiar, de 23 anos, morreu na
companhia de Diego da Silva
(Foto: Arquivo de família)

"Não temos noção do que aconteceu, pois ele não tinha antecedentes criminais. Meu sobrinho foi morto com quatro tiros no peito, um na nádega e um em uma das pernas. Disseram pra gente que ele morreu à meia-noite de hoje", disse a tia.

Um duplo homicídio ocorreu na Rua Dr. Gama e Silva, no bairro Zumbi dos Palmares I, na Zona Leste. Conforme a família, o crime aconteceu por volta de meia-noite e meia. As vítimas, Diego da Silva Lira, 18 anos, e Jhonatan Nobre Aguiar, 23, estavam sentadas na calçada, quando quatro homens encapuzados saíram de um veículo modelo celta de cor preta e fizeram os disparos contra a dupla. Diego foi atingido com 5 tiros e morreu no local. Jhonatan chegou a ser levado pelo SAMU ao HPS João Lúcio, mesma zona dos crimes, mas morreu pouco depois de dar entrada na unidade.

A esposa de Jhonatan declarou que a vítima era uma pessoa sem ficha criminal. "Ele era um homem de bem. Era amigo do Diego há uns 5 anos. Moravam um perto do outro. Não sabemos o que aconteceu", declarou a esposa de Jhonatan."Ele tinha acabado de voltar da igreja e costumava sempre ficar lá [local do assassinato] sentado, conversando. Nem ele nem o Jhonatan tinham antecedentes criminais, nada que comprometa eles. As famílias estão sem consolo", disse um parente da vítima sem se identificar.

Em entrevista ao G1, o titular da SSP-AM, Sérgio Fontes, disse achar o elevado número de homicídios uma "estranha coincidência após a morte de um policial militar", nesta sexta-feira (17). "Esse excesso de mortes é muito constrangedor para a segurança pública. O que pode acontecer é que alguns policiais militares tenham partido para uma vingança", explicou. "Você não vai encontrar hipocrisia da minha parte. É, sim, suspeito que essas mortes sejam uma retaliação, indevida e irresponsável após a morte de um PM", disse.

O secretário declarou ainda que marcou uma reunião para este sábado (18) com o titular da DEHS, Ivo Martins, o delegado geral, Orlando Amaral, e comandantes da Polícia Militar. Segundo ele, o encontro resultará na linha de atuação da pasta para investigar uma possível conexão entre os crimes.

"Vamos dar prioridade a esses eventos. Só após a reunião vou ter uma ideia do que aconteceu e do que nós vamos fazer. Dessa forma, me resguardo o direito de ter um entendimento mais apropriado depois que eu me reunir com os comandantes e que as investigações estiverem concluídas", informou.

Por meio de nota, a assessoria da Polícia Civil informou que, por determinação do delegado geral, Orlando Amaral, as Delegacias Especializadas  em Homicídios e Sequestros (DEHS)  e Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd) iniciaram a investigação dos homicídios.

Os endereços dos crimes divulgados até o momento, por meio de registros no IML, indicam que as mortes ocorreram em diferentes zonas e bairros da capital.

Horários de homicídios, entre sexta e sábado, e locais divulgados
Fim da noite de sexta (horário não informado e corpo removido na manhã de sábado) - Ramal Colônia Tapajós (antigo Prainha) - Santa Etelvina - Zona Norte
22h30 - Rua São Marçal - Compensa 2 - Zona Oeste
23h - Rua Resende - Zumbi I - Zona Leste
23h30 - Rua Gabriel Gonçalves - Aleixo - Zona Centro-Sul
23h45 - Rua Cardoso Nunes - São Francisco - Zona Sul
00h - Rua Belford Roxo - Jorge Teixeira - Zona Leste
00h30 - Rua G - Armando Mendes - Zona Norte
00h30 - Rua Dr. Gama e Silva - Zumbi I - Zona Leste
00h30 - Rua Dr. Gama e Silva - Zumbi I - Zona Leste
01h - Rua Lauro Bittencourt- Santo Antônio - Zona Oeste

Conheça o Relatório Final da CPI do Sistema Carcerário que será aprovado depois do recesso branco.

O site da da Agência Câmara, postou matéria de autoria do repórter Eduardo Piovesan, informando que  o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na ultima quarta feira a prorrogação dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário até o próximo dia 6 de agosto. O prazo de funcionamento da CPI terminaria nesta sexta-feira (17). Na referida reunião, foi apresentado o relatório parcial dos trabalhos, elaborado pelo deputado Sérgio Brito (PSD-BA). O teor do documento não foi divulgado ao público.
Fotos - Francisco Barros.
Este blog ao visitar o site da Câmara encontrou na área de acesso público, o referido relatório da CPI do Sistema Carcerário Brasileiro, reiterando que este relatório pode sofrer alteração quando for votado em plenário pela Câmara dos Deputados. 
Feita esta ressalva, transcrevo a parte do relatório final da CPI do Sistema Carcerário Brasileiro, que trata da situação do Maranhão. (Páginas de 106 a 112). 
CÂMARA DOS DEPUTADOS
 CPI – Sistema Carcerário Brasileiro
(.....).
7.2 – Maranhão

No dia 22 de junho de 2015, a Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar a realidade do Sistema Carcerário Brasileiro realizou diligência no Complexo Penitenciário de Pedrinhas São Luís/MA.

Estiveram no local os deputados Alberto Fraga, Laudivio Carvalho, Edimilson Rodrigues, Weverton Rocha e Eliziane Gama, membros da CPI.

Por volta das 11 horas da manhã, do dia 23 de junho de 2015, a comitiva deslocou-se para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, e, após, para o Centro de Detenção Provisória, a fim de realizar diligências para constatar a situação em que se encontram os detentos.

No Complexo Penitenciário de Pedrinhas, observou-se que as condições físicas do estabelecimento são precárias, com celas contendo mais detentos do que suportam. Muitos dos detentos reclamaram que nunca tinham participado de audiência em seu processo criminas, além de não terem acesso aos cuidados médicos adequados.

Em relação ao serviço médico, foi informado, pelos funcionários, que o Sistema Único de Saúde não estava aceitando tratar aqueles que não possuíam documento de identidade, por isso, alguns detentos não estavam conseguindo ter acesso ao tratamento médico.

Defensores Públicos acompanharam as diligências, tomando nota do nome dos internos que, possivelmente, poderiam ter acesso à regressão de regime ou que estavam, ainda, sem ter participado de uma audiência em seu processo.

Ressalta-se, ainda, que não foram encontrados locais adequados para a promoção da ressocialização dos presos, contendo apenas local para prática desportiva e banho do sol. Por fim, como ponto positivo, havia internos trabalhando na pintura externa da unidade prisional.

Entretanto, a princípio, não havia locais para estudo, nem locais para desenvolvimento laboral e aprendizado profissional.

Condições do banheiro da cela no Complexo Penitenciário de Pedrinhas

Condições do alojamento no Complexo Penitenciário de Pedrinhas

No Centro de Detenção Provisória, foi constatado que as condições físicas do estabelecimento são deploráveis, os internos foram jogados em uma verdadeira masmorra. O local não apresenta as mínimas condições para a guarda de seres humanos.

A umidade do local é alta, assim como a temperatura, não há ventilação adequada. Além disso, em conversas informais, constatou que só possuía quatro agentes penitenciários no local, sendo o restante composto de vigilantes terceirizados.

Condições do alojamento no Centro de Detenção Provisório
Conclui-se das diligências realizadas na capital do Estado do Maranhão que a situação do sistema carcerário merece especial atenção. Pelo que se observou, é necessária a construção de novas unidades penais para acomodar com maior dignidade os reclusos.

Além disso, deve-se pensar em um sistema de informações que forneçam dados confiáveis, auditáveis, sobre a realidade do sistema carcerário, não podendo os órgãos públicos basear suas decisões política em números intuitivos.

Também se deve investir em um sistema de monitoramento efetivo, capaz de averiguar, com efetividade, o que acontece dentro das unidades prisionais. Ademais, a situação dos agentes penitenciários e dos defensores públicos precisa ser olhada com maior atenção, adotando políticas de fortalecimento dessas carreiras, para que seja possível fornecer um serviço público efetivo e de qualidade àqueles que já possuem sua liberdade restringida.

Audiência Pública
Após a realização das diligências nos institutos penais, procedeu-se a realização de audiência pública na Assembleia Legislativa do Maranhão, objetivando colher mais elementos, por meio da exposição de autoridades e especialista, assim como da população, para ter um retrato fiel dos problemas existentes no Estado do Maranhão, a seguir resumidas.

O convidado Vagner Cabral (representante da sociedade maranhense de Direitos Humanos) afirmou que a Sociedade Brasileira Maranhense de Direitos Humanos tem acompanhado a situação do sistema carcerário, inclusive com denuncia da situação a corte interamericana de direitos humanos, o que levou à condenação do Brasil a adoção de uma série de medidas. Entretanto, muitas das medidas que deveriam ser adotadas, ainda não foram.

O sistema de apenados do Estado do Maranhão possui aproximadamente 10.000 apenados, sendo 2.400 no regime aberto, 100 internados no sistema APAC e 1.500 em regime de custódia em delegacia.

Em relação à violência no sistema, até maio, de acordo com informações coletadas pela Sociedade Brasileira Maranhense de Direitos Humanos, houve 8 mortes de custodiados nas delegacias, 8 no sistema penitenciário, 17 fugas, 2 casos de tortura, além de ocorrências relacionadas ao porte ilegal de arma, motins e rebeliões.

É importante salientar que inexiste um sistema de informação estatal confiável de informações sobre dado de segurança pública, favorecendo a maquiagem de números. Não é possível realizar qualquer afirmação sobre o aumentou ou a diminuição sobre as mortes e sobre outros incidentes. Neste contexto, é fundamental a criação de um sistema público, sujeito a controle social, para que seja possível ter uma real noção sobre o sistema carcerário.

Além disso, afirmou que há indício de irregularidades nos gastos realizados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Chama atenção a evolução dos gastos com o sistema prisional, além de falta de informações transparentes sobre a aplicação desses recursos.

Disse, também, que a terceirização vem sendo usada de maneira suspeita, uma vez que no ano de 2005 foram investidos 3,3 milhões de reais, e no ano de 2013, 220 milhões de reais, não havendo melhorias substanciais na qualidade do serviço prestado no sistema penitenciário maranhense.

 Por fim, defendeu a necessidade de haver um controle público e uma maior fiscalização sobre as dispensas de licitações realizadas no âmbito do sistema penitenciário, além do acompanhamento e verificação da qualidade dos serviços prestados pelas empresas terceirizadas.

O convidado Diogo Diniz Ribeiro Cabral (Representante dos Direito Humanos da OAB) afirmou que, após intenso debate no âmbito da Comissão de Direitos Humano da OBA, foi apresentado à Corte Interamericana de Direitos Humanos um pedido de medidas cautelares para que a República Federativa do Brasil proteja a vida e a integridade física daqueles que se encontram sob a restrição da liberdade dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos determinou que a República Federativa do Brasil, ainda no ano de 2013, adotasse as medidas protetivas necessárias para evitar perdas de vidas e danos físicos a pessoas privadas de liberdade no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, assim como adotar medidas para reduzir o nível de superlotação, além de investigar os fatos que motivaram a resolução da corte, a fim de que não se repitam.

Entretanto, após essa decisão, 3 presos foram decapitados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Recentemente, em novembro de 2014, a Corte Interamericana de Direitos Humanos emitiu nova resolução em relação à situação no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Novamente foi solicitado que o Brasil adotasse as medidas necessárias para proteger a vida e a integridade físicas das pessoas em restrição de liberdade, também que a corte fosse informação da cada três meses sobre as medidas provisórias adotadas.

Após essa resolução, 8 mortes já ocorreram. A Comissão de Direitos Humanos da OAB recebe dezenas de parentes toda a semana relatando casos de violações de direitos humanos. De janeiro até junho deste ano, a comissão recebeu inúmeras denúncias da ocorrência de casos de tortura, de apenadas torturadas e violentadas. Também, há o excesso de prazo, o qual detentos que já poderiam ter acesso a regressão de regime, estão ainda no regime fechado.

Resta claro que as medidas determinadas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos não são cumpridas. Há mais de 2 anos ocorre sistematicamente a violação dos direitos fundamentais dos internos e o Estado Brasileiro, assim como o Estado do Maranhão, insistem em descumprir.

O convidado Cézar Castro Lopes (Vice-presidente dos servidores penitenciários do Maranhão), por sua vez, afirmou que a crise no sistema penitenciário que ocorreu nos anos de 2013 e de 2014 no Estado do Maranhão teve sua causa principal relacionada com a superlotação do sistema.

Essa superlotação foi impulsionada pela retirada dos presos custodiados nas delegacias de polícias. O Estado não se preparou para realizar essa transição, apenas recolocando esses presos diretamente no sistema penitenciário.

Como a região interior do estado não possuía unidades prisionais, esses internos foram trazidos para capital. Isso acabou fomentando a formação das facções criminosas no Estado, uma vez que se acabou por dividir dentro do sistema um grupo oriundo da capital, o Bonde dos 40, e outro grupo do interior do Estado, o Primeiro Comando do Maranhão.

Com isso, o Estado perdeu o comando e o controle da segurança pública. Soma-se a isso, a ociosidade dos reclusos, no local onde deveria haver 400 presos, tem-se 700 presos, os quais não possuem nenhuma atividade para ocupar seu tempo. Essa ociosidade acaba por fomentar a prática de ilícitos dentro das unidades prisionais.

Ademais, a terceirização realizada pelo Estado do Maranhão, acabou por inserir dentro do sistema penitenciário maranhense servidores sem o devido preparo. Resultando no aumento da entrada de celulares, armas para dentro dos presídios.

Nesse contexto, o Estado não fornece as condições necessárias para se desenvolver o processo de ressocialização do interno. Não há oficinas de trabalhos, cursos profissionalizantes.

A corrupção tem ceifado os recursos necessários para se modificar a realidade do sistema carcerário no Maranhão. Nunca se houve tanto investimento no sistema, entretanto não se observa nenhuma mudança da realidade. Foram investidos mais de 40 milhões de reais em equipamentos de vigilância para as unidades prisionais, entretanto as fugas vêm sistematicamente ocorrendo.

Por fim, a solução é a criação das unidades prisionais regionalizadas, com capacidade para 100 a 150 reclusos, próximos aos familiares dos apenados. Isso faz com que os presos tenham outro comportamento, resultando em menos rebeliões, e menos incidentes graves.

A convidada Mariana Albano de Almeida (Defensora Pública Geral do Estado do Maranhão) informou que a Defensoria Pública do Maranhão está atuando no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, realizando os atendimentos jurisdicionais necessários. Há um núcleo especializado da Defensoria Público na capital, além de outros 32 núcleos espalhados pelo interior do estado.

A Defensoria Pública conta, hoje, com 148 defensores públicos no Estado, apresentando um déficit de 300 defensores. Há um defensor destacado para cada unidade na capital. Entretanto, há apenas 32 comarcas, no Estado, contando com os serviços dos defensores públicos. Isso significa que há outras 116 comarcas, no Estado, que não possuem defensores públicos para fornecer o acesso à justiça àqueles que mais necessitam.

Sabe-se que grande parte dos encarcerados se encontram nessa situação devido ao fato não poderem contratar as grandes bancas de advogados. Por isso, o trabalho desenvolvido pela defensoria pública é fundamental para o Estado Democrático de Direito.

O convidado Pedro Lino Silva Cordeiro (Promotor de Justiça do Estado do Maranhão) afirmou que o Estado do Maranhão criou a situação de crise do sistema carcerário ocorrido no ano passado, pois não adotou nenhum planejamento em relação ao deslocamento dos presos custodiados nas delegacias de polícia no interior do estado, simplesmente trazendo os presos do interior para a capital, mais especificamente para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Isso gerou um clima generalizado de insatisfação, uma vez que esses presos do interior sofriam humilhações por parte dos que eram da capital. Os presos do interior acabaram por se unir, formando um grupo de resistência aos presos da capital. Ou seja, o Estado transformou um grupo de baderneiros em uma organização criminosa. Além disso, o Estado deu uma importância maior a esse grupo, deslocando presos para as penitenciárias federais, onde realizaram contatos e aprenderam outras técnicas em relação ao crime organizado.

Soma-se a isso, a falta de capacidade gerencial do sistema, beirando ao amadorismo. Permitiu-se que cada direto de unidade prisional detivesse somente para si todas as informações e dados dos presídios, não sedo essas informações documentas devidamente em um sistema de informação. Ou seja, a cada mudança de direção, perdiam-se todas as informações e dados pretéritos.

Ano passo, quando eclodiram as rebeliões, se discutiu o problema, novas unidades foram prevista para serem construídas dentro de um prazo de seis meses. Entretanto, somente duas unidades foram construídas, todas as outras estão paradas, pois necessitam de um novo praza, pois o prazo de emergência foi esgotado.

Além disso, não há unidades específicas para os presos provisórios, acabando por ficarem misturados os provisórios com os sentenciados. Ademais, há falta de servidores penitenciários, além da necessidade de um fortalecimento da carreira desses funcionários.

Por fim, há a situação do esquecimento do preso nos presídios, na qual há reclusos esperando há meses para ter sua primeira audiência com o juízo de seu processo criminal.

Por fim, a convidada Maria da Conceição Silva Rabelo (mãe de uma possível vitima de desaparecimento dentro do sistema prisional – Ronalton Silva Rabelo) afirmou que seu filho foi preso no ano de 2012, e falou com ele, pela última vez, no dia 1 de abril de 2013. Após essa data, compareceu no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, para visita de final de semana, entretanto os agentes falaram que não tinha visita.

Na outra semana, voltou para tentar ver seu filho, porém foi informada que ele só teria direito a visita depois de decorridos mais 30 dias. Diante dessa informação, procurou um advogado para descobrir o que realmente estava acontecendo.

Nesse contexto, conseguiram uma audiência com o Sr. Sebastião Souza, Secretário da Administração. Foi, então, informada que seu filho desapareceu da cadeia da noite para o dia. Que fugiu (afirmaram que ele não tinha morrido, pois não foi encontrado nenhum vestígio).

Informou que até a presente data, não obteve resposta sobre o que realmente aconteceu com seu filho, não tendo, inclusive, sido ouvida pelo delegado de polícia presidente do inquérito policial responsável por investigar o ocorrido.
Sabe-se que a cela foi periciada, que foram feitas escavações na cela e nas imediações, entretanto nenhum vestígio foi encontrado. O Ministério Público abriu procedimento investigatório, ficando suspenso,  aguardando a conclusão do inquérito policial. Até os dias de hoje, não se compreende o que aconteceu dentro do presídio, resta a dúvida de como pode algum pode desaparecer dentro de um presídio, sob a vigilância estatal, sem deixar qualquer vestígio.

Por ser uma informação de caráter público quem tiver interesse em ampliar esta leitura é só acessar RELATÓRIO FINAL DA  CPI – Sistema Carcerário Brasileiro NESTE LINK. http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra; jsessionid=D969DF2B680967E8397A1DE25251FC74.proposicoesWeb2?codteor=1362922&filename=REL+1/ 2015+CPICARCE+%3D%3E+RCP+6/2015

Matéria escrita por Chico Barros.

Comentário: "Alias tem uma matéria no minimo estranha tratando de Pedrinhas". O Título diz que "houve canibalismo em presídio, diz funcionário público do Maranhão". Link - http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/07/houve-canibalismo-em-presidio-diz-funcionario-publico-no-maranhao.html

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Antes de morrer, assaltante baleado no Araçagi juntamente com o parceiro de crimes, foram espancados por populares na Praia do Araçagi na grande São Luís.


                      

Imagens que começaram a circular agora ha pouco pelo You Tube, mostra o assaltante que morreu vitima de um tiro, ainda com vida sendo agredido pelos banhistas e a prisão do assaltante que conduzia a moto, também sendo espancado pelos banhistas.

Foto - Assaltante já morto,



Sete sinais de que o poder de Eduardo Cunha está ruindo.

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O homem mais poderoso da Câmara dos Deputados começa a dar sinais de enfraquecimento após denúncia de cobrança de propina investigada pela Operação Lava-Jato; os antigos parceiros já evitam ser associados ao seu nome, o próprio partido se opôs ao rompimento com o governo e a sociedade civil se mobiliza para a derrubada do parlamentar.
Por Redação
OPERAÇÃO LAVA-JATO - Em novo depoimento, o empresário Júlio Camargo, delator na Operação Lava Jato, acusou Eduardo Cunha de exigir o pagamento de propina de US$ 5 milhões. A notícia caiu como uma bomba no Congresso durante essa semana e abalou a imagem e a força política do presidente da Câmara. O ex-consultor do grupo Toyo Setal disse ter repassado o dinheiro por pressão de Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de desvio de recursos da Petrobras. Para apressar o pagamento, Cunha teria articulado a apresentação de requerimentos, na Câmara, contra o próprio Camargo e contra uma empresa do grupo Toyo Setal.
PERDA DE APOIO - A denúncia de corrupção envolvendo Cunha, no foco da operação policial de maior destaque no país, fez com que antigos parceiros recuassem. Conhecido pelo poder de articulação e de influência dentro da Casa, o peemedebista passou a ser evitado por muitos parlamentares, sob o risco de terem seus nomes associados às irregularidades. As manobras regimentais, antes realizadas com facilidade, passarão a ter menos adesão a partir de agora e o raio de atuação ficará mais restrito. O próprio Cunha, provavelmente, deverá fugir dos holofotes.
PEIXES PEQUENOS - Quem acompanhou a coletiva de imprensa em que Eduardo Cunha anunciou o fim das relações com o governo de Dilma Rousseff sentiu falta das figuras graúdas da Câmara, que sempre fizeram questão de posar ao lado do homem mais poderoso da Casa. Desta vez, os únicos que se prestaram a esse papel foram os deputados Hildo Rocha (PMDB-MA), Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), Édio Lopes (PMDB-RR) e André Moura (PSC-SE), de pouca expressão entre os parlamentares.
“POSIÇÃO PESSOAL” - O anúncio de que, a partir desse momento, ele romperia com o governo e passaria à oposição não surtiu efeito nem dentro do próprio partido. Em nota, o PMDB afirmou que a decisão se trata de uma “posição pessoal” e não representa uma convicção da legenda. De acordo com o comunicado, esse tipo de postura só pode ser tomada “após consulta às instâncias decisórias do partido: comissão executiva nacional, conselho político e diretório nacional”. Cunha alega estar sendo vítima de um complô entre o governo federal e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incriminá-lo e diz que defenderá o afastamento do PMDB no congresso interno, realizado em setembro.
TEORIA CONSPIRATÓRIA - Ao defender a ideia de que há um grupo conspirando para derrubá-lo do poder, sobraram críticas até para o juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância. Cunha chegou a afirmar que o magistrado “pensa que é o dono do país”. “Acha que é o dono do Supremo Tribunal Federal, do Superior de Tribunal de Justiça. Vamos entrar com uma reclamação no Supremo”, anunciou. Em nota, a 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, da qual Moro é titular, declarou que não cabe ao Juízo “silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo”.
RISCO DE IMPEACHMENT - Logo após as denúncias, os deputados Silvio Costa (PSC-PE) e Ivan Valente (PSOL-RJ) vieram a público, nesta sexta-feira (17), para cobrar o afastamento do peemedebista do comando da Casa enquanto a Operação Lava-Jato não for concluída. Costa, que é um dos vice-líderes do governo na Câmara, disse que vai fazer uma consultoria jurídica para avaliar a possibilidade de pedir o impeachment de Cunha. Pela legislação, os presidentes da República, do Senado e da Câmara podem ser afastados do cargo, por meio desse procedimento, se tiverem cometido crime de responsabilidade, como atentar contra a probidade da administração, os direitos políticos dos cidadãos ou a lei orçamentária.
MOBILIZAÇÃO POPULAR - Às 20h25 de hoje, Eduardo Cunha fará um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV durante cinco minutos para falar sobre as atividades realizadas na Câmara. A previsão é que ele aborde alguns projetos polêmicos, como os que tratam da redução da maioridade penal e do financiamento empresarial de campanhas. A notícia não passou despercebida nas redes sociais e já está sendo organizado um protesto para esse horário. 
O evento “Barulhaço no Pronunciamento de Eduardo Cunha”, divulgado no Facebook, já conta com 60 mil pessoas confirmadas, que prometem usar apitos e panelas para fazer barulho durante a fala de Cunha. Segundo os organizadores, a manifestação é também contra o fundamentalismo religioso, o machismo e a homofobia presentes nos discursos do deputado.
Foto de capa: Fotos Públicas.

Policiais Militares matam um bandido e prendem outro, durante reação a assalto na Praia do Araçagi.

cleyton
Dois policiais militares de férias reagiram a um assalto, matando um bandido e prendendo seu comparsa, a ocorrência foi hoje cedo (17), na praia do Araçagi. 


Os Policiais que seriam do Pará ou Ceará,estavam no bar Frutos do Mar, quando os dois criminosos chegaram em uma moto e anunciaram o assalto. 

Foto do Assaltante Preso  - Etiverton Castro Pereira
Os militares reagiram disparando, e os bandidos tentaram fugir. Um deles, identificado como Cleyton, foi atingido e morreu no local. O segundo homem, identificado como Etiverton Castro Pereira, foi preso.

Piaui. Estuprador foi morto por espancamento nas dependências do CEM. A vítima era um dos menores condenado por estupro coletivo na Cidade de Castelo.

Menor condenado por estupro coletivo em Castelo é espancado até a morte no CEM.


Atualizada e ampliada às 7h28. Um dos adolescentes acusado de estupro coletivo em Castelo do Piauí (a 190 km de Teresina) foi morto na madrugada desta sexta-feira (17) dentro do alojamento do CEM (Centro Educacional Masculino), no bairro Itaperu, zona Norte de Teresina. A informação foi confirmada pela Polícia Militar. 

A vítima é Gleison Vieira da Silva, 17 anos, e foi assassinado por volta das 23h na cela "D" com murros, pontapés e pancadas na cabeça. 
Os suspeitos do homicídio são os três menores que participaram do estupro coletivo em Castelo e dividiam a cela com ele, na área de isolamento. Gleison chegou a ser socorrido por uma equipe de enfermeiros do CEM, mas não resistiu e morreu.
Segundo o diretor de Atendimento Socioeducativo da Secretaria de Estado da Assistência Social, Anderlly Lopes, a motivação do crime seria vingança. Gleison foi o adolescente que delatou os colegas e que ajudou a polícia na investigação.
"Eles já confessaram o crime e este foi um ato de vingança. A princípio a rotina iniciou-se bem, mas fomos surpreendidos e é como um lobo na pele de cordeiro. Foi uma abordagem covarde e de traição", disse Anderlly Lopes.
Os adolescentes suspeitos do homicídio, de 15 e 16 anos, foram condenados por 24 anos de internação pelo crime de estupro coletivo, tentativa de homicídio e pela morte da estudante Danielly Rodrigues Feitosa, 17. Eles são apontados como autores do estupro de quatro garotas em Castelo, além de amarrá-las e jogá-las de um morro de dez metros de altura nos arredores do município.

Atualizada às 7h28 - O gerente de internação do Centro Educacional Masculino (CEM), Hebert Neves, disse ao Notícia da Manhã desta sexta-feira (17) que Gleison Vieira da Silva, 17 anos, foi morto após ter sido surpreendido pelos outros três adolescentes também envolvidos no crime de Castelo quando fora ao banheiro no alojamento onde eles estavam.
"Eles estavam separados mas no mesmo alojamento. Por volta de 1h, aconteceu o episódio. Ontem, na chegada deles, conversamos com os quatro, sabendo da responsabilidade e da repercussão do caso dentro e fora da unidade. Falamos da proteção da integridade física deles. Houve uma rejeição de todos os internos que bateram nas grades por 10 e 15 minutos. Então eles ficaram numa ala isolada. Na noite anterior, não havia indício de agressão, acreditamos que houve a discussão", descreve. 
Segundo Neves, o adolescente foi espancado até a morte. "Não houve perfuração. Ainda será realizada a vistoria, mas, visualmente, só detectamos o espancamento na região do crânio", descreve. 
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O gerente de internação diz ainda que se deslocou ao CEM assim que soube do fato e que conversou com os outros três rapazes momentos após a morte de Gleison. "A frieza deles é surpreendente. Não têm arrependimento. Assumiram o que fizeram e contaram com detalhes: um deu a gravata no outro no banheiro; os outros participaram. Era como se eles tivessem matado uma mosca, um inseto qualquer", narrou. "Perguntei a eles, se tinham combinado e eles disseram que foi de repente, que viram que podiam eliminar ele.

Quando perguntei por qual motivo, eles não disseram o porquê. Só disseram que fizeram, na maior tranquilidade, frieza e destreza. Não vi remorso ou arrependimento. Eles já haviam cometido o ato infracional de maior gravidade possível e cometem novamente. Foi uma crueldade, barbaridade com o outro. Tenho 20 anos de experiência nesse sistema e o que me surpreende mais é que adolescentes que cometeram atos semelhantes os rejeitaram", acrescentou. 
Neves diz ainda que os adolescentes não têm condições de voltar ao CEM, já que a repercussão do crime é grande entre os outros internos da unidade. 
Após o homicídio, o trio foi conduzido ao IML e a Central de Flagrantes, depois foram levados ao Complexo da Cidadania, onde estão separados, um em cada alojamento para que não haja contato dos três entre si para evitar novas agressões. 

Família - A família de Gleison já foi avisada da morte do menor e está se deslocando de Castelo para Teresina. Ainda não há informações de onde será o velório e sepultamento. 
Flash Yala Sena - yalasena@cidadeverde.com.

Importante frisar que outro preso maior de idade tambem envolvido neste crime do estupro coletivo em Castelo, tambem sofreu tentativa de linchamento, leia.   Acusado de comandar estupro coletivo em Castelo é espancado dentro de presídio.
Acusado de comandar estupro coletivo em Castelo é espancado dentro de presídio
O inquérito que investiga a participação de Adão José no estupro coletivo e demais crimes, ainda está em trâmite.
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