terça-feira, 15 de novembro de 2016

Maranhão. Mulher é morta com 17 tiros após quadrilha invadir sua residência, é a segunda mulher assassinada nas ultimas 48 horas.

Nas ultimas 48 horas, foi noticiado duas mortes violentas de mulheres no Maranhão. Crimes de forte comoção social.

A primeira vítima foi Mariana Costa, 33 anos, que era sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney, este caso teve repercussão na mídia internacional, ela foi encontrada morta no ultimo domingo, (13), no condomínio onde morava no bairro do Turu em São Luís.
O corpo foi encontrado pelas filhas menores de 11 e 9 anos, a vitima estava com um travesseiro sobre o rosto e sem roupas, sobre a cama em seu quarto de dormir e apresentava sinais de asfixia por estrangulamento. 
Foto - Acusado Lucas Porto.
A policia através da Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoa, (SHPP), conseguiu prender durante a madrugada um homem identificado como Lucas Porto, ele e cunhado da vitima e teria sido flagrado pelas câmera de segurança do prédio deixando o local minutos  depois do crime, inclusive o acusado teve a prisão preventiva decretada pela justiça.


Foto - Marlene Guega
O segundo crime bárbaro aconteceu esta madrugada na Cidade de Alto Alegre do Maranhão. Tendo como vítima a mulher identificada como Marlene Guega, 39 anos, que foi brutalmente assassinada dentro de sua própria residência no bairro Mocambo no residencial ville, ela era Irmã do vereador eleito Sinaldo Rodrigues.
Foto - Marlene Guega Assassinada.

De acordo com informações de populares cerca de 10 homens fortemente armados chegaram até sua residencia a procura do seu ex-namorado. Os criminosos cercaram a casa e conseguiram entrar na residência, mas não encontraram o elemento, estava apenas Marlene Guega e sua filha menor de idade, eles perguntaram pelo seu ex-namorado ela dizia que não morava mais com ele.

A todo instante Marlene Guega, pedia para os criminosos não matarem ela e nem sua filha. Sua filha ficou ilesa, mas Marlene não teve a mesma sorte, os criminosos disparam mais de 20 tiros em sua residência chegando a atingir a mesma em varias partes de seu corpo, vindo a óbito instantaneamente no interior de sua residência.

Segundo o blog do Luis Cardoso, Marlene Guega, teria sido morta com 17 tiros. A polícia esteve no local e diligências estão sendo feitas para localizar os assassinos.

Violência contra as mulheres.

A deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) lamentou a morte de Mariana Costa, e pediu às autoridades que ampliem as redes de proteção e fortaleçam a política de prevenção contra os crimes de que são vitimas as mulheres. “Nós queremos justiça e que a polícia seja rigorosa na elucidação deste crime bárbaro e de tantos outros que continuam envergonhando nosso estado”, enfatizou.

Eliziane Gama também lembrou que este mês será realizada a campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. “Próximo a mobilização dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres ficamos perplexos com a triste notícia da morte de Mariana Costa, de 33 anos, que foi encontrada com sinais de asfixia dentro de casa. Ela e centenas de mulheres maranhenses são vítimas diariamente da crueldade de homens que não respeitam a vida e a dignidade da mulher”, destacou.


Links: 



Lucas Porto acusado de assassinar Mariana Costa Pinto, tem Prisão Preventiva decretada pela Justiça.

Foto - Internet. A vítima Mariana e o acusado Lucas Porto.
Depois da decretação da prisão preventiva, Lucas Leite Porto, deve ser levado para o presidio do bairro Olho d'Água em São Luís, depois da prisão feita pela polícia civil e a confirmação da preventiva decretada pela justiça. Familiares que não conseguiram relaxar a prisão, tentam transferir o suspeito para o quartel do corpo de bombeiros, que fica em frente ao campus da UFMA em São Luís.
Na audiência de Custódia realizada no fórum do Tribunal de Justiça do Maranhão, foi decretada a prisão preventiva de Lucas Leite Porto, principal suspeito de matar Mariana Costa Pinto, filha do ex-deputado estadual, Sarney Neto.

Está aí a decisão da audiência de Custódia. Leia.

TERMO DE AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Data: 14/11/2016.
Inicio: 16h:20min. 
Local: Central de Inquéritos.
Processo: 20540-57.2016.8.10.0001 (252512016) 
Juiz (a): Andréa F. Maia 
Promotor (a) de Justiça: Norimar Gomes Nascimento Campos 
Conduzido (a): Lucas Leite Ribeiro Porto 
Tipo Penal: Art. 121, Código Penal 
Advogado/Defensor: Jonilton Santos Lemos Junior OAB/MA 6070 e Diego Menezes Miranda, OAB/MA 10464,
_____________________________________________________________ PREGÃO: Registrada a presença das partes acima indicadas. 

HOMOLOGAÇÃO DO FLAGRANTE: realizada por este juízo às fls. 

OITIVA DO CONDUZIDO: Após atendimento prévio e reservado com o Advogado, o conduzido, sem o uso de algemas, foi entrevistado por este juízo, por meio de sistema de gravação audiovisual, cuja mídia deverá ser arquivada na Central de Inquéritos, em conformidade com o art. 8º, da Resolução nº. 213/2015, do Conselho Nacional de Justiça, tendo sido oportunizado ao Ministério Público e a Defesa Técnica a formulação de perguntas. 

MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: Considerando presentes os pressupostos e fundamentos para a prisão preventiva (garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal), requer o Ministério Público a conversão da prisão em flagrante de Lucas Leite Ribeiro Porto em preventiva, nos termos do art. 312, do CPP. Por fim, requer este Órgão Ministerial que o autuado seja submetido a novo exame de Corpo de Delito, porquanto o autuado declarou haver sido agredido fisicamente na Central de Triagem de Pedrinhas, fato ocorrido após a primeira perícia realizada, conforme fundamentação oral registrada em áudio. 

MANIFESTAÇÃO DA DEFESA: Por meio de sistema de gravação em áudio, cuja mídia deverá ser arquivada na Central de Inquéritos. Primeiramente, requereu a juntada de documentos pessoais do autuado, bem como certidão de antecedentes criminais. Requer, ainda, o relaxamento da prisão em flagrante, uma vez que todo o auto de prisão em flagrante se baseou em gravações de câmeras de segurança, as quais não foram juntadas no presente autos. Se não for esse o entendimento deste Juízo, requer subsidiariamente, a concessão da liberdade provisória do autuado com aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, inclusive o monitoramento eletrônico, diante da ausência dos requisitos autorizadores do decreto preventivo. 

DECISÃO JUDICIAL: Em que pese a alegação do advogado do autuado no sentido de que a ausência de juntada da mídia enseja o relaxamento do flagrante, tenho que tal alegação não merece prosperar. Com efeito este Juízo já homologou o flagrante, conforme decisão que se encontra anexada aos autos e o fez baseado nos depoimentos das testemunhais que se encontram nos autos e que se revestem de fé pública. Observe-se, ainda que a eventual ausência da mídia neste momento processual se trata de mera irregularidade, não tendo o condão de ensejar o relaxamento do flagrante. 

Demais disso a prisão do autuado ocorreu logo após cometimento do delito, amoldando-se aquela hipótese prevista no art. 302, II, do CPP. Por fim, o autuado em seu interrogatório na Delegacia de Polícia confirmou que estivera no apartamento, local onde ocorreu o crime e lá permaneceu por cerca de 30 minutos, sendo que a suposta gravação apenas corrobora esta afirmação. Razão pela qual ratifico a homologação do flagrante. 

Analisando os presentes autos, tenho que restou comprovada a materialidade do delito, (fl.20) e que há indícios de autoria em relação ao conduzido, o que se encontra consubstanciado pelos depoimentos prestados pelas testemunhas, (fls. 05/11). Quanto à presença de algum daqueles requisitos que ensejam a decretação da preventiva, observo a presença dos requisitos previstos no art. 312 do CPP, em especial, garantia a Ordem da Pública e conveniência da instrução criminal. 

Com efeito, o crime causou grande comoção na cidade, como é cediço e embora tal circunstância, por si só, não seja apta a ensejar o decreto da prisão preventiva, como reiteradamente vem decidindo os Tribunais Superiores, no presente caso tenho que o modus operandi justifica, pelo menos neste momento, tal custódia. Depreende-se que a vítima fora morta por asfixia em sua própria residência, sendo o crime atribuído à pessoa de sua confiança e sem que esta pudesse oferecer resistência, fato que demonstra a periculosidade concreta do autuado. 

Ressalte-se, ainda que o fato de ter sido encontrada sem roupa, ao meu ver, demonstra que fora pega desprevenida, sendo uma circunstância que dificultou ainda mais sua chance de resistir. Demais disso, pelo fato do autuado ser parente da vítima e mesmo das testemunhas, entendo que representa risco concreto de que possa intimidá-las e até mesmo destruir provas, circunstância que no meu entender também demonstram que a prisão também se faz necessária pela menos neste momento processual. 

Frise-se ainda que consta dos autos que o autuado apagou dados de seu celular, como localização e histórico de chamadas, além de não ter fornecido a senha do sistema de gravação de seu condomínio. 

Neste sentido: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. NÃO CABIMENTO. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. SEGREGAÇÃO CAUTELAR DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA NA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. MODUS OPERANDI. HOMICÍDIO CONTRA O IRMÃO. CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL. GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.

I - (...). 

II - A segregação cautelar deve ser considerada exceção, já que tal medida constritiva só se justifica caso demonstrada sua real indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal, ex vi do artigo 312 do Código de Processo Penal. 

III - Na hipótese, o decreto prisional encontra-se devidamente fundamentado em dados concretos extraídos dos autos, que evidenciam que a liberdade do paciente acarretaria risco à ordem pública, notadamente se considerada o modo pelo qual o delito foi perpetrado, "por motivo fútil e mediante asfixia veio a matar a vítima, o que demonstra a sua periculosidade" (fl. 9). 

IV - O decreto também encontra lastro porquanto o paciente é parente das testemunhas, o que "poderá influir no ânimo de testemunhas do crime (muitos parentes, já que matou seu próprio irmão)" (fl. 10), além de não comprovar "vínculo com o distrito da culpa, nem tampouco de ocupação lícita, sendo forçoso concluir que, se livre, poderá se evadir, furtando-se à aplicação da Lei Penal" (fl. 10). 

Habeas corpus não conhecido. Nesta audiência de custódia, o autuado nega a prática delitiva. Essa alegativa, contudo, não foi minimamente comprovada, merecendo prevalecer, para este momento processual, a descrição dos fatos tal como fora feita pela autoridade policial e pelos policiais militares que efetuaram o flagrante, por possuírem fé pública e especialmente por ter se valido de imagens do sistema de gravação. 

Por fim, é cediço que eventuais condições pessoais favoráveis do autuado por si só não são suficientes para por si só ensejar eventual direito à liberdade, se há nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção da custódia cautelar (STJ: REsp 160056/BA). Nesse sentido: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTE (COCAÍNA). PRISÃO EM FLAGRANTE. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA COM BASE NA NECESSIDADE DA CUSTÓDIA CAUTELAR, PARA A GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. 

ORDEM DENEGADA. 

1. (...) 

2. Conforme pacífico magistério jurisprudencial, eventuais condições pessoais favoráveis ao paciente, tais como a primariedade, bons antecedentes, endereço certo e família constituída, não garantem o direito à revogação da custódia cautelar, tendo em vista que a necessidade de sua manutenção restou demonstrada pela presença de circunstância que ameaça a ordem pública. (Grifo nosso) 

3. Ordem denegada. (STJ, 5ª Turma, HC 39846, Relator: Ministro Arnaldo Esteves Lima, Publicação: DJ 18.04.2005, Grifei). 

Isto posto, CONVERTO A PRISÃO EM FLAGRANTE DO AUTUADO LUCAS LEITE RIBEIRO PORTO, EM PRISÃO PREVENTIVA COMO GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E PELA CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. SERVE A PRESENTE DECISÃO COMO MANDADO DE PRISÃO. 

Defiro, ainda, o requerimento ministerial, a fim de encaminhar o autuado para realização de novo Exame de Corpo Delito, diante da afirmação do autuado Lucas Leite Ribeiro Porto de maus tratos quando da sua entrada no Centro de Triagem nesta data. 

Encaminhem-se os autos a Secretaria, para as providências legais. Intime-se. Notifique-se. Cumpra-se. 

Com o recebimento do inquérito devidamente concluído remeta-se os autos de imediato a Distribuição Geral de Fórum. 

Para constar, determinou a MM. Juíza que lavrasse o presente termo depois de lido e achado conforme vai por todos devidamente assinado. (Larissa Feques Vale)______, digitou, (Fabrício Drummond Vieira da Silva) __________ Secretário Judicial da Central de Inquéritos, revisa e subscreve.


Lucas, continua negando, investigadores querem saber qual foi a motivação do crime.

MPF/MA: Vale é condenada por dano ambiental em áreas de preservação permanente.


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As intervenções da obra de "Ampliação dos Pátios de Cruzamento da Estrada de Ferro Carajás" foram além dos limites permitidos
Em resposta a ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA), a Justiça condenou a empresa Vale S/A por intervenções não autorizadas em áreas de preservação permanente durante a execução da obra de ampliação da Estrada Ferro Carajás.
Segundo o MPF, a Vale é responsável por desmatamento, aterramento e ocupação irregular das margens de cursos d'água ao longo da Estrada de Ferro Carajás, além da  destruição do habitat da fauna local.
De acordo com a Justiça Federal, a decisão visa assegurar o retorno da funcionalidade do meio ambiente afetado.
A empresa Vale foi condenada a recuperar as áreas de preservação permanente degradadas pela obra e também área distinta, como compensação ecológica, em local a ser indicado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O plano de recuperação deve ser elaborado por técnico habilitado, com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), que deve ser submetido ao Ibama, em até 90 dias, a ser cumprido com base no prazo por ele estabelecido.
A Justiça determinou ainda o pagamento de quantia pelos danos causados e que não forem passíveis de recuperação, sob pena de multa diária no valor de R$ 10 mil, a ser revertida ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (Lei 7.347/85, art. 13).
O número para consulta processual na JFMA é 0018415-72.2010.4.01.3700
Assessoria de Comunicação - Procuradoria da República no Maranhão.
Tel: (98) 3213-7100 - E-mail: prma-ascom@mpf.mp.br - Twitter: @MPF_MA.

Relatório da ONU: órgãos prestam contas e se comprometem a dialogar para cumprir recomendações em favor dos povos indígenas.


Audiência Pública debateu recomendações das Nações Unidas para combater violações e garantir direitos dos índios.

Foto: Antonio Augusto Secom/PGR.
Mais de 400 indígenas de várias regiões do Brasil, entidades e instituições se reuniram no auditório da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, nessa quinta-feira, 10 de novembro, para debater e encontrar formas de cumprir as recomendações da relatora especial sobre os Direitos dos Povos Indígenas da ONU, Victoria Tauli-Corpuz. 

Divulgado em setembro, durante a 33ª Reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o relatório trouxe conclusões preocupantes sobre a atual situação das populações indígenas no Brasil. O documento destaca que esses povos estão mais vulneráveis agora do que em qualquer outro tempo desde a Constituição em 1988.

Durante cerca de nove horas, as instituições citadas no relatório tiveram espaço para apresentar um balanço das ações que têm desenvolvido e o que poderão fazer para garantir o cumprimento das recomendações. Os indígenas também aproveitaram o momento para  apresentar reivindicações e expressar o descontentamento com a forma como são tratados pelo governo. 

Saúde e educação – A atual situação da saúde indígena é uma das maiores reclamações dos indígenas que protestaram com cartazes, faixas e palavras de ordem contra a tentativa de desmonte do subsistema de saúde indígena

Para a plateia de indígenas, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou a criação de um Grupo de Trabalho que vai contar com membros do Ministério da Saúde, das organizações indígenas e dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condisi), colegiados regionais de controle social e fiscalização da saúde indígena.  

“Faremos um debate de qualidade com os Condisis para termos elementos para tomar decisões no sentido de estruturar melhor a saúde indígena. Esse modelo que temos hoje é considerado precário, faremos mudanças com debate e consulta aos povos indígenas”, reforçou. Ele informou que o ministério está “dedicado a fazer um trabalho para resolver” o que foi destacado no relatório. 

Na área de educação, a secretária de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão Ivana de Siqueira admitiu que há muito o que avançar. Segundo o Ministério da Educação, no Brasil há mais de 3 mil escolas indígenas, 93% em terras indígenas, com 285 mil alunos matriculados sendo atendidos por mais de 20 mil professores indígenas. No ensino superior estima-se que há mais de 22 mil alunos indígenas.  

Para Ivana, os números mostram o avanço e sinalizou a construção de escolas indígenas e a implantação do ensino médio como desafios a serem enfrentados para melhorar a educação nas comunidades. A secretária enfatizou que o diálogo está aberto e que melhorias têm sido discutidas entre índios e governo nas conferências regionais de educação indígena, com a participação das comunidades e estudantes. 

Funai – As recentes propostas de redução do orçamento e de pessoal da Funai foram durante criticadas no relatório de Victoria Tauli-Corpuz, que ressaltou a necessidade de fortalecer o órgão indigenista  para  possibilitar  o  Estado  de  atender  suas  obrigações  legais  para  com a  proteção dos direitos dos povos indígenas. 

Nesse sentido, o presidente interino do órgão, Agostinho do Nascimento Netto, admitiu que o orçamento para 2017 é insuficiente, mas que tem conseguido sensibilizar autoridades para a necessidade de reforço orçamentário. 

Além disso, atitudes estão sendo tomadas internamente, garantiu Agostinho. “Há um esforço para a otimização das rotinas de trabalho da Funai para que processos de demarcação cheguem a termo com serenidade, sob pena de a situação indefinida do território acabar servindo para mais conflitos”. Ele também garantiu finalização do concurso público para a Funai. 

Meio Ambiente – Em nome do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a secretária de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Juliana Simões, reafirmou o compromisso com todas as recomendações presentes no relatório. 

Segundo a secretária, o ministério se compromete a fazer consultas aos povos indígenas para qualquer medida que seja tomada pelo MMA e que os afete, respeitando a Convenção 169 da OIT. Para conciliar situações de  sobreposição de terras indígenas e Unidades de Conservação, Juliana projetou que o MMA tem priorizado instrumentos como a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental (PNGATI). “Os povos indígenas são os que mais conservam os recursos naturais no Brasil”, reconheceu. 

Demarcação e conflitos agrários - A demora nos processos de demarcação das terras é um dos maiores problemas dos povos indígenas e gatilho para várias outras violações de direitos, segundo relatório da ONU. Atualmente, há aproximadamente 150 terras indígenas em estudo, cerca de 200 reivindicadas, mas sem qualquer providência por parte do Estado para demarcação, e 107 demandas por reestudo (revisão) de área.

Sobrevivente do ataque contra indígenas em agosto desse ano em Caarapó, Mato Grosso do Sul, líder Guarani-Kaiowá Elson Kaiowá pediu mais respeito aos povos indígenas. “Respeitem nossas tradições, não somos problema. Nosso futuro está no nosso tekoha (território)”, alertou.  

O procurador da República no Mato Grosso do Sul Marco Antônio Delfino apresentou um histórico de violações cometidas contra os povos indígenas no estado e apontou a necessidade de criação de uma Comissão Nacional da Verdade para investigar o tema.  

Nações Unidas – Acompanhando todo o debate, o representante do Escritório de Prevenção ao Genocídio e Responsabilidade de Proteger da ONU, Davide Zaru, informou que levará as informações à relatora especial Victoria Tauli-Corpuz. 

Segundo Zaru, o debate revelou que todos os atores estão cientes das dificuldades apresentadas e diagnosticou que a dificuldade está na implementação das soluções. “Meu desejo é que utilizemos 100% do que aprendemos e escutamos nessa audiência. Nós [ONU] não temos varinha mágica, mas vamos nos empenhar para ajudar na solução dos problemas”, informou.  

A relatora de Direitos Humanos e Povos Indígenas, Plataforma Dhesca Brasil, Érika Yamada ressaltou que é “preciso transformar o relatório em ações reais e concretas”. 

“A nossa responsabilidade é grande, temos o compromisso de levar adiante todos os compromissos assumidos”, projetou o coordenador da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais, o subprocurador-geral da República Luciano Mariz Maia, anfitrião da audiência. "A 6CCR vai realizar o monitoramento da implementação das recomendações por meio dos grupos de trabalho existentes, ou com indicação de relatores temáticos, onde se fizer necessário, e dará continuidade ao diálogo pela efetiva realização, em consulta direta às comunidades indígenas, e às instituições locais", completou.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Suspeito de matar Mariana Costa, que era sobrinha-neta de Sarney, é preso em flagrante.

Foto - Mariana Costa

Mariana Costa tinha 33 anos; Polícia ainda não tem pistas sobre a motivação do crime.

O principal suspeito da morte da sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney, Lucas Leite Porto foi preso em flagrante e levado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas na tarde desta segunda-feira (14).

Foto - Lucas Leite Porto 
Lucas é cunhado da vítima e herdeiro do grupo Planta Engenharia. Ele foi filmado pelas câmeras de segurança do prédio onde Mariana Costa morava, correndo pelas escadas de emergência em um horário próximo da morte da jovem.

O suspeito apresentava arranhões no rosto e no peito, compatíveis com sinais de luta corporal de acordo com a perícia. O corpo de Mariana foi encontrado, sem roupas e com um travesseiro sobre o rosto, na cama pelas filhas. 

Foto - Lucas Leite Porto de cabeça raspada e uniforme de presidiário.
De acordo com Lúcio Rogério Reis, delegado Departamento de Homicídios de São Luís que trabalha no caso, elas haviam descido para a piscina no momento em que Lucas Porto voltou ao apartamento pela segunda vez. Por volta das 22 horas, ele foi autuado em flagrante e prestou depoimento.

Brasil: Lançada campanha em defesa de Lula e do Estado de Direito.

http://brasiljustopratodos.com.br/
Brasília –  Movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos progressistas lançarão hoje em São Paulo uma campanha em defesa da democracia, do Estado de Direito e do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva.

http://brasiljustopratodos.com.br/  ‘Por um Brasil justo para todos e para Lula’, é a consigna sob a qual se desenvolverá a missão, que de acordo com um manifesto difundido pelos organizadores, responde ao conjunto de ameaças e retrocessos que pendem sobre o Estado de Direito no país e requerem uma resposta firme por parte de todos os democratas.


O evento da ultima quinta-feira – anunciará – marcará o início de um amplo movimento no país e no exterior, a partir do qual serão organizadas manifestações contra a perseguição judicial da qual Lula é vítima e também em defesa da democracia.

Resguardar o direito de Lula à presunção de inocência, à ampla defesa e a um julgamento imparcial ‘é defender a liberdade, os direitos e a cidadania de todos os brasileiros’, enfatiza o documento.
Recorda também que o Estado democrático de Direito, consagrado na Constituição de 1988, ‘é a mais importante conquista histórica da sociedade brasileira’.
Na democracia, Brasil conheceu um período de estabilidade institucional e de avanços econômicos e sociais, se transformando em um país melhor e menos desigual; mas essa grande conquista coletiva encontra-se ameaçada hoje por sucessivos ataques aos direitos e garantias, sob o pretexto de combater a corrupção, adverte o manifesto.
Quando um cidadão é ofendido, tratando-se de um ex-presidente ou um trabalhador, cada um de nós é vítima da injustiça, porque todos somos iguais perante a lei, conclui.
Advogados da defesa de Lula têm enfatizado que o ex-governante e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) se converteu há muito tempo em vítima do que estudos internacionais definem como ‘lawfare’, ou seja, do uso das leis e procedimentos jurídicos como arma de guerra para destruir o inimigo.
logo nas ruas
http://brasiljustopratodos.com.br/
Há muito tempo Lula foi definido como o inimigo número um a ser apagado do cenário político nacional, indicaram os advogados em uma nota difundida recentemente a propósito dos abusos cometidos contra este pela operação anticorrupção Lava Jato, que conduz o juiz federal Sergio Moro.
O que se evidencia – sublinharam – é um processo sensacionalista e escandaloso, que aniquila a garantia de presunção de inocência e constitui uma nítida violação ao contraditório e à ampla defesa, mostrando também um evidente abuso de poder.
Por sua vez, e em um artigo publicado no diário Folha de São Paulo, o próprio ex-dignatário reforçou o caráter político das acusações das quais é objeto no contexto da Operação Lava Jato, que investiga uma rede de corrupção na petroleira estatal Petrobrás.
Ao assinalar novamente a ausência de provas que sustentem as acusações, Lula manifestou que estas não representam exatamente uma perseguição a sua pessoa, mas ao projeto político que sempre representou: o de ‘um Brasil mais justo, com oportunidades para todos’.
Prensa Latina.

Russia. Avião de caça MiG-29 sofre pane e cai no mar Mediterrâneo, piloto se ejeta sendo resgatado com vida.

Foto Sputniknews.


Um  Caça naval russo modelo MiG-29KR / KUBR  sofreu um acidente, vindo a cair sobre o mar Mediterrâneo ao se preparar para o pouso no porta-aviões Admiral Kuznetsov, informou hoje (14) o serviço de imprensa do Ministério de Defesa da Rússia. “Uma falha técnica ocorrida durante um voo de treinamento realizado a alguns quilômetros do porta-aviões Admiral Kuznetsov provocou um acidente com o caça de convés MiG-29” – diz o comunicado. 

MiG-29
Foto Sputniknews.

De acordo com o ministério, o piloto conseguiu se ejetar antes da queda da aeronave e foi resgatado com sucesso a bordo do porta-aviões. Informa-se que o piloto não sofre risco de morte e está pronto para realizar novas tarefas.

“O grupo naval do porta-aviões russo continua operando no mar Mediterrâneo no âmbito de sua missão de longo prazo. As missões da aviação serão mantidas em conformidade com as tarefas” – explica a nota do Ministério russo.

Em 15 de outubro, o serviço de imprensa da Frota do Norte da Rússia disse que um grupo de navios de guerra chefiados pelo Admiral Kuznetsov havia sido enviado para o Mediterrâneo para realizar exercícios e reforçar as capacidades navais do país.

A Rússia realiza, desde 30 de setembro de 2015, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, uma campanha militar na região, levando a cabo ataques aéreos contra posições terroristas na Síria.