segunda-feira, 16 de junho de 2014

PRIVATIZAÇÕES - TUCANAGENS CONTRA O POVO.

TUCANAGENS CONTRA O POVO.

EMPRESAS ESTRANGEIRAS DE TELEFONIA DEVEM BILHÕES DE REAIS EM IMPOSTOS E MULTAS E NÃO PAGAM

[OBS deste blog 'democracia&política': Vejo a todo momento, em todos os canais de TV, que FHC e seu escolhido Aécio estão assanhados para fazer o Brasil "mudar" (isto é, para voltar aos tempos das privatizações tucanas muitíssimo generosas para os estrangeiros). O "mercado" e a "grande" mídia os apoia fortemente. Será que o povo sabe que até hoje paga pesadamente por elas? O artigo a seguir aborda somente um dos setores "privatizados" ("estrangeirizados em condições dadivosas"): as telecomunicações] :

AS MULTAS DE "ARAQUE" NO BRASIL

Por Mauro Santayana, em seu blog:

"Dizer que os serviços de telecomunicações no Brasil são péssimos, já virou lugar comum. Milhares de queixas são feitas contra as operadoras de telefonia, banda larga, celular e TV a cabo, todos os meses, nos Procons e na Anatel.

Reconhecer que eles estão entre os mais caros do mundo, também é redundância. Segundo um estudo da União Geral de Telecomunicações, divulgado em 2013, as tarifas de celular cobradas no Brasil, em termos absolutos, são as mais caras do mundo. O preço por minuto, em 2012, entre celulares, era de 0,71 por dólar, o mais alto entre 161 países analisados. No México e na Argentina, o custo por minuto é de 0,32 por dólar, no Peru, de 0,18, no Chile, de 0,14. Na Rússia, país em que o salário mínimo está por volta de 2.000 reais, a ligação entre diferentes operadoras é de 0,09 centavos de dólar, e na Índia, outro país dos BRICS, de 0,02.

O brasileiro comum também já sabe que não adianta ligar para as agências reguladoras. A "Lei Geral de Telecomunicações" criada logo depois do desmonte e esquartejamento da Telebras [por PSDB/FHC]- antes da implementação do sistema de telefonia celular no Brasil, para que se entregasse esse “filé mignon” aos gringos, sem a concorrência da estatal - prevê que "as operadoras não podem ser multadas a cada infração", mas só depois que se acumula um enorme número de queixas de cada tipo.

O que não se sabia, ainda, e se está sabendo agora, é que as multas não servem para nada, porque elas não são pagas pelas empresas - principalmente as estrangeiras - que dominam esse mercado no Brasil.

Outro dia, denunciamos, aqui, que [citando apenas uma das estrangeiras, a espanhola] "Telefónica" (Vivo) está devendo, só de impostos atrasados, contestados, na justiça, como o ICMS, mais de 6 bilhões de reais para a Receita Federal [quase equivalente ao custo de todos os estádios da Copa. O povo paga por ligações caras e ruins e ainda paga com o não recebimento pelo Estado dos impostos que permitiriam melhorar os serviços públicos. Por outro lado, as telefônicas estrangeiras não admitem deixar de mandar integralmente para seus países sede os gordos lucros aqui extorquidos].

E a Anatel acaba de reconhecer que, entre 2000 e 2013, recebeu apenas 550 milhões de reais dos 4,33 bilhões de reais em multas que expediu. Centenas delas deixaram de ser recebidas, por terem sido, também, contestadas e suspensas na justiça, da mesma forma que a "Telefónica" faz com parte dos impostos que deve ao erário brasileiro.

Mesmo que tivessem sido integralmente pagas, essas multas não teriam quase nenhum valor punitivo, se considerarmos que o mercado brasileiro de telecomunicações fatura, por ano, mais de 200 bilhões de reais, ou quase de 500 milhões por dia.

Se você, caro leitor, deixar de pagar o imposto de renda ou atrasar o pagamento de sua conta de telefone fixo, internet, TV a cabo ou celular, vai ter os serviços cortados, suas propriedades serão penhoradas e o seu nome vai para o SPC.

Se uma dessas companhias, espanhola, portuguesa, mexicana ou italiana, que veio para o Brasil nos anos 1990, for multada, ou deixar de pagar impostos, ela recorrerá na justiça, e continuará “trabalhando” livremente, metendo a mão no dinheiro do usuário, e mandando bilhões de dólares em lucro para o exterior."


FONTE: escrito por Mauro Santayana, em seu blog. Transcrito no "Blog do Miro" (http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/06/as-multas-de-araque-no-brasil.html#more).[Título, imagem e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política']

Um novo fantasma assusta o Oriente Médio.

Sanguessugado do Olhar o Mundo.
 
TExto de Luiz Eça.

A tomada de Mosul pelo ISIL – Estado Islâmico do Iraque e do Levante – marcou uma nova e inquietante etapa nos conflitos do Oriente Médio.

 
Mosul é a segunda cidade do Iraque, com 1.500.000 habitantes, o centro de uma grande zona petrolífera.
 
O ISIL saqueou o Banco Central local, levando 429 milhões de dólares e mais vasta quantidade de ouro para financiar novas operações.
 
Pela primeira vez um movimento terrorista tomou uma cidade desse porte.
 
O ISIL já conquistou Faluja e Ramadi, capital da província de Anbar, centro do Iraque.
 
E vem se expandindo nas regiões do nordeste da Síria e noroeste do Iraque, que são contíguas.
 
A província iraquiana de Nineveh está quase totalmente sob seu controle.
 
A fama de extrema violência dos membros do ISIL está causando um verdadeiro êxodo no norte do país.
 
Acredita-se que um milhão de pessoas fugiram de seus lares, sendo que somente de Mosul foram cerca de quinhentos mil.
 
A importante cidade de Kirkuk é o próximo alvo desses fundamentalistas islâmicos.
 
O exército iraquiano não tem sido páreo para eles.
 
Lançou ataques na província de Anbar, mas não conseguiu desalojar o inimigo.
 
E em Nineveh, encontra-se em fuga desordenada.
 
Na Síria, o ISIL luta em dois fronts: contra Assad e contra os grupos de oposição ao governo de Damasco.
 
Os jihadistas controlam Raqqa, a única capital provincial em mãos de qualquer das forças rebeldes.
 
E se espalha pelas cidades ao longo do rio Eufrates.
 
O ISIL era originariamente um braço da al Qaeda, no Iraque.
 
Antes da invasão americana, o movimento de Bin Laden não existia no país, fortemente perseguido por Saddam Hussein.
 
Cresceu, capitalizando a indignação da população sunita contra a ocupação estrangeira.
 
Como membros da al Qaeda, os milicianos do ISIL promoveram grande número de atentados, mesmo depois da retirada americana.
 
Em 2012, o movimento passou a atuar também na guerra da Síria, combatendo o exército de Assad.
 
Mas, criaram problemas para a insurgência como um todo.
 
Enquanto o objetivo dos outros grupos rebeldes é apenas mudar o regime sírio, o ISIL pretende criar um califado sunita, abrangendo Iraque, Síria e Líbano.
 
Para conquistar territórios, entrou em luta com outros movimentos que se opõem a Assad.
 
E assim vem ganhando o controle de muitas cidades e aldeias no norte da Síria.
 
Nelas impõe uma versão rígida da Sharia (lei islâmica medieval): proibindo bebidas alcoólicas, cigarros e danças e obrigando as pessoas a compareceram ao culto islâmico nas sextas-feiras e as mulheres a cobrirem o rosto com o niqab.
 
Seus milicianos praticam uma série de atentados sangrentos, assassinando indiscriminadamente figuras do regime, chefes da oposição e civis.
 
Até para al Qaeda é demais. Em um comunicado, a organização condenou os métodos do ISIL, informando que não tinha mais nada a ver com ele.
 
O ISIL não deu a menor importância.
 
Dispondo de armamentos modernos, seus milicianos são considerados os mais eficientes combatentes da revolução.
 
Contavam com amplos recursos oriundos de doações particulares da Arábia Saudita (The National, 7 de junho).
 
Recentemente, assustado por ter permitido a criação de um verdadeiro Frankenstein, o governo de Ryadh fechou a torneira, colocando o ISIL na sua lista negra de movimentos terroristas proibidos.
 
Tarde demais.
 
O ISIIL está em plena ascensão.
 
Aparentemente, conta com o apoio de boa parte da comunidade sunita do Iraque, hostilizada pelo regime xiita do primeiro-ministro Maliki.
 
Há tempos, Maliki pede que os EUA enviem armas pesadas, mais avançadas, de elevado poder letal.
 
O governo Obama hesitava, temendo que caíssem nas mãos dos rebeldes, como, aliás, já tem acontecido.
 
Depois da queda de Mosul, Maliki ficou desesperado. Suplicou que Obama mandasse sua força aérea bombardear o pessoal do ISIL.
 
Isso pode bem acontecer. Ainda mais porque o Irã decidiu não ficar em cima do muro. Já há tropas da Guarda Revolucionária em Bagdá para defender a cidade.
 
Obama não deve chegar a tanto.
 
Ele não quer soldados americanos lutando no Iraque, depois da desastrosa invasão promovida por Bush.
 
Além de possivelmente receber o reforço da aviação americana, Maliki deverá contar com tanques, veículos blindados, artilharia e até os temíveis drones.
 
Armamentos poderosos para compensar a fraqueza do desmoralizado exército iraquiano.
 
Em Mosul, ele bateu em retirada diante de uma força muitas vezes menor de milicianos jihadistas.
 
Ora, esse exército foi formado, treinado e armado pelos EUA.
 
O que levanta uma dúvida assustadora sobre o que pode acontecer no Afeganistão depois da retirada das forças de Tio Sam.
 
O que esperar do exército afegão, também uma obra criada pelo Pentágono?
 
Link: http://www.olharomundo.com.br/um-novo-fantasma-assusta-o-oriente-medio/

domingo, 15 de junho de 2014

UFMA - Assassinato na Cidade Universitária surge uma outra versão.

O nome dele era Igor. Sim, ele era negro e pobre. 

Ele morava aqui na minha rua, na Vila Bacanga, em uma casinha alugada junto com a mãe e a irmã. Eu não o conheci pessoalmente. Moravam a pouco tempo no Bairro. 

Segundo eu já ouvi dos moradores, ou outro lado da história é que eram apenas jovens, voltando do arraial da UFMA. Que há tempos o jovem Igor vinha sendo ameaçado por esse segurança que efetuou o disparo, que o acusava de ter participado de assaltos dentro do campus juntamente com outros caras que já haviam sido presos.

Que na volta do arraial o segurança o ameaçou novamente, e que o jovem começou a discutir com o segurança, afirmando que não era assaltante, mas sem nenhum contato físico, até porque ele, e todos os outros jovens que ali estavam, se encontravam desarmados.
 

Foto distribuida pela Segurança da UFMA, realmente proximo ao Portão de saída do Bacanga...
Os seguranças seguiram o grupo nessa discussão, e ao chegar próximo ao portão que dá acesso a Vila Bacanga, os jovens jogaram pedras nas câmeras de segurança, e o segurança respondeu a isso com tiros. Todos os jovens correram, para fora do campus, inclusive o Igor, que se protegeu dos tiros atrás de um poste próximo ao portão de acesso, já do lado de fora do muro.

De acordo com os outros jovens, nesse momento, o segurança correu até o muro, colocou o braço pra fora através dos blocos e gritou, quando o garoto se assustou com o grito, ele mirou e acertou ele com um tiro no peito. O garoto morreu ao chegar na emergência do Socorrão.

A família dele dependeu da solidariedade de todos do bairro pras despesas com velório e enterro. A mãe e os familiares se sentem impotentes para procurar a justiça, diante do aparato da universidade.
 
E assim o Igor, que até agora ninguém citou o nome, e que a mídia nem fez questão de saber por ser nego e pobre, vai virar estatística.


Disso tudo eu só consigo pensar:
A questão é que, por mais que todos digam que ele era bandido, nada justifica a forma como ele foi assassinado, porque, por mais que a maioria da sociedade pense o contrário, todo criminoso tem direito a defesa.
 
E o que tem acontecido é que os jovens negros e pobres da periferia, tendo cometido crimes ou não, estão sendo julgados e condenados a pena de morte nas ruas sem direito a defesa.
 
O mapa da Violência no Brasil mostra em estatísticas que a maioria das vitimas de morte por letalidade são jovens, negros, oriundos da periferia. E quem mais mata é o braço armado do Estado.
 
Que a segurança Privada e patrimonial da UFMA é, como há tempos se sabe, despreparada para ocupar aquele espaço. Homens e mulheres, sem o menor preparo, andam armados naquele espaço, intimidando a todos que o frequentam com os seus modos truculentos, principalmente as pessoas que moram nas comunidades que circulam a Universidade (Vila Bacanga, Sá Viana, Jambeiro e Vila Embratel).
 
Não é de hoje que ocorrências de violências acontecem, e todos nós, que já sofremos ou nos sentimos intimidados pela segurança da UFMA, sabíamos que uma tragédia dessas ia acontecer mais cedo ou mais tarde.
 
O mais irônico dessa crônica de uma morte anunciada, é que o slogan da UFMA é "A Universidade que cresce com inclusão e Justiça Social". Mas a verdade é que há anos a sua política para com as comunidades é de desrespeito, preconceito e violência.
 
É negado a livre circulação em um espaço que é público. Esse jovem já havia morrido socialmente, no momento em que decretaram que, por ser negro e pobre ele não era digno de frequentar aquele espaço.
 
Texto da autoria de Flávia Gerusa, está publicado no facebook.
 
Link Matéria relacionada:UFMA - Homicídio é registrado dentro da Cidade Universitária nesta madrugada.http://maranauta.blogspot.com.br/2014/06/ufma-homicidio-e-registrado-dentro-da.html

EUA gaguejam sobre o Iraque. O Irã põe a boca no mundo.

MK Bhadrakumar, Indian Punchline Tradução: Vila Vudu


De uma perspectiva de longo prazo, não é possível discordar de que o presidente dos EUA Barack Obama tomou a decisão certa, de não mandar tropas norte-americanas contra o grupo afiliado da al-Qaeda “Estado Islâmico do Iraque e Síria” [ing. ISIS] que atacou regiões do norte do Iraque no início dessa semana. A declaração de Obama na 6ª-feira pode ser assim resumida, em palavras dele mesmo:


“Quero ter certeza de que todos entendem essa mensagem – os EUA simplesmente não se envolverão em ação militar na ausência de plano dos próprios iraquianos, que nos dê alguma garantia de que os iraquianos estão preparados para trabalhar em conjunto. Não vamos nos deixar arrastar de volta para uma situação na qual enquanto lá estivermos seguramos algumas coisas e com enormes sacrifícios para nós, mas, no instante em que saímos de lá, de repente as pessoas começam a agir de modo que não conduz à estabilidade de longo prazo e à prosperidade do país.”[1]


Bem claramente, Obama recusa-se a se deixar acuar pelos críticos domésticos. O que Obama pensou sobre o caso envolveu, com certeza:
(a) sim, o ISIS pode “eventualmente” vir a ser ameaça a interesses dos EUA; (b) as forças armadas iraquiana sim, presicam apoio adicional para deter o avanço do ISIS; (c) mas o desafio não é “só”, sequer “primeiramente”, desafio militar; (d) a questão central no Iraque são as diferenças sectárias, que os líderes políticos têm de enfrentar e superar; (e) os vizinhos do Iraque “também têm responsabilidades” no apoio à acomodação política, que tem a ver com os interesses legítimos de todas as comunidades no Iraque; (f) o ISIS é “problema regional” e “problema de longo prazo”.
Obama referiu-se vagamente a que os EUA estão em contato com outros países para ver “como podem apoiar um esforço para criar o tipo de unidade política que dê mais peso às forças de segurança”. Presumivelmente, falava dos aliados regionais dos EUA.
Significativamente, horas depois da declaração de Obama, o presidente Hassan Rouhani esclareceu a posição de Teerã sobre a situação do Iraque. Deixou claro que Teerã está apoiando total e completamente o primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki que fez bonito nas eleições parlamentares recentes e garantiu para si um novo mandato.
Rouhani disse que o Irã não aceitará os atentados da Arábia Saudita contra os xiitas que chegaram ao poder no Iraque. Alertou que os países que têm dado apoio financeiro e armas ao ISIS (leia-se Arábia Saudita e Qatar) mais cedo ou mais tarde enfrentarão as consequências.
Rouhani descartou absolutamente qualquer objetivo de trabalhar com os norte-americanos na questão iraquiana. Por outro lado, destacou que Teerã está disposto a garantir ajuda e assistência ao governo iraquiano, incluindo aconselhamento militar, caso Bagdá solicite (solicitação que, até agora, ainda não foi feita). Mas essa ajuda será consistente com a política iraniana de absolutamente em nenhum caso enviar tropas para combater fora do país. Assim sendo, nada de coturnos iranianos em solo não iraniano; mas Maliki pode contar com suprimentos e aconselhamento militares e com a ajuda da inteligência iraniana.
De fato, os iranianos avaliaram cautelosamente a situação e concluíram que o ISIS não passa de pequena fagulha; que a queda de Mosul aconteceu por razões específicas; e que o exercito iraquiano tem meios para recuperar o terreno perdido.
Leia aqui o que publicou a Agência Fars, sobre a fala de Rouhani:


Presidente Rouhani: Não haverá tropas iranianas no Iraque 14/6/2014, http://english.farsnews.com/print.aspx?nn=13930324000662

Teerã (FarsiNews) – O presidente do Irã Hassan Rouhani desmentiu notícias de que estariam sendo enviadas tropas iranianas ao Iraque, mas disse que Teerã está pronta para ajudar seu parceiro ocidental em sua guerra aos terroristas, nos termos da lei internacional, se Bagdá o solicitar.
“Nós, como República Islâmica, somos amigos e vizinhos do Iraque e temos boas relações com o governo do Iraque e a nação iraquiana” – disse Rouhani em conferência de imprensa em Teerã, no sábado.
“Se o governo iraquiano pedir ajuda, estudaremos o pedido. Até agora não recebemos nenhum pedido, mas estamos prontos a ajudar, no quadro das leis internacionais e do pedido da nação iraquiana” – acrescentou.
“Claro, temos de saber que ajuda e assistência é uma questão, e interferência e intrusão (no campo de batalha) é outra. Se o governo do Iraque nos pedir, ajudaremos, mas jamais se cogitou de pôr soldados iranianos em combate no Iraque” – disse o presidente.
“Desde que foi criada, a República Islâmica jamais tomou medida desse tipo e nunca enviamos soldados iranianos para combates em outros países” – disse o presidente Rouhani. – “Claro que, se solicitados, garantiremos aos países nossos saberes e nossas opiniões de especialistas consultados.”
Rouhani disse que a nação iraquiana é perfeitamente capaz de exterminar o terrorismo.
O presidente do Irã também alertou sobre a possibilidade de o Irã vir a ter de enfrentar o ISIL ou qualquer outro grupo terrorista que se aproxime das fronteiras iranianas, e disse: “Se um grupo terrorista se aproximar de nossas fronteiras, sem dúvida o confrontaremos, porque é nosso dever defender nossa integridade territorial e interesses nacionais.”
O presidente também se dirigiu aos estados que estão fornecendo ajuda financeira e armas aos terroristas do ISIL, alertando que o terror voltará para incendiar também aqueles países.
Rouhani desmentiu matéria publicada pela imprensa-empresa ocidental, segundo a qual funcionário iraniano não identificado teria informado sobre o início de cooperação entre Irã e EUA contra os terroristas no Iraque. O presidente disse: “Os norte-americanos talvez queiram fazer alguma coisa, mas não estou informado de coisa alguma.”
Falou do terrorismo como questão importante na região, e disse que eventos recentes no Iraque aconteceram porque grupos terroristas estão furiosos ante os resultados das eleições, que mantiveram no poder os xiitas e o primeiro-ministro Nour al-Maliki por vias integralmente democráticas. Disse que não é aceitável a intenção de alguns grupos, de “compensar, com terrorismo, suas perdas e fracassos eleitorais.”
Rouhani também se referiu à baixa potência militar dos terroristas do ISIL; disse que o colapso de Mosul foi resultado de vários elemenos e de alguma coordenação (com traidores dentro da cidade).
Repetiu que o Irã preocupa-se ativamente sobre a disseminação do terrorismo na região, e lembrou a proposta que o país apresentou à ONU dia 25/9/2013 (dia 18/12/2013, a Assembleia Geral da ONU aprovou por expressiva maioria a proposta do presidente Rouhani, World Against Violence and Extremism (WAVE) [O Mundo contra a Violência e o Extremismo]), de combater o extremismo e a violência, e que foi bem recebida pelos estados regionais e de todo o mundo (...).
Na 6ª-feira, o Wall Street Journal publicou matéria em que se liz que Teerã teria enviado duas unidades de elite do seu Corpo de Guardas da Revolução Islâmica [orig. Islamic Revolution Guards Corps (IRGC)] ao Iraque, para combaterem conta os terroristas do ISIS.
Poucas horas depois, o vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, desmentiu categoricamente a matéria, e disse à Agência Farsi de Notícias que “é falsa a informação sobre envio de forças militares iranianas ao Iraque.”
O vice-ministro iraniano de Relações Exteriores também disse que o Iraque tem consideráveis capacidades militares, perfeitamente suficientes para dar combate a militantes do ISIL. O ministro de Relações Exteriores do Iraque Hoshyar Zebari também não confirmou a matéria do WSJ, quando perguntado se guardas do IRGC estariam entrando na luta no Iraque: “Sinceramente, nada sei sobre isso. Estou em Londres...” – disse ele ao repórter do WSJ que lhe telefonou.
Em Teerã, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Marzieh Afgham já dissera que o Irã não está envolvido nos conflitos no Iraque. “Até agora não recebemos nenhum pedido de ajuda, do Iraque. O exército iraquiano é perfeitamente capaz de lidar com essa dificuldade.”_________________________


Teerã concluiu que todo o drama dos ataques do ISIS foi operação clandestina montada pelas potências regionais que promovem a agenda da ‘mudança de regime’ na Síria apoiadas pelos EUA. Rouhani teve a elegância de não citar os EUA nominalmente. (A próxima rodada de conversações sobre o programa nuclear iraniano deve começar na próxima 2ª-feira, em Genebra.)
Ali Larijani põe a boca no mundo
Mas o líder do Parlamento, Ali Larijani, não se sentiu preso a nenhuma regra de polidez diplomática. Larijani tirou as luvas durante discurso público em Teerã ontem e literalmente desmascarou todo o papel dos EUA na Síria ao lado de Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Turquia, etc.


Ali Larijani culpa EUA e estados da região pelas crises na Síria e no Iraque 14/6/2014, http://english.farsnews.com/print.aspx?nn=13930324000273
Teerã (FNA) – O presidente do Parlamento iraniano Ali Larijani acusou as potências mundiais de estarem usando terrorismo como ferramenta para promover seus objetivos de propaganda e responsabilizou diretamente os EUA e estados da região pelas crises no Iraque e na Síria – nos dois casos, resultantes do apoio que EUA deram a grupos terroristas Takfiri e Baathi.
“Os Baathistas e Takfiris devem ser responsabilidades pelos recentes eventos no Iraque. Quando aconteceu na Síria, muitos países em torno do Irã vieram até nós para dizer que se a Síria fosse democrática, os Takfiris já não estariam lá. Hoje pergunto: se houvesse democracia no Iraque, veríamos os Takfiris, hoje, fazendo o que fazem” – disse Larijani num fórum em Teerã, na 6ª-feira à tarde.
“É perfeitamente óbvio que os norte-americanos e demais países aqui à nossa volta são responsáveis pelo que hoje se vê no Iraque. Não têm sequer um Parlamento adequado. E só fazem discursar sobre democracia no Iraque e na Síria” – acrescentou.
Larijani falou longamente sobre como os eventos de hoje mostram o quanto o terrorismo cresceu como instrumento das grandes potências para promover seus interesses: o terrorismo é uma espécie de pretexto que, quando não está já à mão, sempre pode ser ‘acionado’...
Noutra fala importante, na 4ª-feira, o Comandante da Força Iraniana Basij [de voluntários], general-brigadeiro Mohammad Reza Naqdi, condenou os crimes cometidos pelos terroristas Takfiri e salafistas na região, e disse que são crimes apoiados por estados ocidentais e países árabes ricos em petróleo.
“Essas correntes (Takfiri) que falam dos xiitas como infiéis, decretam o assassinato de xiitas, cometem crimes e massacram inocentes sob a falsa noção de que assim ordenaria o Islã, e que inventam diferenças entre xiitas e sunitas até em suas fatwas só dizem mentiras” – disse Naqdi na província Sistão e Balouquestão, no sudoeste.
Disse que os grupos Takfiri cometem crimes que se alinham aos interesses mais sórdidos das potências arrogantes, e obededem ao que lhes ordenamthink-tanks ocidentais e israelenses, todos apoiados por petrodólares de alguns países árabes.
A Síria tornou-se alvo e locus de violência mortal desde março de 2011. Há inúmeros relatórios que comprovam que as potências ocidentais e seus aliados na região – especialmente o Qatar, a Arábia Saudita e a Turquia – garantem apoio aos terroristas que operam dentro da Síria.
Também no Iraque, as forças iraquianas continuam a combater contra terroristas Takfiri cujos militatantes avançam no Iraque.
Dia 10/6/2014, a província de Nineveh no norte do Iraque caiu em mãos de militantes de um chamado Islamic State of Iraque and the Levant (ISIL). Os ataques dos Takfiri forçaram mais de meio milhão de habitantes de Mosul, capital da província Nineveh, e dos arredores da cidade, a deixar as próprias casas.
Ao mesmo tempo em que os terroristas tentam controlar duas áreas na província Diyala na 5ª-feira, as forças iraquianas já retomavam o controle do centro de Tikrit e de partes de Mosul. Os terroristas Takfiri ameaçaram marchar contra a capital, Bagdá.
Sabe-se que há grupos Takfiri entrando no Iraque vindos da Síria e da Arábia Saudita, com o objetivo deliberado de comprometer a segurança no país._________________

Se se aproximam, como acima, as falas de Obama e Rouhani sobre os desenvolvimentos no Iraque, vê-se claramente que Washington caiu presa numa ratoeira. Dito claramente, Obama está sendo convocado para defender a ‘democracia’ contra os terroristas do ISIS – os quais, muito evidentemente, sim, implicam grave ameaça a interesses dos EUA na região. Mas... os terroristas do ISIS são, na essência, criação dos EUA e de seus aliados regionais – “são os nossos [deles!] filhos-da-puta” no Oriente Médio (para usar a famosa fórmula cunhada por FDRoosevelt para descrever Anastasio Somoza brutal ditador nicaraguense).
A melhor aposta, para Obama, é que Maliki não procure ajuda externa e consiga fazer escafederem-se os ISIS usando o próprio exército do Iraque e os guerrilheiros curdos da Peshmerga e seu aliado iraniano. E o Irã, por sua vez, confia que Maliki derrotará os tais terroristas. ******

sábado, 14 de junho de 2014

UFMA - Homicídio é registrado dentro da Cidade Universitária nesta madrugada.

Vítima foi alvejada com cinco tiros, efetuados por vigilante. Vítima morreu no hospital.
 
Imirante.com, com informações da Mirante AM.
 
SÃO LUÍS – Um homicídio foi registrado dentro da Cidade Universitária da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), na madrugada deste sábado (14), durante uma festa. De acordo com as primeiras informações, Igor Albert Vale dos Santos, de 19 anos de idade, morador da Vila Bacanga, foi alvejado por cinco disparos no peito, feitos por um vigilante da universidade, no Colégio Universitário (Colun). A vítima foi socorrida, mas morreu minutos depois já no Hospital Djalma Marques ("Socorrão I").
 
Em nota enviada à imprensa no fim da manhã, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA) informa que Delegacia de Homicídios investiga o caso. "De acordo com informações do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), estava acontecendo um arraial universitário nas dependências do colégio.
 
Teria ocorrido um tumulto e várias pessoas tentaram invadir o local. Na ocasião, um dos vigilantes efetuou alguns disparos para o alto. Igor Albert Vale dos Santos teria partido para cima do mesmo, que acabou disparando contra o jovem, que foi atingido no peito esquerdo", diz trecho da nota. Ainda segundo o Ciops, o vigilante fugiu do local, mas o supervisor da empresa de vigilância para qual ele trabalha garantiu que o vigilante irá se apresentar à polícia com advogado.
 

 
A Universidade Federal do Maranhão, através de sua assessoria de imprensa, divulgou nota para esclarecer sobre o homicídio que foi registrado dentro da Cidade Universitária.
 
Veja nota na íntegra
 
A Universidade Federal do Maranhão, em meio ao caso ocorrido na noite de ontem (13) sobre o homicídio registrado na Cidade Universitária durante o arraial realizado na Concha Acústica, esclarece que, por volta das 23:36 uma senhora que estava em um carro de modelo HB20 informou aos vigilantes da Universidade que aproximadamente 10 indivíduos estavam assaltando os participantes durante o arraial. Após receber esta informação foram acionados dois rondas para ficarem de prontidão e garantir a segurança patrimonial da Instituição.
 
No momento em que os vigilantes foram se aproximando os meliantes começaram a apedrejar as câmeras de segurança, bem como os próprios vigilantes, os quais foram atrás dos infratores para que não quebrassem as câmeras. Com isso, no intuito de dispersar o grupo, um vigilante disparou três tiros para cima, e os meliantes começaram a atirar em direção aos vigilantes, havendo então, uma troca de tiros.

Um dos vigilantes então disparou dois tiros, sendo que só um deles pegou no indivíduo identificado como Igor Albert dos Santos, 19 anos, conhecido por “Cachorrão”. Após a troca de tiros os assaltantes deixaram o local e a vigilância da Universidade acionou a polícia militar no intuito de obter suporte uma vez que os meliantes informaram que iriam retornar ao local para matar e tomar as armas dos vigilantes, porque segundo os indivíduos “somos dos bonde dos 40”. Igor ainda saiu com vida chegando ao óbito logo em seguida, após ter deixado as dependências da Universidade.
 
O supervisor de segurança de plantão informou que a mãe da vítima compareceu, após saber do óbito do filho, ao Instituto Médico Legal (IML) e disse para o supervisor de segurança: “Eu já sabia que isso iria acontecer. Só não sabia que ia ser assim”.
 
Imagens do circuito de monitoramento da UFMA (Foto: Divulgação/UFMA).
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sexta-feira, 13 de junho de 2014

H-36 - O Novo Guerreiro da Selva. Helicóptero H-36 Caracal, já operacional na região amazônica, demonstra as vantagens de levar a tecnologia para as missões de resgate na selva.

O terceiro H-36 entregue à FAB, em abril 2014. Foto - Helibras.
O menino de 13 anos sofria com dores de cabeça e desmaios. Sua pele estava fria e pegajosa. Era a hora de procurar um médico com urgência.

Mas o pequeno Matanari Wa? api é um índio da tribo Mukuru, isolada no meio da selva. O hospital mais próximo estava em Macapá (AP), a 236 km de distância. A vida de Wa? api foi salva com o uso do H-36 Caracal, o mais novo helicóptero da Força Aérea Brasileira. “Pudemos acessar com rapidez a área de resgate para assegurar a vida de uma criança indígena.

Isso é muito gratificante para nós e nos enche de orgulho”, celebra o Capitão Cândido, membro da tripulação daquela missão real.
  
Teste de lançamento de flares, em especial contra mísseis guiados por infravermelho. Foto - Helibras.
A revista Aerovisão visitou a Base Aérea de Belém, no Pará, sede do Esquadrão Falcão. Esta é a primeira unidade da FAB a receber os novos H-36 Caracal, de uma encomenda de 50 unidades para a Marinha, o Exército e a Força Aérea. O helicóptero se destaca pela sofisticação e é ali, em plena Amazônia, que o novo guerreiro de selva tem mostrado seu valor.

A missão de resgate do menino indígena mostrou um dos principais ganhos com a chegada do primeiro H-36 para a FAB, em dezembro de 2011. Seu antecessor, o H-1H, não é capaz de voar à noite ou por instrumentos, quando as condições climáticas não são boas. Sem o H-36, seria necessário que Matanari Wa? api passasse mais uma noite no meio da selva.
 

Praticamente a primeira missão do H-36 no Teatro de Operações da Amazônia, TOA. Aqui uma operação com a Polícia Federal.
Os H-1H, carinhosamente apelidados de Sapão, têm um tempo de reação mais longo. Em uma missão de resgate como essa, a decolagem tinha de aguardar o nascer do sol para se iniciar os procedimentos, que dependiam, sobremaneira, das condições climáticas. Isso podia significar um atraso de até 12 horas na decolagem, caso o acionamento ocorresse às 18h, já que não havia o voo noturno.

Já o H-36 Caracal pode decolar em qualquer momento do dia ou da noite. Mas não é só. O H-1H pode transportar até 13 pessoas a bordo. Já o H-36 leva até 31. O peso máximo de decolagem, que no Sapão é de 4,3 toneladas, no Caracal é de 11. A aeronave mais moderna, com duas turbinas, voa também 70% mais rápido. Seu alcance é de 1.038 quilômetros voando a uma velocidade de 260 Km/h.
 
O H-36 Caracal pode levar 3.500 kg como carga externa como demonstra a foto. Foto - FAB.

 As diferenças também são vistas na cabine de pilotagem. Enquanto no H-1H os pilotos têm vários mostradores analógicos, no H-36 há seis telas multifuncionais, ligadas a equipamentos de bordo de última geração. Entre eles estão os sistemas automatizados, como o piloto automático de quatro eixos que permite, que a aeronave chegue sozinha a um ponto pré-estabelecido e paire no ar.

Os H-36 contam ainda com o FLIR (do inglês “Forward Looking Infra-Red”), sensor que permite detectar a radiação infravermelha emitida por objetos “quentes”, sendo possível, por exemplo, localizar veículos ou até pessoas à noite. Também é possível calcular exatamente uma distância por meio da emissão de raios laser e um modo para acompanhamento automático de alvos em movimento.

A tecnologia faz a diferença nas missões de resgate. “Os recursos tecnológicos da aeronave, que preveem e minimizam os impactos meteorológicos durante o voo, dão mais liberdade de ação, permitindo maior presteza na resposta às emergências, o que aumenta as chances de sobrevivência do paciente”, explica o Major Marco Aurélio, um dos aviadores do Esquadrão Falcão, que fi cou responsável por conhecer e aprender a explorar a potencialidades dos novos helicópteros.

Além de missões reais de resgate e voos em apoio a outras instituições que atuam na Amazônia, como o IBAMA e a Defesa Civil, o Esquadrão Falcão vem
treinando suas tripulações em missões como resgate na água, formatura tática, navegação a baixa altura entre obstáculos, navegação por instrumentos, exercícios de resgate em ambiente hostil e até de defesa aérea. “Capacitar recursos humanos para operarem esta moderna máquina de guerra em solo nacional é um avanço significativo da aviação de busca e salvamento do Brasil”, opina o Tenente-Coronel Álvaro Marcelo Alexandre Freixo, Comandante do Esquadrão.

A Máquina

O H-36, designação da FAB para o modelo EC725 da empresa Eurocopter, foi concebido para desempenhar múltiplas missões, tais como transporte tático de longa distância, evacuação aeromédica, apoio logístico, busca e salvamento (SAR - do inglês Search And Rescue), busca e salvamento em ambiente hostil (C-SAR, de Combat-SAR), dentre outras. Já desenhado para atuar em missões de resgate, o helicóptero possui dois faróis de busca, dispostos um em cada lado da fuselagem; um guincho elétrico e hidráulico, com capacidade para erguer 272 kg, e um gancho de “barriga” apto a transportar 3,8 toneladas de carga externa.

Além do guincho, o operador de equipamentos da aeronave, que senta em uma posição lateral, também tem à sua disposição um joystick destinado a posicionar o helicóptero quando em voo pairado. Olhando diretamente para o local do resgate, o operador faz pequenos ajustes para posicionar o H-36 de forma ideal. “Este é um recurso muito interessante uma vez que o piloto, geralmente, fica numa posição ‘às cegas’, sendo literalmente guiado através do interfone pelo tripulante.

Com joystick, o operador pode rapidamente posicionar o helicóptero sobre a área de resgate, especialmente se este for sobre a água e à noite”, explica o Capitão Fábio Luis Ridão Valentim.

O helicóptero é equipado com duas turbinas Turbomeca Makila 2A1, capazes de produzir 2.145 shp de potência cada uma. Só para se ter uma ideia da força desses motores, em caso de pane, com apenas um deles a aeronave é capaz de sair do chão.

Com força total, até 3,5 toneladas de carga externa podem ser penduradas no guincho. Dentro da cabine é possível levar 29 passageiros ou instalar até 11 macas e assentos para uma equipe médica de quatro pessoas. O peso máximo de decolagem é de 11,2 toneladas. A cabine também tem as luzes de sinalização para o lançamento de paraquedistas.

Todos os H-36 da FAB já têm a iluminação da cabine compatível com o uso de NVG (Night Vision Goggles – óculos de visão noturna).


Os EC725 receberam designações diferentes em cada Força:
FAB - H-36
Marinha do Brasil - UH-15
Exército Brasileiro - HM-4


O piso é blindado e pode resistir a disparos de armas de calibre até 7,62mm. Por outro lado, o helicóptero pode levar metralhadoras calibre 7,62mm nas suas janelas dianteiras, em ambos os lados, cada uma capaz de disparar mil tiros em um minuto. Mas além dessa versão básica, dos 16 H-36 da FAB, oito serão da chamada versão “operacional”, com modificações que vão tornar o helicóptero uma plataforma ainda mais preparada para as missões em ambientes hostis.

Para sua auto-proteção, os H-36 operacionais terão sistemas como o RWR (alerta de emissões de radares), MWS (alerta contra mísseis), supressor de emissões em infra-vermelho, MAGE (Medidas de Apoio a Guerra Eletrônica) e os dispensadores de chaff e flare. Estes últimos são iscas utilizadas para despistar mísseis lançados contra às aeronaves, sejam eles guiados por calor ou por radar

Fabricação no Brasil e transferência de tecnologia

Além de 50 helicópteros, sendo 16 para cada uma das três Forças Armadas e duas para uso da Presidência da República, o contrato para a aquisição dos helicópteros EC725 tem como foco a transferência de tecnologia e a produção no Brasil das aeronaves pela empresa brasileira HELIBRAS, localizada em Itajubá (MG).

A expectativa é de que todos os 50 helicópteros sejam entregues até 2017.

 
O H-36 Caracal pode voar a 260km/h em velocidade de cruzeiro. Foto - FAB
Além da produção dos helicópteros nacionalmente, o Brasil também passou a ter acesso a tecnologias nas áreas de produção de estruturas aeronáuticas em materiais compostos, usinagem de ligas de alumínio de alto desempenho, engenharia de aeronaves de asas rotativas (helicóptero), projeto, certificação, integração, desenvolvimento de software para sistemas de missão, sensores e integração de mísseis.


FICHA TÉCNICA
Aeronave H-36 Caracal
Pessoas a bordo 31
Motores 02 Makila 2A1
Velocidade de Cruzeiro 260Km/h
Alcance Máximo 1.038Km
Peso Máximo
de Decolagem
11.000Kg
Peso Útil 4.600Kg
Autonomia Cerca de 3 horas e 50 minutos, porém com possibilidade de reabastecimento em voo na versão operacional.
 

Casa da Rússia no Rio está pronta para receber brasileiros e estrangeiros.

Alana Gandra - Repórter da Agência BrasilEdição: Nádia Franco.
 
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O governo da Rússia inaugura nesta sexta-feira (13) um espaço no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro com o objetivo de divulgar entre os brasileiros aspectos culturais e oferecer produtos típicos do país, que será sede da próxima Copa do Mundo, em 2018. A Casa da Rússia abrirá as portas ao público no sábado (14), ao meio-dia, e permanecerá em funcionamento até 13 de julho, data de encerramento do Mundial.

A coordenadora do comitê organizador da Casa da Rússia, Helena Korpusnko, informou que, no espaço montado do MAM foram instalados telões que vão transmitir, em tempo real, todos os jogos da Copa – “e não só os da Rússia”. Helena disse que a iniciativa tem também o objetivo de “falar um pouco da cultura russa, apresentar a comida e a bebida do país, falar das personalidades do esporte". O espaço está pronto para receber torcedores e turistas brasileiros e estrangeiros, informou Helena à Agência Brasil.
Para amanhã, está prevista palestra do ministro do Esporte da Federação Russa, Vitaly Mutko, que apresentará os planos do país para o Mundial de 2018. O horário, porém, ainda não foi definido. E, da mesma forma, ainda não está fechada a programação sobre o futebol russo e a troca de experiências entre o Brasil e a Rússia no campo esportivo.
Segundo Helena, uma réplica da estátua do atleta Lev Tashin, considerado o melhor goleiro da seleção russa de todos os tempos, que está instalada em Moscou, será doada à direção do MAM durante o evento. A estátua já está no Rio de Janeiro. A Casa da Rússia apresentará também uma exposição com fotos do futebol russo e jogos interativos sobre a Copa.
O público que comparecer ao local poderá ainda degustar pratos típicos especiais da culinária russa – alguns deles serão preparados pelo chef russo Syrnikov, que chegará ao Rio no dia 20 deste mês. O cardápio inclui o estrogonofe tradicional, preparado com purê de batata, em vez de arroz; blini, uma espécie de panqueca, e pirozhki, um pastel que pode ter recheios doces e salgados. Outro menu será assinado pelo chef brasileiro Ricardo Lapeyre. Serão servidos diariamente dois tipos de cardápio, das 12h às 22h.

No espaço de 1.200 metros quadrados da Casa da Rússia, haverá uma área aberta para todos os visitantes e uma área VIP (do inglês very important person, pessoa muito importante).
A carta de bebidas inclui a vodca Tsarskaya, considerada uma das melhores do mundo, com a qual serão feitos drinques variados, e a cerveja Baltica, uma das melhores da Rússia. As bebidas poderão ser degustadas diariamente, até a meia-noite, quando se encerrarão as atividades diárias na Casa da Rússia. Produtos típicos do país, como as matryoshkas, (série de bonecas que são colocadas umas dentro das outras) estarão à venda no local, além de bebidas, camisetas, bonés e canecas.
DJs russos, como Anja Womso, residente em Londres, e KTO, que tocou na abertura e no encerramento das Olimpíadas de Inverno de Sochi, garantirão o som durante todos os dias da Copa.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deverá visitar o espaço no final do Mundial, em julho, informou Helena. O ambiente promete ainda outras atrações para os visitantes, como um carnaval e uma festa junina ao estilo russo.