domingo, 24 de agosto de 2014

Fundação Palmares reconhece o Quilombo de Jaramy dos Pretos em Turiaçu e mais 23 Comunidades Quilombolas, sendo 22 na Bahia e outra em Alagoas.

A Fundação Cultural Palmares (FCP) reconheceu 24 comunidades da região Nordeste como áreas remanescentes de quilombos. 

No Maranhão, foi reconhecida a Comunidade de Jaramy dos Pretos, em Turiaçu, e uma em Alagoas, no município de Alagoinhas, além de 22 na Bahia, nas cidades de Água Fria, Caém, Central e Mulungu do Morro. A relação com todas as comunidades beneficiadas foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa quarta-feira (20).


Ao serem reconhecidas como remanescentes de quilombo, as comunidades passam a ter direito a programas como o Minha Casa Minha Vida Rural, o Luz para Todos, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Programa de Bolsa Permanência. Além disso, também podem solicitar ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a titularidade das terras em que estão localizadas.

“O documento de reconhecimento tem uma importância muito grande, pois dá visibilidade às comunidades e oficializa o compromisso do Estado em oferecer políticas voltadas a educação, moradia, saúde e acessibilidade, entre outras”, afirma o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Cultural Palmares, Alexandro Reis.

As 24 comunidades beneficiadas reúnem cerca de 600 famílias, sendo 500 na Bahia, a maior parte formada por agricultores familiares. Em todo o Brasil, há hoje mais de 2,5 mil comunidades quilombolas, onde moram 130 mil famílias. Outros 50 pedidos de reconhecimento estão sendo avaliados pela Fundação Cultural Palmares.

Para receber a certificação, a comunidade precisa inicialmente se autodeclarar como remanescente de quilombo. Depois, deve encaminhar à FCP documentos que comprovem o histórico do local como terra quilombola. Na sequência, um funcionário da Fundação visita o quilombo para conferir a veracidade das informações recebidas. A última etapa é a emissão do certificado de reconhecimento e a publicação no DOU.

 TEXTO: AsCom MinC



“É um crime o currículo Lattes”, diz Marilena Chauí.

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Foto: Daniel Garcia
Esquema de transição conduzido pela oligarquia resultou na escolha de um“tirano”, diz Ciro Correia ao abrir os trabalhos. 
A universidade brasileira submeteu-se à ideologia neoliberal da sociedade de mercado, ou “sociedade administrada” (Escola de Frankfurt), que transforma direitos sociais, inclusive educação, em serviços; concebe a universidade como prestadora de serviços; e confere à autonomia universitária o sentido de gerenciamento empresarial da instituição.
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Foto: Daniel Garcia
Em repetidas manifestações, o reitor da USP revela seu “lugar de fala”, sua afinação com esse ideário, ao recorrer ao vocabulário neoliberal utilizado para pensar o trabalho universitário, que inclui expressões como “qualidade universitária” (definida como competência e excelência e medida pela “produtividade”) e “avaliação universitária”. 
Foi o que sustentou a professora Marilena Chauí ao proferir sua Aula Magna sobre o tema “Contra a Universidade Operacional”, em 8/8, que lotou com centenas de pessoas o auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP).
Nesse contexto, a USP, como suas congêneres, transformou-se numa “fábrica de produzir diplomas, teses”, tendo como parâmetros os critérios da produtividade: quantidade, tempo, custo. “Esse horror do currículo Lattes. É um crime o currículo Lattes! Porque ele não quer dizer nada. Eu me recuso a avaliar alguém pelo Lattes!”, disse Marilena. As frases fortes mereceram da plateia aplausos entusiasmados.
“Vejo as pessoas desesperadas porque perderam 7 ou ganharam 7 da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]. 
Não significa nada. 
‘Quero ser 7 porque Porto Alegre é 7’. A gente incorporou a competição pelas organizações, pela eficácia”, destacou Marilena. Mais tarde, acrescentou: “Fuvest e Lattes são a prova da estupidez brasileira”.

“Tirano” -  Antes da Aula Magna, o professor Ciro Correia, presidente da Adusp, fez um rápido discurso sobre a gravidade da crise em curso na USP. Ele chamou a atenção do auditório para “o ataque explícito da Reitoria e do governo estadual à concepção que sempre defendemos: de implantação e desenvolvimento de uma universidade democrática, pública, gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada”.
Ciro disse que a administração da universidade “se sente à vontade para governar à revelia de qualquer preocupação com legitimar suas diretivas, ou sequer chancelá-las nas instâncias internas de deliberação, por mais inadequadas que sejam”, e criticou com dureza a oligarquia que controla a USP: “O processo que chegou a ser referido como ‘a rebelião dos diretores’, que conduziu ao esquema de transição nos marcos da reunião do Conselho Universitário de 1º de outubro de 2013, supostamente para nos salvar da perspectiva de continuidade da descontrolada gestão anterior, acabou por definir um amplo espectro de apoios para uma candidatura que, como todos podem constatar, nos outorgou antes um tirano do que um reitor”.
Por fim, o presidente da Adusp conclamou os presentes a se engajarem com determinação no movimento de greve, seja cobrando posições dos colegiados “quanto às ações ilegítimas e violentas da Reitoria, como no caso do inaceitável confisco dos salários decorrente dos cortes do ponto dos funcionários”, seja participando “da nossa caminhada do próximo dia 14 de agosto, no início da tarde, seguida de ato conjunto das universidades e do Centro Paula Souza diante do Palácio dos Bandeirantes”.

Fragmentação - Na sua exposição de uma hora, a professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) esmiuçou o processo por meio do qual a universidade pública brasileira vem sendo transformada e descaracterizada, desde os anos 1970, deixando de ser uma instituição social para tornar-se uma organização, isto é, “uma entidade isolada cujo sucesso e cuja eficácia se medem em termos da gestão de recursos e estratégias de desempenho e cuja articulação com as demais se dá por meio da competição”.
A “universidade operacional” corresponde à etapa atual desse processo, segundo Marilena. De acordo com ela, “a forma atual de capitalismo se caracteriza pela fragmentação de todas as esferas da vida social, partindo da fragmentação da produção, da dispersão espacial e temporal do trabalho, da destruição dos referenciais que balizavam a identidade de classe e as formas da luta de classes”. 
A passagem da universidade da condição de instituição social (pautada pela sociedade e por uma aspiração à universalidade) à de organização insere-se, diz Marilena, “nessa mudança geral da sociedade, sob os efeitos da nova forma do capital, e no Brasil ocorreu em três etapas sucessivas, também acompanhando as sucessivas mudanças do capital”.
Na primeira etapa (anos 1970, “milagre econômico”), a universidade tornou-se “funcional”, voltada para o mercado de trabalho, sendo “prêmio de consolação que a ditadura ofereceu à sua base de sustentação politico-ideológica, isto é, à classe média despojada de poder”; na segunda etapa (anos 1980), passou a ser “universidade de resultados”, com a introdução da ideia de parceria com as empresas privadas; a terceira etapa (anos 1990 aos dias de hoje), em que virou “universidade operacional”, marca o predomínio da forma organização, “regida por contratos de gestão, avaliada por índices de produtividade, calculada para ser flexível”, estruturada por estratégias e programas de eficácia organizacional e “por normas e padrões inteiramente alheios ao conhecimento e à formação intelectual”.
A tecnocracia associada a esse modelo, explicou, “é aquela prática que julga ser possível dirigir a universidade segundo as mesmas normas e os mesmos critérios com que se administra uma montadora ou um supermercado”. De modo que se administra “USP, Volks, Walmart, Vale do Rio Doce, tudo da mesma maneira, porque tudo se equivale”.

Metamorfose - “A metamorfose da universidade pública em organização tem sido o escopo principal do governo do Estado de São Paulo”, denunciou Marilena. Ela argumentou que a reforma do Estado adotada pelo governo FHC (1995-2002) e efetivada pelos governos estaduais do PSDB, particularmente o de São Paulo, pautaram-se pela articulação com o ideario neoliberal (Estado mínimo, privatização dos direitos sociais) e, no caso do ensino superior, realizaram a agenda de mudanças preconizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a reestruturação das universidades da América Latina e Caribe, em 1996, e baseada na redução das dotações orçamentárias públicas às instituições de ensino superior.
“Penso que a expressão perfeita dos desígnios do governo do Estado e do BID se encontra na carta enviada pelo reitor da USP aos docentes em 21 de julho de 2014”, afirmou a professora. “Sei que se tem debatido a falsidade dos números apresentados por ele, a manipulação. A carta me interessa pelo vocabulário que ele usa. Ele começa a carta se referindo a nós como o custeio. Somos o custeio, não somos o esteio da Universidade. A partir daí já está tudo dito. Ele não começa pelas obras que foram feitas sem necessidade, pelo esparramamento da USP pela cidade. Não. Ele começa por nós”, enfatizou.
“O reitor não está usando essa linguagem porque caiu de paraquedas no mundo e equivocadamente fala nessa linguagem. Ele tem uma concepção de universidade, uma concepção política, uma concepção do conhecimento, uma concepção do saber. Minha fala vai na direção de localizar o que é que tornou possivel a um reitor da USP dizer as coisas que ele diz”.
Ao longo da leitura do texto que preparou para a ocasião, Marilena fugiu do roteiro para fazer comentários bem-humorados e sarcásticos que provocavam gargalhadas ou fortes aplausos do auditório. “O PSDB é o filho revoltado do MDB. Eles estão aí há 30 anos! Eu quero alternância de governo”, disse, ao comentar conversa que manteve com um grupo de jovens.
A Aula Magna foi coordenada pelo professor João Zanetic (IF) e pela professora Priscila Figueiredo (FFLCH), que mediaram intervenções e perguntas de participantes à professora Marilena Chauí.

Foto: Daniel Garcia

SEPPIR - Edital para escolas públicas pretende combater desigualdade de acesso dos negros ao ensino.

[R7]
[R7] "Edital para escolas públicas pretende combater desigualdade de acesso dos negros ao ensino": Objetivo é apoiar a implementação de práticas igualitárias de gestão escolar no ensino médio.

Escolas públicas e organizações não governamentais de todo o Brasil com interesse na área da educação e superação das desigualdades raciais podem se inscrever até o dia 10 de outubro, pelo site http://www.baoba.org.br/ 

A realidade atual de estudos entre os jovens negros no Brasil evidencia desigualdades. Dados do Censo 2010 mostram que, a porcentagem de jovens de 15 a 17 anos cursando o ensino médio é de 55% entre os brancos e 41% entre os negros.

Entre os jovens de 18 e 19 anos, 47% dos brancos concluíram o ensino médio, enquanto somente 29% dos negros finalizaram essa etapa do ensino.

Pensando em colaborar para a mudança desse quadro, foi lançado na última terça-feira (19), no Museu Afro Brasil, em São Paulo, o edital Gestão Escolar para a Equidade – Juventude Negra.

A iniciativa irá selecionar projetos de gestão escolar que busquem elevar os resultados educacionais dos jovens negros e negras no Brasil, como acesso, conclusão, frequência, rendimento escolar, acesso ao ensino superior e índices correlatos.

Escolas públicas e organizações não governamentais de todo o Brasil com interesse na área da educação e superação das desigualdades raciais podem se inscrever pelo site http://www.baoba.org.br/ até o dia 10 de outubro.

Serão considerados na seleção ações que promovam o envolvimento dos jovens e da comunidade e possam ser replicadas em outras escolas.

As solicitações de apoio deverão ter valor máximo de R$ 30 mil, o que não impede que o custo total do projeto, que deve ter duração máxima de 12 meses, seja maior e tenha financiamento de outras fontes.

No lançamento, especialistas que participam da realização do edital falaram sobre o tema. 

— Existe a história do negro só na escravidão, na condição de trabalhador subalterno e não como parte da formação do povo brasileiro. A luta é para que todas disciplinas escolares incorporem os conteúdos, e não apenas em arte, história e língua portuguesa, disse Valter Silvério, professor da Universidade Federal de São Carlos, uma das idealizadoras do edital.

— O sistema escolar ‘expulsa’ a criança negra, por isso a gestão escolar é fundamental. A escola tem que dar apoio, acolher e fortalecer o jovem, completou Cida Bento, diretora executiva do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, que colabora na iniciativa.

O edital Gestão Escolar para a Equidade – Juventude Negra é fruto de uma parceria entre a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), o Fundo Baobá e o Instituto Unibanco, com a colaboração técnica do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades).
Foto - R7.

"Edital para escolas públicas pretende combater desigualdade de acesso dos negros ao ensino": Objetivo é apoiar a implementação de práticas igualitárias de gestão escolar no ensino médio.
Escolas públicas e organizações não governamentais de todo o Brasil com interesse na área da educação e superação das desigualdades raciais podem se inscrever até o dia 10 de outubro, pelo site http://www.baoba.org.br/
A realidade atual de estudos entre os jovens negros no Brasil evidencia desigualdades. Dados do Censo 2010 mostram que, a porcentagem de jovens de 15 a 17 anos cursando o ensino médio é de 55% entre os brancos e 41% entre os negros.
Entre os jovens de 18 e 19 anos, 47% dos brancos concluíram o ensino médio, enquanto somente 29% dos negros finalizaram essa etapa do ensino.
Pensando em colaborar para a mudança desse quadro, foi lançado na última terça-feira (19), no Museu Afro Brasil, em São Paulo, o edital Gestão Escolar para a Equidade – Juventude Negra.
A iniciativa irá selecionar projetos de gestão escolar que busquem elevar os resultados educacionais dos jovens negros e negras no Brasil, como acesso, conclusão, frequência, rendimento escolar, acesso ao ensino superior e índices correlatos.
Escolas públicas e organizações não governamentais de todo o Brasil com interesse na área da educação e superação das desigualdades raciais podem se inscrever pelo site http://www.baoba.org.br/ até o dia 10 de outubro.
Serão considerados na seleção ações que promovam o envolvimento dos jovens e da comunidade e possam ser replicadas em outras escolas.
As solicitações de apoio deverão ter valor máximo de R$ 30 mil, o que não impede que o custo total do projeto, que deve ter duração máxima de 12 meses, seja maior e tenha financiamento de outras fontes.
No lançamento, especialistas que participam da realização do edital falaram sobre o tema.
— Existe a história do negro só na escravidão, na condição de trabalhador subalterno e não como parte da formação do povo brasileiro. A luta é para que todas disciplinas escolares incorporem os conteúdos, e não apenas em arte, história e língua portuguesa, disse Valter Silvério, professor da Universidade Federal de São Carlos, uma das idealizadoras do edital.
— O sistema escolar ‘expulsa’ a criança negra, por isso a gestão escolar é fundamental. A escola tem que dar apoio, acolher e fortalecer o jovem, completou Cida Bento, diretora executiva do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, que colabora na iniciativa.
O edital Gestão Escolar para a Equidade – Juventude Negra é fruto de uma parceria entre a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), o Fundo Baobá e o Instituto Unibanco, com a colaboração técnica do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades).

O Candidato a Deputado Federal Fábio Gondim 1313, prestigiou a inauguração do Comitê do candidato a Dep. Est. Zé Inácio 13123 no ultimo dia 22 de agosto.

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Maranhão com Dilma com Bruno Cacau e outras 6 pessoas

Na noite de ontem (22), a coordenadora da campanha da Presidenta Dilma Rousseff no Maranhão, Berenice Silva, prestigiou o evento que inaugurou o Comitê do candidato a Deputado Estadual Zé Inácio 13123, um grande companheiro de luta do PT. 

Berenice ressaltou a importante trajetória do Inácio e o quanto ele já trabalhou pelo Maranhão em sua passagem pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Além disso, a companheira Berenice destacou a importância de votar na chapa completa que apoia e fortalece unicamente a Presidenta Dilma e o PT, tendo os candidatos Lobão Filho como Governador e Gastão Vieira como Senador. 
Na ocasião estiveram presentes lideranças como o Presidente do PT-MA, Raimundo Monteiro, o secretário de organização do PT-MA, Francimar Melo, o secretário de Juventude do PT-MA, Felipe Serejo, candidatos a Deputado Federal, como o companheiro e vereador de Chapadinha, Eduardo Braga, e os companheiros Fábio Gondim 1313 e Márcio Jardim, todos petistas.

Cultura - Abertas inscrições para audiência pública sobre Direito à Memória

Na próxima terça-feira (26/8), o Tribunal de Contas da União (TCU) promoverá audiência pública sobre Direito à Memória. O evento contará com a presença de autoridades como a ministra da Cultura Marta Suplicy, o presidente do TCU João Augusto Ribeiro Nardes, o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Angelo Oswaldo de Araujo Santos, e a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (IPHAN), Jurema Machado.
 
O objetivo do evento é receber contribuições de formuladores e executores de políticas públicas, de representantes do meio acadêmico e da sociedade civil. Interessados poderão participar como ouvintes ou colaboradores.
 
As inscrições, abertas até 26 de agosto, devem ser feitas previamente no site Direito à Memória ou no dia e local do evento. Todos os inscritos serão considerados, inicialmente, como ouvintes.
 
No caso dos colaboradores, é preciso falar sobre o tema proposto, de forma objetiva, em até cinco minutos improrrogáveis, desde que inscrito previamente. 

Quem não tiver como conferir o evento de perto, poderá apresentar contribuição escrita por meio do endereço eletrônico  direitoamemoria@tcu.gov.br até às 18h do dia 27/8/2014.
 
A participação dos interessados deve contribuir para responder à questões como que resultados esperar das políticas públicas culturais relacionadas ao direito à memória e como medi-los. 

Também serão indagados quanto a que instrumentos podem ser utilizados para verificar o alcance das metas constantes do Plano Plurianual 2012-2015, do Plano Nacional de Cultura e do Plano Nacional Setorial de Museus.

 
Cecilia Pinto Coelho
Assessoria de Comunicação
Com informações do TCU
Ministério da Cultura

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Brasil 247 - DE UM ELEITOR A CAMPOS: "NÃO DESISTI DO BRASIL".

CARTA A EDUARDO CAMPOS
Por Carlos Francisco da Silva, de Bezerros (PE)
Eduardo, você não imagina o quanto eu e todo povo pernambucano estamos lamentando a tua trágica e inesperada partida. Temos muitos motivos para isso. Primeiro, pela falta que irás fazer a tua família e aos teus amigos. Depois, pelo exemplo de homem público que representavas para o nosso estado e para o Brasil.
No entanto, eu tenho um motivo particular para lamentar a tua morte. Depois da tua entrevista no Jornal Nacional, eu fiquei com muita vontade de te encontrar, de apertar a tua mão, olhar no teu olho e te perguntar: Quem disse que eu desisti do Brasil, Eduardo?  Infelizmente, no dia seguinte, ocorreu o trágico acidente e eu nunca vou poder te dizer isso.
Eduardo, não fui eu, nem o povo brasileiro que desistimos do Brasil.
Quem desistiu do Brasil foram setores da política e da mídia brasileira, quando promoveram o golpe militar de 1964 que mergulhou o nosso país em 21 anos de ditadura militar e que submeteu o povo brasileiro aos anos mais difíceis de nossa história. Inclusive, sua família foi vítima na carne daquele momento, quando o seu avô e então governador de Pernambuco, o inesquecível Miguel Arraes, foi retirado à força do Palácio do Campo das Princesas e levado ao exílio.
Eduardo, você não imagina o que essa mesma mídia está fazendo com a tragédia que marcou a queda do teu avião. Eu nunca pensei que um dia pudesse ver carrascos do jornalismo político brasileiro como Willian Bonner, Patrícia Poeta, Alexandre Garcia e Miriam Leitão falando tão bem de um homem público. Os mesmos que, um dia antes do acidente, quiseram associar a tua imagem ao nepotismo no Brasil choram agora a tua morte como se você fosse a última esperança do povo brasileiro ver um Brasil melhor. Reconheço as tuas qualidades, governador, mas não sou ingênuo para acreditar que sejam elas o motivo de tanta comoção no noticiário político brasileiro.
A pauta dos veículos de comunicação conservadores do Brasil sempre foi e vai continuar sendo a mesma: destruir o projeto político do partido dos trabalhadores que ameaça por fim às concessões feitas até então a eles. O teu acidente, Eduardo, é só mais uma circunstância explorada com esse fim, do mesmo jeito que foi o mensalão, os protestos de julho e a refinaria de Pasádena. Se amanhã surgir um escândalo “que dê mais ibope” e ameace a reeleição de Dilma, a mídia não hesitará em enterrar você de uma vez por todas. Por enquanto, eles vão disseminando as suposições de que foi Dilma quem sabotou o teu avião, e que fez isso no dia 13 justamente pra dizer que quem manda é o PT. Pior do que isso é que tem gente que acredita e multiplica mentiras e ódio nas redes sociais.
Lamentável! A Rede Globo e a Veja não estão nem aí para a dor da família, dos amigos e dos que, assim como eu, acreditavam que você não desistiria do Brasil. Você é objeto midiático do momento.
Eduardo, não fui eu quem desistiu do Brasil. Quem desistiu foi o PSDB, que após o regime militar teve a oportunidade de construir um novo projeto de nação soberana e, no entanto, preferiu entregar o Brasil ao FMI e ao imperialismo norte americano, afundando o Brasil em dívidas, inflação, concentração de renda e miséria. O mesmo PSDB que, antes do teu corpo ser enterrado, já estava disseminando disputas entre o PSB e REDE para inviabilizar a candidatura de Marina, aliança que custou tanto a você construir.
Eu não desisti do Brasil, Eduardo. Quem desistiu foi a classe média alta que vaiou uma chefe de Estado num evento de dimensões como a abertura de uma copa do mundo porque não se conforma com o Brasil que distribui renda e possibilita a ricos e pobres, negros e brancos as mesmas oportunidades.
E tem mais uma coisa, Governador. Se ao convocar o povo brasileiro para não desistir do Brasil o senhor quis passar o recado de que quem desistiu foi Lula e Dilma, eu gostaria muito de dizer que nem eu, nem o povo e, nem mesmo o senhor, acredita nisso. Muito pelo contrário. A gente sabe que o PT resgatou o Brasil do atraso imposto pelo nosso processo histórico de colonização, do intervencionismo norte americano e da recessão dos governos tucanos. Ao contrário de desistir do Brasil, Lula e Dilma se doaram ao nosso povo e promoveram a maior política de distribuição de renda do mundo, através do bolsa família. Lula e Dilma universalizaram o acesso às universidades públicas através do PROUNI, do FIES e do ENEM. Estão criando novas oportunidades de emprego e renda através do PRONATEC e estão revolucionando a saúde com o programa mais médicos.
Eduardo, eu precisava te dizer: não fui eu, nem o povo brasileiro, nem Lula, nem Dilma que desistimos do Brasil. Quem desistiu do Brasil, meu caro, foram os mesmos que hoje estão chafurdando em cima das circunstâncias que envolvem o acidente que de forma lamentável tirou você do nosso convívio. Fazem isso com o motivo único e claro de desgastar a reeleição de Dilma e entregar o país nas mãos de quem, de fato, desistiu do Brasil.
Descanse em paz, Eduardo. Por aqui, apesar da falta que você vai fazer a todo povo pernambucano, eu, Lula, Dilma e os brasileiros que acreditam no futuro do Brasil vamos continuar na luta, porque NÓS NUNCA DESISTIREMOS DO BRASIL.

domingo, 17 de agosto de 2014

Cultura - Inscrições para o Comunica Diversidade estão abertas.

Começaram na sexta-feira (8) as inscrições para o Comunica Diversidade 2014: Edição Juventude, que premiará 60 jovens que desenvolvam iniciativas de comunicação voltadas à cultura. O projeto é uma parceria entre o Ministério da Cultura (MinC), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação Universitária José Bonifácio.


“O edital amplia o nosso acesso à cultura, nos dá uma base para continuarmos caminhando. Nosso trabalho já acontece, mas esta ferramenta nos coloca mais próximos da conversa com o governo”, diz a atriz carioca Janaina Costa.

Aos 28 anos, Felipe Milhouse também participou do lançamento do Comunica Diversidade 2014. Cineasta e educador, atua na área cultural há quase uma década e é professor de audiovisual do projeto Fábrica Verde, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. “Não adianta eu querer imaginar o que é melhor para você se eu não o conheço. O que foi bom para a minha geração pode não atender aos anseios de hoje. É por isso que eu acho tão importante o MinC ter ouvido os jovens durante o Curto-Circuito antes de criar o edital”, observa.

Podem participar do prêmio jovens entre 15 e 29 anos, brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros residente no Brasil há mais de três anos, que desenvolvam iniciativas de comunicação para cultura. Serão 10 prêmios a jovens entre 15 e 17 anos; 25, entre 18 e 24 anos; e 25, entre 25 e 29 anos. Todos os prêmios terão valor bruto de R$ 14 mil.

As inscrições poderão ser feitas gratuitamente até 7 de novembro de 2014, por meio da internet ou pelos Correios. No caso de inscrição realizada por meio de gravação de áudio e vídeo, a inscrição pode ser feita por e-mail comunicadiversidade@gmail.com.

Os projetos que concorrerão ao prêmio deverão contemplar ações voltadas a pelo menos um dos seguintes eixos: educar para comunicar; produção de conteúdos culturais; distribuição de conteúdos culturais; meios/infraestrutura para a comunicação; comunicação e protagonismo social; e comunicação e renda. Todos os projetos devem ser inéditos e cada candidato poderá apresentar somente uma iniciativa cultural para a seleção.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do Portal Brasil