domingo, 26 de junho de 2016

Africa - Soldados nigerianos libertam 5 mil reféns do Boko Haram.

Foto - Bandeira do Boko Haram apreendida pelo Exercito Nigeriano.

Da Agência Sputnik Brasil.

O Exército nigeriano realizou hoje (26) uma série de operações no estado de Borno e libertou cerca de cinco mil pessoas mantidas reféns pelo grupo Boko Haram, informou um porta-voz do Exército.


As chamadas operações de limpeza foram conduzidas em dezenas de vilas ocupadas pelo grupo islâmico. Pelo menos dez mil militantes foram mortos. O Exército perdeu um soldado e outros dois militares ficaram feridos.

O Boko Haram mantém atividades no Nordeste da Nigéria desde 2009. No ano passado, o grupo expandiu seus ataques para Níger, Camarões e Chade. Em março de 2015, o Boko Haram afirmou sua aliança ao Daesh.


sábado, 25 de junho de 2016

Crise nacional e ausência de políticas públicas tiram 215 milhões de passageiros por ano do transporte público


Ônibus de São Luís.


















Nos últimos tempos, o sistema de transporte coletivo urbano tem amargado quedas bruscas na demanda de passageiros em todas as capitais brasileiras. De acordo com dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), entre 2014 e 2015, houve redução de 687 mil usuários por dia, enquanto no período anterior (2013-2014), as empresas em todo o país registraram 300 mil passageiros a menos diariamente. São 215 milhões de passageiros transportados a menos por ano e R$ 680 milhões deixados de arrecadar.
Para o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, a diferença assusta. “O que estamos vivendo é um fenômeno. Em nosso setor, nem sempre que há dificuldade econômica ocorrem perdas. Ao contrário, costumamos ter até ganhos na demanda, já que algumas pessoas, em geral, migram do carro para o ônibus. Mas, dessa vez, o nível de atividade econômica caiu muito, com inflação altíssima e desemprego histórico. Esses fatores, somados aos problemas da mobilidade urbana, explicam essa queda”, destaca.
Além da crise econômica e política que abateu o país e diminuiu a produtividade, outras questões são apontadas por especialistas e profissionais da área como agravantes. Entre elas, a falta de subsídios para custeio da operação e de recursos para investimentos em infraestrutura, o que tem deixado muitas empresas em dificuldades financeiras, gerando não apenas insatisfação popular, mas também instabilidade nos negócios – com paralisações de funcionários, demissões, entraves judiciais e, em alguns casos mais graves, fechamento de portas.
"Faltam políticas públicas que valorizem o transporte público. A única forma de transformar a crise em oportunidade é olhar com mais atenção para o setor e pensar em um fundo nacional. Atualmente, todo o custo da operação é repassado ao preço da tarifa e isso tem provocado reações da sociedade, com manifestações de movimentos sociais e até ações públicas na Justiça. Acuados com essa lógica, prefeitos não fazem os reajustes necessários e as empresas não conseguem reagir. Temos de sair desse ciclo”, ressalta Cunha.
Foto - Ônibus São Luís.
Sistema nacional em colapso - As perspectivas nada animadoras da economia – com previsões de reação apenas a partir de 2018 – preocupam empresários em todos os cantos do país. De acordo com levantamento realizado pela NTU por meio de comparativos entre 2014 e 2015, as capitais que tiveram quedas mais expressivas na demanda de passageiros foram, respectivamente, Curitiba (-8%) e Goiânia (-7,9%).
Com um total de 32 empresas de transporte na capital e região metropolitana e cerca de 17 mil empregos diretos, Curitiba (PR) vive um cenário de dificuldades financeiras em todas as operadoras. A falta de subsídios estaduais e municipais, as gratuidades nas passagens para parcelas da população – como idosos e crianças – e os reajustes tarifários abaixo do necessário são algumas queixas. “Os custos são maiores que a receita, o que causa desequilíbrio nas empresas e, consequentemente, dificuldade em manter linhas e aumentar a qualidade para o cidadão”, explica o presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), Maurício Gulin.
Não bastassem os sacrifícios para manter a operação, as empresas esbarram, ainda, na falta de recursos para investir em projetos considerados fundamentais para a melhoria do transporte público. “Curitiba é modelo no que diz respeito ao sistema de BRT [Transporte Rápido por Ônibus], por exemplo, mas é preciso investir sempre mais”, afirma Gulin. “Os empresários acabam absorvendo os impactos do custeio e não conseguem implantar melhorias para atrair o passageiro”, acrescenta o vice-presidente da Setransp, Lessandro Zen.
Mas as reclamações ultrapassam o campo financeiro. A falta de competitividade do transporte público em relação ao particular também figura entre os obstáculos, na avaliação do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia, Décio Caetano: “Até pouco tempo atrás, a economia estava bem ativa. Com as boas condições do crédito, as pessoas estavam deixando o ônibus e migrando para o carro. Com a crise, veio o desemprego e mais pessoas deixaram de usar o transporte público. No entanto, mesmo com o preço alto da gasolina, andar de carro ainda é considerado mais vantajoso, ao menos do ponto de vista financeiro”.
Formado por cinco empresas, 6 mil funcionários e 1,5 mil ônibus, o sistema de transporte da capital goiana passou por um reajuste tarifário de 12% - que não resolveu, entretanto, a situação financeira delicada que atinge todas as operadoras. “Não adianta, é preciso investir no sistema de transporte público para atrair mais passageiros. E está claro, pelas manifestações populares de 2013, que a população está no limite quanto ao preço da tarifa. Há um ciclo vicioso que não será resolvido apenas com a passagem”, sustenta Décio.
Situação ainda pior enfrenta o Rio de Janeiro. Com um sistema robusto composto atualmente por quatro consórcios, formado por 39 empresas, e 110 mil empregos diretos, o estado assistiu o fechamento de cinco empresas e demissão de dois mil profissionais de abril de 2015 para cá. Além dos já citados problemas da crise, que piorou, ainda, as condições de financiamento para novos projetos, o Rio enfrenta problemas gerados por questões que, à primeira vista, representam apenas desenvolvimento.
“As obras das Olimpíadas, apesar de serem um legado, provocaram congestionamentos que chegam a 4h30 em alguns trechos. Isso reduz a produtividade e faz com que as pessoas busquem outros meios de transporte, como o carro, o metrô e o trem. Da mesma forma, o modelo de integração, com bilhete único, que passou a durar 3 horas nos municípios e 3h30 no estado, diminuiu a receita das empresas com a venda de menos tíquetes. A integração é boa para a população, mas não pode ser feita às custas das operadoras”, defende o presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Teixeira.
Como sair da crise - Para resolver os gargalos na equação “necessidade de investimentos versus falta de recursos”, duas propostas de emenda à Constituição tramitam na Câmara dos Deputados. Ambas sugerem a criação de fontes para esses recursos por meio da CIDE-Combustíveis (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de gasolina e outros combustíveis), mas com fins diferentes.
De autoria do deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), a PEC 307/13 propõe a descentralização do imposto. Assim, a destinação seria de 20% da arrecadação da CIDE-Combustíveis para os estados, e 70% para os municípios, para investimentos e subsídios às tarifas do transporte, barateando, assim, as passagens. Segundo justificativa do parlamentar, as políticas públicas para o transporte são inadiáveis, visto que é uma demanda da população e um problema que tomou proporções nacionais.
Já o texto da PEC 179/07, do deputado federal e atual secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto (PT-SP), sugere mudanças na CIDE-Combustíveis, obrigando a União a destinar no mínimo 10% dos recursos arrecadados com ao subsídio de programas de transporte coletivo urbano para a população de baixa renda em cidades com mais de 50 mil habitantes.
Outra proposta defendida por Tatto é a criação de um novo imposto também para subsidiar o transporte coletivo. A ideia é permitir a criação de uma Cide municipal com repasse para o transporte público de parte da arrecadação do consumo de gasolina pelo transporte individual. Na prática, a cada vez que um motorista de veículo particular abastecer, parte do valor pago pelo combustível seria destinado aos custos de operação dos ônibus nas cidades.
De acordo com o secretário, a proposta justifica-se pela possibilidade de uma arrecadação maior para o setor. Argumento comprovado por pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) na capital paulista. Segundo o estudo, se houver aumento de 10 centavos na tarifa de ônibus, a arrecadação é de R$ 150 milhões por ano. Por outro lado, se houver aumento dos mesmos 10 centavos no valor da gasolina, a quantia recolhida é de R$ 600 milhões por ano, quatro vezes mais.
ESTUDO DA FGV: Se houver aumento de 10 centavos na tarifa de ônibus, a arrecadação é de R$ 150 milhões por ano. Por outro lado, se houver aumento dos mesmos 10 centavos no valor da gasolina, a quantia recolhida é de R$ 600 milhões por ano, quatro vezes mais.
“O automóvel ocupa, hoje, 75% do espaço viário nos grandes centros urbanos, e transporta apenas 20% da população. Já o ônibus ocupa pouco mais de 9% e carrega 75% das pessoas. A taxação dos veículos particulares por meio da gasolina democratiza, portanto, o uso do espaço público. É o modal individual financiando o público, o que beneficia a todos. Nossa expectativa é de que a proposta seja aprovada. A partir daí, cada município fará uma lei específica regulamentando a matéria”, explica Tatto.
Para ele, a medida, somada ao incentivo a financiamentos e recursos do Programa de Aceleração do Crescimento para projetos de infraestrutura, contribuiria para o tão sonhado transporte de primeiro mundo. E Tatto diz com conhecimento de causa. Com uma das menores quedas na demanda de passageiros do Brasil – cerca de 1% –, São Paulo passa por melhorias em pontos essenciais para uma mobilidade urbana sustentável, como BRT, faixas exclusivas, ciclovias e integração entre os modais de transporte. A capital paulista conta expressivos recursos da prefeitura para a subvenção dos custos.
O presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, apoia a proposta e reforça a necessidade de investimentos realizados em cidades como São Paulo. “Ainda não fizemos os investimentos adequados em infraestrutura. Grandes obras estão paralisadas por falta de recursos. Hoje em dia, aumenta-se o preço da passagem apenas para que empresas possam cobrir prejuízos. Precisamos dar uma resposta, melhorando a qualidade do transporte sem que a população e as empresas tenham que sofrer por isso”, finaliza.

CAPES APROVA MESTRADO PROFISSIONAL DE SOCIOLOGIA EM REDE NACIONAL (PROFSOCIO);

O Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio) foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) neste mês de junho. 
O objetivo do curso é propiciar um espaço de formação continuada para professores de Sociologia que atuam na Educação Básica, e também às pessoas que desejam atuar nesta área.

O início do ProfSocio está previsto para o  primeiro semestre de 2017. Serão ofertadas inicialmente 175 vagas distribuídas entre as nove instituições associadas à rede. O processo seletivo nacional ocorrerá no segundo semestre de 2016. Poderão concorrer às vagas professores da rede pública da Educação Básica que ministram aulas de Sociologia e portadores de diploma de licenciatura reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).

O ProfSocio é o resultado da articulação entre a Sociedade Brasileira de  Sociologia (SBS), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL), que reuniram outras sete instituições envolvidas nacionalmente com estudos e pesquisas acerca da Sociologia na Educação Básica, e comprometidas com a formação continuada de professores na área. São elas:  Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Federal do Ceará (UFC),  Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual Paulista (UNESP – Campus Marília), Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) e Universidade Federal do Vale do Acaraú (UVA). 

A realização do ProfSocio visa contribuir para o atendimento da meta 16 do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê a formação de 50% dos docentes da Educação Básica em nível de pós-graduação até 2024. O curso será ofertado na modalidade semipresencial, isto é, com aulas presenciais e a distância, somando 450 horas distribuídas em três semestres.

A Fundaj é a instituição responsável pela organização do ProfSocio no âmbito da Universidade Aberta do Brasil (UAB). A partir do funcionamento do curso, novas instituições poderão associar-se à rede por meio de edital de adesão. Para o segundo ano do mestrado profissional, está prevista a participação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Colégio Pedro II.

Mais informações a respeito do ProfSocio podem ser solicitadas pelo E-mail: profsocio@fundaj.gov.br.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

A cada 23 minutos morre um jovem negro no Brasil. CPI do assassinato de Jovens.


Segundo o site da senadora Lídice da Mata (PSB/BA) o relatório da CPI do Assassinato de Jovens servirá de base para a Anistia Internacional propor uma petição online para que os assassinatos de jovens continuem sendo acompanhados e para que as recomendações feitas pela CPI sejam cumpridas.
Conforme a presidente da CPI, Lídice da Mata, o relatório aponta três frentes como ações práticas: transparência de dados sobre segurança pública e violência; fim dos autos de resistência (termo utilizado por policiais que alegam estar se defendendo ao matar um suspeito); e implantação de um Plano Nacional de Redução de Homicídios de Jovens.
Para a senadora baiana, há um genocídio da juventude negra em curso e a maioria dos assassinatos ocorre na periferia das cidades. O documento traz um panorama geral do quadro de homicídios de jovens no País, destacando que a principal vítima da violência letal é o jovem negro do sexo masculino e que a impunidade para estes casos é a regra.
Com a proximidade das Olimpíadas Rio 2016, a Anistia Internacional chama a atenção para os riscos de violações de direitos humanos na área da segurança publica, com a campanha “A violência não faz parte desse jogo!”. Essa campanha chama a atenção para o risco de aumento de violações, já documentadas anteriormente pela Anistia Internacional, no contexto de megaeventos esportivos.
“O relatório final da CPI que foi apresentado na quarta-feira (8/6) mostra que ainda há muito o que ser feito para avançar em uma política de segurança pública que promova e respeite direitos. (Referido documento pode ser lido neste link http://www12.senado.leg.br/noticias/arquivos/2016 /06/08/veja-a-integra-do-relatorio-da-cpi-do-assassinato-de-jovens). Mas ele também contribui para a formulação de políticas públicas e propõe medidas concretas que devem ser adotadas pelas autoridades. Vamos continuar acompanhando e pressionando as autoridades competentes para implementar as recomendações”, afirma Renata Neder, assessora de Direitos Humanos da Anistia Internacional Brasil.
Sobre a CPI - De acordo com o texto do relatório, apresentado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), um jovem negro é assassinado no Brasil a cada 23 minutos. A taxa de homicídios de jovens negros é quatro vezes maior que a referente a brancos da mesma faixa etária, entre 15 e 29 anos. A cada ano, no Brasil, cerca de 23,1 mil jovens negros são assassinados, segundo constatou o relatório.
Ao todo, a CPI promoveu 30 sessões durante 13 meses de atividades, das quais 21 foram audiências públicas externas e internas.



Vereadora Rose Sales, com anuência da Câmara de Vereadores de São Luís, concede o título de cidadania à Maria de Fátima Sales.

 
A ação social em favor das comunidades carentes por onde morou, em Açailândia ou em São Luís, deu motivo à Câmara de Vereadores da capital conceder o título de cidadania à paraibana de Catolé do Rocha, Maria de Fátima Sales, enfermeira profissional.  A honraria foi proposta pela vereadora Rose Sales (PMB) e teve a aprovação da unanimidade dos vereadores.

O evento contou com a presença de Rose Sales e o seu colega de parlamento, vereador Carioca (PHS), da deputada estadual Fátima Primo, dos pastores Oziel Gomes, presidente da Assembleia de Deus da área Tirirical, os seus colegas pastores Nilton Cesar e Gildenei Lima, dentre outros. O presidente da Coordenadoria de Dirigentes Lojistas de São Luís, Fábio Ribeiro, também marcou presença.

Rose Sales, ao usar da palavra na tribuna, disse que os títulos da Câmara de São Luís são conferidos às pessoas de conduta ilibada, sujeitos sociais com participação enriquecedora aos moradores da capital. “Este é o caso da enfermeira Maria de Fátima que conheci aqui na Câmara, à frente de uma comissão de moradores do Novo Horizonte, zona rural de São Luís, lutando para garantir direitos sociais da comunidade onde mora”, lembrou. Por seu lado, após assistir a um documentário sobre a ação da homenageada, o vereador Carioca reconheceu que ainda há pessoas boas neste mundo.

Convidados a falar, se revezaram na tribuna os pastores Oziel e Nilton Cesar. O primeiro testemunhou a ação da enfermeira nas comunidades da área oito da Assembleia de Deus e declarou que o título reconhece o trabalho de alguém e é um préstimo, lembrando, em seguida, Luther King ao dizer que sonhar faz as pessoas avançarem. Nilton César completou, declarando que as mulheres têm desenvolvido a sociedade com as múltiplas funções que exercem e que a enfermeira Maria de Fátima é um bom exemplo a ser seguido. “Ela tem agido tanto no âmbito da Assembleia de Deus, como na comunidade onde mora”, testemunhou. A deputada Primo, por sua vez, frisou que, pela ação militante da homenageada, na capital, ela é merecedora do título.

GRATIDÃOA nova cidadã de São Luís declarou ser muito grata ao Deus dela pela criatura que é, desprendida de bens materiais e vocacionada para ajudar aos outros. Também agradeceu aos pais por a haverem encaminhado na vida com retidão, assim como à vereadora Rose pelo título, a quem elegeu como seu espelho abaixo de Deus. 

A enfermeira compartilhou a homenagem com a família, colegas de trabalho, com a comunidade onde mora, e reconheceu: “Este título é o reconhecimento por algo que se faz. Sei que muitos que já o receberam não têm, como eu, algo dentro de si que os movam a fazer, a se dedicar à solidariedade humana, e por isso eu me emociono. Os desfavorecidos precisam ser enxergados, enxergados pelos problemas que enfrentam e precisam ser resolvidos”, ressaltou, ao final.

Texto: Cícero da Hora, em 23 de Junho de 2016Diretoria de Comunicação da Câmara Municipal de São Luís.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Vereador Manoel Rego pede urgência na reforma da Fonte das Pedras.

Foto - Ver. Manoel Rego
O vereador Manoel Rego (PTdoB) está solicitando, por meio de requerimento, que a Câmara Municipal de São Luís encaminhe expediente ao prefeito Edivaldo Holanda Junior e ao secretário Municipal de Obras e Serviços Urbanos, Antonio Araújo, pleiteando a reforma da Fonte das Pedras, localizada no Centro da capital maranhense.

Fazendo um pedido que sua sugestão seja atendida em caráter de urgência, o vereador do Partido Progressista faz uma constatação de que a referida via se encontra em péssimas condições, oferecendo riscos diários aos pedestres.


Foto - Fonte das Pedras (arquivo).
Manoel Rego cita também que a Fonte das Pedras “se trata de um notável ponto de atração turística e de visitação, que está relegada ao abandono, hoje sendo ocupada por marginais, além de servir como dormitório pra moradores de rua e outras pessoas”. Para corrigir esta situação, “peço que além de ser feita a reforma da Fonte das Pedras, ela passe a ter um patrulhamento da Guarda Municipal para zelar pelo local e pela segurança dos que transitam por aquela área”.

“Esta solicitação está sendo feita pela precariedade que se encontra em desacordo com as necessidades desta comunidade”, observa o parlamentar do Partido Progressista (PP) para acrescentar: “os serviços ora pleiteados são metas prioritárias de toda administração pública, principalmente tendo como alvo áreas menos favorecidas”.

Texto: Alterê Bernardino, em 22/06/2016. Diretoria de Comunicação - Câmara Municipal de São Luís.



Guerra da Síria: Rússia ataca de surpresa e detona a tática de Kerry, de adiar indefinidamente.


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Traduzido por Vila Vudu.

Os EUA não querem pôr fim à guerra contra a Síria nem querem resolver as diferenças à mesa de negociações. Querem 100% de suas demandas atendidas, a dissolução do governo e do estado sírio e a instalação, na Síria, de um governo fantoche movido pelos EUA.


Depois que o cessar-fogo na Síria entrou em vigência, no final de Fevereiro, Obama quebrou a promessa que fizera de separar da al-Qaeda os “rebeldes moderados” apoiados pelos EUA. Em abril, rebeldes apoiados pelos EUA, os grupos Ahrar al Sham e al-Qaeda, próximos dos Talibã, uniram-se para atacar o governo sírio no sul de Aleppo. Os grupos controlados pelos EUA romperam o cessar-fogo.

Duas resoluções da ONU determinam que a al-Qaeda na Síria seja combatida em todas as frentes e em todos os casos. Mas os EUA já duas vezes pediram à Rússia que não bombardeasse a al-Qaeda. Os EUA insistem que não estariam conseguindo separar da al-Qaeda os seus ‘próprios’ ‘moderados; e que a al-Qaeda não pode ser atacada, porque seriam atingidos também os amigos “moderados” dos EUA.

O ministro Lavrov das Relações Exteriores da Rússia já falou várias vezes com Kerry sobre esse assunto. Mas a única resposta que lhe dão são mais pedidos para manter suspensos os bombardeiros. Enquanto isso, al-Qaeda e os tais “moderados” só fazem quebrar o acordo de cessar-fogo e atacar as forças do governo sírio.

Passaram-se já quase quatro meses, e Kerry só insistindo em que os EUA precisam de mais tempo para separar da al-Qaeda, as forças aliadas dos EUA na Síria. 

Recentemente, o ministro Lavrov expressou a consternação dos russos: Os norte-americanos agora dizem que não conseguem remover os membros da oposição ‘boa’, de dentro das posições controladas pela Frente al-Nusra , e que precisam de mais dois-três meses. 

Tenho a impressão de que há um jogo, aqui. E eles querem manter a Frente al-Nusra de algum modo, para usá-la adiante, para derrubar o regime [de Assad] – disse Lavrov no Fórum Econômico Internacional de S.Petersburgo.

O jarro já estava quase cheio. O mais recente pedido de Kerry, para que os russos aceitassem uma pausa de (mais) três meses sem atacar a al-Qaeda foi a gota d’água. 

E a Rússia agora respondeu com um ataque aos EUA, onde eles menos esperavam ser atacados: Jatos russos de combate atacaram milicianos sírios apoiados pelo Pentágono com uma barragem de ataques aéreos no início dessa semana, sem considerar os incontáveis ‘alertas’ de comandantes norte-americanos, no ataque que militares norte-americanos definiram como o ato de mais clara provocação desde o início da campanha aérea dos russos na Síria, ano passado.


Os ataques atingiram uma base de terroristas próxima da fronteira com a Jordânia, muito longe de onde os russos agiram antes, e onde há forças apoiadas pelos EUA que combatem militantes do Estado Islâmico.
Esses ataques recentes aconteceram do outro lado, no extremo oposto do país, em relação às operações russas, perto de Tanf, cidade próxima de onde se encontram as fronteiras de Jordânia, Iraque e Síria.
Os russos atingiram uma pequena base rebelde para treinamento de forças e depósito de equipamento, numa área deserta e não habitada próxima à fronteira. Havia lá 180 rebeldes, parte do programa do Pentágono para treinar e equipar combatentes contra o Estado Islâmico.

Quando aconteceram os ataques, os rebeldes telefonaram a um centro de comando dos EUA no Qatar, onde o Pentágono orquestra a guerra diária contra o Estado Islâmico.

Os jatos norte-americanos chegaram, e os jatos russos foram embora. Os jatos norte-americanos partiram para reabastecer, e os jatos russos voltaram e atacaram novamente. Segundo os primeiros informes, teriam morrido dois combatentes treinados pelos EUA, e 18 outros foram feridos. Hoje cedo, outro ataque semelhante atingiu o mesmo alvo.


Claro que não foi acidente. Foi operação cuidadosamente planejada, e a resposta do porta-voz russo deixa claro que nada aconteceu por acaso: O porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov confirmou pessoalmente o ataque na 6ª-feira. Disse aos jornalistas que foi difícil distinguir, do ar, os diferentes grupos rebeldes.

Tradução: “Se vocês não conseguem separar soldados seus e terroristas da al-Qaeda, nem conseguem demarcar zonas exclusivamente “moderadas”… nós também não conseguimos.”


As forças instaladas perto de Tanf são apoiadas pela artilharia dos EUA a partir da Jordânia, e por força aérea via Iraque. Forças de operações especiais britânicas e da Jordânia também integram esse componente de solo (e constituem provavelmente a maioria dos combatentes “sírios”). Ali não há al-Qaeda. Os russos sabem disso perfeitamente. Mas quiseram deixar bem claro que ou separa-se tudo, em todos os lugares, ou nada em lugar algum será considerado ‘misturado’.

De agora em diante, até que os EUA separem claramente o que é al-Qaeda e o que é EUA, todas as forças apoiadas pelos EUA serão atacadas indiscriminadamente em qualquer lugar e a qualquer momento. (Os curdos sírios que combatem contra o Estado Islâmico com apoio dos EUA estão sendo considerados, por hora, como outra história.)

O Pentágono não quer qualquer novo engajamento em combate contra o governo sírio ou contra a Rússia. Quer combater contra o Estado Islâmico; e odeia a CIA porque coopera com al-Qaeda e outros elementos jihadistas. Mas John Brennan, agente dos sauditas e chefe da CIA, ainda parece fazer a cabeça de Obama. 

E o que Obama poderia fazer agora? Derrubar um jato russo e, com isso, pôr em perigo todo e qualquer piloto dos EUA que voe na Síria ou próximo da fronteira russa? Arriscar-se a guerra contra a Rússia? Será? De verdade?

O ataque dos russos perto de Tanf foi completa surpresa para os norte-americanos. Mais uma vez, os russos pegaram Washington no contrapé. A mensagem ao governo Obama é bem clara. “Chega de enganações e adiamentos. Ou separam JÁ os seus tais moderados, ou todos os agentes de vocês na Síria passam a ser alvos sumarentos para a força aérea russa.

Os ataques russos contra Tanf e contra agentes protegidos pelos EUA tiveram mais um benefício. Os EUA planejavam deixar aquelas forças avançarem para o norte na direção de Deir Ezzor, para derrotar o Estado Islâmico naquela cidade. Eventualmente, se estabeleceria uma “entidade sunita” no sudeste da Síria e oeste do Iraque sob controle dos EUA. E a Síria seria fatiada.

O governo sírio e aliados não permitirão que aconteça. Há uma grande operação planejada para pôr fim à ocupação pelo Estado Islâmico e retomar Deir Ezzor. Várias centenas de forças do governo sírio já tomaram e mantêm sob controle um aeroporto isolado em Deir Ezzor, contra muitos ataques fracassados do Estado Islâmico. 

Essas tropas são atualmente reforçadas por contingentes adicionais do exército sírio e comandos do Hizbullah. Aproxima-se uma grande batalha. Deir Ezzor pode ser libertada nos próximos poucos meses. Quaisquer planos que os EUA tenham, de inventar alguma entidade no leste da Síria passam a ser perfeita fantasia irrealizável, se o governo sírio pode tomar e defender sua maior cidade oriental.

A tática do governo Obama de sempre adiar e adiar, agora tem de ter fim. A Rússia não continuará parada, limitando-se a assistir às ações dos EUA para sabotar o cessar-fogo e apoiar terroristas da al-Qaeda. Qual será então o próximo movimento dos EUA?