domingo, 6 de novembro de 2016

Brasil. Lídice da Mata, Michael Löwy e Reinaldo Gonçalves, falando sobre a PEC 241.


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Senadora e Economista Lídice da Mata, Cientista Social Michael Löwy e Economista Reinaldo Gonçalves.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 aprovada pela Câmara dos Deputados, tramitando agora no Senado como PEC 55 que congela por 20 anos investimentos sociais como em educação e saúde, já em situação historicamente calamitosa no Brasil, foi a saída que o novo governo brasileiro encontro para equilibrar as contas públicas gerando muita polêmica dentro e até fora do País.

Para analisar a questão, foram procurados a economista e senadora Lídice da Mata pelo PSB da Bahia, primeira mulher eleita prefeita da capital baiana de Salvador em 1992, e participante da Assembleia Constituinte de 1988, o cientista social e escritor Michael Löwy formado pela Universidade de São Paulo e diretor de pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique da França, e o escritor e economista Reinaldo Gonçalves, professor de Economia Internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se formou, e mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro além de doutor em Letters and Social Sciences pela University of Reading, na Inglaterra.

Apresentando alternativas, tanto a senadora quanto o cientista social e o economista manifestam-se fortemente contrários à Proposta, afirmando que acarretará sérios danos à sociedade brasileira, às próprias contas públicas do País além de enfraquecer o Estado. 
Lídice e Löwy apontam ainda que a PEC 55 não possui precedentes a nível global. Segundo o cientista social, trata-se de "desprezo à democracia. 'Equilibra' as contas às custas dos pobres, e deixa intacto os lucros da oligarquia e dos especuladores". Para o economista Reinaldo Gonçalves, temos mais que nunca no Brasil "uma sociedade invertebrada".

Voz favorável à PEC 55 foi também ouvida: a do coordenador do Grupo de Estudos de Conjuntura do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), José Ronaldo de Castro Souza Júnior. Porém, após ter respondido a três questões foi jornalisticamente rebatido por mais duas, a fim de precisar suas posições. Negou-se, alegando não dispor de tempo (ao contrário dos outros três entrevistados, de enorme projeção nacional e até internacional, no caso do professor doutor Löwy). Conforme comunicado ao coordenador de Estudos do Ipea, sua "entrevista pela metade", portanto, não poderia ser publicada a fim de não ferir os princípios éticos da prática jornalística cuja fiel guarda, conforme também observado a ele, havia lhe dado o devido espaço democrático para discorrer sobre suas ideias.

4 de novembro de 2016

Edu Montesanti: Qual sua avaliação da PEC 55, e as consequências a médio e longo prazo ao País?

Senadora Lídice da Mata: Essa PEC, agora PEC 55 no Senado Federal, é um equívoco completo: na forma e no conteúdo. Na forma, por constitucionalizar a política fiscal e orçamentária, e por um prazo de duas décadas! É um fato inédito no planeta e desconhece absolutamente a dinâmica da economia.

Retira do Estado Nacional a capacidade de propor políticas fiscais e orçamentárias capazes de reagir às diversas conjunturas da economia internacional e nacional. Esse absurdo é reconhecido implicitamente quando prevê a sua revisão em dez anos.

É uma alternativa ultraliberal que está se tentando impor ao Estado brasileiro, como se essa visão econômica liberal fosse um dogma. No conteúdo, peca no diagnóstico e, portanto, na solução proposta. Nosso problema fiscal está muito mais na qualidade dos gastos do que num descontrole dos gastos primários.

No ano passado, tivemos uma redução de quase três por cento nos gastos primários. Com a fracassada tentativa do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, a presidente Dilma promoveu um contingenciamento monumental, o maior de nossa história republicana. E isso certamente agravou a depressão de nossa economia. Com isso, além do desemprego, provocou uma espantosa queda nas receitas.

Essa perda de receita é que deveria estar sendo enfrentada. E isso só poderia ser resolvido com a retomada da atividade econômica. Segundo os argumentos dos áulicos governistas, é necessário comprimir os gastos, pois 'se retendo os gastos de forma profunda pode-se fazer o país voltar a crescer'. Mas essa não é a regra da economia. O próprio FMI tem alertado que sem uma política contracíclica com investimentos públicos não se consegue retomar a atividade econômica.

É isso que se tem como movimento em todo o mundo, e basta acompanhar atentamente o noticiário econômico. Com essa PEC 55 estamos indo na contra-mão global.

Professor Doutor Michael Löwy: Consequências dramáticas! Significará a redução drástica de todos os programas sociais,  da educação,  da saúde,  do saneamento básico,  da pesquisa,  dos serviços públicos.  Um desastre para toda a população, a começar pelas camadas mais  desfavorecidas.

Todos os governos europeus tem aplicado "cortes de gastos" deste tipo,  com consequências socais muito negativas,  e agravando a crise econômica,  recusando ouvir os conselhos de economistas avisados como Stiegler,  Piketty,  etc.  Mas nenhum governo europeu,  mesmo os mais fanaticamente adeptos da religião neo-liberal teve a ousadia de engessar o orçamento durante 20 anos.

A PEC 241 é sem precedentes,  pelo seu desprezo à democracia.

Professor Doutor Reinaldo Gonçalves: Imagine uma sociedade invertebrada, instituições degradadas e dirigentes ineptos ou corruptos. Então, temos o Brasil. Mais dados fáticos: grave crise fiscal e bizarrice da PEC 241. É evidente que o governo Dilma deixou uma herança trágica, que não se restringe ao grave desequilíbrio das contas do governo federal.

Entretanto, é bizarrice querer manter constante o gasto real do governo por 10-20 anos. A PEC tem um vício de origem: não se sustenta durante muito tempo. Já no ciclo político-eleitoral 1917-18 ela será atacada. Se não for derrubada na prática, ela cairá de jure e de facto no próximo ciclo político-eleitoral (1921-22).

O que efetivamente ficará de pé na PEC é a queda da renda real do funcionalismo público e, portanto, o enfraquecimento da máquina estatal.  O sonho dos liberais tolos se tronará realidade.


Edu Montesanti: Apontaria medidas alternativas à PEC 55, a fim de equilibrar as contas públicas?

Senadora Lídice da Mata: Temos que enfrentar a queda da arrecadação, o peso excessivo do serviço da dívida pública e retomar a atividade econômica. E, muito ao contrário do que agora se propõe, precisamos realizar uma ampla reforma no Estado, visando melhorar a qualidade dos nossos gastos e de nossos serviços públicos. Investir pesado em educação, ciência, tecnologia e inovação.

Para enfrentarmos a queda na arrecadação, urge uma reforma tributária progressiva capaz de reduzir a taxação no consumo das famílias (responsável por 63% do consumo nacional) e ampliar a taxação sobre os rentistas e as grandes fortunas.

No Senado, temos discutido a crise econômica há muito tempo e oferecemos algumas propostas. Até votamos a repatriação de recursos do exterior, que foi uma iniciativa que saiu do Senado e do Congresso. Discutimos aumentar as receitas buscando taxar grandes fortunas ou grandes heranças. Alguns até dizem que o impacto tributário sobre as heranças, por exemplo, é pequeno. Pode ser pequeno, mas é simbólico, pois se está tirando dos que têm mais, ao invés de apenas manter uma política de ajuste sobre aqueles que têm menos. E é isso que vai acontecer com a PEC 55.

Nossa dívida pública tem que passar por uma auditoria, é preciso abrir essa caixa preta; alongar o nosso perfil da dívida, reduzindo nossas taxas de juros. Precisamos rever as renúncias fiscais, houve um uso abusivo desse instrumento nos últimos anos.

A FIESP aplaude o ajuste, mas nada fala sobre as renúncias fiscais. Nossas elites não abrem mão de seus privilégios, e pretendem jogar nas costas dos trabalhadores e da classe média todos os custos da crise.

Professor Doutor Michael Löwy: É evidente que seria mil vezes preferível cortar nos gastos com o pagamento de juros da dívida interna,  que consome metade do orçamento brasileiro.   Mas o governo atual prefere cortar tudo,  menos os lucros dos especuladores e rentistas que vivem destes juros altíssimos.

Outra medida seria acabar,  ou pelo menos reduzir,  as "desonerações fiscais ". -  os generosos presentes de bilhões de reais aos empresários,  a custas do erário público.

A PEC 241 "equilibra" as contas às custas dos pobres,  e deixa intacto os lucros da oligarquia e dos especuladores.

Professor Doutor Reinaldo Gonçalves: O país precisa de uma reforma tributária que siga as diretrizes de racionalização, moralização e distribuição (progressividade). Os ricos têm que pagar mais impostos. O capital não pode ter tratamento tributário mais favorável do que o trabalho.

O mesmo ocorre em relação à reforma da previdência. Não faz sentido aposentadorias especiais para políticos, policiais, professores etc. Não faz sentido diferenciação no tempo de aposentadoria para homens e mulheres.

A moralização implica, ainda, maior controle sobre benefícios sociais e redução drástica de incentivos e subsídios fiscais para grandes empresas. O combate à elisão e sonegação fiscal deve ser prioridade.

As instituições precisam ser reformadas no sentido de que grandes empresas e os ricos sejam efetivamente punidos quando têm práticas oportunistas em relação à arrecadação, inclusive, aqueles que não querem honrar compromissos das concessões e privatizações.


Edu Montesanti: Recente afirmação em defesa da medida por parte do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), reflete perfeitamente a posição do governo:  "Precisamos evitar a gastança que houve no passado e arruinou as contas públicas". Tal projeto lhe parece elitista não apenas por sacrificar e considerar "gastança" investimentos sociais essenciais, base da sociedade tais como educação e saúde, até porque o novo governo, por exemplo, mantém salários estratosféricos de magistrados e aumenta gastos milionários com publicidade nos grandes meios de comunicação?

Senadora Lídice da Mata: Esse discurso é realmente lamentável! Não se discute realmente a crise, seus fundamentos e uma saída para o Brasil. Fala-se em ruína da economia, aterroriza-se a população criando um clima de enorme insegurança quanto ao futuro, para tornar a nossa população mais dócil aos seus remédios amargos.

Vejam a Petrobras. Estava destruída, acabada. De repente, em cinco meses, a nova administração operou o milagre da ressuscitação. Já esta de novo no ranking das maiores do mundo. Nenhum observador sério pode acreditar num milagre tão rápido.

Fica evidente que se carregou nas tintas, com o intuito de reforçar o discurso da crise. Não estou dizendo que a depressão atual de nossa economia não seja grave. É gravíssima. Mas seus fundamentos estão muito além da "gastança" apregoada pela histeria liberal. Demoniza-se o Estado e o serviço público para justificar que o dinheiro vá para remunerar os rentistas e os patrimonialistas de sempre.

Mais uma vez, se joga o preço da crise para cima dos ombros do povo brasileiro, que é quem mais precisa e depende do setor público. As medidas que serão tomadas a partir da PEC 55 serão extremamente recessivas do ponto de vista econômico. Vamos entrar num processo de recessão ainda maior.

Todos esses cortes que a PEC propõe, e as medidas que estão sendo tomadas pelo governo do Presidente Michel Temer e que iriam servir para criar segurança ao investidor, resultam, sim, em decréscimo da indústria, porque a indústria não cresce apenas dando segurança para se investir, ela cresce garantindo o mercado consumidor e a infraestrutura necessária.

O canto da sereia - de que a privatização atrairá o capital privado necessário para esses investimentos - é um filme velho que já assistimos: termina em perda de patrimônio público vendido a preço de banana para os amigos do governo.

Estudos internacionais comprovam que o capital privado só investe em infraestrutura nos países emergentes se parte do risco do investimento for absorvido pelo capital público. E quanto mais retenção de gastos e ajuste fiscal, mais impacto, sem dúvida, sobre os salários e sobre o consumo.

Da mesma forma, haverá grande impacto, sim, em áreas como educação e saúde, e também na previdência social, porque é aonde estão os recursos mais expressivos.

Mas o senhor Temer fez questão de atenuar esses cortes na educação, nos dois últimos anos que lhe restam de governo, porque ele sabe da reação popular que virá, e sabe melhor do que ninguém da fragilidade de sua sustentação política.

Na saúde, vivemos uma crise financeira grave, inclusive na sustentação da rede privada, e não apenas na rede pública. E vamos viver momentos ainda de maior gravidade da sustentação do atendimento à saúde no Brasil.

Na educação, os resultados recentes de todas as avaliações demonstram que não só os recursos atuais são insuficientes, bem como há necessidade de um incremento real nesses investimentos. Admito discutir um melhor uso dos recursos na educação, uma gestão mais eficiente, que possa gastar melhor, mas o que vai ser feito com essa PEC não é isso.

Professor Doutor Michael Löwy: Como expliquei anteriormente,  além dos salários  exagerados de magistrados e outros altos funcionários,  além da gastança com a publicidade,  o que arruína as contas públicas são os privilégios exorbitantes do capital financeiro,  da casta parasitárias dos rentistas.

Além disso toda o sistema fiscal é absurdamente injusto,  um mínimo de justiça fiscal faria entrar muito dinheiro no orçamento, obrigando os 1 por cento mais ricos a pagar mais impostos.  Sem falar da sonegação fiscal,  dos "paraísos fiscais",  etc.

Professor Doutor Reinaldo Gonçalves: Racionalização e moralização devem também pautar os gastos de custeio do governo. O Brasil tem uma democracia de baixa qualidade e uma república de pequena estatura. O Brasil precisa acabar com os privilégios de grupos dominantes, inclusive, os encastelados no aparelho estatal.

Mas o Estado preciso combater o abuso de poder econômico das grandes empresas e grupos. Cartéis continuam formando a base da ineficiência sistêmica da economia brasileira.


Edu Montesanti: A sociedade está à margem da "discussão" - já pobre, não?- sobre a PEC 55? O povo não deveria ser mais ouvido e, antes, incentivado ao debate?

Senadora Lídice da Mata: Esta PEC, 241 na Câmara e agora PEC 55 no Senado, é um forte golpe na democracia brasileira, porque os próximos cinco Presidentes da República não terão o direito de discutir com o povo brasileiro quais os caminhos para sair da crise.

Além disso, e tão grave quanto outros aspectos, é que o corte será bastante cruel com estados e municípios brasileiros que já estão em dificuldades para seu pleno funcionamento. O não debate é essencial para o governo. Pratica-se a máxima de Maquiavel: o mal se faz de uma vez e rapidamente. Quando tergiversam sobre os efeitos da PEC sobre a saúde, a educação e a previdência social, eles sabem que essas mentiras não resistirão ao debate público.

Então eles vão intensificar o discurso do terror da crise, e correr com a aprovação da PEC, antes que a resistência popular que já se inicia com o valente movimento de nossos estudantes ocupando suas escolas e universidades em todo o País. O Brasil sofrerá grandes consequências e grandes dificuldades para voltar a crescer. Com certeza. A sociedade precisa ser ouvida, consultada, mobilizada.

No Senado Federal, estamos realizando audiências públicas. E faremos uma grande reunião geral no Plenário. Neste governo, não existem mais propostas de consultas públicas, abertas, como as que vinham sendo realizadas durante os governos de Lula e Dilma. Parecem ter ficado no passado o exemplo das Conferências Nacionais de Educação, Saúde, Mulheres e outros temas onde, ao final, se traçava uma diretriz do que as diversas representações sociais discutiram e propuseram.

Falta, sim, debate e maior participação popular antes de propor medidas duras e amargas, que vão impactar justamente os que não puderam dar sua opinião. Mas acredito na mobilização crescente de nosso povo. Esse desmonte da Constituição Cidadã de 1988 não irá se consumar. Eu não desisto do Brasil.

Professor Doutor Michael Löwy: Com efeito,  a mídia  tem promovido sistematicamente a desinformação e os discursos apologéticos dos de cima. Seria necessário uma discussão séria,  em toda a sociedade,  com ampla participação popular,  antes de qualquer decisão.

Em vez disso o governo está tratando de fazer aprovar a PEC a toque de caixa,  o mais rapidamente possível,  sem nenhuma consulta popular.  Os promotores da PEC estão com pressa,  muitíssima pressa,  porque temem que as consequências do Lava Jato acabem atingido as várias quadrilhas de corruptos instalação nos ministérios,  no Congresso e no Senado, desorganizando seus planos.

Mais do que pressa,  há um verdadeiro pânico e uma corrida contra o relógio para fazer aprovar esta PEC do Fim do Mundo antes que a casa

Professor Doutor Reinaldo Gonçalves: É o Brasil invertebrado. Quatrocentos anos de escravidão, violência, ignorância e mau-caratismo congênito abrem espaço para que grupos dirigentes medíocres tomem medidas bizarras sem correr sequer o risco moral. O povo brasileiro é da mesma qualidade das suas elites!

A bizarrice PEC 241 é resultado dessa convergência de "qualidades". Por que a OAB não discute abertamente a PEC? Por que os partidos não levam a discussão para os seus diretórios e afiliados? Por que o Conselho Federal de Economia também não faz um movimento para debater? Por que os sindicatos não se movimentam? Por que as organizações não governamentais não se articularam para discutir? Se posicionar contra ou a favor é fácil, ao duro é a articulação política e institucional para se posicionar sobre a medida.

O invertebramento da sociedade e a degradação das instituições brasileiras se agravaram durante os governos do PT. A conta já é e será ainda mais salgada para o trabalhador brasileiro. Os principais responsáveis foram expelidos do poder em 31 de agosto com o impedimento.

O povo brasileiro está sendo punido por ter reelegido Lula e elegido e reelegido Dilma. A herança de inépcia e corrupção é trafica. Como parte dessa punição temos que o tsunami liberal-conservador chegou para arrasar.

No presente temos o desemprego, a falta de renda, a tragédia da saúde pública, a degradação da educação, o aumento da violência, a falta de esperança etc. E amanhã? Menos previdência social, menos direitos trabalhistas, menor eficácia do estado, e renda ainda menor para o trabalhador, mais vulnerabilidade externa, maior concentração do poder, maior abuso de poder econômico e menor potencial de desenvolvimento.

O futuro do Brasil é mais preocupante do que o futuro. Esse é o ponto central do meu livro Desenvolvimento às Avessas (Rio de Janeiro: LTC, 2013) em que alerto para uma trajetória de longo prazo de instabilidade e crise.   Nesse livro apresento algumas propostas de reformas estruturais.


Edu Montesanti: Professor Reinaldo, como o senhor avalia parecer - reforçado pela Procuradoria Geral no dia 7 de outubro - que considera a proposta "inconstitucional"? Segundo o órgão, ela "fere a independência e a autonomia dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicial'.

Professor Doutor Reinaldo Gonçalves: Esse material servirá de base para o julgamento e a derrubada da PEC no próximo ciclo político-eleitoral. A PGR não é assessoria jurídica qualquer. É uma instituição tecnicamente muito sólida.

É evidente que a PEC começará a perder força no dia em que for aprovada. Não é um mal necessário. É simplesmente uma bizarrice. O governo poderia simplesmente cortar gastos em 2016, 2017 e 2018 sem ter que apelar para uma emenda constitucional.

A equipe econômica do governo Temer é fraca enquanto os membros do núcleo duro do governo pensam que problemas se resolvem com leis e conchavos no Congresso. Ocorre que no Brasil ode jure é frequentemente atropelado e desmoralizado pelo de facto.

Não creio que a PEC irá melhorar as expectativas, em geral, e o grau de confiança dos investidores, em particular. 
Edu Montesanti

A criminalização das ocupações: só resta saber quem é o criminoso (por Rodrigo Klassen Ferreira).

Trabalhei na aplicação do ENEM durante muitos anos. Em uma dessas aplicações, o INEP cometeu um erro e alocou na escola mais candidatos do que ela suportava. Tudo foi resolvido de um dia para o outro, passando os excedentes para uma outra escola. Sem prejuízos.
A aplicação do ENEM é gerida de modo descentralizado. Cada região tem um coordenador responsável, que já tem um plano B, caso uma escola não possa sediar o ENEM, devido a fatores climáticos, por exemplo. Além disso, há muitas escolas que não sediam o ENEM e teriam interesse em fazê-lo porque é pago um valor à escola, pelo aluguel do prédio, e aos servidores que trabalham na aplicação. E que escola ou servidor não precisam de uma verba extra?
Agora me digam, o que interessa mais ao governo: realocar candidatos e resolver o problema de maneira prática ou fazer um estardalhaço na mídia, jogando a opinião pública contra os movimentos estudantis?
Os estudantes que ocupam escolas estão de parabéns pela coragem em enfrentar tantas adversidades para protestar por causas nas quais acreditam. Entre assistir sentados o ápice do desmonte da educação pública e resistir nem que seja para dizer “Oi, estamos aqui e não concordamos com isso”, preferiram a segunda opção. O que é mais importante: estudar aos trancos e barrancos para terminar um ano letivo ou ter a chance de estudar com qualidade e dar seguimento aos estudos com graduação e pós-graduação? O hoje ou o futuro?
E é uma pena que outros setores da sociedade não cultivem essa revolta/resistência. São tantas coisas erradas acumuladas em décadas de (des)governos, independente de partido político, que o certo seria não sobrar um único espaço público não ocupado pela sociedade civil até que mudanças fossem reais e visíveis.
É com orgulho e tristeza, ao mesmo tempo, que afirmo que estes estudantes estão fazendo o que nenhuma organização de professores conseguiu fazer até hoje pela educação. Com toda imaturidade e falta de experiência, próprias da idade, já conseguiram fazer muita gente (re)pensar para que serve uma escola. Sem falar na responsabilidade, no cuidado com o patrimônio da escola – que é deles e de todos – e na autonomia.
Fala-se muito em ilegalidade nas ocupações e há muitas pessoas chocadas com as atitudes dos estudantes, porém a mesma comoção não é observada quando tantos milhões são desviados por agentes públicos das mais variadas ideologias. São jovens estudantes que não concordam com um país corrupto e que penaliza os mais pobres por tudo de ruim que acontece.
Na educação, quase não há resultados a curto prazo. Por isso, acredito que mesmo que poucos danos sejam reduzidos agora, poderemos contar com sujeitos mais ativos no que diz respeito aos problemas do país.
Os ocupantes me representam.
.oOo.
Rodrigo Klassen Ferreira é Professor do IFSul Câmpus Camaquã, Mestrando em Educação, ex-professor da rede estadual de ensino do RS.

sábado, 5 de novembro de 2016

Oito mortos, sendo 1 Policial Militar e 7 Suspeitos mortos em troca de tiros em Limoeiro do Norte - CE.

Foto whats app  - Necrotério de Limoeiro de Norte.
Oito mortos, clima de medo e a cidade cercada por dezenas de policiais civis e militares. Este é o resumo do que aconteceu nas últimas horas em Limoeiro do Norte, na região do Vale do Jaguaribe (a 203Km de Fortaleza) durante o ataque de uma quadrilha de assaltantes fortemente armada. Pelo menos, um policial militar  está entre os mortos.
Foto whats app  -  Tiroteio em Limoeiro de Norte.
O fato teve início por volta de 3h20, quando uma quadrilha composta por cerca de cinco bandidos, invadiu as dependências do depósito das Lojas Zenir, localizada na Rua Coronel Antônio Joaquim, no Centro. A Polícia Militar foi acionada, por telefone, pelos vizinhos.
Foto whats app  - Suspeito preso pela Polícia Militar
Uma patrulha do Ronda do Quarteirão foi enviada ao local e quando os militares chegaram ali foram recebidos à bala no momento em que desembarcavam da viatura. Um dos PMs, identificado como Cabo Romeu, foi baleado gravemente, enquanto os colegas de farda cercavam o bando e aguardavam reforços. O cabo chegou a ser socorrido em uma ambulância do Samu para o hospital da cidade, mas não resistiu.
Foto whats app  - Homens assassindos em Limoeiro de Norte.
Perseguição Policial. Nas horas seguintes, Limoeiro foi palco de uma caçada humana, com a chegada de reforços policiais das cidades vizinhas, como Russas, Morada Nova, Tabuleiro do Norte e São João do Jaguaribe. Um dos bandidos acabou morrendo no cerco ainda durante a madrugada, mas a busca pelos demais continuou nas horas seguintes.
Foto whats app - Necrotério de Limoeiro de Norte.
Já por volta de 6h30, parte da quadrilha foi localizada escondida dentro de uma residência localizada nas proximidades da agência do Banco do Nordeste, onde fazia reféns seus moradores. No cerco à casa, mais  dois bandidos acabaram baleados e mortos, enquanto um terceiro se entregou à Polícia.

Reforço policial em Limoeiro do Norte
Já por volta de 7h30, mais dois homens foram cercados e mortos no bairro Antônio Holanda, conhecido como Cidade Alta, na periferia da cidade. 

As autoridades não confirmaram, ainda, se estes dois últimos faziam parte da quadrilha. 

No início da tarde, foram registrados mais dois assassinatos, dois homens atingidos com tiros no Centro de Limoeiro, também sem identidade revelada. 
Segundo a Polícia, todos os homicídios registrados, inclusive a morte do PM estão sendo investigados. 
Pelo menos, quatro corpos estão no necrotério do Hospital da cidade. 

A caçada a outros bandidos tem prosseguimento em Limoeiro e Municípios vizinhos. 
Por FERNANDO RIBEIRO E LAYANNA VASCONCELOS.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

SÃO LUÍS - Justiça aceita denúncia contra integrantes do governo Rosaeana Sarney acusados de terem cometidos crimes na Sefaz

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O Poder Judiciário aceitou, nesta sexta-feira, 4, a denúncia do Ministério Público do Maranhão contra os dez membros da organização criminosa que concederam compensações ilegais de débitos tributários com créditos de precatórios a empresas, causando prejuízo milionário aos cofres públicos.

Os réus da ação penal são o ex-secretário de Estado da Fazenda, Cláudio José Trinchão Santos; o ex-secretário de Estado da Fazenda e ex-secretário-adjunto da Administração Tributária, Akio Valente Wakiyama; o ex-diretor da Célula de Gestão da Ação Fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda, Raimundo José Rodrigues do Nascimento; o analista de sistemas Edimilson Santos Ahid Neto; o advogado Jorge Arturo Mendoza Reque Júnior; Euda Maria Lacerda; a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney Murad; os ex-procuradores gerais do Estado, Marcos Alessandro Coutinho Passos Lobo e Helena Maria Cavalcanti Haickel; e o ex-procurador adjunto do Estado do Maranhão, Ricardo Gama Pestana.

A denúncia foi ajuizada pelo promotor de justiça Paulo Roberto Barbosa Ramos, no dia 21 de outubro. A juíza Cristiana de Sousa Ferraz Leire, respondendo pela 8ª Vara Criminal da Comarca da Ilha de São Luís, recebeu a denúncia, reconhecendo o preenchimento dos requisitos formais do Código de Processo Penal.

De acordo com o titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica de São Luís, Paulo Roberto Barbosa Ramos, dentre as ações delituosas da organização criminosa que atuou no âmbito da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), foram realizadas compensações tributárias ilegais, implantação de filtro no sistema da secretaria para garantir essas operações tributárias ilegais e fantasmas, reativação de parcelamento de débitos de empresas que nunca pagavam as parcelas devidas, exclusão indevida dos autos de infração de empresas do banco de dados e contratação irregular de empresa especializada na prestação de serviços de tecnologia da informação, com a finalidade de garantir a continuidade das práticas delituosas.


Redação: CCOM-MPMA

443 ex-deputados são denunciados por desvio de recursos públicos.

443 ex-deputados são denunciados por desvio de recursos públicos
Dinheiro era destinado a passagens aéreas para exercício da atividade parlamentar.

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra 443 ex-deputados por uso indevido de recursos públicos, por meio da utilização das cotas de passagens aéreas oferecidas pela Câmara dos Deputados para o exercício da atividade parlamentar. 


Eles são acusados de desviar o benefício em favor de terceiros. As investigações apuraram os gastos com viagens no período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2009. 

Outras 219 pessoas, com foro privilegiado, entre elas atuais deputados federais e estaduais, senadores, governadores e membros de Tribunais de Contas, poderão ter a situação examinada pela Procuradoria-Geral da República. 

Nesses casos, a Procuradoria Regional da República – 1ª Região, órgão do MPF, solicitou que cópias do inquérito sejam enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que o processo seja continuado. 

As denúncias aguardam a manifestação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Os denunciados são acusados de peculato, incidindo na prática do crime do artigo 312 do Código Penal, por haverem desviado, em proveito de terceiros, valores de que tinham a posse em razão do cargo. A pena para o delito é de reclusão de dois a doze anos, mais multa.

Confira a lista de denunciados e saiba quantas passagens e o valor desviado por cada um.

Acesse a lista das pessoas envolvidas, com prerrogativa de foro.

Número do inquérito: 25039-72.2016.4.01.0000

Assessoria de Comunicação Social - Ministério Público Federal.

Procuradoria Regional da República - 1ª Região
Tel.: (61) 3317-4583 - No twitter: mpf_prr1.

Ao ler os referidos documentos fizemos o seguinte resumo.

Inquérito Policial 0025039-72.2016.4.01.0000/DF.

Tribunal Regional Federal da 1ª Região – Segunda Seção

e. Relator:

1. Ofereço, em separado, as denúncias 486 e 487/2016, em face dos investigados que detém foro privilegiado por prerrogativa de função perante esse Tribunal Regional Federal da 1ª Região, pela prática do crime do art. 312 do Código Penal.

2. Ofereço outras 50 denúncias, numeradas sequencialmente de 488 a 537/2016, em face de investigados que, embora não detenham foro privilegiado por prerrogativa de função perante esse Tribunal, devem aqui ser julgadas em razão da conexão com as duas primeiras, nos termos dos arts. 69, V c/c 76, III e 78, II, a do Código de Processo Penal.

3. Requeiro o envio de cópia dos autos ao Superior Tribunal de Justiça, para o exame das condutas dos investigados que detém foro privilegiado perante aquela corte, a seguir nominados: Waldir Neves Barbosa, conselheiro presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul. Rodrigo Sobral Rollemberg, governador do Distrito Federal. Maria Suely Silva Campos, governadora pelo Estado de Roraima. Mario Sílvio Mendes Negromonte, presidente da Primeira Câmara do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia. Jackson Barreto de Lima, governador pelo Estado de Sergipe. Flávio Dino de Castro e Costa, governador do Estado do Maranhão.

4. Requeiro o envio de cópia dos autos ao Supremo Tribunal Federal, para o exame da conduta dos investigados que detém foro privilegiado perante aquela corte e não foram objeto do arquivamento parcial das fls., a seguir nominados:

38. Cléber Verde Cordeiro Mendes, deputado federal pelo Estado do Maranhão.

43. Davi Alves Silva Júnior, suplente de deputado federal pelo Estado do Maranhão.

111. José Sarney Filho, deputado federal pelo Estado do Maranhão.

172. Pedro Fernandes Ribeiro, deputado federal pelo Estado do Maranhão.

179. Roberto Coelho Rocha, senador da República pelo Estado do Maranhão.




LEIA MAIS AQUI: Ministério Público denuncia 440 ex-deputados federais por farra das passagens, 11 são maranhenses.  http://maranauta.blogspot.com.br/2016/11 /ministerio-publico- denuncia-440-ex.html

PEC do Fim do Mundo. Estudo da UFRGS aponta que PEC 241 colocará em risco excelência acadêmica.

31/10/2016 - PORTO ALEGRE, RS - Estudantes ocupam faculdade de educação da UFRGS contra a Pec 241, Escola Sem partido e temas que tiram direitos e investimentos da educação. Foto: Guilherme Santos/Sul21        Estudantes ocupam Faculdade de Educação da UFRGS contra a Pec 241 | Foto: Guilherme Santos/Sul21
Da Redação
A reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apresentou na manhã desta sexta-feira (4), ao Conselho Universitário (Consun), um estudo de impacto financeiro da PEC 241 (agora, PEC 55 no Senado), que limita o crescimento dos gastos federais à inflação. O documento aponta que a aprovação definitiva da proposta de emenda constitucional – já aprovada na Câmara e em tramitação no Senado – pode trazer “problemas substanciais” ao custeio da universidade e “comprometer a preservação das condições de excelência”.
O estudo aponta que, entre 2006 e 2015, o orçamento da universidade cresceu 62% acima da inflação do período medida pelo IPCA. A partir de uma simulação, demonstra que, caso a PEC já estivesse em vigor antes de 2006, não poderia ter ocorrido crescimento real a menos que recursos de outras áreas do Orçamento da União tivessem sido reduzidos.
Uma das tabelas indica que a UFRGS teria o orçamento reduzido para menos da metade, se a PEC vigorasse entre 2006 e 2015. Em 2015, o orçamento da Universidade com fonte no Tesouro foi de R$ 184.573.24. Nas regras da PEC, o orçamento seria de R$ 75.299.511. Ou seja, -R$ 109.273.736.
“Ao propor a fixação de um teto que se move somente com o valor da inflação para os gastos do Tesouro Nacional (o qual implica a fixação de um valor de gastos em termos reais, isto é, descontada a inflação), a PEC 241 tende a criar problemas substanciais de financiamento para custeio e capital”, diz o documento.
Segundo a UFRGS, um fator criador de problemas é que as despesas com pessoal, incluindo pensionistas e inativos, têm crescido acima da inflação e não estão sob gestão direta da universidade. “Ao crescerem além da inflação, tornam impositiva a redução em valores reais dos recursos para custeio (Outras Despesas Correntes, exceto as despesas de pessoal) e para capital, para o enquadramento na lógica da PEC 241”, afirma o documento.
O estudo aponta que, na simulação com a PEC em vigor desde 2006, o Orçamento da UFRGS “mal cobriria os gastos com vigilância, energia elétrica, água e telefonia, manutenção predial, motoristas e limpeza” até 2012 e, a partir de 2013, “não cobririam nem esses gastos”.
O documento conclui que “fazer ajuste com uma medida rígida como a embutida na PEC 241 não apenas sacramenta reduções orçamentárias recentes que já vêm ocorrendo, como tende a reduzir progressivamente e cumulativamente as disponibilidades orçamentárias de custeio e capital para a UFRGS, o que pode comprometer a preservação das condições de excelência acadêmica já alcançadas pela Universidade, e com isto comprometendo os benefícios que o ensino, a pesquisa científica e tecnológica e a extensão universitária trazem à sociedade e ao desenvolvimento do país.
A aprovação da PEC 241 na Câmara gerou uma onda de mobilizações estudantis contrárias à proposta em universidades e escolas pelo Brasil. Somente na UFRGS, já são ao menos 31 cursos que registram ocupações.

Polícia Federal deflagra operação para desmantelar quadrilha de tráfico de drogas, 10 Toneladas de drogas apreendidas.


PF deflagra operação binacional para desmantelar quadrilha de tráfico de drogas
Goiânia/GO - A Polícia Federal deflagrou nesta madrugada (4/11) a Operação Cavalo Doido, para desmantelar uma quadrilha que agia no tráfico internacional de entorpecentes, no Goiás. 

Ela distribuía drogas produzidas no Paraguai para os estados de Goiás, Pará, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma das maiores operações da PF nos últimos anos. 

Mais de 200 policiais participam da operação, realizada em conjunto com a Polícia do Paraguai. Equipes estão responsáveis pela destruição de plantios de droga nas fazendas de propriedades do grupo criminoso. 

Ao todo são 81 medidas judiciais, sendo 21 mandados de prisão preventiva, 11 mandados de prisão temporária, 15 conduções coercitivas e 34 mandados de busca e apreensão, cumpridos, simultaneamente, nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. 

A PF identificou uma das rotas do grupo, que entrava pela região fronteiriça de Pedro Juan Cabalero, vinda do Paraguai. No decorrer das investigações, foram apreendidas mais de 10 toneladas da droga, armas de grosso calibre e carros de luxo. Estima-se que o grupo tenha movimentado mais de 1 bilhão de reais. Foram bloqueadas 80 contas bancárias do grupo. 

Os investigados responderão por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, tráfico internacional de armas, adulteração de arma de fogo e porte ilegal de armas. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos. 

Será realizada entrevista coletiva, às 10h (horário local), no Auditório do 11° Regimento de Cavalaria Mecanizado. Av Duque de Caxias, S/N, Ponta Porã, MS. 

Comunicação Social da Polícia Federal em Goiás. 
Contato: (61) 99119-6633/(61) 99119-6635 

*O nome da operação “Cavalo Doido” é uma referência ao modo de transportar a droga. Os veículos utilizados tinham bancos e acessórios arrancados e todo o espaço era ocupado com grande quantidade de drogas, sem qualquer tipo de disfarce. Carregado, o carro vinha em grande velocidade, sem paradas, e sem respeitar qualquer tipo de sinalização ou autoridades públicas. O objetivo era evitar perdas e chegar o mais rápido possível ao ponto onde o entorpecente seria vendido.