quinta-feira, 2 de março de 2017

Grupo de Bolsonaro divulgou e incentivou motim no Espírito Santo.

Pré-candidato ao governo, Manato promete palanque presidencial a Bolsonaro no Espírito Santo.


Um grupo ligado ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato ao Planalto, esteve na linha de frente da comunicação e da logística do motim que parou a Polícia Militar do Espírito Santo, segundo o jornal O Estado de S. Paulo
Levantamento feito pelo Estadão em parceria com equipe de especialistas em redes sociais indica que a rede era integrada pelo ex-deputado federal Capitão Assumção (SD-ES) e pelo deputado Carlos Manato (SD-ES), aliados de Bolsonaro no estado. A mobilização das mulheres que bloquearam a saída de policiais militares dos batalhões foi encerrada oficialmente neste sábado (25). No auge do movimento, entre 4 e 14 de fevereiro, foram registrados 181 homicídios em todo o Espírito Santo.
Relatório parcial da PF, de 17 de fevereiro, ao qual o jornal teve acesso, cita os nomes de Assumção, de Manato e de assessores e alerta para a possibilidade de falta de policiais nas ruas de Vitória durante o carnaval. O Estadão afirma que identificou intensa troca de mensagens entre pessoas ligadas ao grupo. Foram rastreadas informações produzidas por internautas e interações entre pessoas e entidades. Uma equipe de mestres e doutores das áreas de Sociologia e Comunicação Digital participou do estudo.
De acordo com o jornal, publicações do próprio Bolsonaro atingiram recordes de visualizações nos dez dias de paralisação. Um vídeo em que o deputado critica o governo do Espírito Santo, divulgado no dia 6 de fevereiro, terceiro dia do motim, foi visualizado por 2 milhões de pessoas. 
Na gravação, Bolsonaro ainda alerta para a possibilidade de o movimento se alastrar para outros estados e faz propaganda do Capitão Assumção.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Senadora Gleisi Hoffman pode ser a nova presidente do Partido dos Trabalhadores.

Waldemir Barreto
Foto - Brasil 247.
247 - Com a resistência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em assumir a presidência do Partido dos Trabalhadores, 
O nome que está sendo discutido nos bastidores é o da senadora Gleisi Hoffmann (PR); integrante da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB). 
A Senadora Gleisi dialoga bem com todas as alas do partido e poderá representar a unidade que o PT procura, além de representar a eleição da primeira mulher na presidência do partido.
Seu nome já foi sugerido por várias lideranças e cresce a aceitação. 

Rio de Janeiro. Portela é a campeã do carnaval de 2017.

Rio de Janeiro - Desfile da escola de samba Portela, pelo grupo especial, no Sambódromo (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Desfile da escola de samba Portela, pelo grupo especial, no Sambódromo Fernando Frazão/Agência Brasil
Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil.
A Portela é a escola de samba campeã do carnaval de 2017 no Rio de Janeiro. Em uma disputa apertada, o título de campeã foi decidido na apuração do último quesito (enredo). A Portela terminou a apuração com 269,9 pontos, apenas um décimo a mais do que a escola que ficou em segundo lugar, Mocidade Independente de Padre Miguel, com 269,8. A Salgueiro ficou em terceiro, com 269,7 pontos.

A Portela levou ao Sambódromo um enredo que contou a relação histórica entre a humanidade e os rios, passando também por lendas e religiões. O último título conquistado pela escola tinha sido em 1984.

As escolas de samba são avaliadas em nove quesitos: alegorias e adereços, bateria, fantasia, samba-enredo, comissão de frente, evolução, harmonia, mestre-sala e porta-bandeira e enredo.

As seis primeiras colocadas se apresentam novamente no Desfile das Campeãs, no próximo sábado (4).

Rebaixamento. Este ano, nenhuma escola foi rebaixada para o grupo de acesso por decisão da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), motivada por acidentes que deixaram feridos durante a passagem da Paraíso do Tuiuti e da Unidos da Tijuca.

No ano passado, a grande vencedora do carnaval do Rio de Janeiro foi a Mangueira. O segundo e o terceiro lugares ficaram com a Unidos da Tijuca e a Portela, respectivamente.

Ceará. Os ‘campos de concentração’ da seca: uma história esquecida no Brasil.

Foto AFP. sobrevivente Carmela Pinheiro.
Por Carola Silé, AFP/Yahoo.
Quase ninguém no Brasil se lembra ou sequer conhece esta história, mas ela existiu: no começo do século XX, quando o Nordeste vivia – como nos dias de hoje – terríveis secas, as autoridades construíram “campos de concentração” para evitar que agricultores famintos do Ceará migrassem em massa para a capital.
Os registros históricos e os jornais da época descrevem as construções como acampamentos, onde milhares de famílias do semiárido eram obrigadas a viver em condições sub-humanas: amontoadas, quase sem comida, em um espaço insalubre, cercado e custodiado por guardas.
As autoridades estaduais chamavam de “campo de concentração”, uma denominação que ainda não era associada ao horror do nazismo alemão.
Os primeiros foram construídos durante a grande seca de 1915 e voltaram posteriormente, durante um ano, em 1932.
No total, foram sete campos estrategicamente estabelecidos perto das vias ferroviárias que os agricultores do sertão cearense usavam para fugir para Fortaleza, capital do estado que hoje sofre sua pior seca em um século.
As autoridades os vendiam como uma espécie de proteção para milhares de “flagelados”, mas as crônicas sugerem que apenas buscavam evitar que se repetisse o episódio vivido na seca de 1877, quando mais de 100.000 camponeses famintos triplicaram a população da capital que, nos anos 30, vivia na modernidade e riqueza de sua ‘Belle Epoque’.
Currais do governo - Os agricultores, de fato, acabaram batizando esses lugares como “Currais do governo” porque se sentiam tratados como o gado que haviam perdido na seca.
“Os campos de concentração funcionavam com uma prisão”, observa a historiadora Kenia Sousa Rios no livro “Isolamento e poder: Fortaleza e os campos de concentração na seca de 1932”.
“Os que chegavam lá não podiam ir embora. Só tinham permissão para se deslocar quando eram convocados para trabalhar na construção de ruas ou em obras de melhoramento urbano em Fortaleza, ou quando eram transferidos de campo”, explica.
Os únicos vestígios deste episódio sinistro da história brasileira estão em Senador Pompeu, um humilde município em pleno sertão, a 300 km da capital.
Lá ainda estão de pé as carcaças dos prédios onde os guardas faziam o controle ou dos armazéns onde se guardava a comida, mas estão todos completamente abandonados.
Última testemunha - Carmela Gomez Pinheiro, filha de um dos vigias do campo, hoje tem 96 anos, mas sua memória é muito boa.
“Quatro ou cinco pessoas morriam todos os dias, inclusive crianças. Todos de maus-tratos ou de fome”, conta à AFP em sua residência, uma casa humilde em Senador Pompeu.
“A fome era muito grande (…) Não havia o que comer, nem pão, e as pessoas ficavam doentes e suas barrigas inchavam”, recorda, com alguma dificuldade para falar.
Mesmo que esta tragédia seja desconhecida para milhões de brasileiros, não ficou completamente esquecida.
Em Senador Pompeu se celebra anualmente a ‘Caminhada da Seca’ em homenagem a essas vítimas, um memorial idealizado em 1982 pelo padre italiano Albino Donati.
Ano após ano, a grande romaria termina no “Cemitério da Barragem”, que foi criado em torno das valas comuns, onde os habitantes dizem que estão enterradas mais de mil pessoas.
Em torno de uma cruz, dezenas de garrafas de água são hoje o testemunho das oferendas populares ao falecidos sedentos.
Destaque: A sobrevivente Carmela Pinheiro recebe a AFP em sua residência, em Senador Pompeu.
Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

Link original: http://racismoambiental.net.br/2017/02/28/os-campos-de-concentracao-da-seca-uma-historia-esquecida-no-brasil/

O dispositivo Clinton para desacreditar Donald Trump.

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David Brock é considerado como um dos mestres da agit-prop (agitação & propaganda) do século 21. Personalidade sem escrúpulos, tanto pode defender uma causa como destruí-la, segundo as necessidades do seu empregador. Ele está à cabeça de um império da manipulação de massas.
Thierry Meyssan.
Este artigo é uma advertência: em Novembro de 2016, um vasto sistema de agitação e de propaganda foi montado para destruir a reputação e a autoridade do Presidente Donald Trump desde o momento em que chegasse à Casa Branca. É a primeira vez que uma tal campanha é cientificamente organizada contra um presidente dos Estados Unidos e com tais meios. Sim, nós entramos numa era de pos-verdade, mas os papeis dos protagonistas não são os que vocês pensam.

A campanha conduzida pelos padrinhos de Barack Obama, de Hillary Clinton e da destruição do Médio-Oriente Alargado, contra o novo Presidente norte-americano prossegue. Após a marcha das mulheres de 22 de Janeiro, uma marcha pela ciência deverá ter lugar não apenas nos Estados Unidos, mas também no conjunto do mundo Ocidental, a 22 de Abril. Trata-se de mostrar que Donald Trump não é somente misógino, mas, também obscurantista.
Que ele seja o antigo organizador do concurso Miss Universo e que seja casado com uma modelo em terceiras núpcias prova que ele despreza as mulheres. Que o Presidente conteste o papel de Barack Obama na criação da Chicago Climate Exchange-Bolsa Climática de Chicago (muito antes da sua presidência), e rejeite a ideia segundo a qual as perturbações climáticas são causadas pela libertação(liberação-br) de carbono na atmosfera, atestam que ele não sabe nada de ciência.
Para convencer a opinião pública norte-americana da insanidade do Presidente, o qual disse desejar a paz com os seus inimigos e colaborar com eles para a prosperidade econômica internacional, um dos maiores especialistas da agit-prop (agitação e propaganda), David Brock, colocou em ação um impressionante dispositivo, antes mesmo da investidura.
Na altura em que ele trabalhava por conta dos Republicanos, Brock lançou contra o Presidente Bill Clinton aquilo que viria a ser o Troopergate, o caso Whitewater e o caso Lewinsky. Tendo virado a casaca, ele está agora ao serviço de Hillary Clinton, para a qual já organizou tanto a demolição da candidatura de Mitt Romney como a defesa dela no caso do assassinato do embaixador dos Estados Unidos em Bengazi (morto pela Al-Caida na Líbia). Durante as últimas primárias, foi ele que dirigiu os ataques contra Bernie Sanders. A The National Review qualificou Brock «de assassino de direita tornado assassino de esquerda».
Importa lembrar que os dois procedimentos de destituição (impeachment) de um presidente em exercício, lançadas após a Segunda Guerra Mundial, foram a favor do Estado Profundo e não, de modo nenhum, da Democracia. Assim, o Watergate foi totalmente dirigido por um certo «garganta profunda», que se revelou 33 anos mais tarde ser Mark Felt, o adjunto de J. Edgar Hoover, o Diretor do FBI. Quanto ao caso Lewinsky, não foi senão um meio para forçar Bill Clinton a aceitar a guerra contra a Iugoslávia.
A campanha atual é organizada nos bastidores por quatro associações: 
- Media Matters («Os Jornalistas são Importantes») estão encarregados de desencantar os erros de Donald Trump. Vocês irão ler, diariamente, o boletim deles nos vossos jornais: o Presidente não é fiável, ele enganou-se em tal e tal assunto.
- American Bridge 21st Century («A Ponte Americana do Século 21») reuniu mais de 2.000 horas de vídeo mostrando Donald Trump durante vários anos e mais de 18.000 outras horas de vídeo sobre membros do seu gabinete. Ela dispõe de meios tecnológicos sofisticados concebidos para o Departamento de Defesa – e, em princípio, não existentes no mercado – permitindo-lhe pesquisar contradições entre as suas declarações precedentes e as suas posições atuais. Ela deverá estender os seus trabalhos a 1.200 colaboradores do novo Presidente.
- Citizens for Responsibility and Ethics in Washington — CREW (Cidadãos pela Responsabilidade e Ética em Washington) é um gabinete de juristas de alto nível encarregados de rastrear tudo o que poderia causar escândalo à Administração Trump. A maior parte dos advogados desta associação trabalham gratuitamente pela causa. Foram eles que prepararam a queixa de Bob Ferguson, o Procurador-Geral do Estado de Washington, contra o decreto sobre a imigração.
- Shareblue (A Partilha Azul) é um exército eletrônico que envolve já 162 milhões de internautas nos Estados Unidos. Está encarregado de propagar temas fixados de antemão, entre os quais: 
• Trump é autoritário e ladrão. 
• Trump está sob a influência de Vladimir Putin. 
• Trump tem uma personalidade instável e colérica, é um maníaco-depressivo. 
• Trump não foi eleito pela maioria dos Norte-americanos, ele é pois ilegítimo. 
• O seu Vice-presidente, Mike Pence, é um fascista. 
• Trump é um bilionário que não parará de ter conflitos de interesse entre os seus negócios pessoais e os de Estado. 
• Trump é uma marioneta dos irmãos Koch, os celebres financeiros da extrema-direita. 
• Trump é um supremacista branco que ameaça as minorias. 
• A oposição anti-Trump não cessa de crescer para lá de Washington.
• Para salvar a democracia, apoiemos os parlamentares democratas que atacam Trump, arrasemos aqueles que cooperam com ele. 
• Há que fazer a mesma coisa com os jornalistas. 
• Derrubar Trump vai exigir tempo, não abrandemos o combate. 
Esta associação produzirá newsletters e vídeos de 30 segundos. Ela irá apoiar-se em dois outros grupos : uma empresa de documentários de vídeo, The American Independent (O Americano Independente), e uma unidade de estatísticas Benchmark Politics (Política Comparativa).
O conjunto deste dispositivo — montado durante o período de transição, quer dizer, antes da chegada de Donald Trump à Casa Branca— emprega já mais de 300 especialistas, aos quais se devem juntar inúmeros voluntários. O seu orçamento anual, inicialmente previsto em 35 milhões, foi aumentado para atingir os cerca de US$ 100 milhões de dólares.
Destruir assim a imagem — e portanto a autoridade — do Presidente dos Estados Unidos, antes que ele tenha tempo de fazer seja o que for, pode ter consequências muito graves. Ao eliminar Saddam Hussein e Muammar Kaddafi, a CIA mergulhou os respectivos países num longo caos, e o «país da Liberdade», ele próprio, poderia ser gravemente atingido por uma tal operação. Jamais, este tipo de técnicas de manipulação de massas tinha sido usado contra o chefe de fila do campo ocidental.
De momento, este plano funciona: nenhum líder político a nível mundial ousou congratular-se pela eleição de Donald Trump, à exceção de Vladimir Putin e Mahmoud Ahmadinejad.

Tradução - Alva




segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida.



Frei Marcos Sassatelli
24/02/2017.

Cul­tivar e guardar a cri­ação (Gê­nesis 2,15).  
Há 12 anos, em 16 de fe­ve­reiro de 2005, cerca de 14 mil pes­soas foram bru­tal­mente des­pe­jadas da Ocu­pação “Sonho Real”, no Parque Oeste In­dus­trial, em Goi­ânia, através das Ope­ra­ções Cri­mi­nosas - cí­nica e mal­do­sa­mente cha­madas - “In­qui­e­tação” e “Triunfo”.    
Apre­sen­tando a Cam­panha da Fra­ter­ni­dade 2017, não posso deixar de fazer, mais uma vez, a me­mória desse fato, que con­si­dero o maior pe­cado contra a fra­ter­ni­dade de toda a his­tória de Goi­ânia.
É di­fícil acre­ditar que seres hu­manos - em nome do deus di­nheiro (ga­nância fi­nan­ceira e es­pe­cu­lação imo­bi­liária) - possam chegar a pra­ticar ta­manha bar­bárie e com tanta cru­el­dade! 

In­fe­liz­mente, as au­to­ri­dades res­pon­sá­veis pelas Ope­ra­ções “In­qui­e­tação” e “Triunfo” - ver­da­deiras ope­ra­ções na­zistas de guerra - con­ti­nuam im­punes até hoje. A Jus­tiça de Deus tarda, mas não falha, que aguardem.   
A Cam­panha da Fra­ter­ni­dade deste ano tem como tema “Fra­ter­ni­dade: bi­omas bra­si­leiros e de­fesa da vida” e como lema “Cul­tivar e guardar a cri­ação” (Gê­nesis 2,15).
O ob­je­tivo geral é: “cuidar da cri­ação, de modo es­pe­cial dos bi­omas bra­si­leiros, dons de Deus, e pro­mover re­la­ções fra­ternas com a vida e a cul­tura dos povos, à luz do Evan­gelho”.
  
Os ob­je­tivos es­pe­cí­ficos são:

1.    “Apro­fundar o co­nhe­ci­mento de cada bioma, de suas be­lezas, de seus sig­ni­fi­cados e im­por­tância para a vida no pla­neta, par­ti­cu­lar­mente para o povo bra­si­leiro.

2.    Co­nhecer me­lhor e nos com­pro­meter com as po­pu­la­ções ori­gi­ná­rias, re­co­nhecer seus di­reitos, sua per­tença ao povo bra­si­leiro, res­pei­tando sua his­tória, suas cul­turas, seus ter­ri­tó­rios e seu modo es­pe­cí­fico de viver.

3.    Re­forçar o com­pro­misso com a bi­o­di­ver­si­dade, os solos, as águas, nossas pai­sa­gens e o clima va­riado e rico que abrange o cha­mado ter­ri­tório bra­si­leiro.

4.    Com­pre­ender o im­pacto das grandes con­cen­tra­ções po­pu­la­ci­o­nais sobre o bioma em que se in­sere.

5.    Manter a ar­ti­cu­lação com ou­tras igrejas, or­ga­ni­za­ções da so­ci­e­dade civil, cen­tros de pes­quisa e todas as pes­soas de boa von­tade que querem a pre­ser­vação das ri­quezas na­tu­rais e o bem-estar do povo bra­si­leiro.

6.    Com­pro­meter as au­to­ri­dades pú­blicas para as­sumir a res­pon­sa­bi­li­dade sobre o meio am­bi­ente e a de­fesa desses povos.

7.    Con­tri­buir para a cons­trução de um novo pa­ra­digma econô­mico eco­ló­gico, que atenda às ne­ces­si­dades de todas as pes­soas e fa­mí­lias, res­pei­tando a na­tu­reza.

8.    Com­pre­ender o de­safio da con­versão eco­ló­gica a que nos chama o nosso Papa Fran­cisco na carta en­cí­clica Lau­dato Si e sua re­lação com o es­pí­rito qua­resmal” (Texto-Base, 10).

Um bioma é "um con­junto de vida (ve­getal e animal) de­fi­nida pelo agru­pa­mento de tipos de ve­ge­tação con­tí­guos e iden­ti­fi­cá­veis em es­cala re­gi­onal, com con­di­ções ge­o­cli­má­ticas si­mi­lares e his­tória com­par­ti­lhada de mu­danças, re­sul­tando em uma di­ver­si­dade bi­o­ló­gica pró­pria" (Ins­ti­tuto Bra­si­leiro de Ge­o­grafia e Es­ta­tís­tica - IBGE. Mapa de Bi­omas e Ve­ge­tação, 2004).

Em ou­tras pa­la­vras, um bioma é uma grande área de vida for­mada por um con­junto de ecos­sis­temas com ca­rac­te­rís­ticas se­me­lhantes.

No Brasil temos seis bi­omas: a Mata Atlân­tica, a Amazônia, o Cer­rado, o Pan­tanal, a Ca­a­tinga e o Pampa. Nesses bi­omas vivem pes­soas e povos, que são o re­sul­tado da mis­ci­ge­nação bra­si­leira.

O Papa Fran­cisco propõe uma eco­logia in­te­gral, “en­tre­la­çando todas as di­men­sões do ser hu­mano com a na­tu­reza. Para ele, cada cri­a­tura tem sua men­sagem, que pre­cisa ser res­pei­tada e en­ten­dida. Mas todas elas estão in­ter­li­gadas. Toda a Lau­dato Si é um hino de es­panto ma­ra­vi­lhado di­ante da na­tu­reza criada que nos fala de Deus, que é um dom de Deus, da qual nós seres hu­manos somos parte in­te­grante, mas também seus ze­la­dores e cul­ti­va­dores”.

Fran­cisco nos co­loca também di­ante dos “de­sa­fios co­los­sais en­fren­tados pela hu­ma­ni­dade, que está em uma ver­da­deira en­cru­zi­lhada, em uma mu­dança de época”.

“As Igrejas par­ti­cu­lares, Co­mu­ni­dades Ecle­siais de Base, Pas­to­rais So­ciais, Se­manas So­ciais Bra­si­leiras, Fó­runs das Pas­to­rais So­ciais, o Grito dos Ex­cluídos, muitos se apro­xi­maram do nosso povo para de­fender seus di­reitos e para pro­mover a con­vi­vência harmô­nica com o meio am­bi­ente em todo o Brasil” (Texto-Base, 8 e 9)

Os cris­tãos e cristãs e todas as pes­soas de boa von­tade pre­cisam ser uma voz pro­fé­tica que - com cons­ci­ência crí­tica - chama a atenção para os de­sa­fios e pro­blemas da questão eco­ló­gica, aponta suas causas e, so­bre­tudo, in­dica ca­mi­nhos para sua su­pe­ração.

A Cam­panha da Fra­ter­ni­dade 2017 nos ajuda a en­tender mais pro­fun­da­mente o sen­tido da Qua­resma, que é um tempo forte de mu­dança de vida e de pre­pa­ração para a Páscoa: pas­sagem para a Vida Nova em Cristo, vida de amor ver­da­deiro, ba­seado na gra­tui­dade e na busca de ra­di­ca­li­dade. Sem esse amor ver­da­deiro não há Fra­ter­ni­dade (ou Ir­man­dade). Me­di­temos e Oremos!

Oração da CF 2017:

Deus, nosso Pai e Se­nhor, nós vos lou­vamos e ben­di­zemos, por vossa in­fi­nita bon­dade. Cri­astes o uni­verso com sa­be­doria e o en­tre­gastes em nossas frá­geis mãos para que dele cui­demos com ca­rinho e amor. Ajudai-nos a ser res­pon­sá­veis e ze­losos pela Casa Comum.

Cresça em nosso imenso Brasil o de­sejo e o em­penho de cuidar mais e mais da vida das pes­soas e da be­leza e ri­queza da cri­ação, ali­men­tando o sonho do novo céu e da nova terra que pro­me­testes. Amém!

Leiam o Texto-Base da Cam­panha da Fra­ter­ni­dade 2017. Edi­ções CNBB.

Espirito Santo. Justiça Militar decreta prisão de ex-deputado e aliado de Bolsonaro.

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Foto - Capitão Assumção.
A Justiça Militar do Espírito Santo decretou, a pedido do Ministério Público Estadual, a prisão de quatro policiais por envolvimento no motim dos policiais militares do Estado. 

Eles são acusados de incitar o movimento e de aliciamento de outros policiais com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais.

Um deles é o militar da reserva conhecido como capitão Assumção, que está foragido.

Ex-deputado federal, Assumção é citado em vídeo do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) divulgado nas redes durante a greve. 

Nele, Bolsonaro critica o governo do Estado, defende a polícia, alerta para a possibilidade de o movimento se espalhar para outros estados e faz propaganda do nome do Capitão Assumção, que, segundo aliados, almeja voltar à Câmara em 2018.