Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil.
Rio de Janeiro - Um rastro de destruição foi deixado pelos
manifestantes que seguiram para o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia
Legislativa do Estado (Alerj) e ruas próximas à Rua Primeiro de Março.
Na Rua da Assembleia, pelo menos cinco agências bancárias foram
totalmente destruídas. Os atos de vandalismo não ficaram apenas na
destruição dos vidros das fachadas dos prédios.
Um grupo pichou as
paredes com palavras de ordem, arrancou mesas e cadeiras, destruiu os
caixas eletrônicos e ainda colocou parte do mobiliário no meio da rua.
Várias lojas comerciais foram arrombadas, um carro estacionado na
Rua da Assembleia foi completamente destruído, pichado e teve as portas
amassadas.
Vários bares e restaurantes foram obrigados a fechar as
portas rapidamente, com medo de depredações.
Algumas barricadas de material plástico colocadas pela PM em frente
às escadarias da Assembleia Legislativa foram arrastadas pela multidão
até a esquina da Rua da Assembleia, que fica cerca de 100 metros de
distância, e muitas delas foram incendiadas.
Muitas lixeiras foram
arrancadas e sacos plásticos com lixo deixados pelos comerciantes para
recolhimento pela limpeza urbana foram colocados na rua, onde os
manifestantes atearam fogo. Um rolo de fumaça negra podia ser visto de
longe.
A situação continua tensa com os manifestantes permanecendo ainda em
frente ao Palácio Tiradentes.
O Batalhão de Choque da Polícia Militar
permanece no quartel da Rua Salvador de Sá, no centro, sem ser acionado. A tropa é especializada em acabar com distúrbios.
Edição: Fábio Massalli
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