segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

MPF oferece duas denúncias contra o prefeito Raimundo Almeida de Lago Verde (MA) por dispensa ilegal de licitação.

Raimundo Almeida - Prefeito de Lago Verde 
Ele é acusado de autorizar diversas despesas sem prévio procedimento licitatório.

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu duas denúncias contra o prefeito de Lago Verde (MA) Raimundo Almeida por dispensa ilegal de licitação em diversos contratos firmados pela prefeitura.

Segundo o procurador regional da República Elton Ghersel, responsável pelas duas denúncias, o prefeito dispensou a realização de licitação em contratos de locação de veículos, material de limpeza e material de expediente para a prefeitura do município, custando ao todo mais de R$ 55 mil, pagos com recursos do Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS). Ele explica que houve dando ao erário, pois se houvesse seguido os procedimentos licitatórios, a prefeitura poderia ter selecionado proposta mais vantajosa para a administração.

Na outra denúncia, o prefeito também é acusado de autorizar diversas despesas sem prévio procedimento licitatório na ordem de mais de R$ 440 mil, com recursos do Fundo de Desenvolvimento de Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

O prefeito pode ser condenado a pena de detenção de três a cinco anos, mais multa. A denúncia aguarda recebimento pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Processos nº: 0071777-21.2016.4.01.000 e 0071775-51.2016.4.01.0000.
Assessoria de Comunicação Social - Ministério Público Federal
Procuradoria Regional da República - 1ª Região - Tel.: (61) 3317-4583
No twitter: mpf_prr1.

Minas Gerais - CNMP removeu compulsoriamente Promotor que investigava caso do helicóptero da cocaína.

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Helicóptero apreendido com cocaína (Reprodução).
Promotor que investigava caso do helicóptero apreendido com 445 quilos de pasta base de cocaína é afastado. Eduardo Nepomuceno também investigava denúncias contra o governo de Aécio Neves/Antonio Anastasia e sua relação com o senador Zezé Perrella.
O Conselho Nacional do Ministério Público decidiu afastar da Defesa do Patrimônio Público de Minas Gerais o promotor Eduardo Nepomuceno que investigava denúncias de desmandos no governo de Aécio Neves/Antonio Anastasia e sua relação com o senador Zezé Perrella, dono do helicóptero apreendido com 445 quilos de pasta base de cocaína no Estado do Espírito Santo, em novembro de 2014.
Sem poder para investigar o tráfico no Estado vizinho, Nepomuceno comandou inquérito civil público que revelou desvio de finalidade no uso do helicóptero pelo filho do senador, Gustavo Perrella, que era deputado estadual e cobrava da Assembleia Legislativa de Minas Gerais o pagamento pelo combustível da aeronave.
Além disso, o piloto do helicóptero, preso em flagrante por transportar a droga — e seis meses depois solto –, ocupava cargo de confiança na Assembleia por indicação do deputado Gustavo.
O promotor também descobriu que o voo do helicóptero com a cocaína não foi o único sem relação direta com o mandato parlamentar. O helicóptero transportava celebridades e amigos do deputado e do pai, Zezé Perrella, com combustível pago pela Assembleia. 
O promotor também descobriu que o pai de Gustavo, que foi deputado estadual, tinha um avião particular e cobrava da Assembleia o combustível usado para seus deslocamentos sem relação com o mandato parlamentar.
Na lista de voos juntada ao processo, há voos para o Rio de Janeiro e Salvador, durante feriados, inclusive de Carnaval. Por conta deste inquérito, o promotor pediu a devolução de dinheiro ao Estado de Minas Gerais.
Antes mesmo da apreensão do helicóptero com a cocaína, o promotor Nepomuceno já tinha investigado os negócios de Zezé Perrela e da família com o governo de Aécio Neves e de Antonio Anastasia e obtido o bloqueio de bens em razão de indícios de superfaturamento e fraude em licitação.
As empresas dos Perrellas forneciam comida a presos, era dona dos restaurantes na Cidade Administrativa, sede do governo de Minas, e participou de programa de combate à fome.
Uma das razões que levaram ao afastamento do promotor Eduardo Nepomuceno foi um discurso de Zezé Perrella na tribuna do Senado, depois do Helicoca, em que acusou o promotor Nepomuceno de perseguição.
O promotor Nepomuceno foi investigado pela corregedoria do Ministério Público de Minas Gerais e depois por uma comissão de promotores de fora do Estado. Na investigação, o promotor recebeu elogios de colegas e ficou comprovado que trabalhava acima da média, ao contrário dos que diziam seus acusadores.
Mesmo assim, com o desdobramento do processo, o Conselho Nacional do Ministério Público decidiu, por 14 votos a zero, que ele deve ser transferido para outra promotoria da Comarca de Belo Horizonte e não atuar mais na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Estado de Minas Gerais.
Procurei o promotor Eduardo Nepomuceno, mas ele não atendeu. Ao se defender no processo do Conselho Nacional do Ministério Público, ele disse que apenas fez o seu trabalho e atribui as denúncias contra ele a uma tentativa de “retaliação”.

Leia mais: O Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) aplicou a pena de remoção compulsória ao promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MP/MG) Eduardo Nepomuceno de Sousa, por ter descumprido deveres funcionais previstos na Lei Orgânica do MP/MG. Pela decisão, tomada nesta terça-feira, 13 de dezembro, durante a 24ª Sessão Ordinária de 2016, ele deve ser afastado da 17ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte e removido a outra promotoria, da mesma comarca, que não possua atribuições para atuar na defesa do Patrimônio Público.

A decisão do colegiado, que seguiu de forma unânime o voto do conselheiro relator Sérgio Ricardo de Souza, veio em análise do Procedimento Avocado nº 1.00424/2015-30. Segundo o conselheiro, a produção probatória levada a cabo pela Comissão Processante formada no MP/MG comprova várias imputações feitas ao promotor de Justiça pela Portaria nº 30/2015-CGMP/MG, que originou o procedimento administrativo disciplinar. Continue lendo aqui: http://www. cnmp.mp.br/portal/todas-as-noticias/9964-plenario-aplica-pena-de-remocao-compulsoria-a-promotor-de-justica-do-mp-mg
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Flávio Dino: “Não há saída que não Michel Temer, mas transição tem que ser pactuada.”

Foto - Maranhão 247. Flávio Dino.
247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirma não conseguir "ver outra saída prática que não seja esse Governo chegar até o fim", mas defende que, "pra ele chegar até o fim, tem de ser em outros termos". 
"Acho que o papel de quem exerce uma função pública de relevância nos três Poderes tem de ser mais ou menos o de tentar acalmar o jogo e estabelecer as regras. E não causar mais beligerância. E é o que ao meu ver equivocadamente o Governo esta fazendo", critica, em entrevista ao jornalista Rodolfo Borges, do El País (aquihttp://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/14/politica/ 1481748040 786879.html).
Questionado como se faz pactuação em meio a delações de executivos da Odebrecht que alcançam quase todo o meio político, ele responde: "É preciso isolar um pouco os fatos policiais e judiciais da política. Criar uma relativa autonomia. Houve uma contaminação generalizada, e com um problema de tempo. O tempo da Justiça é muito lento".
Especificamente em relação à delação da Odebrecht, ele questiona: "Ainda é preciso homologar, comprovar se a delação é verdadeira, fazer inquérito, a ação, colher as provas, julgamento, recursos. Estamos falando de cinco, seis, sete anos. O país vai ficar nessa guerra durante esse período todo?"

domingo, 18 de dezembro de 2016

Prisão do advogado "Beto Jatene", filiado ao PSDB e filho do governador do Pará Simão Jatene, ainda é novidade na seletiva justiça do Brasil.

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Jornal paraense anuncia prisão de Beto Jatene, filho do governador do estado, Simão, contra o qual acumulam-se processos que pedem sua cassação
Justiça prende filho de tucano e deixa o pai livre; Muito discretamente, ou seja, sem manchetes na mídia tradicional, a sexta feira (17) foi marcada por um evento raro nos meios judiciários brasileiros: a prisão de um tucano poderoso. 
O advogado Alberto Lima da Silva Jatene, o Beto Jatene, como é conhecido no Pará, (filiado ao PSDB desde 1995), filho do governador do Pará, Simão Jatene (do mesmo partido), foi acordado pela visita da Polícia Federal, acusado de ter recebido mais de dois milhões de reais em um esquema de corrupção na cobrança de royalties de exploração mineral, no âmbito da chamada Operação Timóteo.
Também foram presos o diretor de Procedimentos Arrecadatórios do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Marco Antônio Valadares Moreira, e a mulher dele, Lilian Amâncio Valadares Moreira, sócia de uma consultoria financeira especializada em municípios. Marco Antônio passou a ser investigado a partir do momento em que levantou suspeita por ter um salário de R$ 11 mil no serviço público e comprar um apartamento de R$ 2,7 milhões num dos bairros mais nobres de Brasília.


A operação investiga um esquema de corrupção e de fraudes em cobranças judiciais relativas a royalties da mineração (conhecido pela sigla CFEM). A Polícia Federal afirma que o diretor do DNPM repassava informações privilegiadas para prefeituras em troca de parte do valor arrecado pelos municípios que recebem repasses pela exploração de minérios. Em 2015, o CFEM arrecadou quase R$ 1,6 bilhão.
Para a PF, o grupo é formado por núcleos: de um lado o de políticos  e servidores públicos responsáveis pela contratação dos escritórios de advocacia, o qual Beto Jatene é acusado de integrar.
O segundo núcleo, de acordo com as investigações, é o de colaboradores, responsáveis por auxiliar na ocultação e dissimulação do dinheiro desviado. 
Entre os integrantes desse núcleo, ainda segundo a PF, está o pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Ele também foi acordado na manhã de sexta e levado coercitivamente para depor.
Em seu depoimento, o pastor confirmou ter recebido um cheque no valor de R$ 100 mil de um empresário – que foi depositado em sua conta bancária pessoal –, mas que o dinheiro teria sido uma "oferta", uma compensação pelas orações proferidas por Silas para que o doador se desse bem em negócios com que lidava em 2011. Convenhamos, tanto o poder divino de um, quanto a generosidade do outro, parecem bastante suspeitos.
No depoimento e depois, em entrevista, o pastor disse que receber cheques de altos valores para a igreja e, também, pessoalmente são operações rotineiras. Gabou até de, de acordo com ele, receber "ofertas" muitas vezes superior a R$ 100 mil, chegando a R$ 5 milhões. Tudo para fazer orações. A PF, que parece não ter acreditado na história, declarou que Malafaia utiliza contas bancárias da igreja que comanda para ocultar dinheiro de origem ilícita.
Voltando ao filho do governador paraense, Beto Jatene, é sócio de dois postos de gasolina que fornecem combustível para as frotas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros daquele estado. Em 2014, durante a disputa pelo governo estadual, o Ministério Público instaurou inquérito para apurar acusações feitas por adversários de Jatene que afirmavam que o tucano, então candidato à reeleição, beneficiava o filho.
Em maio deste ano, representantes do judiciário paraense propuseram uma ação civil pública de improbidade administrativa contra pai e filho, que incluiu a secretária de Administração do Pará, Alice Viana. Todos alegam não haver irregularidade na contratação mas, convenhamos, não pega bem.
Por sua vez, o pai de Beto, o governador Simão Jatene, desde a eleição de 2002 (primeira vez que foi eleito) acumula três pedidos de cassação de mandato. Em junho desse ano, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O motivo é o processo 2007.39.00.009063-6 no Tribunal Regional Federal do Pará. Trata-se de um inquérito que apura o envolvimento em escândalo de corrupção contra a administração pública, contra a fé pública e falsidade Ideológica, no escândalo que ficou conhecido como "Caso Cerpasa".
No processo, Jatene é acusado de ter recebido propinas que somaram R$ 12,5 milhões, acertadas com os donos da Cervejaria Paraense (a Cerpasa), após a concessão de uma anistia fiscal referente a débitos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O STJ vai julgar se a Ação Penal deve ou não ser arquivada. Há entendimentos contraditórios entre os ministros da Corte
No ano passado, depois de a Procuradoria Geral da República (PGR) decidir pelo julgamento de Jatene pai, o que poderia levar o tucano a cumprir até 8 anos de prisão, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, relator do processo no STJ, decidiu arquivar todo o processo, aberto em 2004, alegando a prescrição pelo tempo.
A ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura discordou da decisão de Maia Filho e apresentou voto contra o do relator, acatando agravo regimental interposto pelo MPF do Pará, no qual há outra análise sobre a prescrição e consequente arquivamento de todo o processo. Três meses depois, o processo voltou à pauta do STJ, mas seu julgamento foi novamente interrompido por pedido de vista da também ministra Laurita Vaz, seguida pelo ministro Jorge Mussi.
Perto das suspeitas e denúncias que pairam sobre a cabeça de tucanos pelo Brasil, a prisão temporária de Beto Jatene parece pouco, e é. Será que algum dia veremos um tucano realmente na cadeia? Ou será que políticos do PSDB estão acima da lei?
LEIA MAIS: Pastor Silas Malafaia é alvo da Polícia Federal na Operação Timóteo deflagrada hoje e que investiga esquema de corrupção.  http://maranauta.blogspot. com. br /2016/12/pastor-silas-malafaia-e-alvo-da-policia.html

Guerra da Síria. Comandante iraniano visita o leste de Aleppo.


General Qassem Suleimani da "al-Quds Force" Coamndante da Força de elite da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã chegou em Aleppo na ultima sexta-feira para acompanhar a evacuação de militantes e civis que ocorrem na parte oriental da cidade.

General iraniano em visita oficial percorreram vários bairros de Aleppo oriental, inclusive a antiga cidadela no bairro da Cidade Velha da capital da província.

No passado, o general Suleimani visitou a Síria, reuniu-se com comandantes do exército sírio árabe e com comandantes do Hezbollah, quando se decidiu estabelecer uma operação militar conjunta. No entanto, pela primeira vez, durante esta guerra, o proeminente líder da al-Quds Força chega após a batalha.

Com a batalha de Aleppo leste chegando ao fim, o Exército Árabe Sírio e seus aliados desloca-se agora para o sul da rodovia Aleppo-Damasco, onde esperam chegar à governadoria de Idlib no início do proximo ano.

Forças Especiais Sírias prendem Oficiais da OTAN num bunker na Cidade de Aleppo.


A Rede Voltaire de notícias informa que desde sexta-feira uma crise se instalou no comando da OTAN na França. Forças Especiais do Exército Sírio prenderam Oficiais da OTAN que operavam clandestinamente em Aleppo. Com a prisão destes Oficiais. O Conselho de Segurança da OTAN reuniu-se em sessão fechada.

Segundo a Rede Voltaire - "O Conselho de Segurança reúne-se em sessão secreta, ainda na sexta-feira, dia 16 de dezembro de 2016, para analisar a situação da prisão dos oficiais da Otan, que foram presos nesta manhã pelas Forças Especiais Sírias em um bunker no centro de Aleppo.

Continua o relato da Rede Voltaire:

"no domingo, 18 de dezembro de 2016, o Conselho de Segurança das Nações Unidas irá rever o projeto de resolução Francês chamando para a implantação de observadores da Organização e seus "parceiros" (sic) [§ 3º da proposta] para Aleppo - para supervisionarem a evacuação de civis, bem como dos "combatentes da oposição" (re-sic) [§ 1º da proposta].

"Segunda-feira, 19 de dezembro de 2016, haverá uma reunião da OTAN-Rússia, enquanto oficiais da Aliança apenas foram capturados no centro de Aleppo, onde eles foram enquadrados como jihadistas. Como quando ocorreu a tomada de Tripoli, em agosto de 2011, e ao contrário do artigo 9.º dos Estatutos da OTAN, o Conselho do Atlântico Norte não tinha sido consultado sobre esta operação secreta.

"Terça-feira, 20 de dezembro de 2016, A Rússia e o Irã em Moscou receberão uma delegação da Turquia, enquanto oficiais turcos foram feitos prisioneiros no centro de Aleppo, num bunker da OTAN. O estranho é que esta mesma Aliança já tentou por quatro vezes para assassinar o Presidente Turco Erdoğan.

Links originais desta matéria:

1 - Le Conseil de sécurité se réunit à huis clos après l’arrestation d’officiers de l’Otan à Alep. http://www.voltairenet.org/article194584.html

Guerra da Síria. Agentes de inteligência do exército matam comandante do Ahrar al-Sham em Idlib.

Foto - comandante Abu Uday.
Um comandante do grupo islâmico "Ahrar al-Sham", conhecido como Abu Uday, foi eliminado na noite passada em uma explosão perto da cidade de al-Numan Maarate na província de Idlib.

Segundo uma fonte militar, agentes de inteligência do Exército sírio colocaram um dispositivo explosivo improvisado (IED Inglês) sob o carro de Uday e detonou quando ele estava lá dentro.

Esta não foi a primeira vez que o exército sírio realizou uma operação desta natureza desde a eliminação de comandantes da jihad é uma manobra para enfraquecer grupos islâmicos antes da próxima ofensiva em Idlib.

Enquanto isso, relatórios da província de Idlib indicam que as pessoas locais estão torcendo cada vez mais para o "Estado Islâmico do Iraque e da Síria" (ISIS). 

Um vídeo da cidade de Sarmin mostra uma manifestação de apoio ao ISIS no qual os participantes gritavam "Queremos o Estado islâmico". Recentemente eles realizaram várias manifestações semelhantes em outras partes da província de Idlib. Além disso, algumas fontes disseram que cerca de 100 ativistas de vários grupos de oposição desertaram para se juntar às fileiras do ISIS.