quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ferrovia Carajás em Açailândia esta interditada por manifestantes

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A manifestação acontece no distrito industrial de Açailândia (PIQUIÁ), contra a falta de Investimentos que a Mineradora Vale nunca prestou para com aquela população castigada pela grande quantidade poluição espalhada no ar. Na Ferrovia Encontra-se um grupo de moradores que no período da manhã tocou fogo em pneus em cima da ferrovia ficando interditada até a chegada do corpo de bombeiros da própria mineradora para apagar a chamas.
...
Para o Local foi acionada três viaturas da polícia militar, contando inicialmente com a presença de vários técnicos que trabalham na base da Mineradora Vale regional de Açailândia.

Permanecendo a todo tempo na área afetada, na intenção de manter a calma e a segurança dentro da normalidade exigida pela Diretória da Companhia Internacional. 

Os Moradores reivindicam através do protesto na ferrovia mais investimentos nas áreas de saúde, Infraestrutura e educação. 

O trem de passageiros que estava vindo do Pará com destino programado a São Luis, e ia fazer parada aqui na estação de Açailândia, Onde foi cancelada a sua passagem pela ferrovia que corta a área do Distrito Industrial de Piquiá. 

Assim também como o cancelamento da venda de passagens. Quem comprou esta sendo orientado a ir ate a estação ferroviária de Piquiá para remarcar ou receber o dinheiro

fonte: Folha de cuxar

Link desta matéria: http://www.rei12.com.br/2013/07/ferrovia-carajas-em-acailandia-esta.html

Noite sangrenta com quatro homicidios em Imperatriz.

 

A terça feira entra no registro como o dia mas violento do ano de 2013 em Imperatriz, cinco pessoas foram mortas, depois da morte do policial militar da reserva, a noite de terça foi marcada como a mais violenta do ano, três pessoas foram mortas a tiros, e uma por arma branca.

O primeiro caso aconteceu por volta das 22 horas no Bairro da Vila Zenira, um morador de Rua de nome Jhone sofreu varias perfurações por arma branca e não resistiu e morreu no Socorrão. 

 

As outras três mortes da noite aconteceram nos Bairro da Caema e Leandra, o rapaz baleado na Rua Niterói por motoqueiros não resistiu e morreu no Socorrão Municiapal.

As outras duas vitimas foram Alex e Raimundo, eles foram mortos por disparos de arma de fogo no Bairro Leandra quinhentos metros um do outro. 

Câmara dos Deputados aprova arquivamento de projeto da “cura gay”.

Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil.

Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou, há pouco, requerimento para retirada de tramitação do projeto de decreto legislativo, conhecido como projeto da “cura gay”. 

Com a aprovação do requerimento, apresentado pelo autor da proposta, deputado João Campos (PSDB-GO), a matéria será arquivada e não poderá ser reapresentada este ano.

O projeto derruba a aplicação de dispositivos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia, em vigor desde 1999, que proíbe os profissionais de participarem de terapias para alterar a orientação sexual e de tratar a homossexualidade como doença.

Todos os partidos encaminharam favoravelmente à aprovação do requerimento, a exceção foi o PSOL que encaminhou contrário à proposta. 

O partido queria que fosse votado o mérito da proposição para que ela fosse rejeitada e não pudesse ser reapresentada nesta legislatura, que acaba no inicio de 2015.

O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) criticou a manobra para o arquivamento do projeto, com o argumento de que se fosse votado e rejeitado o mérito, outro projeto semelhante só poderia ser apresentado na próxima legislatura, que começa em 2015. “O projeto deveria ir para o lixo, de onde nunca deveria ter saído”.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também criticou a proposta, mas enalteceu o seu autor. “Ao nosso ver, o projeto é preconceituoso, é inconveniente, é inoportuno. 

E esta Casa não gostaria de vê-lo aprovado. Eu quero enaltecer que ele [João Campos] foi sensível às reclamações das ruas em relação ao projeto”.

Edição: Aécio Amado - Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Quem agita o Brasil e por quê

1/7/2013, Nil NIKANDROV, Strategic Culture  
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Nil Nikandrov
Os protestos de rua no Brasil continuam. A maioria dos que se manifestam não pertencem a qualquer partido político e não são liderados por ninguém com quem as autoridades possam negociar para encaminhar solução para as demandas. Tudo começou com um grupo de descontentes da classe média e residentes das periferias mais pobres, ante um aumento anunciado nas tarifas do transporte público. As tarifas já eram altas e o novo aumento disparou a indignação de usuários de transportes públicos nas grandes cidades.
No Brasil, os transportes públicos são objeto frequente de muitas críticas. Muitos brasileiros consomem um total de 5-6 horas diárias para ir trabalhar e voltar para casa. O descontentamento popular foi estimulado pela divulgação pelas redes sociais, como movimento que pareceu organizado, de muito material de propaganda sobre “gastos milionários de dinheiro público” para a construção dos locais e eventos da Copa do Mundo de Futebol, em 2014; e dos Jogos Olímpicos (de verão) em 2016. 

Protestos no Brasil
Cartazes escritos à mão apareceram nas manifestações, dizendo que nem todos os brasileiros vivem para o futebol e recordes olímpicos: “Queremos transporte público moderno, educação de qualidade, serviços de saúde e garantia de emprego”. Ouviram-se também gritos de luta contra a corrupção. O boom “esportivo” aparece quase sempre associado, na opinião pública, com corrupção no governo e “conexões mutuamente vantajosas” para membros do governo e empresas construtoras e círculos financeiros e empresariais em geral. Segundo as primeiras estimativas, as manifestações começaram com algo entre 300 e 500 pessoas que se manifestaram em torno de um “Movimento Passe Livre” (MPL). E os protestos prosseguem. (...)
A convocação para os protestos surgiram em páginas anônimas de Facebook, que “mobilizavam” usuários de transporte público. A origem dessas páginas está sendo investigada, mas ainda não há informação segura, embora haja várias conjecturas. Por exemplo, no dia 19/6, a página brasileira de uma comunidade de “Direitos Humanos” publicou foto em que se via o proprietário da empresa, Mark Zuckerberg, exibindo um cartaz em que se lê “Não são os 20 centavos!” #ChangeBrasil!”.
Mark Zuckerberg (dono do Facebook)
São bem conhecidos os laços que unem o início da carreira empresarial de Zuckerberg e a CIA. Os contatos foram muitos e sabe-se que a CIA financiou o início de seu negócio. Zuckerberg tem também contatos estreitos com a Agência de Segurança Nacional dos EUA [orig. U.S. National Security Agency (NSA)], os quais não são segredo para ninguém. Difícil acreditar que Zuckerberg tenha-se envolvido por iniciativa sua nos protestos no Brasil (e ainda mais difícil, que tenha passado, repentinamente, a preocupar-se com o preço dos transportes públicos por lá).
Slogans de “luta para mudar” sempre são bem-sucedidos em campanhas em universidades e instituições de ensino superior. Estudantes sempre se apresentam como vanguarda na luta por direitos sociais e políticos. De novidade, agora, no caso do Brasil, que os manipuladores que operam nesses setores não conseguiram, até agora, criar lideranças centralizadas, em nenhum dos protestos de rua.
Edward Snowden
Mas o modo como a inteligência dos EUA opera, esse sim, acaba de ser revelado por Edward Snowden: tudo faz crer que a atividade no Brasil e em vários outros países já esteja em andamento, tratada como os EUA tratam o que definem como “ameaça de nível elevado”.
A contrainteligência brasileira e os serviços de investigadores policiais já trabalham para identificar quem se teria infiltrado nos movimentos do Brasil. Também se investiga o “uso hostil” das redes sociais. Mais de 80 milhões de pessoas são usuários de internet no Brasil; e 140 milhões usam telefones celulares. É claro que slogans construídos para desestabilizar o quadro sociopolítico no Brasil circulam nessas redes. E há também ONGs e agentes que operam através da embaixada dos EUA, como, igualmente, dos escritórios da USAID no Brasil – exatamente como em todo o mundo. Blogueiros brasileiros interessados em estudar as tendências das manifestações já observaram que só houve grandes concentrações populares em cidades nas quais operam escritórios de representação diplomática ou comercial dos EUA – na capital, Brasília; no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, dentre as principais.
Thomas Shannon
Hoje, como se sabe, está operando no Brasil uma das maiores bases organizadas da CIA e da inteligência militar dos EUA, do mundo. O coordenador político dessas operações no Brasil é o Embaixador Thomas Shannon. [1] Pode-se tomar como fato absolutamente verdadeiro que o embaixador Shannon está ocupado em tempo integral com o “despertar o gigante sul-americano”.
Os protestos de junho continuarão pelo mês de julho e, em grande medida, já começam a afetar a imagem que o Brasil oferecia ao mundo, de país bem-sucedido em seu projeto de desenvolvimento com orientação social.
Em outubro de 2014 haverá eleições presidenciais no Brasil; a atual presidenta Dilma Rousseff é candidata a um segundo mandato. Nesse contexto, qualquer ação para desestabilizar seu governo é apresentada como tentativa dos adversários políticos, com olhos nas eleições: “Estão nos testando”.
De início, as autoridades de alguns estados responderam com extrema dureza aos manifestantes. A presidenta Rousseff condenou o “uso de força excessiva” pelas Polícias Militares dos estados.
Há muitos no Brasil que se opõem a “governos de esquerda” e sentem que, nos dez anos dos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff “o regime corrompeu-se” e que, por isso, tem de ser mudado. Não admitem continuar afastados do poder federal por mais quatro anos.
Dilma Rousseff
Ao analisar os eventos em curso no Brasil, mais de um cientista político brasileiro já comentou que a presidenta e seu governo foram colhidos de surpresa pelos eventos; que a presidenta teve de cancelar uma visita programada ao Japão. Depois de várias reuniões, com ministros e especialistas, a presidenta Rousseff adotou a única via de ação possível: uma rota de conciliação, não confrontacional que aqueceria ainda mais as paixões. Disse, essencialmente, que apóia os manifestantes. Em pronunciamento ao país, por televisão, disse que se orgulha de tantos brasileiros desejarem lutar por um futuro melhor para o país. Enfatizou que em nenhum caso admitiria que se realizassem eventos esportivos internacionais a custa de dinheiro público retirado de programas sociais.
Na tentativa para conter a onda de protestos, Dilma Rousseff sugeriu que se realize um “plebiscito” cujas decisões orientarão uma reforma política de fundo a ser feita no país. O plebiscito deve levar, em momento posterior, à convocação de uma Assembleia Constituinte, com poderes para alterar amplamente a Constituição vigente. Todos esses planos enchem de preocupações as elites financeiras brasileiras. A oposição à presidenta Rousseff entende que “o projeto Lula-Dilma de modernização sociopolítica” nos levará na direção de um “regime populista” semelhante ao de Hugo Chavez.
O governo Obama já está fazendo tudo que esteja ao seu alcance para impedir tal desenrolar.
Hoje, está criando a Aliança Pacífica, [2] unindo quatro países da região – México, Colômbia, Peru e Chile – sob comando dos EUA. Do ponto de vista de Washington, a Aliança Pacífica, dentre outros efeitos, ajudará a limitar a influência do Brasil no hemisfério ocidental e criará “um poderoso contrapeso geoestratégico à expansão do Brasil”. Sob vários pretextos, o Pentágono está organizando exercícios armados conjuntos com países vizinhos do Brasil – Trinidad e Tobago, Suriname, Guiana e Peru. Na essência os EUA estudam um futuro teatro de operações militares. A 4ª Frota dos EUA patrulha as regiões do Oceano Atlântico próximas dos depósitos de petróleo da plataforma continental brasileira. Os EUA farão todos os esforços para enfraquecer os aliados e parceiros do Brasil na região, a começar por Venezuela, Equador, Nicarágua e Cuba. A reaproximação entre OTAN e Colômbia também se explica em parte como projeto para criar mais um “fator de pressão” sobre o Brasil.
Os protestos continuam. Começam a aparecer também detalhes sobre as condições desumanas em que vivem as populações em torno dos estádios (dos antigos e dos que estão sendo construídos) e sobre a violência das “desocupações” e operações para “limpar” as áreas dos elementos considerados “perigosos”, com imagens sobre como as casas dos mais pobres estão sendo demolidas para construção de novas edificações, sem a necessária indenização aos proprietários anteriores. O governo central está tendo de responder por ações de governadores e prefeitos, autoridades locais.
Os eventos no Brasil estão sendo acompanhados pela mídia ocidental em todos os detalhes. Cientistas políticos avaliam a ação das empresas locais de imprensa como operação deliberada para comprometer a imagem do Brasil e a capacidade do país para organizar grandes eventos esportivos internacionais. Não faltou sequer quem dissesse que a Copa do Mundo de futebol devesse ser cancelada, por o país não poder dar garantias de vida aos jogadores e torcedores.
O que se viu agora, na “Copa das Confederações” pode ser considerado como ensaio geral do que se verá acontecer em futuros eventos esportivos no Brasil. Tudo para pressionar o país, em questões e interesses que nada têm a ver com esportes...

Notas dos tradutores

[1]
Sobre o embaixador Thomas Shannon e seus contatos no Brasil ver, dentre outros muitos telegramas Wikivazados:

Torturador da ditadura agride manifestantes.

Manifestantes são agredidos por torturador da Ditadura Militar. Comissão da Verdade identifica torturador que atualmente trabalha como advogado em Foz do Iguaçu.

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A Comissão da Verdade permaneceu dois dias em Foz do Iguaçu para investigar os crimes cometidos no Batalhão de Fronteira na época da Ditadura (Foto: Mariana Serafini / Revista Fórum)

 

Três manifestantes foram agredidos ao colar cartazes no prédio onde fica o escritório do advogado Mário Espedito Ostroviski, identificado durante investigação da Comissão da Verdade como chefe das torturas no Batalhão de Fronteira de Foz do Iguaçu. 

Convocado para depor, Espedito não compareceu à audiência pública, a informação até o momento era de que ele estaria desaparecido já há quatro dias. A ideia era preparar a Av. Brasil, principal da cidade, para fazer uma pequena manifestação em frente ao edifício Metrópole, onde, na sala 207 ex tenente atua como advogado.

Três manifestantes saíram da Câmara Municipal, onde acontecia a Audiência Pública da Comissão da Verdade e colaram cartazes no caminho até chegar no edifício. Pelo trajeto eles conversaram com a população e explicaram o porquê da ação. 

Ao chegar no prédio, quando iam colar o primeiro cartaz uma mulher apareceu e já começou a agredir um deles, Allan Camargo. Em seguida surgiram mais três homens, um deles tomou os cartazes, enquanto isso, Maiara Oliveria e Mariana Serafini trataram defender Allan e escapar do lugar. 

Voltaram às pressas para a Câmara, há duas quadras do incidente. Ao chegar, contaram a história e descobriram que os agressores eram, na verdade, o próprio Mário Espedito Ostroviski e sua filha, também advogada.

A Comissão da Verdade permaneceu dois dias em Foz do Iguaçu para investigar os crimes cometidos no Batalhão de Fronteira na época da Ditadura. Durante os depoimentos, principalmente o de Izabel Fávaro, o atual advogado Espedito foi identificado como o Tenente Expedito, na época chefe e executor da maior parte das torturas (principalmente choques elétricos e afogamentos).

Diante da informação, um pequeno grupo se mobilizou com a ajuda do Centro de Direitos Humano e Memória Popular de Foz do Iguaçu (CDHMP) para realizar o “escracho” em frente ao prédio do advogado. 

Ele é muito conhecido e conceituado em Foz do Iguaçu, acharam justo contar para a sociedade o passado do homem que hoje circula tranquilamente na alta sociedade iguaçuense. No meio do processo os três foram agredidos, mas isso não impediu o plano, pelo contrário, incentivou ainda mais a população a participar.

O ato foi realizado por volta das 12h , contou com a presença dos participantes da Audiência Publica, estudantes universitários e pessoas que engrossaram a marcha no meio do processo ao saber do que se tratava. O grupo seguiu até o edifício Metrópole com cartazes e palavras de ordem. 

A faixa “Aqui trabalha o torturador Mário Espedito” , e os cartazes foram colados na fachada do prédio. A manifestação foi tranquila, escoltada pela Polícia Militar que tratou de impedir o trânsito nas vias necessárias e contou com o apoio oficial da Comissão da Verdade.

Mariana Sefarini, Revista Fórum (revisado por Pragmatismo Politico)

Link desta matéria:http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/07/torturador-da-ditadura-agride-manifestantes.html

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Barbarie. Briga em jogo de futebol termina com mortes e corpo decepado em Pio XII.

Uma confusão durante um jogo de futebol no Povoado Centro do Meio, localizado nas margens da BR-316, no município de Pio XII, terminou em duas mortes no último domingo (30).

Ainda dentro de campo, o jogador Josemir havia sido expulso, e iniciou uma discussão contra o juiz, Otávio. O juiz então resolveu tirar uma faca e desferir vários golpes no peito do homem, que morreu após ser levado ao hospital.

Foto: Blog Antonio Filho.
Revoltada, a população resolveu fazer justiça com as próprias mãos. Otávio foi apedrejado e em seguida morto a pauladas. Os populares deceparam as mãos, pés e cabeça da vítima.

Após o assassinato brutal, os autores da vingança colocaram a cabeça da vítima em uma estaca. Segundo um dos autores do segundo crime, a atitude acabará com a “fama dos valentões”.

Link desta matéria: http://www.gazetadailha.com.br/2013/07/01/confusao-em-jogo-de-futebol-termina-com-mortes-e-corpo-decepado-em-pio-xii/

Presidenta Dilma envia ao Congresso nesta terça-feira proposta de plebiscito.


Reforma política incluirá financiamento de campanha e sistema de voto, diz presidenta.

Credito: Foto Brasil 247.
Luana Lourenço, Sabrina Craide e Wellton Máximo.

Repórteres da Agência Brasil.

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff confirmou que enviará amanhã (2) ao Congresso Nacional mensagem pedindo um plebiscito para discutir a reforma política. 

Segundo ela, o governo pretende discutir pelo menos dois pontos: financiamento de campanhas e sistema eleitoral.

Segundo a presidenta, existirá a possibilidade de a população escolher entre o voto proporcional, distrital e misto. Dilma, no entanto, declarou que a formulação das perguntas não cabe ao Palácio do Planalto, mas ao Congresso e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela ressaltou ainda que o poder de convocar uma consulta popular cabe exclusivamente ao Congresso.

“Não vamos dar sugestões de perguntas. Isso fica entre o Senado, a Câmara dos Deputados e o Tribunal Superior Eleitoral. Está claro, na Consituição, que quem convoca plebiscito é o Congresso Nacional. Por isso, insisti na palavra sugestão no que se refere à relação entre o Executivo e o Legislativo”, explicou.

Dilma disse ainda que o Congresso poderá mudar a proposta de reforma política enviada pelo Planalto. “Amanhã, enviamos nossa sugestão à Câmara e ao Senado no sentido de plebiscito apontando em linhas gerais as balizas que julgamos importantes. Isso não significa que outras balizas não podem aparecer”, declarou.

A presidenta também disse que, na reunião desta tarde, tratou com os ministros sobre a necessidade de todos os ministérios acelerarem a execução dos projetos de infraestrutura, tanto das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como dos projetos do Programa de Investimentos em Logística, que envolvem a concessão à iniciativa privada de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, além da licitação de áreas de exploração de petróleo e gás.

Dilma interrompeu a reunião ministerial, a terceira de seu governo, para dar esclarecimentos à imprensa. O encontro começou por volta das 17h e, de acordo com a presidenta, ainda levará várias horas.

Ela disse que seria “oportuno” que as eventuais mudanças resultantes do plebiscito sobre a reforma política valessem para as eleições de 2014, mas ressaltou que esse prazo não depende do governo. “Não tenho governabilidade sobre essa questão. Gostaria que tivesse efeito sobre essa eleição, agora se vai ser possível ou não, isso vai levar em conta uma séria de questões práticas do Tribunal Superior Eleitoral, da Câmara e do Senado.”

Além de 37 ministros, os líderes do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e no Congresso, deputado José Pimentel (PT-CE), participam da reunião na residência oficial da Granja do Torto. Somente os ministros da Cultura, Marta Suplicy, e das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que estão em viagem ao exterior, não estiveram no encontro, mas mandaram representantes.

No fim de semana, Dilma teve reuniões com os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, e da Saúde, Alexandre Padilha. Hoje (1°) de manhã, a presidenta recebeu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Na semana passada, a presidenta recebeu pela primeira vez em seu governo representantes de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, que, de alguma maneira, participaram dos recentes protestos ocorridos no país. Dilma também reuniu prefeitos das capitais e governadores para apresentar as medidas que o governo deve adotar em resposta às demandas levadas às ruas durante as manifestações.

Entre as medidas anunciadas, está um plebiscito sobre a reforma política. A ideia do governo é consultar a população sobre os principais temas da reforma, e, em seguida, as eventuais mudanças no sistema eleitoral seriam consolidadas pelo Congresso Nacional.

Edição: Nádia Franco//Matéria ampliada às 20h21

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. 
Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil

Link desta matéria:  http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-01/reforma-politica-incluira-financiamento-de-campanha-e-sistema-de-voto-diz-presidenta