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No início deste mês, a Marinha os EUA anunciou que vai parar de comprar mísseis de cruzeiro Tomahawk no ano de 2016 e buscará um substituo para o citado em até 10 anos.
Esta decisão é um erro na estratégia de defesa e na política de alianças. O Congresso Americano deve rejeitar os planos da Marinha e exigem que mesma continue a comprar um número suficiente de Tomahawks anualmente para manter as linhas de montagem a fim de manter o custo unitário do míssil acessível até que um substituto possa ser efetivamente implantado em serviço. Até a Inglaterra e Austrália (que planeja operar o Tomahawk), após consulta estreita com os EUA, estão convencidos de que a substituição será acessível se o substituto oferecer capacidades semelhantes ou superiores aos do Tomahawk.
Segundo a porta-voz da Marinha Americana, a tenente Caroline Hutcheson, a Marinha Americana deixará de compra o Tomahawk, míssil esse que vem sendo essencial em qualquer ofensiva americana desde a Guerra do Golfo em 1991.
A Marinha America tem previsto comprar 196 mísseis Tomahawk em 2014 e 100 mísseis para o ano de 2015, depois disso não é previsto mais nenhuma aquisição. Em vez disso, a Marinha Americana investirá em um programa de desenvolvimento de um míssil de última geração e estabelecerá um programa de recertificação de seu estoque de cerca de 4.000 mísseis.
Todas as armas eventualmente um dia sairão de serviço, mas é sensato esperar até que haja um substituto. Isto é particularmente verdade quando a arma em questão é um essencial para as forças americanas e as forças aliadas próximas ao EUA. A dependência britânica e australiana sobre a produção do Tomahawks impõe uma responsabilidade aos EUA.
O Congresso tem um papel vital a desempenhar na correção de erros de política feitas pelo Poder Executivo. Por causa de seu impacto sobre a segurança dos EUA e sobre a aliança com o Reino Unido, a decisão de encerrar o programa Tomahawk é um erro, aquele que deve ser corrigido por uma decisão do Congresso.
A Raytheon Co. está desafiando a decisão da Marinha para deter fabricação do míssil de cruzeiro Tomahawk e está contando com seus aliados no Congresso para ajudar a manter a produção futura do míssil.
Segundo a fabricante do míssil, estão empenhadas mais de 300 empresas no processo de fabricação em 24 estados dos EUA. Se a linha de produção, com sede em Tucson e Arizona, for encerrada, a Marinha Americana não será capaz de reiniciá-la posteriormente argumenta Raytheon.
Para se ter ideia da complexidade do tema, a fabricante do motor do Tomahawk, a Williams International, tem apenas dois clientes.
Parece que a Inglaterra não foi consultada sobre o destino do programa Tomahawk. Nunca devemos esquecer que a principal arma dos submarinos nucleares de ataque britânicos da classe Astute é justamente o Tomahawk. Também não devemos esquecer da crise que os EUA e Inglaterra enfrentaram por causa do cancelamento do projeto do míssil balístico GAM-87 Skybolt.
É verdade que os EUA poderiam vender Tomahawks do seu estoque à Inglaterra, mas a Inglaterra pode não estar disposta a investir em um sistema cuja a base industrial esta desaparecendo. Além disso, a decisão inesperada dos EUA para acabar com o programa significa que a Inglaterra terá que considerar um modernização considerável de sua frota de submarinos para disparar um novo míssil. E todos nós sabemos que gastos geram transtorno, ainda mais se não forem previstos.
A Marinha Real Australiana também pode ser surpreendido com a decisão dos EUA, uma vez que esta a concluir três destróieres equipados com sistemas de lançamento Tomahawk.