terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Tribunal libera editais de concursos culturais voltados exclusivamente para negros

fonte jus brasil.

O TRF da 1.ª Região liberou a execução de concursos culturais referentes a editais do Ministério da Cultura (MinC) destinados exclusivamente a pessoas negras que trabalhem com linguagens de cinema, de literatura, de pesquisa de bibliotecas, de artes visuais, de circo, de música, de dança e de teatro. 

A decisão resulta da votação da 5.ª Turma do Tribunal no julgamento de agravo de instrumento interposto pela União, reformando, por maioria, decisão do juízo da 5.ª Vara Federal do Maranhão, que, em ação popular, determinara a imediata suspensão de todo e qualquer ato de execução dos concursos.

Negro
Editais impugnados – o MinC lançou quatro programas questionados pela ação popular:

fomento a seis obras audiovisuais de curta-metragem, dirigidos ou produzidos por jovens negros, de 18 a 29 anos, com temática livre; 

seleção de projetos de pesquisa para concessão de bolsas, propostos por pesquisadores negros, visando incentivar a produção de trabalhos originais, em território brasileiro;

formação de parcerias para o desenvolvimento de projetos editoriais sob a forma de coedição, a fim de produzir publicações de autores brasileiros negros na forma de livros, em meio impresso e/ou digital, com o propósito de divulgar, valorizar, apoiar e ampliar a cultura brasileira dos afrodescendentes em geral e dar maior acessibilidade a sua produção cultural, artística, literária e científica; 

e premiação de 33 projetos nas áreas artes visuais, circo, dança, música, teatro e preservação da memória realizados por proponentes autodeclarados negros (pretos e pardos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na decisão agravada, o magistrado considerou que, “embora o Estado tenha o dever de fomentar medidas administrativas com feição político-afirmativa, oferecendo, por assim dizer, tratamento preferencial a grupos historicamente discriminados da sociedade brasileira”, os editais em questão “não se harmonizam com o princípio da isonomia”, porquanto programas “com o propósito de proporcionar exclusivamente aos produtores e artistas negros oportunidade de acesso a condições e meios de produção artística”, excluem “artistas brasileiros que pertençam às demais etnias”, “naturalmente impedidos de desfrutar desse programa”.

Em seu voto, o Desembargador Federal João Batista Moreira destacou que a Lei n. 8.666/93 veda “cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem” o “caráter competitivo”. Assim, numa concepção positivista, para excepcionar essas regras, ainda que com a nobre finalidade de destinar os concursos, a título de ação afirmativa, exclusivamente a negros e pardos, haveria, no mínimo, a necessidade de outra lei.

Admitiu, ainda, que as cotas sociais não eliminam a competição; apenas estabelecem vantagem para as minorias, no ponto de partida. A par disso, concluiu o Relator que não faz muita diferença destinar aos negros a fatia de um programa ou um programa inteiro dentro de um conjunto de programas. Essa é a conclusão mais válida no caso, porque os programas instituídos não são de execução continuada, tal como acontece em curso universitário.

Por fim, acentuou que, no caso, a justiça da discriminação define-se pela relação lógica e razoável entre o critério empregado e o fim que se busca alcançar.

Processo n.º 0029353-66.2013.4.01.0000
Data do julgamento: 04/12/2013
TS - Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1.ª Região.

Link desta Matéria:  http://mamapress.wordpress.com/2013/12/09/tribunal-libera-editais-de-concursos-culturais-voltados-exclusivamente-para-negros/

Reitor da USP é réu em ação por improbidade.

é réu em ação por improbidade

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Defesa prévia de João Grandino Rodas foi rejeitada e ele terá de responder por supostos contratos ilegais e uso de verba de gabinete para promoção pessoal, sob ameaça de ter de devolver R$ 3,3 milhões ao Estado.

10 de Dezembro de 2013.

Uruguai deve aprovar hoje Lei da Maconha.

Monica Yanakiew
Correspondente da Agência Brasil/EBC.

Montevideu – O Uruguai deve se converter, nesta terça-feira (10), no primeiro país a legalizar e a regulamentar a produção, a venda e o consumo da marijuana. O polêmico projeto de lei, defendido pelo presidente uruguaio Jose “Pepe” Mujica e aprovado pela Câmara dos Deputados, será votado pelo Senado, onde o governo tem 17 dos 30 legisladores.

Imagem Ilustrativa
Vinte e oito mil uruguaios – 5% da população entre 15 e 65 anos – fumam um cigarro de maconha por dia. Segundo a Junta Nacional de Drogas do Uruguai, 22 toneladas de marijuana são vendidas anualmente no Uruguai – o dobro do ano passado.

Consumir drogas (mesmo as mais fortes, como a cocaína ou o crack) não é considerado crime no Uruguai. Foi permitido, por decreto, há 40 anos. 

A lei só proíbe comprar e vender. “Essa contradição beneficia os narcotraficantes. Como o consumo é permitido e o comércio é proibido, criamos um mercado cativo para o crime organizado, que comercializa a droga sem qualquer controle”, explicou, em entrevista à Agência Brasil,  o deputado governista Julio Bango, autor do projeto. Com a venda de maconha, os traficantes faturam US$ 40 milhões anuais.

Segundo Bango, o governo tinha duas opções para combater o narcotráfico: proibir o consumo de maconha (algo que dificilmente conseguiria implementar) ou legalizar e regulamentar o comércio. “É melhor que o Estado assuma o controle e coloque limites, do que os narcotraficantes ditem as regras”.

No Uruguai, a maconha é a quarta droga mais consumida, depois do álcool, do tabaco e dos psicofármacos. “Nenhuma das quatro faz bem à saúde e a ideia não é promover o consumo da maconha”, explicou. “O que queremos é justamente regulamentar o comércio da maconha, como fazemos com as outras três”.

Com a nova lei, qualquer pessoa residente no Uruguai, maior de 18 anos, terá direito a comprar até 40 gramas de maconha por mês na farmácia – a preços inferiores aos do narcotraficantes. Mas precisa se registrar, se quiser ter acesso à droga legal.

“Sou favorável à lei, mas não vou preencher uma ficha, com nome e sobrenome, dizendo que fumo maconha”, disse Cristian (que não quis dar seu sobrenome). “Tenho medo de que, se meu chefe souber, me demita. Há muita gente contra essa lei no Uruguai”.

Uma recente pesquisa, feita pela empresa Cifra, mostra que 63% dos uruguaios são contra. Nas ruas de Montevideu, as opiniões estão divididas. “Sou contra o consumo da maconha, mas acho uma boa política legalizar o comércio”, disse, em entrevista à Agência Brasil, Estela Martinez, mãe de dois adolescentes. “Dos males, fumar maconha é o menor. Mais perigoso é ir comprar a droga em uma boca de fumo, onde devem vender cocaína e crack e todo tipo de porcaria”, acrescentou.

A farmacêutica Ana Maria Modena – como muitos de seus colegas de trabalho – critica a lei. “É um absurdo vender uma droga que sabemos que faz mal à saúde, em uma farmácia, onde vendemos remédios para tratar doenças”, explicou.

Com a nova legislação, o governo vai outorgar licenças para o cultivo de até 40 hectares de terra de maconha – o suficiente para o consumo doméstico. As plantas serão usadas para investigação científica, para fins medicinais, para a indústria e para o consumo.

Os uruguaios também terão o direito de cultivar a maconha em casa – mas podem ter, no máximo, seis plantas. Para a deputada oposicionista Veronica Alonso, o Uruguai comete um erro ao aprovar a nova legislação.

“O próprio presidente Mujica disse que estamos fazendo um experimento. Mas é um experimento que, se der errado, vai prejudicar os uruguaios”, disse a deputada. “E pode prejudicar também os paises vizinhos, como o Brasil e a Argentina, que têm políticas diferentes de combate ao narcotráfico. Combater o narcotráfico só é possível se fizermos um esforço conjunto e regional. Não podemos adotar políticas unilaterais”, acrescentou.

Mujica foi aplaudido por ex-presidentes da região. Ele pediu ajuda a outros governos para levar adiante seu “experimento”. Segundo Mujica, até agora, as poíiticas de repressão não deram resultado – melhor tentar um novo caminho.

Edição: Graça Adjuto
 
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Monstruosidade: Assassinato em Lago da Pedra: Jovem pode ter sido torturado e depois queimado ainda vivo.

Foto: Blog do Vilmar Ferreira
O homem encontrado com o corpo carbonizado neste domingo (08) no Sítio dos Padres é Erivelton Freitas Santana 23 anos, e morava com sua mãe, dona Francisca Santana Freitas, no povoado Santo Antonio dos Ferreiras, zona rural, a 3 km de distância do centro de Lago da Pedra.

Erivelton foi morto hoje pela manhã com requintes de crueldade. Seu corpo foi encontrado de bruços e pode ter sido torturado muito antes de morrer. Há quem diga que pelo jeito que foi encontrado, o mesmo possa ter tido seu corpo incendiado ainda vivo.
Foto: Blog do Vilmar Ferreira
A policia até o momento, ainda não tem nenhuma pista de quem teria cometido o crime, mas, uma noticia que acabamos de ouvir agora há pouco da mãe do mesmo pode levar a policia a ter pelo menos uma pista para começar as investigações.

Foto: Blog do Vilmar Ferreira
Segundo a mãe do jovem, seu filho teria saído de casa em companhia de um amigo, cujo nome não é revelado para não atrapalhar as investigações. Depois de meia-noite, com a volta do amigo, sozinho, ela teria ido saber do filho, mas ele teria dito que não sabia do mesmo, pois ele (o amigo) teria saído com uma mulher e passado a noite no motel.

Ainda com base em depoimento de familiares, uma pessoa que passou pela praça da rua 7, as 3h30 da manhã deste domingo (08), indo para Teresina-PI, teria visto Erivelton sentado em um banco da praça.
 
Foto: Blog do Vilmar Ferreira
Uma outra informação muito importante para a policia é de que uma outra pessoa teria visto, entre 3h30 e 3h40, dois homens chegarem em uma moto na praça onde estava Erivelton e dali os três saíram juntos. 
 
Pelo que tudo indica, com base em depoimento de testemunhas a esse blog, é que as pessoas que executaram o jovem eram muito conhecidos dele, a ponto de saírem juntos.
 
O corpo do Erivelton está sendo velado na casa da sua vó na praça da rua 7 e será sepultado amanhã por volta do meio dia.

Link original desta Matéria: http://vilmarferreiralp.blogspot.com.br/

 

Brasil - Governo quer punição de torcedores e vai discutir presença da Polícia Militar em estádio.

Da Agência Brasil.
Fotos: Estadão
Brasília - O Ministério do Esporte divulgou nota condenando os atos de violência entre torcedores do Vasco e do Atlético Paranaense nesse domingo (8), durante jogo da última rodada da Série A do Campeonato Brasileiro em Joinville (SC).

Na nota, o ministério diz que os "responsáveis devem ser identificados e punidos, cumprindo-se o Estatuto do Torcedor, que prevê penas de reclusão e de banimento dos estádios aos torcedores que cometerem atos de violência".

Fotos: Estadão
O ministério informou ainda que irá entrar em contato com "o Conselho Nacional do Ministério Público para um entendimento comum sobre a presença da Polícia Militar no interior dos estádios de futebol".

Em notícia publicada em seu site oficial, o Vasco menciona que não havia policiamento dentro do estádio. Em comunicado, o Ministério Público de Santa Catarina informou que não fez nenhuma recomendação ou ação para impedir a Polícia Militar de atuar no interior do estádio em Joinville.

Fotos: Estadão
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também manifestou repúdio às agressões entre os torcedores. Segundo nota da entidade, o presidente da CBF, José Maria Marin, "assegurou que vai concentrar todos os esforços, com a ajuda de todos os segmentos competentes, na discussão de propostas e projetos que consigam abolir definitivamente esses episódios de selvageria dos nossos estádios".

Com a briga, alguns torcedores ficaram feridos e precisaram ser hospitalizados, outros foram detidos. Imagens de televisão mostram os torcedores se confrontando com extrema violência, trocando chutes e socos, o que levou à paralisação da partida por mais de uma hora.

Fotos: Estadão
Em seu site oficial, o clube Atlético Paranaense publicou nota informando que "a diretoria administrativa e o conselho deliberativo do clube tomarão todas as providências para identificar os envolvidos e puni-los, caso tenham ligações com a instituição, ou denunciar às autoridades competentes qualquer um que tenha tido participação nos lamentáveis incidentes".

Edição: Carolina Pimentel 

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domingo, 8 de dezembro de 2013

UFMA - Transcrevo um Texto do Professor Carlão.

Tenho orgulho de pertencer a essa geração... (Texto de autoria do Professor Carlão).

Minha amiga Silvane Magali, ex aluna, professora do curso de Serviço social da UFMA, com quem eu tenho orgulho de compartilhar algumas jornadas importantes na militância política e acadêmica, chamou a atenção para o episódio da última quinta feira, 05/12. 
 
Foto: Facebook.
Em apoio à lutas dos estudantes por uma Casa no Campus, eu transferia minha aula para o acampamento onde teve início a greve de fome de Josemiro, seguido por Daniel e Rômulo. 


Estava exibindo o documentário “Todo Poder Para o Povo”, a história de criação do Partido Panteras Negras nos Estados Unidos. Uma organização das mais importantes do século XX construída por jovens negros para lutar contra a segregação racial, desafiando as poderosas forças do Estado branco Norte Americano. 
 
Foto: Chico Barros. Professores da UFMA
Uma história que tem tudo a ver com a luta dos estudantes da UFMA e de outras universidades públicas brasileiras por inclusão sócio-racial, moradia digna, transporte, alimentação e condições de estudar e sair qualificados (as) de seus cursos para contribuir profissionalmente com o desenvolvimento do país. 

Foto - Chico Barros. Professor Carlão.
Durante a exibição um aluno, [Luiz Carlos], sentou-se ao meu lado e disse “professor, anunciaram agora a morte de Nelson Mandela. 
Nelson Mandela
Eu já estava na emoção daquela situação de acompanhar nossos alunos, jovens, negros, filhos de trabalhadores rurais a exemplo de Josemiro, onde pai ou mãe não tiveram acesso ao ensino superior, como a maioria de nossos e nossas genitores (as). 

Na emoção daquele documentário retratando a resistência de jovens negros contra a violência da segregação racial.

Não pude me conter, antes de iniciar os debates sobre o documentário quis transmitir a notícia, a todos e todas que estavam ali mas a voz não saia, e como tantos negros e negras desse país eu fui às lágrimas. Me veio à mente outro filme cujo qual eu protagonizei. 
 
Foto - Chico Barros. Professor Carlão.
Desde os anos 70, vivo na militância lutando com outros companheiros contra o racismo inspirados nesses líderes, Zumbi, Dandara, Chico Rei, Negro Cosme, Panteras Negras, MalconX, Luither King, Ângela Daves, Lélia Gonzales, Abdias Nascimento, Beatriz Nascimento tantos, tantas mais e mais e mais e Nelson Mandela, talvez o maior estadista do século XX que soube transformar o ódio (que certamente sentia por ficar 27 anos privado da liberdade, da convivência com seu povo) em um programa de unificação da África do Sul. “Perdoar sim, esquecer jamais”. 

Foto - Chico Barros. Professor Carlão.
Um dos seus atos de nobreza. Me veio à mente nos Encontros de Negros do Norte e Nordeste que realizamos durante dez anos sempre reverenciando a luta de Nelson Mandela e clamando pela sua libertação. Libertação que veio e o tornou ainda mais grandioso por tudo que fez, pelo legado que nos deixa. 
 
Foto - Chico Barros. Professor Carlão.
Sua partida certamente é lamentada por cada um que acredita e luta pela liberdade e pela dignidade humana, mas não deve ser chorada, deve ser celebrada com festa e alegria como ele sempre demonstrou em seus discursos e aparições em todos os eventos públicos. 
 
Foto - Chico Barros. Professor Carlão.
Por isso naquele momento, mesmo em lágrimas eu não pedi silencio, e sim um caloroso aplauso que repercutia também na luta daqueles jovens estudantes que empenhavam seu corpo e sua vida por uma causa coletiva, é esse o legado que Mandela nos deixa.

Foto - Chico Barros. Professor Carlão.
 https://www.facebook.com/carlao.rastafary?hc_location=timeline

UFMA em Greve - Aluna da UFMA Campus de Bacabal, faz apelo ao Reitor Natalino Salgado.

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