Big Brother Obama está cada vez mais enrascado;
depois de espionar Brasil, México, Alemanha e Espanha, ele também mexeu
com a poderosíssima China, contando com a colaboração das embaixadas
australianas. "A China está extremamente preocupada com este relato e
exige que os Estados Unidos ofereçam um esclarecimento e uma
explicação", disse Hua Chunying, porta-voz da chancelaria chinesa; até
onde vai essa crise?
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Rio de Janeiro: Operação Capa Preta 2: Cumpre 23 mandados de prisão contra milicianos (Policiais Militares e Fuzileiros Navais).
Da Agência Brasil.
Arquivo - www.exitorio.com.br/exitonoticias - Foto Operação Capa Preta 1. |
Rio de Janeiro – Pelo menos dez pessoas foram presas, hoje (31), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, durante uma ação conjunta da Policia Civil e do Ministério Público estadual.
O objetivo da operação
Capa Preta 2 é cumprir 23 mandados de prisão preventiva contra
milicianos do município. Os suspeitos são acusados por formação de
quadrilha armada para a prática de crime hediondo.
Entre os mandados de prisão expedidos pela 2ª Vara Criminal de
Comarca de Duque de Caxias, sete são contra policiais militares, cinco
ex-policiais militares, dois fuzileiros navais da Marinha, um
ex-policial civil e um ex-vereador do município da Baixada Fluminense.
A Secretaria de estado de Segurança Pública (Seseg) informou que
essa é uma das mais violentas milícias do estado. Ainda segundo a
secretaria, as investigações mostraram que a quadrilha é responsável por
homicídios, ocultação de cadáveres, tortura, lesões corporais,
extorsões e ameaças.
Os milicianos atuam na cobrança de taxas para serviços clandestinos
de segurança, venda de cestas básicas com valores elevados, tráfico de
armas de fogo, agiotagem, exploração da distribuição ilícita de sinal de
TV a cabo e internet, exploração de jogos de azar, prestação de
serviços de transporte coletivo alternativo e a venda ilegal de botijões
de gás.
De acordo com as investigações, a quadrilha atua no município desde
2007, nos bairros de Pantanal, Parque Fluminense, Parque Muisa, São
Bento, Pilar, Vila Rosário, Vila São José, Parque Suécia, Lote XV,
Sarapuí, Vila Guaíra, Jardim Leal e Gramacho.
A primeira operação Capa Preta aconteceu em 2010, quando policiais
civis agiram no município de Duque de Caxias para desarticular uma
quadrilha de milicianos.
Todas as testemunhas de acusação do processo
foram assassinadas, exceto o delegado titular da Delegacia de Repressão
às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE),
Alexandre Capote.
A operação Capa Preta II conta com o apoio do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de
Segurança e Inteligência (CSI), ambos do Ministério Público do estado,
da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Secretaria de Estado de
Segurança Pública, da Coordenadoria de Inteligência e da Corregedoria,
ambas da Polícia Militar.
CONTINUE LENDO AQUI:
Imperatriz - MA. - Operação Mercenários: Policias Civil e Militar, com apoio do GTA, realiza Operação Mercenário e prende policiais militares e empresário. http://maranauta.blogspot.com.br/2013/10/imperatriz-ma-policia-civil-militar-e.html
Edição: Marcos Chagas. Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative
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Argentina - Que a coragem de Cristina Kirchner em enfrentar monopólios da mídia inspire Dilma
PAULO NOGUEIRA |
Curiosamente, depois de chegar ao poder com uma grande frase segundo a
qual a esperança deveria vencer o medo, o PT agiu de forma oposta em
relação à mídia. O medo venceu a esperança.
Há uma enorme torcida na mídia brasileira contra o governo de
Cristina Kirchner. Colunistas brasileiros festejaram “o fim de seu
ciclo” na Argentina depois dos resultados das eleições legislativas de
domingo.
Mas como mostrou hoje a charge do jornal argentino Página 12: que
“derrota” peculiar é aquela em que o governo mantém a maioria no
Congresso. Pois foi isso o que aconteceu na Argentina.
E eis que, mal terminada a apuração dos votos, Cristina obtém uma de
suas maiores vitórias como presidenta, senão a maior. A Suprema Corte da
Argentina aprovou a famosa Ley de Medios.
É uma lei que combate monopólios e estimula a pluralidade nos debates trazidos pela mídia.
O grupo Clarín – uma espécie de Globo local – se bateu quanto pôde
contra a lei. Seu ponto – quem acredita nele acredita em tudo – é que se
trata de uma legislação contra a liberdade de expressão.
Mentira.
O grupo Clarín poderá continuar a dizer o que quer. Apenas não terá o
monopólio da voz. A decisão da justiça encerra a disputa: o Clarín vai
ter que se desfazer de parte de seu monstruoso portfólio de mídia.
Conexões com o Brasil são inevitáveis. Até quando a Globo continuará a
desfrutar de seu monopólio abjeto, com o qual seus três acionistas
herdaram a maior fortuna brasileira?
Até quando a mídia negará aos brasileiros, sem embaraço de qualquer natureza, pluralidade nos debates?
Cristina Kirchner fez uma coisa que nem Lula e nem Dilma (pelo menos até aqui) ousaram: enfrentou a mídia.
Ah, as circunstâncias lá são diferentes, objetarão alguns. Sim, nada é
exatamente igual em dois países. Isto é um truísmo. A real diferença
entre o caso argentino e o caso nacional reside na bravura de Cristina
para combater o bom combate.
No Brasil, há décadas sucessivos governos se acovardam quando se
trata de lidar com a mídia. Numa situação patética, as empresas de
jornalismo não pagam imposto pelo papel com que imprimem suas
publicações, sejam jornais ou revistas.
São os cofres públicos financiando, pelo chamado “papel imune”,
empresas riquíssimas empenhadas em perpetuar privilégios nocivos à
sociedade.
Outra mamata inacreditável é a reserva de mercado de que a mídia goza, ela que fala tanto na importância do livre mercado.
Num artigo relativamente recente publicado no Globo para defender a
reserva, foi dito que as novelas são “patrimônio nacional”, e por isso
não podem ser ameaçadas pela concorrência estrangeira. Também foi dito
que haveria risco de uma emissora chinesa fazer propaganda de Mao
Tsetung, caso instalada no Brasil.
O autor desse beatialógico é o hoje ministro do Supremo Luís Roberto
Barroso, à época advogado do órgão de lobby da Globo, a Abert.
Quanto o poder irrestrito da mídia é ruim para o Brasil foi
espetacularmente demonstrado em 1954 e em 1964, quando seus donos
conspiraram abertamente contra governo eleitos e fizeram campanhas nas
quais a verdade foi a primeira vítima.
Curiosamente, depois de chegar ao poder com uma grande frase segundo a
qual a esperança deveria vencer o medo, o PT agiu de forma oposta em
relação à mídia. O medo venceu a esperança.
Mesmo sem dentes, mesmo com Ibope em queda livre, mesmo sem ganhar
uma única eleição em muitos anos, mesmo ameaçado de morte pela internet,
o Jornal Nacional continua a meter medo, melhor, pavor em
administrações petistas.
Em Cristina Kirchner, a esperança foi maior que o medo, e o resultado
é uma conquista histórica não dela, não de seu governo – mas da
Argentina.
São Paulo - Descoberto desvio de 500 milhoes de Reais. Prefeito Haddad temeu fugas de corruptos até última hora.
Foto Brasil 247. |
O prefeito de São Paulo e seu núcleo duro de
assessores sabiam desde o final de semana que ex-altos funcionários da
Prefeitura seriam presos; no comando da gestão Fernando Haddad, o medo
de que pudessem ocorrer fugas prevaleceu até o último momento; após
sucesso da operação policial, receio passou a ser o de não politizar o
caso; extensão das fraudes ainda é incógnita, mas golpes somaram pelo
menos meio bilhão em prejuízos para a arrecadação municipal; "Quadrilha
atuou por anos na Prefeitura", afirmou Haddad; "Investigações até agora
não encontraram conexões políticas"; um dos presos era dono de uma
pousada.
30 de Outubro de 2013 às 21:49.
Marco Damiani 247 – Um pequeno e seleto grupo de
auxiliares diretos do prefeito Fernando Haddad dividiu com ele, desde o
último final de semana, a angústia de guardar um segredo de meio bilhão
de reais.
Este é o volume que se calcula, inicialmente, do que pode ter sido
deixado de arrecadar em impostos municipais em razão da ação da
quadrilha ex-altos funcionários da Secretaria Municipal de Finanças
presa na manhã desta quarta-feira 30, em diferentes pontos da cidade.
Nos últimos dias, quando o cruzamento de dados obtidos pela
Controladoria Geral do Município e promotores do Ministério Público
Estadual já tinha volume suficiente para a obtenção, na Justiça, de
ordens de prisão para os quatro ex-funcionários públicos considerados
chefes do esquema, a tensão aumentou na cúpula da administração
municipal.
Temia-se que qualquer vazamento de informações pudesse
alertar o ex-subsecretário Rolilson Bezerra Rodrigues, o ex-diretor de
arrecadação Eduardo Horle Barcelos e os auditores Carlos Augusto Di
Lallo Leite do Amaral e Luis Alexandre Cardoso Magalhães para o que iria
acontecer. "Os crimes foram muito grosseiros, e se estenderam por muito tempo,
era difícil acreditar que eles se achavam tão impunes", contou ao 247 um
dos que partilharam antecipadamente com o prefeito o desfecho da
operação. "Além disso, já havia o precedente do Aref", continuou,
referindo-se ao ex-diretor do setor de Aprovações de Obras da
Prefeitura,
Hussain Aref Saab. Esse funcionário municipal tornou-se
famoso por ter juntado 106 imóveis em seu nome pessoal, no da mulher e
de um filho. "Os caras presos hoje poderiam fugir para o exterior, onde
devem muito dinheiro guardado". No curso das apurações a Interpol deve
ser acionada para localizar possíveis rastros da quadrilha em outros
países.
Em entrevista coletiva, Haddad afirmou que a quadrilha atuou "por
anos dentro da Prefeitura", sem especificar, no entanto, desde quando.
Politicamente, ele passou o dia visivelmente satisfeito com a efetivação
das prisões. "Esse é um dia importante porque mostra que foi um acerto
termos criado a Controladoria Geral do Município", resgatou o prefeito.
Para o cargo de controlador geral, o prefeito escolhera a dedo o ex-
secretário nacional de Prevenção da Corrupção e Informações
Estratégicas, da Controladoria Geral da União (CGU), Mario Vinicius
Claussen Spinelli. Com um vasto currículo de análise de informações, ele
viu a pasta ser criada já no segundo dia da gestão de Haddad, em
atendimento a uma das principais promessas de campanha do atual
prefeito. Hoje já exibe em seu currículo a abertura de mais de uma
centena de processos administrativos contra servidores municipais
suspeito de corrupção e má conduta, além de ter fisgado os seus quatro
peixes grandes.
O prefeito vinha mantendo uma postura discreta sobre problemas
encontrados na máquina da administração municipal, apenas dando pistas,
em suas entrevistas, de que ao menos um grande caso estava para ser
divulgado. Em suas conversas regulares com o controlador geral, o
prefeito têm procurado se informar sem, no entanto, colocar pressão em
Spinelli por resultados cinematográficos.
"A confiança do prefeito nos métodos de investigação do controlador geral é total", frisou ao 247 um dos colaboradores de Haddad. A
equipe de auditores comandada por Spinelli percebeu discrepâncias na
arrecadação de ISS de empresas do setor imobiliário e, mirando-se no
exemplo do modus operandi de Hussain Aref, passou a cruzar os índices
abaixo da média com dados patrimoniais de funcionários público do setor.
Começaram a surgir, nos CPFs desses funcionários, uma série de
imóveis, entre os quais até uma pousada de luxo que, agora, tem imagens
estampadas em toda a mídia. Casas lotéricas e carros de luxo igualmente
foram encontrados no nome dos acusados e de pessoas ligadas a eles.
Para
espanto dos auditores, os funcionários públicos que serão exonerados e
responderão a processos administrativos, além dos processos legais,
receberam mais de uma vez grandes depósitos em dinheiros, feitos,
acredita-se, por representantes de grandes construtoras, em suas
próprias contas correntes. "Eles operaram com a certeza da impunidade e mal fizeram para apagar seus rastros", assinalou o colaborador de Haddad ao 247.
Após o sucesso das prisões, as informações saídas da Prefeitura procuraram acentuar os aspectos técnicos da ocorrência, de modo a deixar próximo a zero o risco de politização do episódio. Até as vidraças do prédio da Prefeitura sabem que o escândalo remete diretamente aos pontos mais frágeis das gestões de Gilberto Kassab e seu antecessor e padrinho político José Serra, mas da boca do atual prefeito Haddad, está combinado, não sairá uma palavra sobre isso. "Não vimos conexões políticas nesse caso", disse hoje o prefeito – que tende a repetir isso.
São Paulo - Folha pede punição a Rodrigo de Grandis
Foto - Brasil 247. |
Editorial duro, do jornal de Otávio
Frias Filho, desdenha da justificativa do arquivo na "pasta errada" do
pedido de cooperação com suíços que investigavam propinas ao PSDB.
"Nenhuma investigação foi feita, entretanto. E o motivo alegado para a
omissão é de molde a desafiar a credulidade até mesmo dos mais ingênuos.
É que o pedido vindo da Suíça foi arquivado numa pasta errada. Assim
declara o responsável pelas investigações no Brasil, o procurador
Rodrigo de Grandis", diz o texto. "Que não fique por isso mesmo, para
que o trem tucano não prossiga até a muito conhecida estação chamada
Impunidade".
31 de Outubro de 2013 às 07:02
247 - A investigação contra o procurador Rodrigo de Grandis, aberta pelo Conselho Nacional do Ministério Público (leia aqui), conta agora com editorial da Folha de S. Paulo. Leia abaixo:
O trem tucano. Nas
investigações sobre a CPTM, um escândalo engata-se a outro, e a omissão
das autoridades paulistas tem garantido a impunidade geral.
Tornam-se cada vez mais
comprometedoras as notícias em torno da CPTM (Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos) e seus contratos milionários. As suspeitas incidem
sobre sucessivos governos tucanos no Estado.
O caso já é antigo, mas
foi reavivado recentemente pela empresa alemã Siemens, que, em troca de
imunidade nas investigações, levou às autoridades brasileiras documentos
que indicam a existência de um cartel no sistema metroferroviário
paulista --com a partilha de encomendas e elevação de preço das
concorrências.
Ao menos seis licitações
teriam sido fraudadas, segundo documentos internos da Siemens, que
apontavam conluios durante as administrações de Mário Covas, Geraldo
Alckmin e José Serra.
Diante das denúncias, o
governador Alckmin não apenas anunciou diligências --que se revelaram
bem menos rápidas do que o prometido-- mas também acentuou que, até
aquele momento, não havia indicações de participação de autoridades
públicas no esquema.
Pois bem. Enquanto se
bloqueavam as tentativas de realizar uma CPI sobre o escândalo, surgiram
nomes de possíveis beneficiários de propina no governo.
Outra empresa associada
ao cartel, a francesa Alstom, vinha sendo acusada de corromper governos
em diversos países. Documentos obtidos por autoridades suíças sugerem
que João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM, teria recebido US$ 836
mil (cerca de R$ 1,8 milhão) da Alstom.
Revela-se agora que, em
2011, as autoridades suíças pediam ao Ministério Público brasileiro
investigações sobre quatro suspeitos, inclusive o próprio Zaniboni.
Nenhuma investigação foi
feita, entretanto. E o motivo alegado para a omissão é de molde a
desafiar a credulidade até mesmo dos mais ingênuos. É que o pedido vindo
da Suíça foi arquivado numa pasta errada. Assim declara o responsável
pelas investigações no Brasil, o procurador Rodrigo de Grandis.
Como esta Folha revelou no sábado, passados três anos, a Suíça desistiu de prosseguir no caso; as suspeitas foram arquivadas.
Não bastassem as notórias
dificuldades brasileiras para julgar, condenar e aplicar penas aos
suspeitos de corrupção, vê-se, no caso Alstom, a intervenção de um fator
acabrunhante: o engavetamento puro e simples.
Desaparece o pedido,
perde-se o prazo, enterra-se o assunto, reconhece-se a "falha
administrativa". Que não fique por isso mesmo, para que o trem tucano
não prossiga até a muito conhecida estação chamada Impunidade.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Imperatriz - MA. - Operação Mercenários: Policias Civil e Militar, com apoio do GTA, realiza Operação Mercenário e prende policiais militares e garageiro.
ATUALIZAÇÃO: Presos na 'Operação Mercenários' são suspeitos de outros crimes.
Safira Pinho/Imirante Imperatriz -Delegado Regional Assis Ramos.
|
IMPERATRIZ - Os presos na "Operação Mercenários"
são suspeitos de cometer mais de 10 homicídios e também outros crimes.
“Foram constatadas com provas testemunhais e documentais, que estas
pessoas não praticavam só crime por encomenda.
Tinha o jogo do Bixo,
rinha e o crime de tráfico de armas”, afirmou o delegado regional, Assis
Ramos.
O delegado também não descarta a
possibilidade dos suspeitos estarem envolvidos na morte do professor
Iron Vasconcelos, assassinado no dia 10 de julho.
“Eles eram pagos para
cometer estes crimes. Existe uma suspeita que foram contratados para
matar o professor Iron Vasconcellos, é uma linha de investigação pela
semelhança. Ele foi morto da mesmo forma que eles mataram outras
pessoas”, explicou o delegado.
A "Operação
Mercenários" está sendo executada aproximadamente três anos e visa
combater os crimes por encomenda e de pistolagem na região.
Prisão.
Foram presos, na tarde de ontem (30),
o comerciante identificado por Francisco Ferreira, conhecido como
‘Chico Papada’, dois policiais militares, Luís Cláudio Azevedo, de
Açailândia, e o sargento Carlos Henrique Azevedo Sales, de Imperatriz.
Ainda estão foragidos três policias militares do Estado do Pará e o
empresário de Imperatriz, Arnoldo Pereira da Silva.
“Infelizmente
não conseguimos cumprir todos os mandatos de prisão, porque houve um
problema no Pará. Aqui em Imperatriz o empresário Arnoldo do Mercadinho
conseguiu escapar da nossa ação. Mas as operações vão continuar, vamos
representar pela prisão preventiva deles, inclusive dos que conseguiram
fugir", garantiu Assis Ramos.
Os suspeitos podem
responder pelos crimes de formação de quadrilha, agiotagem, homicídio
por encomenda e os policiais podem ser excluídos da corporação.
Link desta Matéria: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-31/rio-operacao-capa-preta-2-cumpre-23-mandados-de-prisao-contra-milicianos
CONTINUE LENDO AQUI: Rio de Janeiro: Operação Capa Preta 2: Cumpre 23 mandados de prisão contra milicianos (Policiais Militares e Fuzileiros Navais). http://maranauta.blogspot.com.br/2013/10/rio-de-janeiro-operacao-capa-preta-2.html
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Matéria do Blog Notícias da Foto.
A Operação visava cumprir sete mandados de prisão temporária expedidos
pelo Juiz Adolfo Pires da Fonseca, apenas três mandados foram cumpridos,
sendo um em Açailândia e dois em Imperatriz, dois policiais militares
do Maranhão foram presos, um de Imperatriz e outro de Açailândia, um
empresario do ramo de vendas de veículos, proprietário de uma revenda de
carros do Mercadinho foi preso.
O delegado Assis Ramos que comandou a operação disse que estes mandados de prisão foi em cumprimento a um trabalho de investigação que teve inicio a mais de dois anos, pelas investigações segundo Assis este grupo é suspeito de participação em agenciamento de vários crimes e execuções de dezenas de pessoas em Imperatriz, Açailândia e Dom Elizeu.
O delegado Assis Ramos que comandou a operação disse que estes mandados de prisão foi em cumprimento a um trabalho de investigação que teve inicio a mais de dois anos, pelas investigações segundo Assis este grupo é suspeito de participação em agenciamento de vários crimes e execuções de dezenas de pessoas em Imperatriz, Açailândia e Dom Elizeu.
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FOTO PINHEIRO- PISTOLA APRENDIDA COM PM DE AÇAILÂNDIA, E REVOLVER E JOIAS COM EMPRESARIO |
Os quatro mandados que não foram cumpridos são de três policiais
militares do Pará, Francisco de Assis Bezerra Soares, Itelvan Cardoso
Machado e João Bosco Moura Pedrosa, do proprietário de rinha de galo em
Imperatriz Arnald Pereira da Silva, os policiais militares do Maranhão
presos foram: Luis Claudio de Araujo, Carlos Henrique Azevedo Sales, o
empresario Francisco Ferreira Costa, conhecido por Chico Papada.
FOTO PINHEIRO |
Foram apreendidos uma pistola Ponto 40 com dois carregadores e um
revolver 38 niquelado e varias joias, o delegado Assis Ramos de vai
solicitar a Justiça os quatros mandado de prisão temporária sejam
transformados em mandado de prisão preventiva, segundo eles os três
policiais militares do Pará estariam de serviços nesta quarta feira e
estranhamente eles não compareceram ao trabalho no dia de hoje.
Postado por
PINHEIROFOTO
Egito prende líder da Irmandade Muçulmana
Da Agência Brasil *
Brasília – As autoridades do Egito detiveram hoje (30) o líder da
Irmandade Muçulmana, Essam Al Erian, informou a agência de notícias do
país, Mena. Al Erian, chefe do Partido da Liberdade e da Justiça, foi
detido em seu apartamento, no distrito de Novo Cairo, na capital do
país, onde estava escondido. Ele não resistiu à prisão.
Irmandade Muçulmana |
O líder foi transferido ao complexo prisional de Tora, no sul da
capital, onde muitos membros da Irmandade Muçulmana estão detidos. Al
Erian é acusado de incitar a violência e a morte de manifestantes nos
protestos do dia 30 de junho, que deixaram nove mortos e mais de 90
feridos.
Por meio de seu telefone celular, o líder enviou mensagens a membros e
apoiadores da irmandade imediatamente após ser preso, assegurando que
os seguidores não devem entrar em pânico e que eles se "reencontrarão em
breve", disse.
Mais de 2 mil membros da irmandade foram presos desde a saída do
poder do ex-presidente Mohamed Mursi, no início de julho deste ano. Os
apoiadores do regime de Mursi criticam o governo militar e caracterizam o
movimento do Exército como sendo um golpe de Estado.
Eles negam que Mursi queria instalar um governo islâmico,
argumentando que ele buscava um país democrático. O julgamento do
ex-presidente e de outros 14 membros da Irmandade, inclusive de Essam Al
Erian, está marcado para o dia 4 de novembro, na próxima semana.
* Com informações da agência de notícias da China, Xinhua
Edição: Beto Coura
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apenas dar crédito à Agência Brasil
MCV - viatura blindada em testes no Japão.
http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/ |
O MCV é uma viatura blindada de oito rodas, armada com canhão de
105mm, e atualmente em fase de testes pelas Forças Terrestres de
Autodefesa do Japão.
Desenvolvida para prestar apoio direto a tropas de
infantaria, além de a mobilidade na estrada e a facilidade de transporte
reforçarem a capacidade de deslocamento das forças terrestres do país. O
veículo tem previsão de entrada em serviço na segunda metade de 2014.
http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/ |
http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/ |
http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/ |
http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/ |
http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/ |
http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/ |
http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/ |
http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/ |
http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/ |
FONTE: Militaryphotos.net
LInk desta Matéria: http://www.forte.jor.br/2013/10/24/imagens-viatura-blindada-em-testes-no-japao/
Desvio de minério de Carajás - Notícias de ontem...
O DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral) investigava,
em 2003, as transferências de minério de ferro efetuadas pela Companhia
Vale do Rio Doce do porto da Ponta da Madeira, no Maranhão, para o porto
de Tubarão, no Espírito Santo, e os possíveis destinos que podem ter
tido a partir daí.
Apesar de denúncias feitas sobre o constante desvio, para o consumo
interno, do minério de Carajás que chega ao litoral maranhense com o
destino declarado do mercado internacional, beneficiando-se de toda a
política federal de desoneração de impostos concedida às exportações,
até agora os técnicos do departamento só conseguiram comprovar um volume
muito pequeno de minério irregular: pouco mais de 6 milhões de
toneladas ao longo de 10 anos, entre 1991 e 2002.
Quando as inspeções foram iniciadas, a expectativa era de que a
quantidade de minério manipulado pela empresa seria muito maior. A
própria CVRD apontava quantidades bem superiores em seus relatórios
anuais de lavra. A apuração dos dados prosseguiu em São Luís, devendo se
estender até Tubarão, o outro grande porto de embarque da Vale, no
Sistema Sul. A pesquisa estava sendo efetuada com base nas notas fiscais
de venda, devolução e transferência de minério emitidas pela empresa.
As primeiras denúncias concretas sobre o desvio do minério de ferro
de Carajás começaram a ser feitas há algum tempo, mas só se tornaram
mais incisivas depois que a Vale colocou em operação a usina de
pelotização, uma das maiores do país, ao lado do porto da Ponta da
Madeira, em São Luiz.
Embora a fábrica conte com uma unidade de moagem de minério, a Vale continuou a enviar o sinter-feed,
que é o minério mais fino, para ser moído no porto de Tubarão, em
Vitória, onde funcionam oito fábricas semelhantes à de São Luís. Outra
parte do minério era vendida ou transformada em pelotas.
A manutenção desse fluxo começou a intrigar. Normalmente, o sinter-feed
saía da Ponta da Madeira com nota fiscal de transferência com valor de
custo de aproximadamente 2,5 dólares a tonelada. Em Tubarão, o minério
agregava valor em função do beneficiamento da pelotização, passando a
ser comercializado entre 30 a 32 dólares por tonelada, tanto na fábrica
da própria CVRD quanto das sete outras unidades independentes. Além de
servir à agregação em pelotas, o minério é moído e depois vendido.
Ao fazer o levantamento dessas vendas, os técnicos do DNPM investigam
se a ex-estatal está deixando de pagar os royalties devidos, estimados
em algo em torno de 200 milhões de reais.
(Artigo de 2003)
Mais Médicos: 162 médicos chegaram ao Maranhão.
Desembarcaram na tarde desta terça-feira
(29), no Aeroporto Hugo da Cunha Machado, em São Luís, 81 dos 162
médicos estrangeiros da segunda etapa do programa federal Mais Médicos,
que vão atender a população em municípios maranhenses.
Nesta quarta-feira (30), à tarde, chegará mais um grupo de 81 médicos.
![]() |
Adicionar legenda |
Antes de se dirigirem aos
municípios, estes profissionais participarão da Semana de Acolhimento
realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), com o objetivo de
explicar a atual situação da saúde no Maranhão.
O treinamento começa nesta quarta-feira, às 9h, no hotel Praia Mar (Ponta d’Areia) e prossegue até a sexta-feira.
Os médicos chegaram a São Luís em um avião
da Força Aérea Brasileira (FAB) e são, em sua maioria, de Cuba. Eles
atenderão em 69 cidades maranhenses. Os 162 profissionais se juntarão a
outros 37 médicos que já estão atendendo 12 municípios do estado.
Com a segunda etapa, sobe para 199 o número de profissionais do programa Mais Médicos atendendo no Maranhão.
Um dos médicos que integram a segunda etapa do programa é o cubano
Jamon Alfredo.
Com 20 anos de experiência, ele disse estar preparado
para enfrentar a realidade local.
Após o treinamento oferecido pela SES, os médicos seguirão para os 69 municípios nos quais serão lotados.
Os médicos desta etapa do programa começarão a atender na próxima semana em cidades como Alcântara, Anajatuba, Buriti Bravo, Arari, entre outros.
Na primeira etapa do programa Mais Médicos, o Maranhão recebeu 37
profissionais provenientes de países como Cuba, Venezuela e México, que
foram encaminhados para 12 municípios, a exemplo de Altamira do
Maranhão, Arame, Buriticupu, Chapadinha, Coroatá, Monção, Santa Helena,
São José de Ribamar e Serrano do Maranhão.
Link da Matéria: http://www.gazetadailha.com.br/2013/10/29/mais-medicos-162-medicos-chegaram-ao-maranhao/
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Sociologia - Livro A Marcha para o Oeste, narra a saga dos Irmãos Villas Bôas.
ter, 29/10/2013 - Fábio de Olivei...
Foto do Livro. |
Até a página 166 os principais personagens da narrativa são os sertanejos que, superando todas as dificuldades fazem a expedição avançar. Eles trabalharam com obstinação e agindo de maneira surpreendentemente adequada às vicissitudes impostas pela natureza, pelos índios xavantes e até mesmo pela incompetência administrativa que deixou a vanguarda sem comida várias vezes.
O outro personagem da narrativa nesta primeira parte do livro é a natureza, que forneceu não só obstáculos (rios, alagados, chuvaradas, etc...) e insetos nocivos e pestilentos, mas também auxílio indispensável (animais, frutas, peixes, aves, mel e material para a construção dos abrigos temporários).
A expressão natural dos sertanejos que participaram da expedição foi registrada com riqueza de detalhes. As cantorias, ladainhas, casos, crendices, repentes e outras modas improvisadas de viola foram transcritas pelos autores. As histórias verdadeiras ou quase, contadas pelos peões que ajudaram a levar adiante a expedição Roncador-Xingu, foram reproduzidas com fidelidade.
O livro é um verdadeiro manancial de informações sobre a terra incógnita e sobre o homem comum brasileiro que fez o Brasil avançar para as profundezas do nosso território. Há algumas referências literárias (Monteiro Lobato, Rui Barbosa) e científicas (Humboldt), mas o que predomina na obra são as citações que dizem respeito à cultura dos sertanejos da expedição. Nesta primeira parte do livro os índios somente aparecem como elementos ocultos, que tentam desencorajar a expedição infernizando as noites dos expedicionários ou tentando interrompê-la colocando fogo na mata, nas picadas ou nos acampamentos.
Até a página 166 o livro pode ser comparado a obra “Os Sertões”. Mas há uma diferença fundamental entre estes dois livros. Ao contrário de Euclides da Cunha, os irmãos Villas Bôas conviveram intensamente com os sertanejos e registraram sua peculiar forma de expressão. O autor de “Os Sertões” registrou os fatos da guerra de Canudos pela lente dos seus preconceitos, dos quais foi se libertando lentamente à medida que sua narrativa avançava.
A segunda parte do livro, que vai da página 167 até o final tem por objeto a natureza indômita e exuberante do Brasil Central, bem como os índios e seus costumes. Nesta segunda parte da obra, os Villas Bôas registraram os primeiros contatos que fizeram com várias tribos que habitavam as regiões percorridas pela expedição Roncador Xingu. Algumas destas tribos eram totalmente desconhecidas dos brasileiros, outras eram conhecidas apenas em razão de contatos eventuais e violentos.
A obra faz um inventario mais ou menos detalhado dos usos e costumes de várias etnias indígenas contatadas pela expedição. As línguas utilizadas por várias destas tribos eram então desconhecidas ou pouco estudadas, fato que dificultou bastante a comunicação entre a expedição e os nativos. Durante estes contatos, os Villas Bôas recolheram uma quantidade imensa de artefatos que foram levados ao Museu do Índio no Rio de Janeiro (o mesmo que um certo governador tentou destruir recentemente).
O relacionamento entre os membros da expedição e os indígenas foi, na
maioria das vezes, muito pacífico de parte a parte, mas a expedição
chegou a correr riscos em algumas oportunidades. É nesta parte do livro
que foram registradas as animosidades que existiam entre tribos rivais e
o trabalho da expedição para amenizá-las. Também é nesta parte do livro
que foram registrados, do ponto de vista dos Villas Bôas, o trabalho
dos cientistas brasileiros e dos jornalistas que acompanharam a
expedição Roncador-Xingu com o intuito de estudar os índios e seu
habitat.
Lamentavelmente a expedição acarretou uma imensa mortandade de animais silvestres, muitos dos quais tiveram que ser abatidos para servir de alimento. O Brasil Central foi desbravado à custa do sangue de uma infinidade de veados, caititus, queixadas, tatus, pacas, macacos, capivaras e onças. A quantidade de onças que foram mortas pelos Villas Bôas e pelos seus auxiliares é assustadora. Muitas delas, por falta de outro alimento, foram comidas apesar da carne de onça não ser muito saborosa.
Lamentavelmente a expedição acarretou uma imensa mortandade de animais silvestres, muitos dos quais tiveram que ser abatidos para servir de alimento. O Brasil Central foi desbravado à custa do sangue de uma infinidade de veados, caititus, queixadas, tatus, pacas, macacos, capivaras e onças. A quantidade de onças que foram mortas pelos Villas Bôas e pelos seus auxiliares é assustadora. Muitas delas, por falta de outro alimento, foram comidas apesar da carne de onça não ser muito saborosa.
Em duas oportunidades o livro narra com requinte de detalhes estes
encontros que resultaram nas mortes das onças, numa delas os autores
lamentam o fato como que adotando o ponto de vista do infeliz felino.
Também é bastante poético o caso do burro de tropa que virou comida de
onça porque entrou pelo mato adentro correndo ao encontro do animal
feroz que rugia num grotão próximo de uma pista de pouso.
O livro é uma mina de ouro para quem estiver interessado na história da aviação no Brasil. A obra narra as dificuldades encontradas pelos Villas Bôas para localizar e escolher locais adequados para os campos de aviação que permitiriam à expedição ser abastecida pelos aviões. Registra de maneira precisa o trabalhoso processo de desmatamento e preparação das pistas, bem como a abertura de novas rotas aéreas. Os acidentes mais ou menos graves com as aeronaves utilizadas pela Fundação Brasil Central também foram narrados.
A história do jornalismo no Brasil também entrou nesta obra de diversas formas. A expedição Roncador-Xingu foi acompanhada por jornalistas em algumas oportunidades. Durante muito tempo os Villas Bôas foram as únicas fontes jornalísticas da expedição, fornecendo aos jornalistas pelo rádio informações sobre a mesma para que as novidades fossem contadas ao 'respeitável público' brasileiro. A obra também reproduz alguns textos jornalísticos que os próprios Villas Bôas escreveram e que foram publicados em jornais na época.
O livro narra muitas coisas marcantes ocorridas durante os contatos que os Villas Bôas travaram com os índios. Citarei aqui apenas três.
O livro é uma mina de ouro para quem estiver interessado na história da aviação no Brasil. A obra narra as dificuldades encontradas pelos Villas Bôas para localizar e escolher locais adequados para os campos de aviação que permitiriam à expedição ser abastecida pelos aviões. Registra de maneira precisa o trabalhoso processo de desmatamento e preparação das pistas, bem como a abertura de novas rotas aéreas. Os acidentes mais ou menos graves com as aeronaves utilizadas pela Fundação Brasil Central também foram narrados.
A história do jornalismo no Brasil também entrou nesta obra de diversas formas. A expedição Roncador-Xingu foi acompanhada por jornalistas em algumas oportunidades. Durante muito tempo os Villas Bôas foram as únicas fontes jornalísticas da expedição, fornecendo aos jornalistas pelo rádio informações sobre a mesma para que as novidades fossem contadas ao 'respeitável público' brasileiro. A obra também reproduz alguns textos jornalísticos que os próprios Villas Bôas escreveram e que foram publicados em jornais na época.
O livro narra muitas coisas marcantes ocorridas durante os contatos que os Villas Bôas travaram com os índios. Citarei aqui apenas três.
O primeiro diz respeito à alegria e surpresa dos índios,
que tinham uma dificuldade imensa para fazer fogo, ao ver um membro da
expedição acender uma fogueira usando uma caixa de fósforos. O que para
nós era e ainda é algo bastante banal se transforma em algo espetacular
para quem nunca havia tido contato com aquilo.
A segunda foi a forma
como os índios reagiram a uma eclipse do sol: os homens atirando flechas
acesas para o céu tentando acendê-lo novamente, as mulheres e crianças
se escondendo chorosas daquele evento pouco compreendido pelos
indígenas.
O terceiro refere-se ao caráter humanitário da economia
indígena: "... moitará é uma prática importante da cultura
xinguana. É um comércio todo ele na base da troca. E o valor dos objetos
negociados é calculado pelo tempo de trabalho despendido em cada um.
Cada tribo tem sua especialização em determinada atividade." (p. 332)
Um pouco mais adiante, depois de terem detalhado o que cada tribo fabricava e comercializava no moitará, os Villas Bôas relatam um impressionante exemplo de "economia solidária" e de civilização. O exemplo é tão bom, belo e justo, que deveria servir de exemplo para nós, que nos dizemos civilizados e que no entanto praticamos variedades cada vez mais irracionais e destrutivas de um capitalismo descrito pela esquerda como "selvagem" (muito embora a expressão "capitalismo selvagem" seja uma contradição em termos se levarmos em conta o exemplo de "economia solidária" e altamente civilizada dada pelos selvagens). Relatam os Villas Boas que: "Ontem assistimos aqui no pátio do posto a uma troca simbólica entre duas aldeias - kamaiurá e trumai.
Andavam os trumai numa série crise de alimentação. Nas suas roças, ainda novas, não havia uma só raiz de mandioca.
Na troca-comércio os dois grupos se colocaram um em frente ao outro, e entre eles ficou um terreirinho de um a dois metros quadrados, previamente varrido.
Um pouco mais adiante, depois de terem detalhado o que cada tribo fabricava e comercializava no moitará, os Villas Bôas relatam um impressionante exemplo de "economia solidária" e de civilização. O exemplo é tão bom, belo e justo, que deveria servir de exemplo para nós, que nos dizemos civilizados e que no entanto praticamos variedades cada vez mais irracionais e destrutivas de um capitalismo descrito pela esquerda como "selvagem" (muito embora a expressão "capitalismo selvagem" seja uma contradição em termos se levarmos em conta o exemplo de "economia solidária" e altamente civilizada dada pelos selvagens). Relatam os Villas Boas que: "Ontem assistimos aqui no pátio do posto a uma troca simbólica entre duas aldeias - kamaiurá e trumai.
Andavam os trumai numa série crise de alimentação. Nas suas roças, ainda novas, não havia uma só raiz de mandioca.
Na troca-comércio os dois grupos se colocaram um em frente ao outro, e entre eles ficou um terreirinho de um a dois metros quadrados, previamente varrido.
O chefe trumai, nessa ocasião, expôs aos presentes a situação de sua aldeia com respeito à alimentação. Dito isto, colocou no centro do terreirinho, à guisa de troca, uma bolinha de massa de pequi (tamanho de um grão de milho) e pediu em troca massa de mandioca.
Tamacu, o cacique
kamaiurá, incontinente a recolheu, dela tirou uma partícula minúscula e
a levou à boca, oferecendo-a em seguida aos de sua aldeia. Diversos
chefes de casa avançaram e imitaram o cacique. Momentos depois, as
mulheres daqueles que provaram do pequi colocaram no mesmo lugar - no
terreirinho - imensas cestas de pães secos de mandioca. Algumas centenas
de quilos.
Sem menos esperar, assistimos a uma belíssima demonstração de solidariedade, e há que levar em conta ainda que esses índios durante anos foram figadais inimigos." (A MARCHA PARA O OESTE, Orlando Villas Bôas e Cláudio Villas Bôas, Companhia das Letras, 2012, p. 333/334).
Citei este episódio com detalhes porque ele nos faz pensar. Pouco desta civilidade e solidariedade indígenas são encontradas hoje em dia no Brasil. Sob o comando dos governos Lula/Dilma o Estado brasileiro tentou recriar e modernizar experiências como as relatadas pelos irmãos Villas Bôas com os programas Bolsa Família (renda para quem não a tem) e o Prouni (educação universitária pública para quem não a teria). Os dois programas, entretanto, tem sofrido intensa oposição de alguns setores que se consideram "mais civilizados" da sociedade brasileira.
As palavras "civilidade" e "civilização", como podemos ver são bastante ambíguas. Ambas podem ser encontradas entre indígenas ágrafos e muito pobres quando da expedição Roncador-Xingu (trumai e kamaiurá). Entre as camadas mais cultas e ricas da sociedade brasileira ainda hoje predominam a mais abjeta barbárie. Falta-lhes a humildade para aprender com os indígenas brasileiros a capacidade de respeitar os outros seres humanos, inclusive aqueles que são ou que foram considerados inimigos.
A MARCHA PARA O OESTE é um livro maravilhoso, mas tem um defeito muito grande. Ele não tem um índice detalhado que permita ao leitor ir direto às páginas em que pessoas, coisas, animais, acidentes de terreno, episódios, etc... foram referidos pelos autores. Em se tratando de um livro volumoso e que cobre uma gama imensa de assuntos um bom índice seria indispensável, especialmente para quem tiver que utilizá-lo para pesquisar assuntos específicos. Esperamos que para a próxima edição esta falha seja corrigida.
Sem menos esperar, assistimos a uma belíssima demonstração de solidariedade, e há que levar em conta ainda que esses índios durante anos foram figadais inimigos." (A MARCHA PARA O OESTE, Orlando Villas Bôas e Cláudio Villas Bôas, Companhia das Letras, 2012, p. 333/334).
Citei este episódio com detalhes porque ele nos faz pensar. Pouco desta civilidade e solidariedade indígenas são encontradas hoje em dia no Brasil. Sob o comando dos governos Lula/Dilma o Estado brasileiro tentou recriar e modernizar experiências como as relatadas pelos irmãos Villas Bôas com os programas Bolsa Família (renda para quem não a tem) e o Prouni (educação universitária pública para quem não a teria). Os dois programas, entretanto, tem sofrido intensa oposição de alguns setores que se consideram "mais civilizados" da sociedade brasileira.
As palavras "civilidade" e "civilização", como podemos ver são bastante ambíguas. Ambas podem ser encontradas entre indígenas ágrafos e muito pobres quando da expedição Roncador-Xingu (trumai e kamaiurá). Entre as camadas mais cultas e ricas da sociedade brasileira ainda hoje predominam a mais abjeta barbárie. Falta-lhes a humildade para aprender com os indígenas brasileiros a capacidade de respeitar os outros seres humanos, inclusive aqueles que são ou que foram considerados inimigos.
A MARCHA PARA O OESTE é um livro maravilhoso, mas tem um defeito muito grande. Ele não tem um índice detalhado que permita ao leitor ir direto às páginas em que pessoas, coisas, animais, acidentes de terreno, episódios, etc... foram referidos pelos autores. Em se tratando de um livro volumoso e que cobre uma gama imensa de assuntos um bom índice seria indispensável, especialmente para quem tiver que utilizá-lo para pesquisar assuntos específicos. Esperamos que para a próxima edição esta falha seja corrigida.
AVC pode ser prevenido com hábitos saudáveis, lembram especialistas.
Thais Leitão - Repórter da Agência Brasil.
Brasília - Apontado como uma das principais causas de internação e
morte no país, o acidente vascular cerebral (AVC) pode ser prevenido, em
boa parte dos casos, com hábitos saudáveis no decorrer da vida, como a
prática moderada de exercícios.
No Dia Mundial de Combate ao AVC,
lembrado hoje (29), especialistas alertam que a busca por atendimento
médico de emergência logo após o aparecimento dos primeiros sintomas é
fundamental. O atendimento rápido garante que a aplicação dos
medicamentos ocorra antes de quatro horas e meia, período considerado
chave para reduzir a mortalidade.
De acordo com a Organização Mundial de AVC, a doença é responsável por 6 milhões de mortes a cada ano. Dados do Ministério da Saúde
mostram que entre 2000 e 2010, a mortalidade por acidente vascular
cerebral no país caiu 32% na faixa etária até 70 anos, que concentra as
mortes evitáveis. Apesar disso, só em 2010, mais de 33 mil pessoas
morreram em decorrência de AVC nessa faixa etária.
Membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e presidente da
Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro, o médico Eduardo Barreto
acredita que o desconhecimento da população sobre os sintomas é uma dos
maiores dificuldades no combate ao AVC.
"Um dos maiores problemas que percebemos é o desconhecimento dos
sintomas, que servem como sinal de alerta e, se fossem identificados
adequadamente, poderiam evitar verdadeiras catástrofes provocadas pelo
AVC", disse ele, que citou como principais sintomas a fraqueza ou
dormência súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar, entender o
interlocutor ou enxergar, tontura repentina e dor de cabeça muito forte
sem motivo aparente. "Assim que algum dessas situações for percebida, é
preciso buscar imediatamente assistência médica de urgência",
acrescentou.
O especialista ressaltou que quando o atendimento ocorre em tempo
hábil é possível submeter o paciente a exames para determinar o tipo de
AVC e a área do cérebro atingida e fazer os procedimentos necessários,
como a injeção de medicamentos que dissolvem o coágulo. Ele enfatizou
que, com isso, as possibilidades de recuperação são muito maiores.
Barreto destacou que, sem o diagnóstico precoce, o AVC pode provocar,
com mais frequência, o comprometimento irreversível do cérebro, causando
perda da noção das relações - capacidade de o paciente identificar se
uma pessoa é sua mãe, esposa ou filha, por exemplo - sequelas motoras,
como paralisia de pernas e braços e perdas de linguagem.
Ele acrescentou
que os fatores que aumentam as chances de ocorrer um AVC são a
hipertensão, o diabetes, fumo, álcool, a alta taxa de colesterol e o
sedentarismo. A doença atinge principalmente idosos com mais de 60 anos
de idade, porém há registros de ocorrências em jovens e recém-nascidos.
O AVC é causado pela interrupção brusca do fluxo sanguíneo em uma
artéria cerebral provocada por um coágulo, denominado isquêmico, ou o
rompimento de um vaso sanguíneo provocando sangramento no cérebro,
chamado hemorrágico. O AVC isquêmico é o mais comum, representando mais
de 80% dos casos da doença.
A Organização Mundial de AVC recomenda, para saber se uma pessoa
está tendo a doença, primeiramente pedir que ela sorria e verificar se o
sorriso está torto. Em seguida, observar se ela consegue levantar os
dois braços. Outro passo é notar se há alguma diferença na fala, se está
arrastada ou enrolada. Caso seja identificado algum desses sinais,
deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde.
Link: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-29/avc-pode-ser-prevenido-com-habitos-saudaveis-lembram-especialistas
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Desopilando - O Mundo ficou mais careta sem Gabriela, uma senhora puta.
Crédito : Reprodução |
Por
Roldão Arruda - Quando uma colega de redação me falou de uma prostituta
que estava tentando organizar as colegas de trabalho para defender seus
direitos, torci o nariz, não botei fé.
Achei até que era vontade de
aparecer. Afinal, como é que alguém ia organizar um grupo tão
marginalizado? Tão lúmpen – devo ter dito, com as minhas fumaças
esquerdistas de então.
Isso
ocorreu por volta de 1980. Nos anos seguintes iria compreender que meu
conceito de organização era limitado e que Gabriela Leite era uma puta
valorosa. O objetivo de seu trabalho era a promoção dos direitos civis.
Ao
longo de quase três décadas ela defendeu que a saúde é um direito de
todos, trabalhou na prevenção da Aids, estimulou o sentimento de
dignidade no meio de um grupo que a sociedade trata como se não
existisse, lutou pela regulamentação de sua atividade profissional.
Lembrei
dessas coisas quando, no dia 10, quinta-feira, soube que ela tinha
morrido de câncer, aos 62 anos. Também lembrei que, mesmo aposentada e
afastada da rua, preferia ser chamada de puta – daí o fato de usar a
palavra no título desse post em sua homenagem. Dizia que era pra
combater o preconceito que carrega.
Li
que estudou ciências sociais na Universidade de São Paulo (USP). No
final da década de 1960, na ditadura militar, decidiu abandonar a escola
e o emprego que tinha num escritório para se tornar prostituta.
Trabalhou na Boca do Lixo, em São Paulo, em Belo Horizonte e no Rio.
Em
1987 participou da organização do primeiro encontro nacional de
prostitutas. Defendeu-se ali o reconhecimento da atividade como
profissão.
Em
1992, fundou a ONG Davida, que promove estudos e debates sobre questões
que envolvem interesses das prostitutas. É bom notar que Gabriela nunca
se propôs a tirar essas mulheres da rua. O que defendia, como já
lembrei, era a promoção da cidadania. “A prostituição é um direito
sexual”, dizia.
“De
mais a mais, as pessoas se esquecem de que as prostitutas estão lá no
seu trabalho trabalhando porque tem alguém que vai lá procurar elas.
Então existe essa demanda, existe na sociedade”, afirmou ao ser
entrevistada no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 2009. “Para mim a
grande história é sair de debaixo do tapete, se mostrar e dizer: olha,
eu sou uma delas e estou aqui, sou uma mulher inteirona, como qualquer
outra mulher.”
Em
2002, finalmente, o Ministério do Trabalho reconheceu a prostituição
como atividade profissional. A medida abriu caminho para o recolhimento
de contribuições previdenciárias e o direito à aposentadoria.
Em
2005, Gabriela criou a grife Daspu, ironizando a Daslu, a meca dos
artigos de luxo do País na época. Logo depois lançou o livro Filha, Mãe,
Avó e Puta: A História da Mulher que Decidiu Ser Prostituta.
Na
primeira página, apresentava suas três paixões: “Adoro homens, gosto de
estar com eles, e não conheço homem feio. Outra coisa que adoro é falar
o que penso, sem papas na língua. Quem ler este livro vai perceber
isso. Existe uma terceira coisa que eu prezo muito, talvez a que mais
prezo, aliás, que é a liberdade, liberdade de pensar diferente, de se
vestir diferente, de se comportar diferente”.
Também
contava no livro que era filha de uma dona de casa conservadora e que
seu pai trabalhava em casas de jogo, recolhendo apostas. Aproveitou para
falar às colegas de profissão sobre maneiras de se prevenirem contra
doenças.
Participou
das eleições de 2010 como candidata a deputada federal pelo PV do Rio.
Não se elegeu, mas aproveitou a campanha para defender o fortalecimento
do Sistema Único de Saúde, a união civil homossexual, o direito ao
aborto e a regulamentação da prostituição.
Mais
recentemente ajudou o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) na redação do
projeto de lei que propõe o regime de aposentadoria especial para
profissionais do sexo, permitindo que se aposentem após 25 anos de
trabalho. No mesmo texto também está proposta a legalização das casas de
prostituição, com o intuito de evitar a super exploração das mulheres.
O
projeto, que leva o nome dela, está parado no Congresso. É combatido
por grupos evangélicos e criticado por movimentos feministas. Fala-se
que representa a institucionalização do patriarcado.
Na
justificativa do projeto, o deputado Jean Wyllys escreveu que
“atualmente os trabalhadores do sexo sujeitam-se a condições de trabalho
aviltantes e sofrem com o envelhecimento precoce”.
Sonia
Corrêa, fundadora da organização feminista brasileira SOS Corpo –
Instituto Feminista para Democracia, pesquisadora da Associação
Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) e integrante da coordenação
da Sexuality Policy Watch, conheceu e desenvolveu vários trabalhos ao
lado de Gabriela. Na semana passada pedi a ela que me dissesse algo
pessoal sobre essa relação.
Sonia
contou o seguinte: “Gabriela primeiro mexeu comigo de longe quando, por
volta de 1979 ou 1980, li sua entrevista dizendo que as putas tinham
direito a voz, ao trabalho digno, a ir e vir: direito a ter direitos.
Depois me ensinou de perto em vários momentos.
Lembro bem da primeira
vez que a vi num debate sobre sexualidade no Recife: uma mesa em que
estávamos eu, ela, Herbert Daniel. Esse era o tempo em que cantávamos
Vai Passar (Chico Buarque). E depois continuamos passando, apesar disso,
daquilo, daquilo outro. Apesar da “coisa”, da pedra no meio do caminho.
Passamos ontem, passamos hoje e vamos passando. Vamos sentir muito a
falta dela.”
Sonia
finalizou dizendo que “o mundo ficou mais pobre, mais careta, mais
covarde, mais cinza” sem Gabriela. Achei tão merecido e bonito que usei
no título do post.
*Roldão
Arruda é jornalista e repórter da editoria de política do Estadão.
Dedica-se sobretudo à cobertura de temas relacionados a direitos humanos
e questões de movimentos sociais. Já trabalhou nos jornais Movimento e
Folha de S. Paulo e na revista Veja. É autor do livro 'Dias de Ira'.
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