quarta-feira, 14 de março de 2012

14 de março: Há 129 anos, morria Karl Marx.


Em 14 de março de 1883 faleceu Karl Marx, filósofo e economista alemão, cuja obra e influência transcendem até hoje, como previu ante sua tumba Friedrich Engels, fiel amigo e co-fundador do socialismo e do comunismo científicos.

Vítima há meses de uma doença pulmonar, sua morte ocorreu em Londres, serenamente como se estivesse dormindo, e foi enterrado em 17 de março junto a sua esposa Jenny, falecida de câncer em 2 de dezembro de 1881.

Marx nasceu em 5 de maio de 1818 em Tréveris (cidade da Prússia renana); estudou nas universidades de Bonn e Berlim, Direito, História e Filosofia; escreveu em vários meios de imprensa; e submeteu sua análise e crítica às ideias filosóficas, econômicas e políticas precedentes.

Sua concepção materialista e dialética de filosofia e sobre a sociedade levam-no a fundar, junto a Friedrich Engels (1820–1895), uma nova doutrina ideológica.

Marx era, antes de mais nada e, sobretudo, afirmou Engels, um revolucionário; o homem mais odiado e mais caluniado de seu tempo... e morre venerado, amado, chorado por milhões de operários semeados por toda a órbita, desde as minas da Sibéria até a ponta da Califórnia.
E bem posso dizer com orgulho – asseverou – que, se teve muitos adversários, não conheceu seguramente um só inimigo pessoal.

Assim continua até nossos dias tudo o referente a Karl Marx, venerado por milhões e repudiado por outros que tratam de minimizar seu prestígio para além dos tempos e da lógica.

Sua vida esteve intimamente unida ao movimento operário e à criação da doutrina denominada marxista, a que mais prevaleceu desde então, incluídas suas variantes, não só no proletariado, senão entre as forças de esquerda e socialistas em geral.

Uma boa parte de seus esforços dedicou-os à ciência econômica e a demonstração de sua descoberta a respeito da mais-valia.

É autor de numerosas obras, algumas em colaboração com Engels, como A sagrada família, A ideologia alemã e o Manifesto comunista.

Entre as mais notáveis suas estão Contribuição à crítica da economia política (1859) e O capital (tomo I, 1867); outros textos neste campo foram publicados postumamente.

Marx e Engels fundaram sua amizade em 1844, em Paris, onde residia o primeiro, e depois de afiliar-se à sociedade secreta Liga dos Comunistas e assistir a seu 2º Congresso (1847), redigiram a petição do agrupamento o Manifesto (1848), sem dúvida um importante documento.

“Um espectro ronda a Europa: o espectro do comunismo. Todas as forças da velha Europa se uniram em uma Santa Aliança para conjurá-lo...”, começa o texto e termina com a exortação: “Proletários de todos os países, uni-vos!”

Foi também o mentor da Associação Internacional dos Trabalhadores (1864–1872), a 1ª Internacional, criada em Londres em 28 de setembro de 1864; escreveu seu primeiro Manifesto e diversos acordos, declarações e apelos.

Suas maiores contribuições radicaram no campo teórico, segundo expressou Engels ante sua tumba.

Bem como Darwin descobriu a lei da evolução da natureza orgânica, Marx descobriu a lei pela qual se rege o processo da natureza humana e a especial que preside a dinâmica do regime capitalista de produção e da sociedade burguesa engendrada por ele (a lei da mais-valia).

“A primeira”, explica-a Engels com palavras simples, “até ele aparecia soterrado baixo uma fumaça ideológica que o homem precisa acima de tudo, comer, beber, ter onde habitar e com que se vestir, antes de dedicar à política, à ciência, à arte, à religião”.

Ou, seja, a produção dos meios materiais e imediatos de vida, o grau de progresso econômico de cada povo ou de cada época – destaca –, é a base sobre a que depois se desenvolvem as instituições do Estado, as concepções jurídicas, a arte e inclusive as ideias religiosas das pessoas desse povo ou dessa época.

À luz de seu método, denominado materialismo histórico, escreveu três obras com respeito à história francesa: As lutas de classes na França de 1848 a 1850, O 18 Brumário de Luís Bonaparte e A guerra civil na França (1870–1871).

Não obstante, o desaparecimento da União Soviética e do chamado campo socialista no final do século passado, milhões de pessoas estão convencidas que “um espectro percorre o Mundo: o espectro de Karl Marx”, parafraseando o Manifesto comunista.

Desde 2003, Havana foi sede de várias conferências internacionais com o título Karl Marx e os desafios do século 21, com a participação de numerosos cientistas sociais de diversa procedência.

“Hoje Marx e Engels estão mais próximos que nunca, porque nunca como agora tem sido o capitalismo tão voraz e destruidor”, sustenta a professora cubana Isabel Monal, uma das organizadoras do foro e da revitalização de suas ideias.

Prêmio Nacional de Ciências Sociais (1998), Isabel é doutora em Ciências Filosóficas, diretora da Cátedra de Estudos Marxistas, do Instituto de Filosofia, e diretora da revista Marx Agora.

Conta em seu aval os estudos realizados na Universidade de Havana, cursos em Educação e em Filosofia, no San Francisco State College e em Harvard, Estados Unidos, bem como trabalhos de investigação na Universidade de Humboldt, da Alemanha.

Goias. Relatado inquérito da Operação Monte Carlo

Relatado inquérito da Operação Monte Carlo
Máquinas caça-níquel apreendidas na operação
Brasília/DF – A Polícia Federal informa que foi relatado nesta data o Inquérito Policial referente à Operação Monte Carlo, desencadeada no dia 29 de fevereiro deste ano. Desta forma, as investigações são encerradas na esfera policial.

O relatório indiciou oitenta e duas pessoas. Os indiciados responderão, na medida de suas participações, pelos seguintes crimes: corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas, peculato, contrabando, formação de quadrilha e violação de sigilo profissional, além da contravenção penal de exploração de jogo de azar.

Até o momento, sete pessoas permanecem presas preventivamente, sendo que três delas encontram-se no Presídio Federal de Mossoró/RN. O contador da quadrilha permanece foragido.

RELEMBRE O CASO:
Brasília/DF – A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal em Goiás e com apoio do Escritório de Inteligência da Receita Federal, deflagrou na manhã de hoje, 29, a Operação Monte Carlo, que tem por objetivo desarticular organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás. Inúmeros servidores públicos estão envolvidos no esquema criminoso.

A operação consiste no cumprimento de 82 mandados judiciais, sendo 37 mandados de busca e apreensão, além de 35 mandados de prisão e 10 ordens de condução coercitiva nas em cinco estados.

A investigação, iniciada há quinze meses, verificou uma forma de “franquia” do crime. O chefe da quadrilha concedia a “licença” de exploração dos pontos a donos de galpões clandestinos, localizados nas cidades goianas.

Na divisão de tarefas, cabia a policiais civis e militares o fechamento de locais que não contassem com a autorização do chefe da quadrilha. Entre os servidores públicos envolvidos, constam também dois policiais federais, 1 policial rodoviário federal e 1 servidor da Justiça Estadual goiana. Todos recebiam propina mensal ou semanal para trabalhar a prol da organização.

Os presos e indiciados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas e violação de sigilo profissional, além da contravenção penal de exploração de jogo de azar.

O nome da operação faz menção a um dos 11 bairros do Principado de Mônaco, onde são encontrados diversos cassinos.

Comunicação Social da PF no Distrito Federal
(61) 2024-8142

Rio de Janeiro. Foram Presos os Bicheiros Anísio, Capitão Guimarães e Turcão voltam a ser condenados após 19 anos.

Presos os poderosos chefões

Bicheiros Anísio, Capitão Guimarães e Turcão voltam a ser condenados após 19 anos.

Ana Claudia Costa, Antônio Werneck e Gustavo Goulart.

Apontados como chefes de uma comissão criminosa conhecida como Clube Barão de Drummond - uma espécie tribunal do crime, responsável por julgar quem explora o jogo ilegal em vários territórios da quadrilha, os contraventores Aniz Abrahão David, o Anísio, patrono da Beija-Flor; Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães; e Antônio Petrus Kalil, o Turcão, foram presos ontem, depois de serem condenados a penas que, somadas, ultrapassam 144 anos de reclusão. Cada um recebeu uma pena de 48 anos, oito meses e 15 dias de prisão. A punição se estendeu ainda ao bolso: eles foram condenados a pagar, juntos, R$33 milhões em multas.

A decisão foi tomada pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Criminal Federal, 19 anos depois de outra juíza, Denise Frossard, ficar conhecida nacionalmente por condenar e mandar prender 14 contraventores, integrantes da cúpula do bicho, em 1993 - incluindo Anísio, Guimarães e Turcão.

Na decisão de agora, a juíza Ana Paula condenou 23 integrantes da máfia do jogo e determinou a prisão de dez pessoas. Além de Guimarães, Anísio e Turcão, foram presos Júlio César Guimarães Sobreira, Jaime Garcia Dias, Marcos Antônio dos Santos Bretas, Nagib Teixeira Suaid e João Oliveira de Farias. 

Dois mandados ainda não foram cumpridos: o de José Renato Granado Ferreira, que está viajando com autorização judicial, e o de Marcelo Calil Petrus, filho de Turcão, que ainda não foi localizado e é considerado foragido pela Polícia Federal.

Valor de propina seria de R$1 milhão

A decisão da Justiça Federal é consequência da Operação Hurricane, desencadeada pela Polícia Federal no dia 13 de abril de 2007 e realizada em três etapas, depois de uma investigação que durou um ano e três meses. Entre escutas telefônicas e ambientais, foram registradas cerca de 40 mil horas de diálogos. 

A Hurricane também atingiu o Judiciário, com o envolvimento do então ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina; de seu irmão, o advogado Virgílio Medina; do então desembargador da 2ª Região do Tribunal Regional Federal José Eduardo Carreira Alvim; do então juiz do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas Ernesto Luz Pinto Dória; e do então procurador regional da República João Sérgio Leal Pereira. 

Os cinco foram acusados de venda de sentenças para permitir o funcionamento de jogos ilegais e ainda respondem a processo no Supremo Tribunal Federal (STF).

Paulo Medina responde a processo por corrupção passiva e prevaricação; Virgílio, por corrupção passiva; Carreira Alvim, por corrupção e formação de quadrilha, crime de que também são acusados Dória e Pereira. A investigação começou em 2008, depois de os ministros do Supremo entenderem que havia indícios suficientes para aceitar a denúncia do Ministério Público Federal. Durante a investigação, a PF identificou que os membros do Judiciário receberiam propinas de até de R$1 milhão para dar sentenças favoráveis à quadrilha.

O advogado Nélio Machado, que defende Capitão Guimarães, de 70 anos, disse que já entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal em favor de seu cliente, preso ontem de manhã. O bicheiro foi condenado por formação de quadrilha e corrupção. Machado também entrou com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal contra a juíza Ana Paula. O advogado alega que o STF decidiu, em 2007, que todos os réus do processo aberto com base na Operação Hurricane deveriam responder em liberdade.

Internado no Hospital Pró-Cardíaco, Anísio, de 75 anos, vai continuar preso na unidade, sob escolta. O bicheiro havia sido beneficiado há cinco dias por um habeas corpus e gozava de liberdade provisória. Ele tivera a prisão decretada durante a Operação Dedo de Deus, no fim do ano passado. Já Turcão, de 83 anos, ficará em prisão domiciliar, porque, de acordo com o despacho da juíza, tem problemas de saúde comprovados e idade avançada. Os outros presos passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) e foram transferidos para o Presídio Ary Franco, em Água Santa.

Os mandados de prisão foram todos cumpridos na manhã de ontem no Rio de Janeiro e em Niterói. Segundo o superintendente da Polícia Federal no Rio, Valmir Lemos de Oliveira, 88 agentes foram designados para cumprir os mandados. Todos os acusados foram presos em casa, entre as 6h e 7h30m, e não resistiram à prisão.

Em sua fundamentação para a ordem de prisão dos condenados, a juíza Ana Paula escreveu que os bicheiros Anísio, Capitão Guimarães e Turcão são os chefes da quadrilha de contraventores, "autores mediatos dos crimes, cometidos pela quadrilha", que "comandam um verdadeiro aparelho organizado de poder, que se caracteriza, como se viu, pelo emprego da violência e da corrupção". Na condenação, a juíza atribui ao bando crimes como formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção, contrabando e homicídios. No seu despacho, a magistrada afirma que a ordem de prisão é essencial para impedir que tais crimes continuem ocorrendo.

Na mesma decisão, a juíza ressalva que os acusados "transmitem a exploração do jogo nestes territórios através de contratos de compra e venda ou, em caso de morte, de testamentos". E acrescenta: "Por fim, (a quadrilha) insere o dinheiro ilícito da exploração do jogo na economia formal através de inúmeras empresas, que vão de restaurantes e hotéis a transportadoras e clínicas médicas, instaurando concorrência verdadeiramente desleal com os demais empresários".

- Recebemos os mandados de prisão às 16h de ontem (anteontem) e organizamos as equipes ainda à noite. Às 5,h já estávamos nas ruas e cumprimos os mandados até as 7h30m. O segredo de Justiça foi essencial para o sucesso das prisões - disse o superintendente Valmir Lemos de Oliveira.

O advogado Nélio Machado disse ontem, na porta da Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, que a condenação na Justiça é em primeira instância, por isso, ainda cabe recursos.

- A prisão foi desnecessária. Tomamos conhecimento dessa decisão hoje (ontem). Eles não representam perigo, por isso foram presos em casa, sem resistência. Vou analisar os autos para ver com que recurso entrar. Essa condenação de associação para o jogo, esse delito não existe. São penas altas e descabidas - disse Nélio Machado.

FONTE: http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha

terça-feira, 13 de março de 2012

14 de março. Dia Nacional da Poesia.

Poesia
"Que é a poesia? uma ilha cercada de palavras por todos os lados"

O Dia Nacional da Poesia, não por acaso, coincide com a comemoração do nascimento do grande escritor baiano Castro Alves. Poeta do Romantismo, foi autor de belíssimas obras, como o “Navio Negreiro” e “Espumas Flutuantes”. Sua arte era movida pelo amor e pela luta por liberdade e justiça.

O que é poesia

Poesia é uma arte literária e, como arte, recria a realidade. O poeta Ferreira Gullar diz que o artista cria um outro mundo “mais bonito ou mais intenso ou mais significativo ou mais ordenado – por cima da realidade imediata”.
Para outros, a arte literária nem sempre recria. É o caso de Aristóteles, filósofo grego que afirmava que “a arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra”.
Declamando ou escrevendo, fazer poesia é expressar-se de forma a combinar palavras, mexer com o seu significado, utilizar a estrutura da mensagem. Isto é a função poética.
A poesia sempre se encontra dentro de um contexto cultural e histórico. Os vários estilos poéticos, as fases de cada autor, os acontecimentos da época e tantas outras interferências muitas vezes se misturam à obra e lhe dão novos significados.

Características do estilo poético

Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
Geralmente a expressão “poesia” se aplica à estrutura de texto em versos. Os versos são as “linhas” do poema. Um conjunto de versos forma uma estrofe.
Algumas características básicas da poesia são o ritmo, a divisão em estrofes, a rima. Um poema também possui métrica, que é a contagem das sílabas poéticas dos versos. Nem todos estes quesitos estão sempre presentes. Os poetas modernistas, por exemplo, adotaram o verso livre, despreocupado com a rima e a métrica

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Dia Nacional da Poesia
Poesia
A palavra "poesia" tem origem grega e significa "criação". É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista. 

Antigamente, os poemas eram cantados, acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico. 

As linhas de um poema são os versos. O conjunto desses versos chama-se "estrofe". Os versos podem rimar entre si e obedecer à determinada métrica, que é a contagem das sílabas poéticas de um verso. Os versos mais tradicionais são as redondilhas; a redondilha menor tem cinco sílabas, e a maior com sete; os versos decassílabos, dez; os alexandrinos, doze. 

A rima é um recurso que confere musicalidade aos versos, baseando-se na semelhança sonora das palavras do final ou, às vezes, do interior dos versos. Rima, ritmo e métrica são características especiais de um poema e que podem variar, dependendo do movimento literário da época. 

No Brasil, os primeiros poemas surgiram junto com o seu descobrimento, pois os jesuítas usavam versos para catequizar os índios. 

Depois, surgiram outras formas de poesia, como o barroco (1601-1768), o arcadismo (1768-1836), o romantismo (1836-1870), o parnasianismo (1880-1893), o simbolismo (1893-1902), o pré- modernismo (1902-1922), o Modernismo (1922-1962), até a forma de hoje. 

O Dia Nacional da Poesia é comemorado em homenagem ao nascimento de Castro Alves, em 14 de março de 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira. Suas obras que mais se destacaram foram: Os escravos (no qual há o seu famoso poema Navio Negreiro) e Espumas flutuantes, cujas características principais são a valorização do amor e a luta por liberdade e justiça. 

Há outros nomes importantes da poesia brasileira: Alberto de Oliveira, Gonçalves Dias, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Casimiro de Abreu, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Ferreira Gullar, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade e muitos outros.

Fonte: www.paulinas.org.br

Russia. Caiu um helicóptero militar Ka-52, Alligator (Hokum B), informa Ministério da Defesa.

Foto: RIA Novosti



Um helicóptero Ka-52 Alligator (Hokum B) caiu na região de Tver, informa o Ministério da Defesa russo.

O acidente matou o segundo piloto.

 O comandante ficou ferido.

O aparelho foi encontrado a 10 km do aeroporto de Torjok às 8h45, horário de Moscou.

Hokum B, também conhecido como Alligator, é um helicóptero de ataque russo destinado a reconhecimento, estabelecimento de alvos e coordenação de grupos de helicópteros de combate, capaz de atingir veículos blindados e outros.

ATUALIZAÇÃO: Morreu o comandante do helicóptero acidentado Ka-52.

© Foto: «Вести.Ru»



O comandante do helicóptero Ka-52 Alligator que se acidentou esta manhã acabou por falecer devido aos ferimentos graves sofridos.
 Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2012_03_13/68304962/.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Igreja do Evangelho Quadrangular. A guerra nada santa dos pastores.

O líder da Igreja do Evangelho Quadrangular é acusado, entre outras coisas, de tramar a morte de desafetos.

A Igreja do Evangelho Quadrangular é um portento religioso: tem 3 milhões de membros, cerca de 15000 igrejas espalhadas pelo país e uma arrecadação anual estimada em meio bilhão de reais. 

Presidida pelo pastor Mário de Oliveira, que está no exercício do sétimo mandato de deputado federal, a instituição se orgulha principalmente do trabalho de assistência social que realiza, inclusive no exterior. Seus líderes gostam de repetir, por exemplo, que enviaram mais alimentos às vítimas do tsunami que varreu a Ásia, em dezembro de 2004, do que o governo brasileiro. "Pregamos uma vida cristã ilibada e de honestidade. Uma vida regrada, sem envolvimento com vícios, com a corrupção", diz Oliveira. 

Esse receituário é nobre e comum à maioria das designações religiosas. No caso da Igreja do Evangelho Quadrangular, merece destaque por uma aparente contradição. Mário de Oliveira, que é presidente da instituição há dezesseis anos, é acusado por dois pastores de não seguir o que prega. Mais do que isso: de subverter tudo o que qualquer religião proclama ao encomendar a morte de duas pessoas, ludibriar as instituições e enriquecer à custa de fiéis.

Essas acusações foram feitas formalmente, em 19 de fevereiro passado, na Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul. Partiram do pastor Osvaldeci Nunes, que privou da intimidade do deputado Mário de Oliveira durante cerca de quatro anos. Num depoimento que durou sete horas, Osvaldeci Nunes contou que, em 2009, o presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular lhe pediu para contratar um pistoleiro para matar Maria Mônica Lopes, ex-cunhada do parlamentar. 

O assassinato seria encomendado porque Maria Mônica, ao se separar de um irmão de Mário de Oliveira, ficou com metade de uma fazenda que, na verdade, pertenceria ao deputado. As terras, localizadas em Miranda (MS), foram vendidas e Mônica ficou com uma parte do dinheiro. Mário de Oliveira não gostou, pois considerava a ex-cunhada apenas um laranja. "Ele tem um ódio mortal dela, que ainda corre risco de morrer", afirmou Osvaldeci Nunes. Para comprovar o que disse, o pastor anexou ao depoimento fotos e informações levantadas por um detetive sobre a rotina de Maria Mônica. Era, segundo ele, a preparação para o crime que acabou não acontecendo.

Na semana passada, o deputado Mário de Oliveira conversou com VEJA. Ele admitiu que conhece muito bem o pastor Osvaldeci Nunes. Confirmou também a venda da fazenda em Miranda e o litígio com a ex-cunhada, mas negou que tenha encomendado a morte dela. "O Osvaldeci é um mentiroso compulsivo, um psicopata", diz. Mônica não quis se pronunciar. 

Segundo o deputado, o pastor foi à Polícia Federal porque fracassou na tentativa de extorquí-lo. Desde 2009, o pastor exige dinheiro - sempre ele! - para não contar "tudo o que sabe". Para não revelar os segredos da igreja. Osvaldeci teria pedido 50000 reais e uma promoção na hierarquia da instituição. As supostas ameaças foram feitas por meio de mensagens enviadas por celular. Mário de Oliveira conta que repassou os torpedos ao Ministério Público de Minas Gerais, que ajuizou uma ação contra o antigo colega de pregação. Osvaldeci Nunes admitiu que mandou as mensagens a Mário de Oliveira, mas ressaltou que só agiu assim para se defender, já que teria sido ameaçado de morte por três vezes. Sobre o motivo da discórdia - dinheiro -, o pastor confirma que pediu, mas nada a ver com extorsão. "Ele me deve uma indenização trabalhista", garantiu.

Não é, porém, a primeira vez que o líder da Igreja do Evangelho Quadrangular é acusado de mandar matar desafetos. Em 2007, a polícia de São Paulo prendeu um pistoleiro supostamente contratado por Mário de Oliveira para matar o então deputado federal Carlos Willian, ex-integrante da igreja. Por envolver parlamentares, o caso chegou a ser investigado no Supremo Tribunal Federal, mas foi arquivado por falta de provas. 

O depoimento de Osvaldeci Nunes também traz novidades sobre o crime. Além de confirmar a participação do deputado na trama abortada pela polícia, ele confessa ter subornado a principal testemunha do caso para livrar Mário de Oliveira das acusações. "O Mário deu 50000 reais ao Odair (o pistoleiro) para mudar o depoimento. Quem foi levar o dinheiro para o Odair fui eu, no hotel Royal Palace, no centro de Belo Horizonte, em junho de 2007." Odair da Silva é ex-motorista do secretário nacional de comunicação da igreja. Ele frequentava a casa e a fazenda de Mário de Oliveira em Minas Gerais. O motivo do crime? Em seu depoimento, o pastor contou que Mário acusava Carlos Willian de roubar 800000 reais de uma emissora de rádio controlada pela igreja. Na semana passada, o pastor Donizete de Amorim confirmou à PF todas as acusações contra o deputado.

Dinheiro, dinheiro, dinheiro ... O dinheiro parece estar no centro de todas as denúncias que pairam sobre o líder da igreja. Desde 2008, o deputado é investigado no Supremo Tribunal Federal também por formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica. Trata-se de uma apuração iniciada no Ministério Público de Minas Gerais sobre irregularidades na execução de convênios públicos destinados à recuperação de dependentes químicos - um inusitado e instigante caso de milagre remunerado. Os pastores prometiam curar viciados em drogas apenas com orações. Não curaram ninguém, evidentemente, mas embolsaram uma fortuna destinada ao programa. O dinheiro foi parar na conta de alguns pastores, em propriedades da igreja e em bancos no exterior. O relatório do processo aponta indícios de que Mário de Oliveira tinha - plena ciência do esquema fraudulento que envolvia os milagrosos convênios da Quadrangular. "Eu já fui inocentado disso", garantiu o deputado.

Nascido numa família humilde, Mário de Oliveira teve uma infância difícil. Ele conta ter calçado um sapato pela primeira vez aos 14 anos de idade. Ganhava a vida como ajudante de padeiro e servente de pedreiro até entrar para a igreja. Aos 19 anos, já pregava, dando início a uma impressionante ascensão dentro da Quadrangular. "Ele é uma espécie de mito na igreja", conta o pastor Jefferson Campos, que está no terceiro mandato de depurado federal. O mito seria resultado, além de um competente trabalho de evangelização, do crescimento em progressão geométrica da instituição. 

Nos últimos dezesseis anos, período em que ele está na presidência, a igreja se espraiou por todas as unidades da federação e amealha um rebanho cada vez maior. Ao mesmo tempo, Mário de Oliveira trocou a realidade franciscana dos tempos de infância por um patrimônio respeitável. Hoje, a família dele tem casas, lotes, fazendas e carros de luxo. 

Na declaração de renda que entregou à Justiça Eleitoral em 2006, o deputado apresenta uma relação de bens no valor módico de 2,3 milhões de reais. Em 2010, o patrimônio caiu para 687000 reais. Não, o pastor não decidiu fazer voto de pobreza. O político Mário de Oliveira conta ter ficado deprimido, com medo de morrer, e por isso transferiu parte de seus bens para os sobrinhos.

Fonte: Revista VEJA de 12 de março de 2012, publica no http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha

Ricardo Teixeira renuncia à presidência da CBF.

Da Agência Brasil.

Brasília – O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, renunciou hoje (12) ao cargo, que ocupou durante 23 anos. Teixeira deixa também o comando do Comitê Organizador Local da Copa de 2014. 

O novo presidente é José Maria Marin, que está no comando da CBF desde a semana passada, quando Teixeira pediu licença do cargo, alegando problemas de saúde.

Na carta em que comunica a Marin sua saída do cargo, Ricardo Teixeira diz que deixa a presidência da CBF com a sensação de dever cumprido. “Futebol em nosso país é sempre automaticamente associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, despertou o talento. Quando perdemos, imperou a desorganização”, ressalta Teixeira.

Ele diz ainda que fez o que estava a seu alcance, sacrificando inclusive a saúde e renunciando ao convívio familiar. “Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias”, lembra Teixeira na carta, mas destaca: “isso é muito pouco, pois tive a honra de administrar não somente a confederação de futebol mais vencedora do mundo, mas também o que o ser humano tem de mais humano: seus sonhos, seu orgulho, seu sentimento de pertencer a uma grande torcida, que se confunde com o país.”

Edição: Nádia Franco

FONTE:http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-12/ricardo-teixeira-renuncia-presidencia-da-cbf