segunda-feira, 9 de abril de 2012

Senadores prometem criar CPMI para investigar parlamentares envolvidos com Carlinhos Cachoeira.

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil - Política.
Brasília - Diante da negativa do Supremo Tribunal Federal em repassar ao Conselho de Ética e à Corregedoria do Senado Federal as informações sobre a investigação envolvendo o senador Demóstenes Torres, tornou-se mais forte a possibilidade de instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Congresso Nacional para apurar as denúncias contra o senador goiano.

O tema foi levantado hoje (9) pelo líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), que acredita ser a CPI a única solução para que os parlamentares tenham acesso às provas do envolvimento de Demóstenes com o controlador do jogo do bicho em Goiás, Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Por meio da rede social Twitter, Pinheiro anunciou hoje que mobilizará os colegas para tentar instalar a comissão. “Como o Conselho de Ética não poderá ter acesso a documentos da PGR [Procuradoria-Geral da República] sobre Demóstenes, vamos coletar assinaturas para uma CPI”, disse o líder petista.

Outros senadores também manifestaram ser a favor da instalação de uma CPI para investigar o senador goiano e os deputados citados nas denúncias. O senador Pedro Taques (PDT-MT) defende a instalação de uma comissão mista. “O ideal é que fosse uma CPI mista já que tem quatro deputados federais envolvidos”, disse.

Para Taques, o Congresso precisa ainda ir mais longe e investigar as relações de Cachoeira com outras autoridades. “Já foi revelado pela imprensa que existe uma relação no mínimo estranha com dois governadores de estado, o de Goiás [Marconi Perillo] e o do Distrito Federal [Agnelo Queiroz]”, disse o senador.

O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), também declarou apoio à criação de uma comissão parlamentar de inquérito mista (CPMI). Para ele, existe muitos “figurões” sendo protegidos pela investigação que corre em segredo de Justiça. Além disso, Dias também ressaltou que cabe ao Congresso fazer o “julgamento político” de seus membros, independentemente do curso da investigação judicial.

Perguntado sobre a adesão de seus colegas de partido ao requerimento de criação da CPMI, uma vez que há denúncias também contra deputados do PSDB, o líder tucano disse que cada um é livre para decidir se assina ou não o documento. “Mas vale lembrar que os integrantes do PSDB sempre assinaram pedidos de CPI”, disse.

Para a criação de uma CPMI são necessárias assinaturas de 27 senadores e 171 deputados. A coleta ainda não começou e o requerimento está sendo preparado por Pinheiro, Taques e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). A expectativa é que até amanhã o documento esteja pronto para que os três possam procurar os colegas no Senado e na Câmara em busca de apoio.
 
Edição: Aécio Amado

FONTE. http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-09/senadores-prometem-criar-cpmi-para-investigar-parlamentares-envolvidos-com-carlinhos-cachoeira

Câmeras Ocultas. Descaminhos do “quarto poder” Por Sylvia Debossan Moretzsohn.

O Observatório da Imprensa dedicou seu último programa televisivo ao tema da câmera oculta, que gerou uma série de artigos, alguns de grande repercussão, em sua edição eletrônica na semana passada. Pelo resumo publicado no site (ver “As câmeras ocultas no jornalismo“), a discussão privilegiou alguns aspectos legais de um caso específico – a invasão da privacidade das pessoas que negociavam propina em contratos de prestação de serviço para um hospital público, em reportagem levada ao ar pelo Fantástico no dia 18 de março, e a sobreposição do interesse público em relação ao privado, de modo que quaisquer meios seriam lícitos para denunciar uma ação ilícita.

Seria o caso, então, de indagar para que serve o ordenamento jurídico numa democracia, se ele não atende ao interesse público – de tal modo que ficamos autorizados a ignorá-lo em nome desse interesse maior.

Sobretudo quando quem age assim é essa instituição chamada imprensa, que supostamente atua em nome da sociedade – daí a conceituação de “quarto poder” – e, por isso, se autoatribui o curioso direito de estar acima de qualquer lei. Um comentário do jornalista Armando Nogueira, em antiga entrevista à revista Playboy (janeiro de 1988), resume bem: “O jornalista é o único ser capaz de olhar com altivez por um buraco de fechadura. Quem está ali, bisbilhotando, é a sociedade inteira”.

Levar a sério tal comentário implicaria, de saída, pressupor que todo jornalista é um altruísta, que age sempre de boa fé. Mais importante, significaria ignorar o contexto em que esse jornalista atua, os constrangimentos que sofre, sua precária autonomia, os interesses da empresa que o contrata.

Discurso contraditório
A reportagem que vem provocando tanta discussão foi apresentada como uma iniciativa do próprio jornalista, ou da equipe do programa no qual ele trabalha. “O Fantástico pediu a ajuda à direção de um hospital de excelência, o Hospital de Pediatria da UFRJ”, informou o repórter André Luiz Azevedo. “Iríamos assumir o lugar do gestor de compras da instituição. Acompanhar livremente todas as negociações, contratações, compra de serviços. E saber se haveria pagamento de suborno, oferta de propina, de um dinheiro que deveria ser sagrado, o da saúde dos brasileiros”.

Nobres propósitos, portanto.

Porém, as declarações do diretor do hospital, Edmilson Migowski, e finalmente o artigo assinado por ele na edição de sábado (31/3) de O Globo, sugerem um contexto diverso:
“(...) concordamos em ceder o espaço para a reportagem objetivando esclarecer um roubo de cento e vinte mil reais (R$120.000) ocorrido em julho de 2011 e denunciado para a Polícia Federal e Auditoria da UFRJ na mesma época. 
Seis meses após, sem nenhuma resposta, fomos dominados pela angústia da espera e vimos na imprensa, reconhecidamente o quarto poder, a saída para o impasse. Logramos êxito, apenas três dias após a veiculação da matéria soubemos que a Polícia Federal, de forma brilhante, tinha desvendado o crime e identificado o culpado. A ferramenta por nós utilizada acabou revelando outra mazela: a corrupção institucionalizada, uma ferida infectada, fétida, necrosada, que não cicatriza.”

No mesmo artigo, Migowski diz que Eduardo Faustini, o repórter que se fez passar pelo gestor de compras do hospital, “convidou – utilizando critérios que desconheço – várias empresas para participar de licitações emergenciais”.

Em suma, o objetivo do diretor do hospital era apenas esclarecer um roubo ocorrido meses antes. Ele nem desconfiava da existência de corrupção no sistema de compras, muito menos sabia dos métodos que orientam “a ética do mercado”. Na reportagem, entretanto, ele declarava:
 “Todo comprador de hospital, a princípio, é visto como desonesto. Acaba que essa associação do fornecedor desonesto com o comprador desonesto acaba lesando os cofres públicos. E a gente quer mostrar que isso não é assim, em alguns hospitais não é assim que funciona”.

O que importa aqui, porém, não são as contradições no discurso do diretor do hospital, embora fosse muito útil esclarecer os seus reais interesses em autorizar aquela reportagem – afinal, o jornalismo está sempre em busca da verdade –, mas a sua justificativa em recorrer à imprensa para resolver uma questão que, pelas vias normais, não chegava a termo.

O apelo à imprensa
É recurso antigo, que remonta às origens do jornalismo moderno, e seria muito saudável se a imprensa fosse mesmo esse poder à parte, sem qualquer outro interesse que não o de servir ao público, empenhada em corrigir o que anda errado e em fazer as instituições funcionarem adequadamente.

Pensar assim não é apenas ignorar que o jornalismo produzido em grandes corporações atende a interesses jamais explicitados. Tampouco é apenas desconhecer a seletividade que necessariamente orienta o trabalho da imprensa, na escolha das pautas e no processo de edição. É também supor que os jornalistas agem sempre de acordo com os melhores princípios éticos e se certificam rigorosamente da veracidade das denúncias antes de divulgá-las.

Não custaria lembrar o caso Escola Base, que, de todos, é o mais eloquente na história recente dos desastres do nosso jornalismo, e que começou quando duas mães angustiadas, convencidas de que seus filhos estavam sofrendo abuso sexual na escolinha infantil, deram queixa à polícia mas, concomitantemente, procuraram a imprensa, duvidando da eficácia da investigação.

Definição de competências
No programa do Observatório, o deputado Miro Teixeira apoiou o uso da câmera oculta porque, “quando você está na investigação de um crime”, todos os instrumentos devem ser utilizados.

Valeria a pena perguntar quem deve ser responsável pela investigação de crimes: a imprensa ou a polícia?

É a ausência de clareza a respeito do papel que cabe a cada um que alimenta esse campo nebuloso no qual o jornalismo – especialmente o de TV – atua com desenvoltura e consegue apresentar-se como substituto das instituições, falando diretamente aos cidadãos-espectadores, embora lhe falte o poder de direito. Ora, não basta sabermos dos “malfeitos”, como está na moda dizer: é preciso saber como combatê-los, e essa parte sempre fica em segundo plano – quando chega a aparecer –, abafada pela força da imagem do flagrante.

Assim, cria-se no público um clima que combina excitação, indignação e desalento: o escândalo está à vista de todos – inclusive das autoridades – mas nada podemos fazer contra ele. Na pior das hipóteses, as autoridades são coniventes; na melhor, estão obrigadas a seguir os trâmites legais, incompatíveis com soluções imediatas. Os jornalistas, assim, ficam mais ou menos como os atores daqueles filmes policiais que ajudam a sedimentar no senso comum o desprezo ao judiciário, no conhecido roteiro “a polícia prende e a Justiça solta”.

Desprezo às instituições
Não é difícil imaginar as consequências disso em relação ao descrédito das instituições, que, num regime democrático, deveriam ser fortalecidas, inclusive e sobretudo a partir da crítica que o próprio trabalho jornalístico está obrigado a fazer – justamente, em nome do interesse público. Bem a propósito, no caso específico, ninguém questionou a aparente negligência da Polícia Federal na apuração do roubo denunciado pela direção do hospital. Se este foi o verdadeiro fato que motivou a reportagem, por que escamoteá-lo?

Em artigo publicado neste Observatório (“Tecnicamente, não houve crime“), Mauro Malin sugere a utilidade de um rastreamento das consequências das reportagens feitas através de câmeras ocultas. “Consequências administrativas e judiciais. Num dos casos mais tristemente famosos, o de Tim Lopes, as consequências humanas foram aterradoras. E se emergisse a conclusão de que aos picos de audiência corresponderam vales de condenações?”

Uma legião de espiões
Em seu editorial no Observatório na TV, Alberto Dines insistiu no compromisso do jornalismo com a permanente busca da verdade, que, por isso mesmo, exige o constante questionamento ético. “Cada passo e cada procedimento jornalístico suscita dúvidas – e não poderia ser diferente porque, sendo a imprensa um poder, suas ações só podem ser praticadas de forma atenta, rigorosamente consciente”.

O imediatismo dos tempos atuais, entretanto, contraria a hipótese de reflexão que nos levaria desfazer, por exemplo – como argumentou José Paulo Cavalcanti Filho em janeiro de 2005 neste OI (“O drama da verdade – ou discurso sobre alguns mitos da informação“) –, o equívoco de se associar democracia e informação. “Democracia é, frequentemente, não informar”, diz ele, em tom provocativo, para logo esclarecer:
“Padres não revelam o conteúdo das confissões. Médicos e advogados estão submetidos a reserva legal. Nenhum país informa efetivos de forças armadas, planos militares, documentos sobre fronteiras, correspondências de outros países. A polícia não informa a hora em que vai fazer uma operação, em um bairro qualquer. É assim em toda parte”.

Não estamos acostumados a esse tipo de questionamento. Pelo contrário, gostamos de pensar que há soluções simples e imediatas para os problemas necessariamente complexos postos pelas relações de poder no mundo contemporâneo. Gostamos de pensar que, para descobrir a verdade, basta um flagrante – seja de manobristas de carros seduzidos por moedas ou bombons “esquecidos” no interior do veículo, flanelinhas que atuam irregularmente, donos de postos de gasolina que adulteram o combustível, médicos que vendem receitas de drogas controladas ou comprovantes frios para dedução do imposto de renda ou políticos, empresários e funcionários públicos em suas negociatas.

Se gostamos de pensar assim, o uso da câmera oculta, em vez de exceção, deveria ser a regra. Não bastasse a parafernália eletrônica espalhada pelas ruas e no interior de prédios e elevadores, que nos convida a sorrir porque estamos sendo permanentemente vigiados, a popularização da tecnologia digital e a disseminação da ideia, tão sedutora quanto falsa, de que todo cidadão é um repórter permitiria supor um admirável mundo em que teríamos potencialmente um espião por pessoa.

O link ausente
Devo esclarecer que os comentários sobre o programa de TV deste Observatório foram feitos com base no resumo publicado no site. Não pude assistir ao debate no dia de sua exibição ao vivo. Contava em recuperá-lo, mas o link não estava disponível. Por quê? O programa na TV Brasil reproduzia trechos da reportagem original do Fantástico. Zelosa de seus direitos, a TV Globo, guardiã do interesse público, bloqueia a veiculação de seu material no suposto “território livre” da internet.

***
[Sylvia Debossan Moretzsohn é jornalista, professora da Universidade Federal Fluminense, autora de Pensando contra os fatos. Jornalismo e cotidiano: do senso comum ao senso crítico (Editora Revan, 2007)]

****
FONTE. http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed688_descaminhos_do_quarto_poder

Enfim a tão sonhada publicação do edital de licitação para a duplicação da BR-135.

O deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB/MA) comemora, com vibração, a publicação do edital de licitação, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para a duplicação da BR-135. O deputado recebeu uma ligação do diretor-geral, coronel Jorge Fraxe, comunicando a aprovação do projeto, no conselho, e a sua publicação no Diário Oficial.

Escórcio vinha acompanhando de perto e cobrando com grande empenho a duplicação dessa obra. “É um ganho substancial para toda a população do Maranhão!”, ressaltou  

Dnit em Imperatriz - O deputado aproveitou essa semana para verificar a conclusão das obras de reforma e os novos equipamentos da unidade do Departamento em Imperatriz, sob a gerência do Supervisor Gilvan de Sousa Nascimento. A sede foi reformada por uma ação do parlamentar, junto a diretoria-geral do órgão. 

Edição: Henrique Machado e Assessoria de Imprensa do Deputado Federal Francisco Escórcio

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Governo vai criar carreira de analista de políticas sociais


O governo federal vai anunciar nos próximos dias a criação de mais uma carreira para o funcionalismo público.

A nova função será a de analista de políticas sociais para os ministérios que tenham programas sociais.

Ao todo serão 725 novas vagas, em 10 ministérios da área social. Um concurso será anunciado em breve.

http://colunistas.ig.com.br/poderonline/2012/04/03/governo-vai-criar-carreira-de-analista-de-politicas-sociais/

Ciência. Cientistas anunciam início do Período Antropoceno.

Cientistas anunciam início do Período Antropoceno

Cientistas pedem designação oficial para uma nova época geológica, sucedendo o Holoceno. Participantes da conferência Planet under Pressure, em Londres, afirmam que espécie humana já deixou marcas indeléveis na Terra. 

Cientistas australianos e britânicos pressionam para que se mude oficialmente o nome da atual época geológica. A iniciativa coincide com o momento em que o mundo se prepara para fazer um balanço de 20 anos de busca de soluções para os problemas ambientais.

Segundo os especialistas, reconhecer a chegada do chamado "Antropoceno", ou "Era do Homem", ajudaria a registrar a natureza e extensão das mudanças em todo o planeta, e poderia provocar uma reviravolta na forma como a humanidade pensa a sua presença na Terra.
Holoceno foi favorável a agricultura

Erle Ellis, ecologista da Universidade de Maryland, afirma que atualmente a maioria dos ecossistemas do planeta reflete a presença humana. Como prova, ele cita as alterações climáticas, a diminuição das populações de peixes, o desmatamento continuado, o rápido declínio das espécies e o crescimento da população humana.

Segundo Ellis a humanidade alcançou o ponto em que deveríamos estar nos perguntando se estamos no Antropoceno ou não, disse. No futuro, diz, a evidência dessa era será aparente nos registros sedimentares: rápido crescimento dos depósitos de carbono, vestígios de cidades e fósseis de animais domesticados.

Bem-vindos ao Antropoceno
O novo nome sinalizaria a passagem do Período Holoceno – o trecho de 12 mil anos da história geológica marcado pelo fim da última Idade do Gelo e a relativa estabilização do nível do mar. Cientistas esperam que esse seja também o sinal de uma mudança psicológica.

"Atualmente estamos acelerando em direção a uma nova era", comenta Will Steffen, líder do Instituto de Mudanças Climáticas da Australian National University. Uma era que não será tão estável quanto a última, que deu origem à agricultura e à civilização, adicionou.
Anthony Giddens, cientista político inglês conhecido por sua visão holística da sociedade, descreveu o Antropoceno como um "mundo em descontrole", no qual se o ser humano desencadeou processos mais poderosos do que suas tentativas para controlá-los.

O termo não é novo: desde que o químico Paul Crutzen o popularizou em 2000, "Antropoceno" tem sido cada vez mais aceito nos meios científicos como designação não oficial. A Comissão Internacional de Estratigrafia estuda o reconhecimento formal desse novo período geológico, e se espera chegar a uma decisão até 2016. Mas para alguns cientistas, aí pode ser tarde demais.

Provocando uma mudança
No final de março, 2.800 especialistas de todo o mundo encontraram-se em Londres para a conferência Planeta sob Pressão, uma tentativa de determinar a direção da Rio+20, a se realizar em 2012, 20 anos após a "Cúpula da Terra", realizada no Rio de Janeiro em 1992.

Paul J. Crutzen, Nobel de Química em 1995, popularizou o termo "Antropoceno"

Os especialistas discutiram como garantir que os atuais problemas ambientais ganhem prioridade. 

De acordo com diretrizes elaboradas pelos organizadores da conferência, isto significa julgar o bem-estar e o desenvolvimento humanos de uma forma que não seja simplesmente medir o PIB.


Isso também significa criar modelos de negócios que incorporem o valor dos serviços em prol do ecossistema, como a polinização de plantações e a purificação da água e do ar: serviços que não são normalmente considerados no PIB, mas que sofrem pressão por parte do crescimento econômico.

Uma das iniciativas nesse sentido, a Future Earth, tem como objetivo reunir grupos de pesquisa ambiental e social sob uma única bandeira. A ideia é conectar cientistas de diferentes áreas e pelo menos três países por projeto, para investigar que tipo de época o Antropoceno será. O grupo também espera fornecer soluções para atenuar os efeitos mais radicais ou para nos adaptarmos a eles.

Segundo o ecologista Erle Ellis, a humanidade tem a escolha: ou administrar "um bom Antropoceno", ou "enfrentar uma série de crises".

Autor: Robin Powell (kr)
Revisão: Augusto Valente

FONTE:http://www.dw.de/dw/article/0,,15853834_page_0,00.html

Rússia comemorará Dia Mundial da Saúde.



Rússia comemora Dia Mundial da Saúde
Foto: RIA Novosti

 Olessia Vlassova.
O Dia Mundial da Saúde se assinala a 7 de abril. Este ano, em Moscou e outras cidades russas, as solenidades se iniciaram um pouco antes.
 
A saúde e o envelhecimento são o tema das comemorações deste ano, sendo o seu lema – Boa saúde faz aumentar a longevidade. Serão organizadas linhas telefônicas gratuitas sobre questões de saúde e organizados eventos desportivos os alunos de escolas e pensionistas.

Importa assinalar que os eventos festivos arrancaram no passado dia 3 de abril com uma conferência que decorreu sob o lema Saúde e Longevidade Ativa no Centro de Congressos do Instituto da Medicina de Moscovo Setchenov. A iniciativa contou com a presença de representantes do Ministério da Saúde Pública e do Desenvolvimento Social, da Organização Mundial da Saúde (OMS), da parte-anfitriã e do enviado especial da OMS, Luigi Migliorini. Na opinião deste último, o atual evento se reveste de dupla importância devido ao seguinte..

Antes de mais, frisou, se trata do aniversário da fundação da OMS que foi instituída pelos países vencedores da Segunda Guerra Mundial. Foi então que os governos desses países compreenderam a necessidade de criar um organismo comum que supervisionasse o setor da saúde pública.

A segunda meta do evento passa pelo imperativo de atrair a atenção para mais um fenômeno alarmante que se propaga pelo mundo inteiro – um progressivo aumento do número de pessoas idosas – ao qual não escapam até os Estados pobres.

No dizer de Migliorini, nos últimos tempos, a OMS tem conseguido alcançar sucessos no que se refere ao aumento da esperança da vida à escala mundial. Assim, a taxa de longevidade média dos habitantes de 53 países europeus passou a ser a mais alta no mundo. Um significativo progresso foi alcançado no tratamento do cancro, prosseguindo-se, de forma dinâmica, as pesquisas genéticas neste domínio, utilizando métodos de tratamento avançados e tecnologias modernas. A OMS continua também a lutar contra o tabagismo.

A Rússia, por seu turno, também contribuiu para a elaboração de novos métodos de tratamento de diversas doenças, destacou o alto representante da OMS.

A Rússia está a empreender iniciativas importantes, procurando assumir a liderança no combate às doenças não infecciosas tais como o câncer, as doenças cardiovasculares e a diabetes que afetam, sobretudo, as pessoas de terceira idade, salientou Migliorini.

Depois da conferência, os especialistas do Instituto da Medicina Setchenov deram consultas gratuitas aos residentes da Casa de Veteranos do Palco,uma residência para atores após a reforma. Neste mesmo dia, no estádio Burevestnik tiveram lugar os jogos finais do campeonato universitário de voleibol.

FONTE:http://portuguese.ruvr.ru/2012_04_04/70604231/

Tiririca: você sabe o que ele faz?

Em perfil e entrevista exclusiva, a Revista Congresso em Foco mostra que o palhaço campeão de votos tornou-se o principal porta-voz da categoria circense no Congresso
por Rudolfo Lago | 03/04/2012.

Na sua campanha, o palhaço Tiririca confessava na propaganda eleitoral não saber o que fazia um deputado federal. E convidava o eleitor a votar nele, porque, uma vez eleito, então ele poderia contar como é. Na edição número 2 da Revista Congresso em Foco, que começou a circular na semana passada, Tiririca, em perfil e entrevista exclusivas, assinadas pelo editor Edson Sardinha, conta o que está fazendo como deputado.

Dep. Federal Tiririca  - Foto: Victor Soares
E, segundo o seu depoimento e de vários representantes do universo circense, verifica-se que Tiririca encontrou um nicho importante para o seu trabalho: ele se tornou o principal representante do circo no Legislativo. “Pela primeira vez, temos um gabinete completamente aberto para nós. 

O Tiririca é uma bela surpresa que caiu do céu”, diz Alice Viveiros de Castro, representante do circo no Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura.


“Eu saí do circo. Mas o circo não saiu de mim. Devo tudo a ele”, diz o próprioTiririca, à Revista Congresso em Foco.

Diz um ditado popular que “alegria de palhaço é ver o circo pegar fogo”. Para Francisco Everardo Silva, porém, essa foi a maior tristeza de sua vida. Um dia, uma macaca do circo mordeu a mão de uma criança, filha de um poderoso coronel da cidade em que o circo se apresentava. Como vingança, o coronel tocou fogo na lona do circo. 

Se a tragédia, porém, fez Francisco Everardo Silva perder seu circo, foi ali que o país começou a ganhar um artista popular que, a partir deste mandato de deputado federal, envereda pela política. Após o incêndio no circo, Francisco deixou a cidade em que estava – Peritoró, no Maranhão – e seguiu para Fortaleza, no Ceará. Ali, ele abandonou o nariz vermelho e a tradicional maquiagem de palhaço, vestiu roupas coloridas, botou uma peruca engraçada, e nasceu o palhaço Tiririca, do jeito que o Brasil inteiro mais tarde conheceu.

A política não era um desejo pessoal de Tiririca. Foi uma ideia do deputado Valdemar Costa Neto (SP), que imaginou conseguir, com a popularidade do palhaço, puxar votos para seu partido, o PR, e para outros candidatos. Se tal situação gerou uma desconfiança inicial quando Tiririca se tornou o deputado federal mais votado do país, isso não o intimidou. Aos poucos, ele foi encontrando seu nicho, exatamente no circo, a sua origem como artista popular.

Tiririca apresentou projetos de lei e empenha-se em outras iniciativas para direcionar recursos e ações para a atividade circense, que emprega no Brasil 30 mil pessoas diretamente e outras 120 mil indiretamente, por meio de 2,5 mil companhias. Um dos quatro projetos de lei apresentados por Tiririca visando à atividade circense prevê a criação de um programa de amparo social às pessoas que trabalham nos circos. A proposta garante a essas pessoas a inclusão na Lei Orgânica de Assistência Social. Na prática, assegura a elas o acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). Como essas pessoas não têm endereço fixo, o acesso é hoje dificultado.

Insone
Um dos 13 deputados que tiveram 100% de presença em 2011, de acordo com levantamento exclusivo do Congresso em Foco sobre a assiduidade dos parlamentares, Tiririca tem feito um esforço extra para garantir essa presença. Ele praticamente não dormiu desde que virou deputado.

Há três décadas, Tiririca adquiriu o hábito de trocar a noite pelo dia. Na época, ele precisava varar a madrugada vigiando seu circo. Na ocasião, ele conseguia dormir de dia, o que tornou-se impossível agora com sua nova rotina parlamentar. Assim, ele hoje só tem conseguido dormir duas horas por dia – das seis às oito da manhã. O restante do tempo, ele passa jogando videogame com o motorista de sua mulher, Nana Magalhães, e com seu filho, Antonio Everardo, de 16 anos.

“A política antes de Tiririca era uma coisa, tornou-se outra”, diz o deputado, numa autoavaliação. “As pessoas se veem em mim e pensam: ‘caramba, esse cara chegou lá, eu também posso chegar’.”

“Não prometi nada”, diz ele, a respeito da expectativa gerada quanto ao seu trabalho como deputado. “Se não cometer deslize ético, com o que tem aí, já está bom demais”.

A íntegra do perfil com Tiririca, assim como a sua entrevista exclusiva, você vai encontrar na edição número 2 da Revista Congresso em Foco, já nas bancas.

.........................

Complementando o texto acima anexo este comentário de um leitor do referido Congresso em foco.

Prezados,
Enviamos artigo para seminário na UnB sobre a votação no candidato Tiririca com análises sobre o papel do voto de protesto e a perspectiva da representação do analfabeto. Para quem se interessar, aí vai o link:
http://www.simposiodemode.unb.br/mesas/15_mesa/Henrique%20e%20Braga%20-%20Quem%20votou%20no%20Tiririca.pdf