quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ceará. Alunos transexuais e travestis podem trocar de nome na escola.


Estudantes travestis e transexuais do Ceará agora podem registrar seus nomes usados socialmente nos documentos internos da escola onde estudam . A regulamentação foi feita pelo Conselho Estadual de Educação e serve para instituições de educação básica e ensino superior, vinculadas ao sistema estadual de educação. 

Os estudantes podem manifestar seu desejo de inclusão de nome social por escrito em qualquer período do ano letivo. A Secretária Executiva do Conselho Estadual de Educação do Ceará, Aurila, Maia Freire, reforça que a decisão foi tomada somente para a documentação interna da escola. "Ao ser emitida a transferência em documento oficial, o nome do aluno vai como o original. Dentro da escola, ele tem a opção de mudar o nome ou não".

Os alunos menores de 18 anos também podem fazer a solicitação de troca de nome dentro da instituição, mas devem apresentar uma autorização dos pais ou responsável. "Achamos a resolução no sentido de atender a associação da categoria dos LGBTs (movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Transgêneros), responsável pela criação da demanda", afirma a Secretária.

FONTE:noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5761120-EI8266,00.html

Projeto do Marcelo Crivella – Vai a votação projeto que autoriza remédios a preço de custo a aposentados

Em encontra-se na pauta da próxima reunião da Comissão de Assuntos Econômicos  (CAE) que deve votar projeto de lei que autoriza farmácias e drogarias a venderem medicamentos a preço de custo a aposentados pelo Regime Geral da Previdência Social, e a lançar a diferença entre esse preço e o de mercado como despesa operacional da empresa (PLS 181/10).
Se convertido em lei, o projeto possibilitará às farmácias e drogarias deduzir a diferença referida da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), reduzindo a carga tributária sobre o medicamento e incentivando a venda a preço de custo aos consumidores.
A lista de medicamentos que poderão ser vendidos será definida pelo Ministério da Saúde, segundo critérios técnicos e estatísticos que considerarão a prevalência de doenças na população de idosos, em benefício de portadores de doenças crônicas graves, usuários contínuos dos medicamentos e do Sistema Único de Saúde (SUS).
O senador licenciado Marcelo Crivella e atual ministro da Pesca é o autor do projeto, relatado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), favorável com duas emendas à proposta, que já conta com parecer favorável da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). A matéria ainda irá a exame da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa.
Agência Senado

Prisão de Carlinhos Cachoeira atrasou um ano. Uma discussão jurídica paralela atrasou a operação sobre o bicheiro, mas acabou permitindo o aprofundamento da investigação e à chegada a novos integrantes do esquema.

Roosevelt Pinheiro/ABr.
por Eduardo Militão | 09/05/2012.
Já estava tudo preparado pela Polícia Federal para prender Cachoeira em março do ano passado.

A prisão do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, aconteceu quase um ano depois de ter sido planejada. 
 
Apesar disso, o atraso de 11 meses entre o esperado e o realizado permitiu que fossem incluídas mais provas de caráter financeiro, como extratos bancários, cheques e declarações de imposto de renda, para fortalecer a denúncia. Em março, 81 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal em Goiás. Cachoeira e seus principais operadores estão presos até hoje.

O atraso aconteceu por conta de uma discussão jurídica iniciada na cidade goiana de Valparaíso, no entorno do Distrito Federal. Desde o início, houve um grande cuidado dos policiais, procuradores e juízes responsáveis pelas investigações e pelo processo quanto ao envolvimento que se constatou de políticos e outras autoridades com foro privilegiado. Os autos mostram que esses políticos e autoridades não estavam especialmente envolvidos com o foco inicial da investigação, que era a exploração ilegal de jogos de azar por parte da quadrilha de Cachoeira. 

Seu envolvimento supostamente acontecia em outros atos, como fraudes em licitações e tráfico de influência. Já em 2007, os responsáveis pela investigação esbarraram pela primeira vez em políticos, na Operação Vegas. O cuidado que se tomou foi separar todos os grampos e demais constatações que envolviam autoridades com foro privilegiado do inquérito principal, e não se aprofundar sobre eles, para não haver risco de invalidação das provas.

Tais informações seriam remetidas ao procurador-geral da República para o envio aos foros adequados. Como de fato se fez: Roberto Gurgel tinha conhecimento, por exemplo, das informações sobre o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) desde 2009.

 
A intenção inicial dos delegados da Polícia Federal era que a Operação Monte Carlo fosse deflagrada no dia 23 de março de 2011. Em 16 de março do ano passado, a PF pediu a prisão de Cachoeira, de seus principais operadores – Lenine Araújo, José Olímpio Queiroga, Idalberto Matias de Araújo (o araponga conhecido como Dadá) e Gleyb Ferreira – e de policiais que recebiam propinas para garantir a “segurança” da jogatina na região do entorno de Brasília em vez de fechar os pontos de máquinas caça-níqueis.

Os autos do processo mostram que o juiz José Augusto de Melo Silva, da 1ª Vara Criminal de Valparaíso, cidade goiana próxima do Distirto Federal, se preparava para decretar a prisão da quadrilha, mas teve que recuar a contragosto. “A corrupção tomou conta de quase toda a força pública policial na cidade de Valparaíso, não sendo demais se dizer que grande parte dos policiais ali lotados fazem parte de uma força policial particular”, escreveu o juiz, em despacho, naquela ocasião.

Anular investigação. Apesar disso, o magistrado, que acompanhava a investigação desde 2010, teve que remeter todos os autos para a Justiça Federal de Goiânia, fazendo o caso quase começar do zero. Por quê? Por que o Ministério Público da cidade fez um parecer sobre o pedido de prisão da PF no qual diz que o caso não deveria correr na cidade pelo simples fato de haver grampos telefônicos que mostravam a participação de um policial rodoviário federal no esquema. 

Para os procuradores, isso fazia com que o caso tivesse de ser remetido para a Justiça Federal. José de Melo Silva discordou, mas, mesmo assim, fez o que os procuradores queriam. O juiz temeu que, caso não seguisse a orientação dos procuradores, no futuro os advogados de Cachoeira usassem o parecer para anular toda a investigação policial.

“Após a manifestação ministerial, a defesa dos investigados poderá arguir nulidade na manutenção do feito perante este juízo, (…) jogando por terra todo o trabalho realizado até agora”, lamentou o juiz.

Temor. O parecer do Ministério Público que atrasou a prisão de Cachoeira foi assinado por quatro promotores do Grupo de Combate ao Crime Organizado. Eles assumiram o caso depois que duas promotoras que cuidavam do inquérito em Valparaíso, Marivânia Feres e Claudine Abranches, se declararam suspeitas para atuar na investigação por razões de “foro íntimo”. Os grampos da Operação Monte Carlo mostram que a quadrilha de Cachoeira temia a atuação de Marivânia exatamente porque ela trabalhava na repressão aos jogos de azar na região. Não se sabe quais seriam os motivos particulares que levaram a procuradora a deixar o caso.

Num dos áudios, Lenine Araújo, o “braço direito do bicheiro” contata um servidor do fórum cooptado pela organização criminosa para saber quando seriam as férias da promotora, porque acreditava que, na sua ausência, ficariam facilitadas as atividades de Cachoeira. A reportagem entrou em contato com Marivânia para esclarecer o caso, mas ela disse que não diria nada além do que está nos autos.

Queixas. Num primeiro momento, o atraso nas prisões provocou indignação do delegado Matheus Rodrigues, que presidia a investigação. Em ofício ao juiz da 11ª Vara Federal, Paulo Augusto Moreira Lima, ele ressaltou sua “preocupação de que as organizações criminosas se beneficiem de entendimentos jurídicos minoritários (ou quase inexistentes)”. O delegado reclamou ainda da situação do juiz da Vara de Valparaíso, que, no seu entender, poderia ficar exposto em função do atraso. Segundo o delegado, o juiz José Augusto trabalhava por “horas a fio” sem ajuda de seus funcionários de cartório, já que havia funcionários corrompidos até ao lado dele. “Não podemos deixar de comentar acerca da enorme frustração de um magistrado estadual que, depois de trabalhar horas a fio (…) [viu] questionadas todas as suas decisões”, protestou Matheus Rodrigues.

Definido, porém, o atraso no final da operação, em 22 de março, em meio às queixas, o delegado pediu ao juiz Paulo Lima para suspender o pedido de prisão e fazer mais grampos nos investigados, além de monitorar também as conversas dos delegados da PF e agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos.

Mas os procuradores da República em Goiás, Daniel Salgado, Léa Batista e Marcelo Ribeiro, entenderam ser preciso aumentar o conjunto de dados bancários da quadrilha. Incluíram ali a necessidade de quebrar o sigilo bancário e fiscal dos parentes e dos laranjas de Cachoeira, como sua ex-mulher Andréa Aprígio, e seu ex-cunhado Adriano Aprígio.

Os atrasos provocados pela discussão jurídica, no entanto, acabaram ao final beneficiando o aprofundamento da investigação. Depois de receber alguns dados bancários e fiscais, a polícia pediu mais informações em agosto sobre outros investigados, solicitação autorizada pela 11ª Vara Federal.

Entenda o que a PF fez com as informações que encontrou sobre os políticos

Tudo sobre o caso e a CPI do Cachoeira

Saiba mais sobre o Congresso em Foco (2 minutos em vídeo)

 FONTE:http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/manchetes-anteriores/prisao-de-carlinhos-cachoeira-atrasou-um-ano/

São Luís. STJ mantém suspensão do prolongamento da litorânea.

Foto: Flora Dolores
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, semana passada, agravo regimental interposto pela Prefeitura de São Luís e manteve decisão monocrática do seu presidente, ministro Ari Pargndler, que suspendeu do licenciamento ambiental do prolongamento da Avenida Litorânea (reveja aqui).

A decisão é um verdadeiro choque de realidade no prefeito João Castelo (PSDB), que, no último dia 20 de abril, mandou soltar na imprensa release “informando” que o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região havia autorizado a obra e comemorando a vitória na Justiça.


E isso é simples de explicar. O que ocorre é que há dois processos contestando o prolongamento da Avenida Litorânea. O questionamento  feito pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal diz respeito ao traçado da via. Neste caso, a Prefeitura de São Luís realmente já conseguiu uma vitória judicial.

Mas o processo que chegou ao STJ é fruto de uma ação do Ministério Público Estadual, por meio do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural. Nele, questionam-se irregularidades no EIA/RIMA utilizado pelo Município para embasar a licitação.

Havia suspeitas – agora confirmadas pelo STJ – de que o documento foi produzido em Teresina e depois entregue à Prefeitura pela CONSPLAN, sem qualquer processo licitatório, como o ministro-relator da matéria, Ari Pargendler, diz ter sido confessado pela Procuradoria Geral do Município.

“De um lado, vê-se que há sérias dúvidas acerca da contratação da empresa CONSPLAN – Consultoria e Planejamento Ltda. para elaboração do EIA/RIMA. Se de um lado alega o Município réu que o EIA/RIMA teria sido doado à municipalidade pelo SINDUSCON-MA, de outro, vê-se que os documentos acostados aos autos e as alegações do Ministério Público apontam em outra direção. 

A cópia do ‘Termo de Doação’ (fl. 172), de fato, não foi autenticada e não traz qualquer firma reconhecida, tendo o órgão do Ministério Público, inclusive, questionado sua veracidade. Aliás, vê-se que aquele documento diz respeito a um ‘Projeto’ de EIA/RIMA e não ao EIA/RIMA propriamente dito”, defende Pargendler no despacho final (leia a íntegra aqui).

A Justiça entendeu, também, que os vícios encontrados são o suficiente para a suspensão de todo o licenciamento ambiental, porque a obra “pode causar grave lesão ao meio ambiente” se todas as dúvidas acerca do impacto do prolongamento da avenida. “Sendo assim, todo o procedimento de licenciamento poderia estar viciado, eis que possivelmente proveniente de ato ilegal - contratação sem licitação prévia [...]. A ampliação de uma avenida litorânea pode causar grave lesão ao meio ambiente, sendo recomendável, portanto, a suspensão do procedimento de licenciamento ambiental até que sejam dirimidas as dúvidas acerca do possível impacto da obra”, diz o texto da decisão.

FONTE:http://gilbertoleda.com.br/

Eleições 2012. Descoberta Fraude Eleitoral no Municipio de Governador Nunes Freire. Polícia prende Servidor do Tribunal de Justiça por falsificação de documentos.


Atualização - 2:

http://www.jornalpequeno.com.br/2012/5/8/prisao-de-falsificador-revela-fraude-eleitoral-na-baixada-196506.htm 


POR GABRIELA SARAIVA e OSWALDO VIVIANI.

A prisão, na última sexta-feira (4), do falsificador Deyslan Silva Mendes, de 27 anos, no município de Santa Helena, e documentos apreendidos numa casa e numa fazenda revelaram um grande esquema de fraude eleitoral na Baixada Maranhense. 

Segundo a polícia, Marcel Everton Silva, o “Marcel Curió”, filho do prefeito de Turilândia, Domingos Savio Fonseca Silva, o “Domingos Curió”, está envolvido nas fraudes, assim como seu pai. 

 Marcel é pré-candidato a prefeito de Governador Nunes Freire. Outros políticos também podem ter sido beneficiados com as falsificações. O delegado de Nunes Freire, Ricardo Pinto Aragão, que está à frente das investigações, apontou os nomes do vice-prefeito de Governador Nunes Freire, Edmilson Medeiros Santos, o “Pachico”, 51 (PDT); do vereador Raimundo Pedro Costa, 38 (PSD), de Turilândia, e de outro filho de Domingos Curió, conhecido como Paulo Curió.

As investigações que resultaram na operação policial que prendeu Deyslan Silva Mendes – levada a cabo por policiais civis de Junco do Maranhão, Maracaçumé, Santa Helena e Governador Nunes Freire – tiveram início no dia 25 de abril passado, quando três pessoas foram presas em flagrante em posse de documentos falsos para adquirir transferência de títulos eleitorais. Foram presos, na ocasião, João de Deus Silva, Edinalva da Silva Melo e a agenciadora Valdemira Martins Matos, surpreendidos em flagrante com documentos falsificados da Cemar, do Banco do Brasil e da Oi.

Deyslan Mendes e ‘Marcel Curió’: fraudes em benefício de políticos da Baixada
Portando mandados de prisão e busca domiciliar, expedidos pela juíza Raquel Araujo Castro Teles de Menezes, com o parecer do promotor Hagamenon de Azevedo, a polícia diligenciou à residência do falsificador Deyslan Mendes, em Santa Helena.

No local, foram apreendidas impressoras e uma grande quantidade de material falsificado, inclusive informatizado. Entre os documentos, foram encontrados extratos bancários e envelopes do Banco do Brasil e do Itaú, além de certidões de nascimento, casamento, carteiras de identidade, documentos de cartórios eleitorais de alguns municípios, CPFs, certidões de óbito, IPVA e mandados de busca e apreensão expedidos pela 7ª Vara Cível de São Luís.

Já em Governador Nunes Freire, numa busca realizada na fazenda do pré-candidato a prefeito de Governador Nunes Freire, Marcel Everton Silva, foi encontrado vasto material, fruto de falsificação, com documentos públicos e privados e até mesmo símbolos dos poderes Judiciário e Executivo.

“Achamos inclusive títulos de eleitor duplicados e documentação da Caema”, disse ao JP o delegado Ricardo Pinto. Segundo o delegado, as fraudes vinham sendo realizadas desde 2008, e vários políticos – entre eles o atual prefeito de Turilândia, Domingos Curió, teriam sido eleitos por meio delas.

Entre os documentos falsificados apreendidos, 1.500 foram utilizados nas eleições passadas (2008) e 730 seriam usados por Marcel Curió. Em depoimento, Deyslan teria afirmado, segundo a polícia, que recebeu o valor de R$ 5 mil nos trabalhos realizados durante a eleição de 2008, e que, para as falsificações que estavam sendo feitas para o próximo pleito, receberia por cada 200 lotes de documentações “fabricadas” a quantia de R$ 50 mil.

Conforme o delegado Ricardo pinto, pelo menos 10 políticos estão diretamente envolvidos nas fraudes e foram beneficiados com o esquema. De forma indireta, aproximadamente 400 pessoas participavam do processo.

“Encontramos também vários documentos da Previdência Social, que indicam que as fraudes eram feitas igualmente com o nome de pessoas mortas”, informou o delegado de Nunes Freire, que garantiu que “todos os envolvidos no esquema fraudulento serão indiciados”.

O pré-candidato a prefeito de Governador Nunes Freire, Marcel Curió, não foi encontrado na fazenda em que a polícia realizou busca e apreensão. Ele teve sua prisão pedida.

Ao ser interrogado, Deyslan Mendes teria afirmado à polícia que trabalhou no Cartório do Fórum de Santa Helena e no Tribunal de Justiça de São Luís, mas o TJ-MA negou que o acusado tenha tido qualquer vínculo empregatício com a instituição.

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Atualização - 1:

Servidor do TJ é preso por prática de crime eleitoral.

O servidor Deyslan Silva Mendes foi preso pela policia civil por falsificação de títulos eleitorais no município de Governador Nunes Freire. 

A operação que levou o falsificador à prisão foi comandada pelo delegado Ricardo Pinto Aragão, na sexta-feira.

Deyslan Silva Mendes que residia no município de Santa Helena foi preso na fazenda do pré-candidato a prefeito de Governador Nunes Freire, Marcel Everto D. Silva, conhecido como Marcel Curió.

Ele é filho de Domingos Fonseca, o Domingos Curió, prefeito de Turilândia.

Na casa de Deyslan Silva, a polícia apreendeu as impressoras utilizadas na falsificação, além de grande quantidade de material falsificado, de extratos bancários do Banco do Brasil e Itaú, envelopes do Banco do Brasil e do Itaú, centenas de contas da Cemar, contas da operadora OI, Certidões de Nascimento, Casamento, documentos de Carteira de Identidade, do Cartório Eleitoral de alguns municípios, mandados de busca e apreensão expedido pela 7ª Vara Cível de São Luís/MA, RGs, CPFs, certidão de Óbito, IPVA e outros.

Em seu interrogatório o Deyslan Silva Mendes confessou que trabalhava no Cartório Eleitoral do Fórum de Santa Helena, desde 2003, e foi transferido para o Tribunal de Justiça, em São Luís, em 2008 após ser aprovado em um concurso para Técnico Judiciário e estaria de licença até os dias atuais. Que em 2008, ajudou a eleger um prefeito, onde teria falsificado aproximadamente 1.500 documentos para serem utilizados na transferência de títulos eleitorais.

Por cada lote entregue de 200 títulos eleitorais receberia R$ 50 mil. Deyslan confessou que já havia confeccionado aproximadamente 730 documentos falsos para serem utilizados na campanha eleitoral de Governador Nunes Freire, para o pré-candidato Marcel Curió.

Todas as provas materiais encontradas na casa do Deyslan Silva Mendes e na fazenda do pré-candidato Marcel Curió, serão encaminhadas para Polícia Federal. O suspeito Deyslan foi autuado em flagrante pela prática do crime de falsidade documental, falsificação de documento público e falsificação de documento privado.

Informações: Blog do Itevaldo Junior

FONTE: http://www.gazetadailha.com.br/2012/05/07/servidor-do-tj-e-preso-por-falsificacao-de-titulos-eleitorais/

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Sob coordenação da Superintendência de Polícia Civil do Interior, (SPCI), uma ação conjunta de policiais civis das cidades de Junco do Maranhão, Maracaçumé, Santa Helena e Governador Nunes Freire, sob o comando do delegado Ricardo Aragão, cumpriram, no  fim de semana, dois mandados de busca domiciliar em desfavor do funcionário do Fórum de Santa Helena, identificado como D.S.M. de 28 anos.

O acusado foi preso por meio de informações de algumas pessoas que foram indiciadas por uso de documentos falsos. Após um trabalho de investigação, a Polícia Civil descobriu que D.S.M. residia na cidade de Santa Helena, em uma fazenda de propriedade de um pré-candidato a prefeito da cidade de Governador Nunes Freire.

Ainda com base em investigações, o acusado  fazia um trabalho de falsificação de documentos para fins eleitorais desde o ano de 2008, época de eleições para prefeito e vereador.

Conforme explicou o delegado Ricardo Aragão, da Delegacia de Governador Nunes Freire, investigações da polícia apontavam que o falsificador efetuava uma espécie de obtenção de transferência de título eleitoral, com intuito de favorecer a candidatura de prefeitos e vereadores das cidades citadas.

Ainda segundo a Polícia Civil, o acusado obtinha uma máquina que produzia esses documentos, sempre com a finalidade de falsificar para favorecer candidatos nas eleições municipais. 

Apreensões - Na casa dele, a polícia apreendeu as impressoras utilizadas na falsificação, envelopes e extratos bancários do Banco do Brasil e Itaú, centenas de contas da Cemar, Operadora de Telefonia, Certidões de Nascimento, Casamento e Óbito, documentos do Cartório Eleitoral de alguns municípios, mandados de busca e apreensão expedidos pela 7ª Vara Cível de São Luís, RGs, CPFs, IPVA e outros. 

Sobre a quantidade significativa de documentos, a Polícia Civil levantou que entre os envolvidos no processo de falsificação de forma indireta, estavam envolvidos em torno de 400 pessoas que possuíam títulos, e aproximadamente 10 candidatos favorecidos nas eleições. 

“Com certeza existem mais pessoas envolvidas na fraude eleitoral, Vamos apurar todas as informações e levantar provas no sentido de desbaratar todo sistema de falsificação, além de prender todos os envolvidos”, afirmou o delegado Ricardo Aragão.    
 
Investigações policiais - De acordo com as investigações, o acusado teria contribuído para a eleição de um candidato à prefeitura de Governador Nunes Freire, nas eleições de 2008, falsificando 1.500 documentos que foram utilizados para transferência de títulos eleitorais. Para cada lote de 200 documentos o suspeito recebia 50 mil reais. 

O titular da Delegacia de Governador Nunes Freire disse como a Polícia Civil havia chegado ao falsário. “No dia 25 de abril autuamos três pessoas,  em flagrante delito com documentos falsificados para transferência de títulos eleitorais. Com base nos depoimentos dos envolvidos, a Polícia Civil passou a investigar e levantar informações de que o acusado estaria produzindo documentos públicos e privados com relação às eleições”.

Com relação à continuidade das investigações o delegado Ricardo Aragão, que foi responsável pela prisão do falsificador, informou que os levantamentos sobre o acusado terá o apoio da Polícia Federal e Justiça Eleitoral, já que envolve crimes sobre falsificação de documentos com fins eleitorais. 

Para o delegado, as polícias devem se unir para elucidação desta tipologia de crime. “Vamos contar com a ajuda da Polícia Federal pela relevância e complicação do fato”, afirmou.     

Durante as investigações, o delegado citou o nome de alguns vereadores e prefeitos que estariam envolvidos com o sistema de falsificação. Segundo a Polícia, o falsificador teria favorecido o atual prefeito de Turilândia. 

D.S.M. foi autuado em flagrante pelos crimes de confecção ilegal de documentação, falsificação de documentos públicos e privados. Ele foi apresentado pelo delegado Ricardo Pinto Aragão, nas dependências da Superintendência de Polícia Civil do Interior. Ele ficará à disposição da Justiça de Santa Helena.
INFORMAÇÕES SECOM GOVERNO DO ESTADO 

FONTE:http://www.elo.com.br/portal/noticias/ver/228554/policia-prende-falsificador-de-documentos-para-fins-eleitorais.html

terça-feira, 8 de maio de 2012

Goiás. Helicóptero da Polícia Civil cai e mata oito em Doverlândia.

O delegado Antônio Gonçalves, um dos oito mortos na queda do helicóptero Coala da Polícia Civil de Goiás, ocorrido hoje na zona rural em Piranhas, é natural do Piauí. 

Gonçalves, desfrutava de muito prestígio em Goiania. A informação do acidente foi confirmada, em pronunciamento oficial, pelo secretário de Segurança Pública João Furtado Neto.
Oito pessoas que estavam na aeronave morreram entre elas, Aparecido Souza Alves, acusado de ser autor da chacina que matou sete pessoas semana passada naquele Estado.

Segundo o portal Goiás Net, entre os ocupantes estariam os delegados Jorge Moreira, Antônio Gonçalves, Vinicius Batista, o piloto e co-piloto e também delegados Osvalmir Carrasco e Bruno Carneiro, além do acusado Aparecido Souza Alves e outros dois agentes ainda não identificados. Os nomes, entretanto, ainda não foram confirmados pela Polícia Civil.


Helicópteros do Corpo de Bombeiros de Goiânia e Iporá se deslocaram até o local do acidente.

O helicóptero era um dos dois utilizados nos trabalhos de reconstituição da chacina em que sete pessoas foram degoladas em uma fazenda do município de Doverlândia, no último dia 28.

Ao confirmar ao Portal AZ, pelo telefone, a morte do delegado Antônio Gonçalves, o empresário goiano Marco Antônio Gomes disse que Gonçalves, seu amigo particular, desfrutava de muito prestígio na sociedade de Goiania. Marco Antônio sentiu muito a morte do amigo.

Repórteres do Portal AZ ainda não conseguiram contato com a família do delegado Antônio Gonçalves, em Teresina.

O assassino confesso das vítimas, Aparecido Alves Soude, de 22 anos, participou da primeira fase da reconstituição do crime na quinta-feira da semana passada e viajou novamente de helicóptero ao local do crime para reproduzir os fatos relacionados aos outros cinco assassinatos aos peritos criminais.

Na primeira fase da reconstituição, Aparecido contou como matou o dono da fazenda, Lázaro Oliveira Costa, de 57, e o filho dele, Leopoldo Rocha Costa, de 22.

Com informações do www.goiasnet.com

Goiás. A polícia já sabe quem é o sócio que assumiu a banca de jogo de bicho do ex-prefeito assassinado. Ele é suspeito de ser um dos mandantes do crime.


Por Andreia Bahia - Jornal opcao.
 
Boadyr Veloso, ex-prefeito da cidade de Goiás, foi executado em 2008 por pistoleiros em uma moto.
 
Assassinato de Boadyr Veloso
Crime envolve briga por controle do jogo do bicho. A polícia já sabe quem é o sócio que assumiu a banca de jogo de bicho do ex-prefeito assassinado. Ele é suspeito de ser um dos mandantes do crime.


A polícia está prestes a esclarecer a mor­te do médico Boa­dyr Veloso, que foi prefeito da cidade de Goi­ás. Já existem dois suspeitos de serem os mandantes do crime, que aconteceu no dia 28 de maio de 2008. O ex-prefeito, de 71 anos, foi assassinado a tiros ao sair de uma casa de jogos clandestinos no Centro de Goiânia por volta das 11 horas da noite. Ele foi executado por dois homens que estavam em uma moto à espera dele. Os pistoleiros ainda não foram encontrados.
 
Mas a polícia não tem dú­vidas de que a morte de Boa­dyr Veloso, médico patologista e funcionário aposentado do Banco do Brasil, esteja relacionada com a exploração do jogo do bicho e de caça-níqueis em Goiânia. Ainda não consta no inquérito, mas a polícia investiga denúncias anônimas que dão conta que Boadyr Veloso teria vendido o direito de exploração de jogos no Entorno do Distrito Fe­deral a outro grupo que atua no ramo. Há informações que o negócio teria custado cerca de R$ 350 mi­lhõ­es.  A polícia acredita que Bo­a­dyr tenha contrariado interesses de gente importante que explora o jogo em Goiás. Por isso, morreu.
 
Mas a hipótese inicial a ser investigada pela polícia não foi essa. O delegado Carlos Raimundo Lucas Batista, que primeiro investigou o caso, suspeitou de crime político. Boadyr era pré-candidato a prefeito da cidade de Goiás e, segundo o delegado que hoje preside o inquérito, Alexandre Bruno Barros, só depois de ouvir 15 pessoas o delegado Carlos Raimundo descartou essa linha de investigação. “Boadyr era um político moderado e não tinha inimigos declarados”, explica Alexandre. O inquérito passou pelas mãos de ou­tros três delegados, Jorge Moreira, Adriana Ribeiro e Ernane Oliveira Cazer, que comandou o inquérito até abril de 2011. Depois dessa data a investigação paralisou e só há três semanas o delegado Alexan­dre reiniciou os trabalhos.
 
Consta no inquérito que a família não sabia do envolvimento de Boadyr Veloso com jogo do bicho e que, depois da morte dele, decidiu fechar a casa de jogos que funcionava em Goiânia. O filho Eládio Neto, que é policial em To­cantins, testemunhou que esteve em Goiânia, pagou os funcionários e fechou a ban­ca, que era conhecida como Mega e funcionava em uma viela da Rua 7, no Centro da cidade. Dias depois, a banca voltou a funcionar, o que levou delegado Ernane Cazer a desconfiar da existência de um sócio de Boadyr. A polícia já sabe quem é esse sócio que assumiu a banca e ele é suspeito de ser um dos mandantes do crime. O outro suspeito também tem envolvimento com jogo ilegal.
Boadyr Veloso tinha ex-mulher (com quem teve filhos), uma esposa e uma namorada. Todas foram ouvidas, assim como os genros.  Segundo Alexandre Barros, a família negou qualquer co­nhecimento da atividade ilícita do ex-prefeito.

Apenas a namorada — que Alexandre Barros não identifica para preservá-la — ajudou nas investigações ao dizer que Boadyr temia “morrer ou ter que matar” por causa do jogo. O genro Edivaldo Cardoso, considerado pela polícia braço direito de Boadyr nas questões financeiras, também não ajudou nas investigações, relatou Ale­xandre Barros.
 
Conversa 
 
No entanto, de acordo com o registro das ligações celulares da vítima que constam nos autos, Edivaldo Cardoso conversou com o ex-prefeito dez minutos antes de ele ser morto. Edivaldo não foi último a falar com a vítima. No momento em que levou os três tiros, Boadyr Veloso conversava com um assessor de nome Tim e conhecido como “Macaco”, que estava na cidade de Goiás. Eles falavam sobre as pesquisas de intenção de votos para prefeito, contou Tim à polícia.
 
Edivaldo Cardoso pediu exoneração do cargo de presidente do Detran de Goiás em abril, depois da divulgação de ligações interceptadas pela Polícia Federal dentro da Operação Monte Carlo. Nelas, Edivaldo Cardoso conversa com Carlinhos Cachoeira, preso em Brasília suspeito de diversos crimes. O delegado Alexandre Barros pretende usar as interceptações da Polícia Federal para esclarecer a morte do ex-prefeito. “Como as interceptações vinham sendo feitas há muito tempo é provável que haja trechos que envolvam Boadyr Veloso.” O médico era sócio de Carlos Cachoeira.
 
Para não comprometer a construção das provas, o inquérito é sigiloso. Mas a polícia já tem  nome  de quem mandou matar Boadyr Veloso  e sabe também a motivação: “Acerto de contas envolvendo  jogo do bicho e caça-níqueis”, afirma Ale­xandre Barros. Depois da morte de Boadyr, mais dois bicheiros teriam sido assassinados, possivelmente como queima de arquivo.
 
“Até para pescar eu sou contraventor”
Boadyr Veloso era uma pessoa de interesses escusos e o jogo do bicho era apenas uma das ilegalidades que cometeu ao longo da vida. O médico chegou a ser condenado a dez anos e oito meses por estupro e a dois anos e seis meses pelo crime de induzimento à prostituição, totalizando 13 anos e 2 meses de reclusão em regime fechado. Ele foi flagrado em um motel com sete adolescentes menores de 14 anos, a quem oferecia dinheiro em troca de favores sexuais.
 
O Tribunal de Justiça de Goiás extinguiu a pena em 2004 porque as sete vítimas retiraram as queixas depois que Boadyr Veloso apresentou sete certidões de casamento de suas vítimas. Seis das sete meninas casaram-se no mesmo mês, outubro de 2001: três no dia 5 e três no dia 17. Boadyr se beneficiou da lei, que no inciso VIII, artigo 107 do Código Penal, determina a extinção da pena se a vítima de estupro se casar com terceiros e não reivindicar, num prazo de 60 dias, a continuidade do processo.
 
Na ocasião, o ex-prefeito declarou para a revista “Época” que estava “apenas” discutindo política com as meninas no motel. “Agora, é melhor não falar mais nisso. As meninas tão casadas, com a vida arrumada.” Uma frase de Boadyr Veloso reflete bem seu comportamento: “Até para pescar eu sou contraventor. Só pesco de tarrafa."
 
Boadyr Veloso era visto como um “coronel” pela população da cidade de Goiás. Na época em que era prefeito, o então vereador Rodrigo Santana o acusou de usar a cidade para lavar o dinheiro do jogo do bicho. Santana teria sido ameaçado de morte por causa disso.
FONTE: http://www.jornalopcao.com.br/posts/reportagens/crime-envolve-briga-por-controle-do-jogo-do-bicho