segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Globo a favor do Mais Médicos e contra o corporativismo.

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Foto Brasil 247.

Jornal vê na luta travada por sindicatos e entidades representativas dos médicos interesses "claramente corporativos" e reconhece que programa do governo Dilma é uma tentativa de melhorar o quadro de efetivo abandono que há na saúde pública destinada ao pobre do interior e periferias.

5 de Agosto de 2013.

247 – Fortemente criticado pela mídia e pela classe médica no ato de sua divulgação, o programa Mais Médicos do governo Dilma conquistou adeptos de governos da oposição e agora recebe o respaldo da mídia tradicional. O jornal Globo diz que iniciativa é uma tentativa de melhorar o quadro de efetivo abandono que há na saúde pública destinada ao pobre do interior e periferias e condena corporativismo. Leia o editorial:

O que está em jogo -  Há muito não se vê uma mobilização de uma categoria profissional como a dos médicos. Ações foram impetradas na Justiça e, na semana passada, houve paralisações em 16 estados.

O alvo da categoria é duplo: o programa Mais Médicos e vetos feitos pela presidente Dilma na lei recém-aprovada que regula os atos dos profissionais de saúde. Outros segmentos nesta atividade (enfermeiros, por exemplo) se insurgiram contra o que consideraram um avanço dos médicos sobre suas áreas e conseguiram os vetos do Planalto.

Há nas duas frentes da luta travada por sindicatos e entidades representativas dos médicos interesses claramente corporativos. Nada de mal nisso, contanto que não se descuide dos interesses públicos mais amplos.

A insurreição contra o Mais Médicos é típica de situações em que é preciso muito cuidado para, na linguagem dos teóricos de administração, não se deixar o “cliente” em plano inferior. 

No caso, a população de renda mais baixa, aquela que depende do SUS. Ou seja, a maioria dos mais de 190 milhões de brasileiros.

À primeira menção de alguém do governo sobre a possibilidade de médicos estrangeiros serem atraídos para trabalhar no grande número de cidades desassistidas no interior e periferias de cidades, houve uma reação instantânea contrária.

Entende-se que existisse o temor de que alguém em Brasília quisesse copiar o modelo da aliada Venezuela e entulhar favelas e vilarejos de médicos generalistas cubanos, de formação não testada. Neste sentido, foi positivo o primeiro grito de alerta.

Houvesse ou não este plano, a oposição se manteve mesmo quando a “invasão” cubana foi afastada. Também pouco adiantou a apresentação de estatísticas, até agora não desmentidas, que mostram um índice muito baixo de médicos por habitantes no Brasil, indicador irrefutável da falta física de profissionais.

Há mesmo o fenômeno da concentração de profissionais nos grandes centros. 

Como ocorre com engenheiros, economistas, jornalistas, carpinteiros, etc.

Nada a estranhar. Mas, mostram os números, mesmo que os médicos fossem redistribuídos, não seriam suficientes para atender à demanda.

Um dado: na primeira rodada do programa de recrutamento do Mais Médicos, 3.511 prefeituras, das 5.500 existentes, pediram 15.460 profissionais. Só 4.567 médicos se alistaram, dado que precisa ser levado em conta pelo governo. Estrangeiros, estima-se 1.800.

O essencial em toda esta polêmica é que o Mais Médico pode precisar de ajuste, mas é uma tentativa de melhorar o quadro de efetivo abandono que há na saúde pública destinada ao pobre do interior e periferias. 

Qualquer avanço que se fizer nesta área será um ganho. Claro que isso não justifica equívocos. Mas interesses corporativistas também precisam ser deixados de lado quando a saúde pública está em jogo.

Conheça homens e mulheres que optaram por uma vida mais simples. Notícias de Ontem.

Postado em: 16 abr 2013 às 10:51

Na contramão da sociedade contemporânea, homens e mulheres optam por uma vida mais simples. Eles garantem que são mais felizes. Conheça as histórias.

Você pode ter passado a vida inteira, ou parte dela, ouvindo a expressão: tempo é dinheiro. Conhecido de perto um universo em que ter do “bom e do melhor” é sinônimo de uma vida sossegada. Também deve ter escutado, e acreditado, que comprar roupas, sapatos e supérfluos alivia o estresse, principalmente, das mulheres durante a tensão pré-menstrual (TPM). 

Que shopping é e será um dos melhores lazeres desta vida moderna. Agora, suponha que tudo isso virasse de cabeça para baixo. Em nome da simplicidade do ser, homens e mulheres, de idades diferentes, chacoalharam esses velhos conceitos cada vez mais impostos à sociedade e optaram, sem culpa e com leveza, por uma vida simples. Acreditam que precisam de pouco para se satisfazer e asseguram que o lucro com tudo isso não se vende nem se troca, e tem nome: felicidade.

Não se trata de um movimento, mas um fenômeno sem causa única e nenhuma regra. Essas pessoas estão, aos poucos, caminhando por conta própria em busca da simplicidade, sem fazer publicidade disso. Alguns mudaram de cidade, outros conseguiram isso morando em uma capital como Belo Horizonte. E não estão sós. 

A tal simplicidade já chama a atenção do mundo, já que grandes homens, que poderiam esbanjar mordomias, disseram “não” a elas e a tudo que elas remetem. 

O ex-guerrilheiro José Mujica, atual presidente do Uruguai, por exemplo, mora em uma casa deteriorada na periferia de Montevidéu, sem empregado nenhum. Seu aparato de segurança: dois policiais à paisana estacionados em uma rua de terra.

Outro que recebeu os olhares do planeta é o papa argentino Francisco, que despertou a simpatia dos católicos e até mesmo de quem não segue a religião, por quebrar protocolos da Igreja. 

Sabe-se que antes de chegar ao cargo mais alto da instituição, no dia 13, quando foi escolhido como papa, ele andava de metrô e ônibus por Buenos Aires e cozinhava a própria comida. Já como líder do catolicismo, ele dispensou o carro oficial ao celebrar uma missa e caminhou pelas ruas, aproximando-se mais do povo.

BONS EXEMPLOS - Mas não é preciso ir a Roma ou ao Uruguai para conhecer pessoas que apostam nesse modo de vida. O Bem Viver conheceu bons exemplos dessa vida simples. São guerreiros que nadam contra a maré em uma sociedade que, cada vez mais, valoriza o supérfluo como a garantia para ser feliz. “Hoje, o que predomina é o consumismo mais exacerbado, mas se há grupos buscando essa simplicidade é um sintoma de que essa exaustão das buscas frenéticas acaba não levando a lugar nenhum”, comenta o psicólogo, psicanalista e doutor em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Roberto Drawin.


homens mulheres vidas simples
Advogada Débora Paglioni, de 23 anos, acredita que ser simples é uma postura que tem a ver com bem-estar e consciência (Foto: Estado de Minas).

Certos de que há muito mais quando se tem menos, os entrevistados para esta reportagem servem como verdadeiras lições de vida. Maria Madalena Aguiar, de 66 anos, diz ser “feliz demais” em levar uma vida baseada na simplicidade e acredita, por exemplo, que está mais perto de Deus. 

Já Guilherme Moreira da Silva, de 56, mora em um sítio em Macacos, na Grande BH, e garante que “ser simples” traz a ele conforto, alegria, prazer e felicidade. 

A mesma sensação tem Priscila Maria Caliziorne Cruz, de 23, que ao optar por esse estilo de vida diz ter ampliado sua consciência, ficando mais inteira e presente na vida. “A simplicidade nos obriga a olhar para nós mesmos”, comenta o frei Jonas Nogueira da Costa, que desde menino se encantou pela vida de São Francisco de Assis e adotou a espiritualidade franciscana. 

Para a advogada Débora Paglioni, de 23 anos, ser simples vai muito além de ter dinheiro. “Tem a ver com bem-estar e consciência”, afirma.

SOMENTE O NECESSÁRIO - Carro, só ser for para locomoção. Telefone é para se comunicar, não precisa de touch screen nem aplicativos mirabolantes. Roupas ou sapatos novos somente quando forem de extrema necessidade, afinal, para quê mais? Comer bem não é ir a restaurante refinado, mas aquilo que é feito em casa. Ter uma vida simples passa por muitas dessas posturas, que não são regras.

Mas quem decide viver com o que é necessário nega o que hoje é tão valorizado, como a corrida disparada pelos melhores celulares, casa, carros e as mais belas joias. 

E acaba consciente de que o tempo e a energia investidos para a aquisição de coisas podem minguar as oportunidades de conviver com o outro, de buscar a espiritualidade, autoconhecimento e senso de comunidade. 

É como se essas pessoas se abrissem mais para o mundo ao seu redor e dissessem: “Desapeguei”. Talvez por isso, elas são serenas, sorridentes e leves, vivendo somente com o necessário, aquilo que para elas é essencial.

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Esse desapego e vontade de viver somente com o que precisa não é algo que a humanidade conheceu hoje. O psicólogo, psicanalista e doutor em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Roberto Drawin destaca que esse comportamento é antigo e vem desde antes do cristianismo. 

“Vem de uma sabedoria grega. Não é só no sentido de não ter bens materiais, mas não transformá-los em uma tirania.” Ele conta que existia uma corrente da filosofia grega, o chamado estoicismo, que mostrava que o homem só atinge a felicidade se ele for livre, ao se livrar das dependências dos bens materiais. “Isso foi seguido tanto por um escravo quanto pelo imperador.”

De tanto desapegar desses bens, Guilherme Moreira da Silva, de 56 anos, é chamado de Mazzaropi pelos amigos, em alusão ao cineasta, ator de rádio, TV, de circo, cantor e diretor Amácio Mazzaropi, que, mesmo rico, foi conhecido como o gênio da simplicidade. 

Ele marcou a história do cinema nacional ao mostrar personagens simples e uma linguagem bem próxima do povo. Guilherme não optou pela arte. Desde menino, sofria de bronquite e a medicina não lhe dava esperança de cura. Por meio de uma vida que ele mesmo chama de alternativa, conseguiu se livrar da doença, desafiando até o diagnóstico médico.

Nascido e criado em Belo Horizonte, há 30 anos Guilherme se mudou para São Sebastião das Águas Claras, mais conhecido como Macacos, na Grande BH. Formado em arquitetura e especializado em paisagismo, ele morou na Espanha por um ano. 

Mas foi em Macacos, em um sítio em meio à natureza, que se encontrou. Por 15 anos, morou ali sem energia elétrica. Ele diz até hoje não comprar roupas e só usar aquelas que seus irmãos lhe dão. “Não atribuo grandes valores ao materialismo. Tenho uma caminhonete porque preciso dela para trabalhar.”

Guilherme hoje mexe com produtos naturais, vende pães integrais e come tudo o que planta. Onde mora não há internet. “A minha bronquite que me incomodava muito. Queria uma vida saudável. Esse modelo que adotei tem raízes profundas em querer sobreviver e gostar da vida. Chegou o momento em que o mais importante era a qualidade do ar que respirava, o contato com a terra e a comida que comia.”

Em uma casa de alvenaria sem luxos nem precariedade, Guilherme tem uma televisão, que de vez em quando é ligada. “A vida pode ser muito mais simples. A busca por ter tudo, trocar o velho pelo novo, traz desconforto. A sociedade nunca está satisfeita.” Para ele, a vida no campo traz essa simplicidade, alegria, conforto e prazer.

ESFORÇO - Professor do curso de ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas), Ricardo Ferreira Ribeiro diz que hoje as pessoas fazem um esforço danado para ter renda e, por outro lado, geram um estresse, acúmulo de trabalho e problemas de saúde. “A opção pela vida simples tem sido mais singela, há menos requinte, mas exige menos esforços.” Ele lembra que os hippies chegaram a optar por esse modo de vida, como crítica ao consumismo. “Esse modo de viver aproxima mais as pessoas, cria-se uma empatia.”

Para o frei Jonas Nogueira da Costa, de 37, viver com pouco se aprende ao estar perto daqueles que têm poucas condições financeiras. De família simples e católica, ele sempre participou das atividades da igreja de Três Rios, sua cidade natal, no interior do Rio de Janeiro, o que despertou sua vontade de ser padre. 

Em 1995, entrou para a Ordem dos Frades Menores, motivado pelo exemplo de São Francisco de Assis, que dedicou a vida à simplicidade e aos pobres. “A proposta de simplicidade, de viver como irmão e ter uma vida de oração são pilares que me encantaram”, diz. A simplicidade para Jonas é entendida como partilha. “Você não pode chegar a Deus com títulos acadêmicos, roupas e outros. Deus é simples.”

O frei conta que a principal mudança que sentiu na sua opção devida foi no conceito de posse. “As coisas que eram da minha família pertenciam a eles e a mim. Hoje, tenho o conceito do nosso.” Suas posses, segundo ele, são os livros. Não se importa com roupas e compra só o necessário. “A simplicidade tem o campo prático e político. 

No primeiro, é o contato com as pessoas mais simples e afetos com as plantas e animais. No segundo, é a denúncia do consumismo que gera frustrações.”

Ele ensina que a vida simples permite o contato consigo mesmo. “Nos obriga a olhar para nós mesmos e ao nos depararmos com o ser humano que somos nos libertamos das grandes tentações do consumismo.” O grande ganho para o frei é a felicidade como comunhão, prazer nas pequenas coisas, estar bem consigo mesmo. “Temos que fazer o que gostamos. A minha opção me faz bem, humano e feliz.”

Para o frei, quem segue a vida baseada na simplicidade, independentemente da religião, tem que aprender a escutar os pobres materialmente e socialmente. “Eles são os nossos mestres. Há muita coisa que dissemos que são fundamentais para nós, e vemos que outras pessoas conseguem viver sem aquilo.

Às vezes temos tudo e não abrimos mão de nada, e esse pobre consegue sorrir e falar de Deus. Por trás disso, há uma sabedoria. Não há uma receita pronta para essa vida simples. Cada um tem que fazer a própria síntese”, aconselha.

Estilo de vidas - Existe um movimento chamado simplicidade voluntária, que é um estilo de vida no qual os indivíduos conscientemente escolhem minimizar a preocupação com o “quanto mais melhor”, em termos de riqueza e consumo. 

Seus adeptos escolhem uma vida simples por diferentes razões, que podem estar ligadas a espiritualidade, saúde, qualidade de vida e do tempo passado com família e amigos, redução do estresse, preservação do meio ambiente, justiça social ou anticonsumismo. 

Algumas pessoas agem conscientemente para reduzir as suas necessidades de comprar serviços e bens, e, por extensão, reduzir também a necessidade de vender o seu tempo. Alguns usarão as horas a mais para ajudar os seus familiares ou a sociedade, ou sendo voluntário em alguma atividade.

Compra consciente - Mudar os hábitos de consumo e só adquirir produtos de que realmente precisa é uma opção de vida de quem busca ser mais saudável.

Não é preciso sair da capital ou se dedicar integralmente ao sacerdócio para ter uma vida simples. Essa opção de vida, apesar de a luta ser ainda maior, é bem possível na cidade grande, mesmo com as tentações do consumo e seus exageros bem próximos. 

A simplicidade, muitas vezes, está na essência da alma e em atitudes conscientes, e não é preciso radicalismo para chegar até ela. O professor do curso de ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas) Ricardo Ferreira Ribeiro diz que essa opção de vida pode ser uma certa crítica aos valores ligados à ostentação e ao padrão de vida de pessoas que não conseguem abrir mão dos bens materiais. “A gente acaba consumindo muitas coisas, para quê? Qual a finalidade desse bem que se adquire?”, provoca.

Foram essas as perguntas que motivaram a psicóloga Marina Paula Silva Viana, de 28 anos, a enfrentar um desafio: um ano sem compras. De junho de 2011 até junho de 2012, ela não comprou nada de supérfluo e criou um blog [http://umanosemcompras.blogspot.com.br/] na internet relatando sua experiência durante esse período. 

A página levou o nome do desafio, Um Ano sem Compras. Mineira de Belo Horizonte, a jovem mora desde 2008 em Curitiba e achava que a proposta seria difícil. “O mais complicado é conter o primeiro impulso. Mas vi que isso é bem possível.” O dinheiro que usava para comprar roupas, bolsas, calçados e cosméticos foi gasto em lazer. “Sempre gostei dessa opção de vida, e queria fazer essa experiência. Você percebe que tem outras prioridades na vida.

Passei a fazer mais programas ao ar livre, a aproveitar atividades intelectualizadas. Quando estamos imersos no consumo, deixamos o que nos dá prazer em segundo plano. Passada essa experiência, hoje compro bem menos e me foquei no que é essencial para mim.”

Como psicóloga, Marina conta que muitos pacientes trazem para o consultório frustrações vindas do consumo. “As pessoas estão consumindo mais. E isso acaba tendo uma função psicológica. Elas acabam acreditando que a personalidade está ligada ao que consomem.”

Formada em teatro, produtora do curso de educação gaia em BH e estudante de letras na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Priscila Maria Caliziorne Cruz, de 23, diz que a vida simples vem dos pilares que recebeu em casa e das suas buscas e anseios. “São escolhas diárias. Encontrei em BH, no meio urbano, uma alternativa mais simples para viver.”

Ela conta que o segredo dessa opção está na consciência do que se busca. “Sabemos que ter um telefone é importante para atender a necessidade. Mas nem sempre essa necessidade por um produto acompanha moda e o que está no mercado.” 

Há 10 anos, a jovem não entra em shopping, pois, segundo ela, é um ambiente que a incomoda, principalmente pelo objetivo daqueles que estão ali e os tipos de relações estabelecidas. “Participo de um encontro anual de trocas de roupas. Para a minha alimentação, participo de redes de agricultura urbana, que são alimentos produzidos na cidade. Compramos diretamente dos produtores, sai mais barato e não acumula tanto valores.”

A maior preocupação de Priscila é com o meio ambiente. Ela procura ter atitudes sustentáveis, como reciclagem de lixo, usar carona ou transporte público. “Essa opção de vida me faz sentir em harmonia comigo mesma.

Quando fiz essa escolha, é como se tivesse responsabilidade com as pessoas ao meu redor.” Ela diz que o encontro com esse modo de vida foi motivado por uma busca de vida saudável, da saúde do corpo e da mente . “Nunca fiz escolhas motivada pelo financeiro.”

BENS MATERIAIS - Por mais que as quatro filhas insistam, Maria Madalena Aguiar, de 66 anos, fica bons anos sem comprar roupas. Prefere consertar as que tem e não se importa com a idade delas. Um vestido e um tamanco já estão de bom tamanho. 

Mesmo morando na capital, a essência, adquirida na infância, na roça e durante os três anos que morou em um convento em São Paulo, ela mantém intacta e com orgulho. Diz já ter conhecido muitas pessoas que ostentam bens materiais. “É de dar dó”, comenta.

Certo dia, uma de suas filhas a chamou para sair. Ela logo pegou a bolsa de pano e disse estar pronta para acompanhá-la. A filha sugeriu que mudasse de roupa. “Você quer o que visto ou a minha companhia?”, respondeu Madalena. 

Apaixonada pelas poesias que cria, ela conta que prefere andar de ônibus ou a pé a ir de carro. “Temos pernas é para andar.” Compras com ela, só o essencial. O seu lazer é mexer na terra, com as plantas e aprender com elas. “A vida simples é uma sabedoria”, avisa. Para ela, ajudar o outro a ter um coração bom são as grandes riquezas do ser humano.

Madalena conta a lenda que lhe serve de inspiração. “Uma vez, um turista viajou para conhecer um grande sábio. Quando chegou, disse a ele que queria conhecer seus móveis. O sábio, muito tranquilo, mostrou que só tinha uma cama e uma cadeira e o convidou a entrar. 

O homem não aceitou, disse estar só de passagem. O sábio respondeu: ‘Eu também’.” Para essa senhora, a história aponta o que devemos pensar antes dos bens materiais serem nossos donos. “Caixão não tem gaveta. Estamos aqui só de passagem.” (LE)

Viver com o essencial - Este mês, o New York Times publicou um artigo sobre a vida de Graham Hill, que vive em um estúdio de 420 pés. Ele tem seis camisas, 10 tigelas rasas que usa para saladas e pratos principais. Não tem um único CD ou DVD. 

Era rico, tinha uma casa gigantesca e cheia de coisas – eletrônicos , carros e eletrodomésticos. “De uma certa forma, essas coisas acabaram me consumindo”, disse na entrevista. 

Em 1998, em Seattle, vendeu sua empresa de consultoria de internet, Sitewerks, por muito dinheiro e passou a comprar muito. Entre as compras, um Volvo preto turbinado. 

Mas tudo isso passou a incomodá-lo e a ficar sem graça. E ele decidiu viver somente com o essencial.

Luciane Evans, Estado de Minas

Caso Siemens-PSDB chega ao tucano que sabe demais.

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Foto: Brasil 247.
Se Robson Marinho contar o que sabe, elo entre cartel no metrô paulista e gestões do PSDB pode se fechar; ex-chefe da Casa Civil de Mario Covas, atual deputado federal já tem US$ 3 milhões identificados em contas secretas na Suíça; suspeita é origem na Alstom; chefão entre os tucanos, Marinho já foi presidente da Assembleia e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (foto); na Siemens, escândalo derruba presidente no Brasil Peter Loscher; governador Geraldo Alckmin virou alvo das ruas; investigação chega ao paraíso fiscal de Liechtenstein.

4 de Agosto de 2013.

PT profissionaliza ação nas redes sociais para se reaproximar das massas.

Por Ricardo Galhardo - iG São Paulo |

Ex-presidente Lula afirma que mobilizações pegaram todos de surpresa e que PT age de forma antiga na política

Em janeiro deste ano um grupo de assessores e dirigentes petistas se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede do Instituto Lula e sugeriu um forte investimento na profissionalização da gestão das redes sociais pelo PT e pelo governo.
Gabriela Bilo/Futura Press -
Segundo relatos, Lula está fascinado com as novas formas de atuação política online. Na imagem, ex-presidente em julho passado 
Eles teriam mostrado a Lula um gráfico sobre a presença dos grupos políticos nas redes. A direita era um enorme círculo azul. A esquerda um pequeno círculo vermelho e o PT um ponto, representado apenas pelo perfil Dilma Bolada no Facebook.

Segundo relatos, Lula teria ignorado a sugestão.

"Isso aí não resolve nada. O que importa é a TV", teria dito o ex-presidente, adepto até então da máxima do marqueteiro Duda Mendonça segundo a qual "TV é benzetacil, o resto é homeopatia".

Seis meses depois, na última sexta-feira (2), o próprio Lula fez uma espécie de mea culpa na abertura do XIX Encontro do Foro de São Paulo.

"Estes movimentos que aconteceram aqui no Brasil pegaram de surpresa todos os partidos de esquerda, de direita, o movimento sindical e o movimento social porque nós ainda agimos da forma antiga para fazer política", disse Lula. "Nós na verdade, fomos ficando velhos e perguntamos: cadê a juventude do nosso partido? Como estamos nos comunicando com eles?", admitiu o ex-presidente.


Com aval de Lula, o PT decidiu contratar uma equipe para gerir de forma profissional a presença nas redes sociais, segundo o presidente do partido, Rui Falcão. A contratação faz parte de uma série de medidas que o PT pretende adotar para se reaproximar dos movimentos sociais, em especial da juventude que foi às ruas em junho.

Hostilizados: 
Participação do PT em ato em SP termina com briga e fuga
Alex Falcão/Futura Press
Integrantes do Movimento Passe Livre em encontro com Conselho da Cidade, em junho
Nas últimas semanas movimentos da juventude como os coletivos digitais ganharam espaço nas concorridas agendas de Lula e Falcão. O presidente do PT fez uma reunião com toda a executiva da Juventude Petista e intermediou encontros do ex-presidente com o a Juventude do PT, blogueiros progressistas e o coletivo Fora do Eixo, do qual faz parte a mídia NINJA.

Segundo relatos, Lula está fascinado com as novas formas de atuação política online.

 
Além de melhorar a estratégia de comunicação, o PT decidiu incorporar vários pontos da pauta de reivindicação da juventude. Temas como novas oportunidades de acesso à educação, melhoria do transporte nas grandes cidades, abertura de mais espaços públicos para atividades culturais, aumento na qualidade dos empregos para os jovens, criação de novos canais de participação política, descriminalização das drogas leves e também o direitos das mulheres entraram na pauta do partido e, segundo Falcão, devem ser o eixo da modernização programática. O palco para a inclusão desta nova agenda deve ser o 5º Congresso Nacional do PT, em fevereiro de 2014.

 
"O legado destes 10 anos de governo petista deve ser divulgado e protegido, mas não é suficiente. Temos que pensar no futuro. E o futuro não é o presente com um upgrade", disse Rui Falcão.

Depois do impacto negativo no primeiro momento (queda da aprovação do governo e reação negativa à presença de partidos políticos), o PT passou a encarar as mobilizações populares de forma mais otimista, como uma oportunidade de guinada à esquerda. Daí as críticas aos aliados "conservadores" e à dependência excessiva de marqueteiros eleitorais incluídas em documentos do partido.
 
AE - "O futuro não é o presente com um upgrade", disse Rui Falcão
Depois de muita discussão e dúvidas a direção petista elaborou um discurso segundo o qual os governos dos partidos criaram uma base de direitos sociais que permitiu à juventude ir às ruas impor uma nova agenda ao país e cobrar um salto de qualidade baseado na melhoria dos serviços públicos. Além disso, o partido identificou pontos em comum como a reforma política e o combate aos monopólios da mídia.

Diante dos protestos de junho, o PT assumiu, dentro da coalizão de 22 partidos que integra o governo Dilma Rousseff, o papel de pressionar o governo pela inclusão das novas pautas e por mudanças na política econômica. "Cabe tudo isso no Orçamento da União?", questiona Rui Falcão. "Não cabe. Então uma saída é rever o modelo fiscal e a escala das prioridades de gastos do governo", disse ele.

Tudo isso para aproximar o PT das novas formas de mobilização política e tentar trazer os novos ativistas para a política partidária. "A utilização das redes sociais, a possibilidade de cada um dizer para todo mundo o que pensa de forma individual no Facebook é, de certa forma, um movimento antiassociativo e, portanto, antipartidário também já que os partidos pressupõem associação e ação coletiva", disse Falcão. "A última grande formulação programática do PT foi no final dos anos 80. 

Desde então temos nos dedicado a outras tarefas como o governo ou os embates eleitorais que acontecem a cada dois anos. Temos que nos perguntar o que a gente representa hoje e a quem estamos nos dirigindo. No 5º Congresso vamos ter que refletir sobre tudo isso", completou.

Para o PT, mais do que pegar carona na onda de manifestações, é fundamental renovar os vínculos naturais e históricos do partido com os movimentos sociais. 

"Houve um refluxo dessa relação, seja porque alguns movimentos se sentiram contemplados pelo governo, seja porque muitas pessoas foram beneficiadas nestes 10 anos", admitiu Falcão. "Precisamos reforçar este vínculo. Os movimentos são ao mesmo tempo a linha de frente das mudanças sociais e a retaguarda estratégica para nos defender em caso de ataques", disse o presidente do PT.

Polícia Rodoviária Federal apreende 100 kg de pasta-base de cocaína no Rio.

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil.
Rio de Janeiro – Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreenderam 100 quilos (kg) de pasta-base de cocaína, que estava sendo transportada por uma família em um jipe de luxo na Rodovia Presidente Dutra, no Rio. 

A droga estava acondicionada em sacos de aproximadamente 1 kg, embalada dentro de bexigas de borracha, e só foi encontrada graças aos cães farejadores da corporação.

A cocaína era levada no porta-malas do veículo, atrás de um fundo falso. A descoberta aconteceu na altura do bairro de Irajá. Dentro do carro, estavam o motorista, sua mãe, sua irmã e uma amiga da família. 

Apesar de a documentação do veículo estar em ordem, os policiais desconfiaram da atitude dos ocupantes e decidiram conduzir o carro até o canil da PRF, onde os cães ajudaram a encontrar a droga. A apreensão ocorreu ontem (3), mas só foi divulgada na tarde de hoje (4).

Edição: Fábio Massalli. Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil

Link desta matéria: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-04/policia-rodoviaria-federal-apreende-100-kg-de-pasta-base-de-cocaina-no-rio

domingo, 4 de agosto de 2013

Ação da grande imprensa é desastrosa para a política.

Autor:
 
 
A participação negativa da grande imprensa é desastrosa para a política brasileira.

Obrigados que seriam para promover o debate e o levantamento de questões importantes para o país, ele se reservam o trabalho que não me canso de dizer "criminoso" de fazer a política mais baixa, da idéia única, do patrão, da denúncia seletiva e artificialmente seletora e do esconder fatos e realidade. 

Se escravizaram a idéias porque elas são opostas ao que o "inimigo" e este é o seu tom. Põem no altar os opositores fluentes como o demostenes e caem repetidamente no ridículo. 

Ë impressionante a incapacidade moral e política de articulistas que "ditam" as suas verdades como definitivas. 

Seus articulistas, tipo Merval, são especialistas em burlar fatos e dados, esconder aqui e revelar ali, dar uma aula de lenga-lenga sobre tudo. 

Sua atuação como "juiz" da mais alta corte, dando ordens aos "inocentes colegas" foi uma aula ridícula de imbecilidade e falta de mínima autocrítica.

Acuso a grande imprensa, não de tanto atacar o partido do governo, isso seria bom, mas de destruir a oposição com a artificialidade de seu apoio ao inimigo do seu inimigo a qualquer preço. 

Destruíram FHC e Serra e destruíram o PSDB; destruíram a oposição. 

Trabalham contra a democracia. Têm como meta a criação de um novo "color". 

Conseguiram cartelizar suas opiniões, sempre tem os bobos da itaitaia e do em para copiar, mas já atingiram o ponto mais baixo na sua crise moral, veja a revistinha do esgoto.

Muito antes de reforma política uma reforma desta terrível imprensa antidemocratica de esgoto. 

Precisamos de imprensa e de notícias e não a temos.

Link desta matéria:

PED 2013. Partido dos Trabalhadores realiza encontro em São Luís.



O Partido dos Trabalhadores realizou um encontro na manhã deste domingo (04/08) no auditório do IFMA no Monte Castelo, o referido evento contou com a presença de dezenas de filiados(as) e inúmeras lideranças local e estadual ligadas a CNB e de outras correntes petistas.


No referido encontro foram debatidos inúmeros assuntos de interesse do Partido, sobretudo a composição da chapa que disputará o PED 2013.



A Mesa de abertura dos trabalhos foi composta por: Antonio Erismar, ex-vice-prefeito de Açailândia e liderança partidária atuante no Sul do Maranhão; o Presidente do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores Raimundo Monteiro. 

Representando os Petistas que ocupam cargos por indicação do PT no atual governo estadual, fizeram parte da mesa os Secretários de Estado:  1 - Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia Dr. José Costa; e 2 – Secretário de Estado de Trabalho: José Antonio Hilluy.  O Vice-governador Washington Luiz. 
 
Companheiro Antonio Erismar e F. Barros.
Representando os Vereadores do PT em todo o Estado, estava compondo a Mesa a Vereadora Eliene do Município de Presidente Médici; representando os Prefeitos e Vice-prefeitos do PT, o Prefeito de Alcântara, Sr. Arakem;  e ainda a secretária de relações de gênero do Partido, Sra. Berenice, e o Secretário de Juventude do PT, Paulo Romão.
 
Ver. Paraíba Filho e seu Pai Paraíba ambos do PT de Morros.
Destacamos ainda a presença do Presidente da Câmara de Vereadores de Morros o Ver. Mayron Gomes Silva Santos, conhecido popularmente como Paraíba Filho eleito pelo PT aos 18 anos, conquistou seu mandato tendo 205 votos na ultima eleição, ele é o mais jovem Presidente de Câmara do Brasil.
 
Também a Presença do Companheiro que é Secretário Adjunto da SEMA Cesar Carneiro; do Secretário Adjunto da SEDES Dr. Kleber Gomes que coordena os trabalhos da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado (Caisan/MA), dentre outros companheiros do Partido presentes, foram os nomes que este observador lembrou, peço desculpas aos nomes presentes não citados.


Vários foram os assuntos abordados,  inclusive criou-se grupos de trabalhos para elaborarem propostas a serem defendidas pelos membros da chapa no PED 2013.

Texto de Chico Barros.