segunda-feira, 25 de junho de 2012

Paraguai. Vizinhança de portas fechadas.

Mercosul e Unasul suspenderão Paraguai e país pode perder acesso a fundos regionais.

Danilo Fariello, Fernanda Krakovics, Flávio Freire* e Janaína Figueiredo**

FEDERICO FRANCO, novo presidente paraguaio, participa de missa no domingo

O impeachment do presidente Fernando Lugo desencadeou a mais contundente reação coordenada já registrada na História recente da América do Sul. Ontem, os governos dos países da região decidiram suspender o Paraguai do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) em razão do que consideram um golpe de Estado realizado de forma a parecer legal.

A retaliação durará até abril de 2013, quando terminaria o mandato de Lugo e novas eleições serão realizadas. A presidente Dilma Rousseff é defensora da ideia, mas como o Brasil tem mais interesses econômicos e geopolíticos no Paraguai, deixará a Argentina tomar a frente do processo. O desligamento do país - inédito para um membro das duas organizações -- deve ser anunciado no próximo final de semana, em reunião do Mercosul em Mendoza (Argentina), da qual o novo governo, presidido pelo liberal Federico Franco, será impedido de participar.

No sábado, um dia após o impeachment de Lugo num processo que correu em rito sumário, os três outros membros do Mercosul - Brasil, Uruguai e Argentina - anunciaram que seus embaixadores tinham sido convocados para consultas. Até ontem, a medida já tinha sido adotada por ao menos mais quatro países. A Venezuela determinou a suspensão do fornecimento de petróleo. O Equador chegou a propor o fechamento de fronteiras.

Numa avaliação partilhada por outros governos, o Brasil considerou que o amplo direito de defesa do presidente não fora assegurado no processo, conforme nota do Itamaraty divulgada na noite de sábado após reunião de Dilma com os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Celso Amorim (Defesa) e Edison Lobão (Minas e Energia). O impeachment de Lugo, dizia o texto, é uma "ruptura do processo democrático".

País depende de recursos externos

Perguntado sobre as decisões de Brasil e Uruguai de convocar seus embaixadores, o novo chanceler paraguaio, José Félix Fernández Estigarribia, considerou a iniciativa "algo comum, que acontece com frequência no mundo diplomático". Seu país, diz ele, está firme no propósito de participar da cúpula do Mercosul na sexta-feira.

- Estamos em plena legalidade e continuaremos insistindo, pois cremos que nosso lugar é o Mercosul - enfatizou ao GLOBO Estigarribia.

O chanceler passou o fim de semana tentando comunicar-se com representantes diplomáticos dos países vizinhos. Até ontem ninguém havia retornado seus telefonemas. Ele também teria conversado com membros da Unasul, mas nenhum dos governos do bloco regional manifestou seu respaldo ao novo presidente.

- Já fomos reconhecidos pelo Canadá, Vaticano, Espanha e Alemanha.

O Paraguai é o país mais favorecido pelo Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem, na sigla em espanhol). Está em curso um investimento para construção de uma linha de transmissão de alta tensão a partir de Itaipu e ampliação de subestação que soma US$ 550 milhões, dos quais US$ 400 milhões são do Focem. Há outros projetos, sobretudo envolvendo estradas. A suspensão do país do Mercosul pode implicar atrasos nessas obras.

Os recursos externos são de extrema importância, uma vez que a carga tributária paraguaia, de menos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), não faz sobrar dinheiro para investimentos em infraestrutura.

O Brasil não pretende, por enquanto, aplicar sanções econômicas, como a suspensão do repasse de recursos da usina de Itaipu. Além de se preocupar com sua imagem de imperialista na América do Sul, o argumento brasileiro é não prejudicar o povo paraguaio. Nesse contexto, Brasília monitora a possibilidade de a Argentina usar a crise como pretexto para bloquear a hidrovia Paraguai-Paraná.

Na reunião com seus ministros, anteontem, a presidente Dilma decidiu manter integralmente, por ora, o fluxo de energia de Itaipu, a circulação na fronteira, a exportação de petróleo e até o ritmo de importações do Paraguai via porto de Paranaguá (PR).

A presidente fala desde quinta-feira por telefone com colegas da região sobre o caso paraguaio e defende que nenhum país tome medidas isoladamente, ao menos não antes da reunião do Mercosul. Na ocasião, o Brasil deverá apoiar travas legais, para que eventos similares não voltem a ocorrer.

A Venezuela, entretanto, anunciou que suspenderá o fornecimento de petróleo ao país. O presidente da estatal Petróleos Paraguaios (Petropar), Sergio Escobar, disse que o corte não deve causar prejuízos, uma vez que o país tem hoje uma reserva de 130 mil metros cúbicos de combustível - além de 25 mil no setor privado - o que garante a provisão nos próximos dois meses. Além disso, afirmou, o contrato com a Trafigura, baseada em Londres, garante 70 mil metros cúbicos de combustível por mês, o que seria suficiente para atender a demanda. O Paraguai também tem acordo com a Petrobras, que fornece 32 mil metros cúbicos.
*Enviado especial a Assunção, **Correspondente, Buenos Aires

FONTE: http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha

sábado, 23 de junho de 2012

Pistolagem em Lago da Pedra. Bando executa dois homens no centro da Cidade.

Após notar um aumento considerável na busca de notícias de Lago da Pedra neste blog, busquei fatos relevantes recentes ocorridos em Lago da Pedra e encontrei mais este crime de pistolagem, em respeito as pessoas que buscam informações republiquei matéria do blog do louremar de quem copei a referida matériia:

Cícero do Zé da Inês, uma das vítimas.
Homens fortemente armados fuzilaram dois homens na noite de ontem quinta-feira (21) no centro da cidade de Lago da Pedra.

José Cicero dos Santos Silva, 37, conhecido como Cícero da Inês e Jairo Barbosa Lucena, 32, foram executados no centro da cidade, próximo ao bar Play House. Por volta das 21 horas da noite desta quinta-feira (21), dois homens foram assassinados na Praça do Oséias, próximo ao bar Play House, no centro de Lago da Pedra - MA.

Testemunhas contam que três homens desceram de um corsa, cor prata e disparam contra as vítimas. Cícero da Inês foi morto com 22 tiros e Negro Jairo com 11 tiros. As armas usadas foram pistolas calibre 9 milímetros.










Matéria copiada do: http://www.louremar.com.br/2012/06/bando-executa-dois-homens-no-centro-de.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&
 

São Paulo. Carta de chefe de facção PCC, cita mortes de policiais.

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
A transferência de Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (a 589 km de São Paulo), é uma das hipóteses investigadas pelos setores de inteligência das polícias Civil e Militar para explicar os ataques contra policiais militares. 

 
Condenado por tráfico, Soriano é, segundo investigações, do "primeiro escalão do grupo criminoso PCC (Primeiro Comando da Capital). 

Ele estava na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (a 620 km de SP), onde o governo paulista coloca todos os presos com influência no PCC. 

Ele foi mandado para Bernardes depois de uma carta escrita por ele com ameaças contra PMs ser apreendida em sua cela. 

Na carta, segundo membros das polícias Civil e Militar e da Promotoria, Soriano falava sobre atentados contra PMs, tráfico de drogas e sobre as mortes de seis membros do PCC em maio, durante uma operação da Rota.

ISOLADO
Em Presidente Bernardes vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). O preso passa 23 horas por dia trancado e, quando sai para o banho de sol, não tem contato com outros detentos. 

Por essa e outras restrições, inclusive não manter contato físico com visitantes, o presídio é considerado o mais rígido de São Paulo. 

Até as três ondas de ataques do PCC contra as forças de segurança do Estado em 2006, o RDD operava com capacidade máxima. Atualmente, apenas 49 presos estão no lugar, que tem 160 vagas. 

Outra evidência de que as mortes de cinco PMs, entre o dia 13 e ontem em São Paulo, são uma retaliação do PCC é um gravação telefônica feita dia 14 pelo Denarc (departamento de narcóticos). 

Na gravação, integrantes da facção criminosa presos e outros em liberdade tratam da morte de policiais. 

Editoria de Arte/Folhapress
ASSOCIAÇÃO
Diretor da Associação dos Policiais Militares de São Paulo, Dirceu Cardoso Gonçalves afirmou ontem que o Estado precisa dar uma resposta rápida e concreta sobre o que tem motivado as mortes dos policiais em São Paulo. 

"Existe uma tensão muito grande neste momento no Estado. Assim como o jornalista tem a caneta como arma, o policial tem uma arma na mão o tempo todo. E isso, num clima de tensão, pode gerar erros", disse. 

"Sem o governo esclarecer o que tem acontecido, o policial, pressionado e com receio de perder a vida, pode cometer excessos e matar criminosos e também inocentes", explicou. 

Com os ataques contra PMs sem solução e com a suspeita de que eles sejam retaliação do PCC, de acordo com Gonçalves, a sociedade também incorpora o mesmo receio dos PMs. 

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1109375-carta-de-chefe-de-faccao-cita-mortes-de-policiais-em-sp.shtml


Embaixadora do Equador no Reino Unido leva caso Assange a Correa.

sábado, 23 de junho de 2012 16:41
LONDRES (Reuters) - A embaixadora do Equador na Grã-Bretanha, Anna Alban, está voltando ao seu país para discutir se oferece asilo para o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que procurou refúgio na embaixada equatoriana em Londres.

O ex-hacker australiano, que enfureceu Washington em 2010 quando seu site publicou documentos diplomáticos norte-americanos, é buscado para que responda a acusações de crimes sexuais na Suécia.

Assange, que nega as acusações, obteve refúgio na embaixada do Equador numa ação que gerou surpresa na última terça-feira, dias depois que a Suprema Corte Britânica afirmou que ele poderia ser extraditado para a Suécia nas próximas semanas.

Assange teme ser enviado posteriormente aos Estados Unidos onde ele acredita poder sofrer acusações cuja punição seria a pena de morte.

No seu programa de televisão semanal no sábado, o presidente do Equador, Rafael Correa, disse que seu governo tomaria “uma "decisão soberana" sobre o pedido de Assange e que não se dobraria a pressões do exterior - embora fosse levar em conta o posicionamento da Grã-Bretanha.

Correa também expressou ceticismo sobre as acusações que Assange enfrenta na Suécia. "“O que Julian Assange teve foi sexo consensual mútuo com duas mulheres adultas. As acusações são muito questionáveis, para dizer o mínimo."

A embaixada do Equador informou num comunicado que a embaixadora Anna Albán havia deixado a Grã-Bretanha mais cedo no sábado, para reuniões em Quito.

"“Enquanto estiver no Equador, ela terá uma série de encontros com autoridades no Ministério das Relações Exteriores antes de se encontrar com o presidente Correa para pessoalmente informá-lo sobre o pedido do senhor Assange de asilo político", a embaixada informou.

"“Ela também irá informar o presidente sobre seu encontro recente com autoridades do governo britânico", acrescentou.

FONTE:http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE85M03020120623

12 TRABALHADORES SEM TERRA DO MST FERIDOS À BALA NO ESTADO DO PARÁ.

Na manhã desta quinta feira, jagunços travestidos de seguranças da Fazenda Cedro, de propriedade do Banqueiro Daniel Dantas, atiraram contra um grupo de trabalhadores rurais sem terra ligados ao MST no Sudeste do Pará que realizavam um ato político de denuncia da grilagem de terra publica, de desmatamento ilegal, uso intensivo de venenos na área e violência cotidiana contra trabalhadores rurais.

Até o momento há confirmação de que 16 trabalhadores foram feridos à bala, sendo que, alguns deles estão em estado grave. Não há confirmação de mortes.

Cerca de 300 famílias já estão acampadas nessa fazenda desde o dia 1º de março de 2010. Ao todo, foram 06 fazendas do Grupo de Dantas ocupadas pelos movimentos sociais no período. Mesmo a então juíza da Vara Agrária de Marab á tendo negado o pedido de liminar de despejo feito pelo grupo à época, o Tribunal de Justiça do Estado, cassou a decisão da juíza de autorizou o despejos de todas as famílias.

Através de mediação da Ouvidoria Agrária Nacional, foi proposto um acordo judicial perante a Vara Agrária de Marabá, através do qual, os Movimentos Sociais, com apoio do INCRA, desocupariam três fazendas (Espírito Santo, Castanhais, Porto Rico) e outras três (Cedro, Itacaiunas e Fortaleza) seriam desapropriadas para o assentamento das famílias.

O Grupo Santa Bárbara, que administra as fazendas do Banqueiro, concordou com a proposta. Em ato contínuo, os trabalhadores sem terra desocuparam as três fazendas, mas, o Grupo Santa Bárbara tem se negado a assinar o acordo. A formação dessa (Fazenda Cedro) e de muitas outras fazendas adquiridas pelo Grupo Santa Bárbara no sul e sudeste do Pará (ao todo, adquiriram mais de 60 fazendas num total de mais de 500 mil hectares) vem de uma trama de ilegalidades históricas envolvendo grilagem, apropriação ilegal de terras públicas, fraude em Títulos de Aforamento, destruição de castanhais, trabalho escravo e prática de muitos outros crimes ambientais.

História, que até o momento, por falta de coragem política, nem o INCRA e nem o ITERPA se propôs a enfrentar. Terras públicas cobertas de floresta de castanheiras se transformaram em pastagem para criação extensiva do gado.

Frente à situação exposta o MST exige: - A liberação imediata das três fazendas para o assentamento das famílias dos Movimentos sociais; - Uma audiência urgente no INCRA de Marabá, com a presença da SEMA, do ITERPA, da CASA CIVIL para encaminhamento do assentamento e apuração dos crimes ocorridos na área. - Apuração imediata, por parte da polícia do Pará dos crimes, cometidos contra os trabalhadores.


Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST Pará. Comissão Pas toral da Terra – CPT Marabá

Representantantes das Vitimas do Massacre do Pinheirinho são recebidos pela Ministra Eliana Calmon do CNJ. Eles pedem regras para desocupações.

                             
Corregedora do CNJ Eliana Calmon recebe comitiva do Pinheirinho


Advogados e representantes da associação de moradores do Pinheirinho, em São José do Rio Preto, se reuniram com a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, nesta terça-feira (19/6) para pedir que seja apurada a atuação da Justiça Paulista no caso da reintegração de posse do terreno. 

A associação pediu ainda que o CNJ estude a possibilidade de regulamentar os procedimentos adotados pelo Judiciário em ações de desocupação, de forma  a priorizar ações de mediação e conciliação.

Os moradores alegam que houve irregularidades no decorrer do processo de desocupação, argumentando que teria sido descumprindo acordo firmado com os moradores, além de demora no julgamento dos recursos apresentados pela associação. “Vamos examinar com cautela as alegações e tomar as providências que se mostrarem necessárias”, afirmou a ministra.

A associação também solicitou à corregedora a definição de normas que guiem a atuação dos magistrados em futuros casos de reintegração fundiária. 

Para eles, a repetição de episódios de desocupação de famílias no país, que afetam milhares de pessoas, demonstra a necessidade de uma regulamentação que padronize os procedimentos adotados no cumprimento das decisões judiciais, em benefício da sociedade.

Mariana Braga
Agência CNJ de Notícias

Conflito entre MST e seguranças da Fazenda Cedro, do Grupo Santa Bárbara — pertencente ao banqueiro Daniel Dantas, deixa 12 feridos no Pará.

Movimento ocupa há três anos fazenda que pertence ao banqueiro Daniel Dantas.

Um confronto entre integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e seguranças da Fazenda Cedro, do Grupo Santa Bárbara — pertencente ao banqueiro Daniel Dantas —, em Marabá, no sudeste do Pará, deixou pelo menos 12 feridos na manhã desta quinta-feira (21).

Segundo informações da Polícia Civil e de hospitais da região, até o início da noite de ontem três vítimas, que foram atingidas por disparos de arma de fogo, permaneciam internadas.


Um homem levou dois tiros na barriga e outro um tiro na perna. Uma criança de dois anos foi atingida por um tiro de raspão na cabeça. A identidade das vítimas não foi divulgada. Segundo o MST, todas são sem-terra.


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A fazenda foi ocupada há três anos pelo movimento,
que promoveu ontem um protesto na área.

Em nota, o Grupo Santa Bárbara acusou o MST de invadir a sede da propriedade com "300 homens fortemente armados, destruir parte do imóvel e provocar pânico entre os funcionários". Seguranças teriam reagido.

O clima era tenso na região. Depois que os feridos foram levados para Eldorado dos Carajás, distante 50 quilômetros do local do conflito, o MST interditou a rodovia PA-155 em frente à fazenda, provocando grande engarrafamento de veículos.  

O secretário de Segurança do Estado, Luís Fernandes, determinou o envio de policiais militares e civis para o local, enquanto a Polícia Civil de Marabá abriu inquérito para apurar o caso. Policiais apreenderam armas dos seguranças da fazenda.

De acordo com a versão do coordenador estadual do MST, Ulisses Manaças, cerca de 500 sem-terra participavam em frente à fazenda de uma manifestação "pacífica" para marcar o dia de mobilização global em defesa do meio ambiente, alusivo também à cúpula dos povos e à Rio+20, quando foram atacados por "pistoleiros".

Manaças disse que a fazenda foi escolhida como local do protesto porque é o símbolo do "modelo de utilização de agrotóxicos e da grilagem de terra".

Ele assegurou que os manifestantes não chegaram a entrar na sede da fazenda e que o ato de protesto ocorria "apenas na rodovia", embora tenha admitido que o MST mantém há três anos, no interior da propriedade, um acampamento com mais de 300 famílias.

— Os pistoleiros começaram a atirar sobre os trabalhadores.

FONTE:http://noticias.r7.com/brasil/noticias/conflito-entre-mst-e-jaguncos-deixa-12-feridos-no-para-20120622.html