quarta-feira, 5 de setembro de 2018

SETEMBRO AMARELO - Prevenção ao suicídio é tema de campanha do MPMA.

Setembro Amarelo 2

CCOM - MPMA - Peça para internet 1.

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) divulgou, na manhã desta terça-feira, 4, a segunda etapa da campanha “Setembro amarelo: mês de prevenção ao suicídio”, que faz parte do programa Qualidade de Vida no Trabalho.

Setembro Amarelo 1 1
CCOM - MPMA - Peça para internet.2

As peças produzidas serão veiculadas nos perfis do MPMA nas redes sociais e divulgadas, também, internamente.

Para o procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, “o suicídio é um tema delicado e já é considerado, pelo Ministério da Saúde, como uma questão de saúde pública. Por isso, todo o trabalho feito na prevenção é válido.”

Setembro Amarelo 3
CCOM - MPMA - Peça para internet. 3

O diretor da Secretaria para Assuntos Institucionais, Marco Antonio Santos Amorim, destaca que o objetivo da campanha é chamar a atenção para o tema. “Casos de suicídio acontecem com pessoas de todas as raças, credos e de todas as classes sociais”. Ele também afirmou que “o uso das redes sociais do MPMA para divulgar a mensagem é uma estratégia para, conscientizar o maior número possível de pessoas.”

A CAMPANHA

A campanha “Setembro amarelo: mês de prevenção ao suicídio” foi lançada no dia 31 de agosto nas Promotorias de Justiça da Capital. Na oportunidade, membros e servidores debateram o tema.

Setembro Amarelo 4
CCOM - MPMA - Peça para internet. 4

O assunto também foi pauta do programa de rádio Estação MP e do programa MPTV, ambos produzidos pela Coordenadoria de Comunicação do MPMA.

A promotora de justiça Lana Pessoa, coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAOp/DH) do MPMA, foi entrevistada nos dois programas. Ela explicou em que consiste a campanha, falou dos índices registrados no Maranhão, sobre a necessidade de trabalhar em rede e relacionou os principais fatores de risco associados ao comportamento suicida.

As peças estão disponíveis nas redes sociais do MPMA: @mpma_oficial

[Intercalamos nesta matéria] o material que já foi produzido para a campanha. 


Redação: CCOM-MPMA.

Os condenados somos nós. Florestan Fernandes Jr.



Não é preciso ser sociólogo ou economista para perceber que mais de 90% dos brasileiros perderam muito com o golpe jurídico-midiático de 2018. 

E não falo apenas dos aumentos estratosféricos dos combustíveis, energia elétrica, planos de saúde, transportes e tudo mais que veio com as privatizações das nossas riquezas naturais. 

Falo do aprofundamento da injustiça em todas as esferas, inclusive a institucional, e das medidas tomadas por um governo ilegítimo que tirou direitos dos cidadãos que vivem, única e exclusivamente, dos seus salários.

Que país se apresenta para o presente e o futuro dos nossos filhos e netos? A reforma trabalhista, além de reduzir os salários, precariza as condições de trabalho e joga o cidadão das classes baixas e médias nas incertezas angustiantes de um desemprego ameaçador. Inclusive os funcionários públicos.

Ou será que eles acreditam que esta conta não será dividida com eles? Alguma dúvida de que governantes do "Novo" liberalismo não irão preferir mão de obra barata através da terceirização? Alguma dúvida que empresas terceirizadas em breve estarão abocanhando recursos públicos através de serviços terceirizados? Alguma dúvida, ainda, sobre o impacto deste desvio de rota nas relações do trabalho nos proventos dos aposentados e pensionistas? Eu não tripudio os trabalhadores das classes médias emergentes que bateram panelas apoiando insanamente o golpe contra a nossa democracia. Lamento. 

Muitos já estão pagando o alto preço de ter perdido seus empregos. Até profissionais liberais, como médicos, advogados e dentistas tiveram uma queda brutal nas consultas em seus consultórios. Uma amiga, otorrinolaringologista, calcula que perdeu mais de 40% de seus pacientes de 2016 pra cá. 

Os pequenos poupadores também estão vendo seu dinheirinho virar pó em aplicações que nada rendem perto dos lucros estratosféricos dos bancos que se transformaram em verdadeiros agiotas cobrando os mais altos juros bancários do planeta. E, ontem, encerramos mais uma fase na retomada e preservação do poder pelo grande capital financeiro. Tivemos a impugnação da candidatura do mais popular presidente da história do país. Já era sabido que o STF tomaria esta decisão. Não é preciso ser progressista para perceber que Lula foi condenado sem provas e que é, hoje, um preso político. Todos no mundo sabem disso, do Papa Francisco a ONU.

Aliás, esta eleição, com a candidatura de vários políticos flagrados com malas e mochilas de propinas, promete ainda muitas cenas de horror. É aguardar para ver os casuísmos jurídicos e midiáticos que irão ocorrer até o dia 3 de outubro. Eles não derrubaram uma presidenta eleita democraticamente e colocaram na cadeia "O Cara", segundo o Obama, o mais importante líder Latino-americano do século, para morrerem nas águas profundas do pré-Sal.

domingo, 2 de setembro de 2018

Eleições 2018 - Fernando Lealdade.

Quando Haddad perdeu a eleição para João Doria, em 2016, algo me dizia que o seu destino político estava traçado. Sua vocação, seu estilo, sua consagração internacional de gestor premiado lhe reservaria uma missão muito mais ambiciosa do que administrar a maior cidade do país.
Para assombro dos nossos vira-latas de plantão, Fernando Haddad ganhou o Mayors Challenge 2016, nada mais nada menos que o prêmio de melhor prefeito do mundo oferecido pela Bloomberg Philanthropies, em Nova York.
O resultado daquela eleição para prefeito deveria ser interpretado com a mínima acuidade leitora. O país estava em no auge da sanha persecutória ao PT, atravessada por ódios e fobias de toda sorte (ou azar).
A perseguição da imprensa a Haddad também era algo sem precedentes. Os maiores jornais de São Paulo lhe esmagavam diariamente. Os episódios do sub historiador e pretenso jornalista Marco Antonio Villa histericamente em seu encalço, quase como uma obsessão de fundo libidinal, consagraram o momento como o habitual capítulo grotesco e pitoresco dos futuros livros de história e de psicologia social – Villa é um relato de caso ambulante, um case das patologias clínicas oriundas da solidão semi-intelectual.
Lula estava atento a tudo isso e testemunhou a olho nu a resiliência de Haddad. Ali, nascia um novo patamar da admiração de Lula pelo seu já consagrado ministro da educação, formulador das mais avançadas políticas públicas da história para o setor.
Lula entendeu que Haddad era muito mais que um ministro ou um prefeito. Lula entendeu que Haddad era o elemento-chave para a transição de popularidade democrática que lhe serviu de argumento e dicção em seus 40 anos de vida pública somados a vitórias eleitorais consagradoras.
O mais impressionante, no entanto, naquele momento clássico de uma derrota eleitoral que se transformara em predestinação política, foi a elegância e a categoria de Fernando Haddad em coordenar pessoalmente a transição de governo para Doria.
Haddad deu uma aula de democracia. Foi, realmente, algo sem precedentes. Ele mobilizou suas equipes e seus secretários para realizar a transição de governo mais impressionante da história brasileira, disparado.
Entregou a prefeitura no azul, com dinheiro em caixa para investimentos, com o título internacional de melhor prefeito do mundo e com muita educação republicana.
Ali, o próprio Doria ficara assombrado, a ponto de dizer, do alto de seus preconceitos classistas: “nem parece que ele é do PT”.
Haddad deu um show de lealdade à população de São Paulo, afinal, mesmo sob chantagens e pressões diversas, ela tinha eleito um novo prefeito que, àquele momento, merecia todo o respeito e atenção do mundo político e cidadão em seu entorno.
Legitimidade, enfim – e Haddad deu um aula sobre esse tema naquele momento –, é algo com o qual não se brinca.
Como Lula em 1989, em 1994 e em 1998, Haddad soube perder. E essa é apenas mais uma das muitas semelhanças que o ex-prefeito tem com o ex-presidente Lula.
Nem vou entrar nas qualidades de Haddad como prefeito. Ele revolucionou São Paulo. Trouxe vida e alegria à cidade. Foi um banho de democracia. Lula, que não é bobo nem nada, estava muito atento a tudo isso.
Lula percebeu como Haddad aguentou a pressão da mídia, do empresariado, dos nichos de poder incrustados no judiciário. Naquele preciso momento de derrota eleitoral, Haddad conquistava sua maior vitória política: ganhava a admiração definitiva do maior líder político do país de todos os tempos.
Lula entendeu que estava diante do futuro político do país, uma vez que ele, Lula, também é um catalisador de informações e de percepções de todo o espectro político. Lula é uma espécie de Datafolha ambulante, hiper municiado de informações quanti e qualitativas, com uma diferença: ele sabe ler os dados.
É dessa percepção e conjunção de fatores que brota o sentido de lealdade em Fernando Haddad. A lealdade de Haddad transcende a lealdade a um partido ou a uma pessoa. Haddad é leal à democracia, ao povo que o elege, ao povo brasileiro, aos projetos que concebe e encampa.
Haddad é leal à solidariedade humana que sente por Lula, é leal à Gleisi Hoffmann, guerreira excepcional que vai construindo uma das mais admiráveis biografias políticas da história brasileira.
Haddad é leal à sua soberania de espírito, ao seu talento acadêmico como pesquisador ultra qualificado e irradiador de liberdade intelectual, ao direito de Lula ser o candidato à presidência diante de tanta violência jurisprudencial.
Haddad é leal à função de advogado de Lula, ao papel que lhe coube de ser o porta-voz de Lula, ao destino de colaborar para a restauração da democracia brasileira devastada pelos maus perdedores de sempre.
A lealdade de Haddad é, a partir de já, um dos valores e um dos sentidos mais caros e imprescindíveis ao país e à população brasileira. 
Sendo Lula candidato ou não, esta fusão simbólica e extremamente poderosa já está em processo avançado de consagração popular. O adensamento eleitoral de Haddad nada mais é que um desdobramento natural da imensidão eleitoral de Lula.
O golpe fez uma aposta muito arriscada e queimou etapas de consolidação de valores e narrativas. Todo o cenário político eleitoral do Brasil neste momento acabou por ser o ideal para fazer emergir o futuro político da democracia encarnado em um candidato que atualiza a personalidade negociadora e pacificadora do maior presidente que o país já teve.
A lealdade de Fernando Haddad a todos esses princípios e valores se encaminha para ser, a partir de agora, a nova linha de raciocínio democrático na vida política do país.

Brasil, crise de hegemonia e constituinte, por Ion de Andrade


Como sabemos, as eleições de outubro próximo não representarão o fim da crise de hegemonia em que vivemos hoje. Tal crise aliás não é um fenômeno nacional, mas um capítulo (trágico) de uma crise que se espraia sobre todo o capitalismo. Essa constatação independe do eleito.
Em toda a parte, por exemplo, a extrema direita cresce e ameaça a democracia e os direitos fundamentais e em toda parte os valores que construíram o século XX, dentre os quais os Direitos Humanos, estão ameaçados. Na América Latina, em especial, voltamos à era dos golpes de Estado e do aniquilamento das conquistas dos trabalhadores.
Mesmo assim, apesar da recuperação do Poder Político pela direita em diversos países da região, a dualidade de Poderes continua presente em todas essas sociedades e naqueles países em que a esquerda foi desapeada do Poder comumente ela permanece com força e penetração na sociedade, ameaçando recuperar a governança quando a vida democrática voltar à sua normalidade.
O Brasil não é diferente. A virtual eleição de Haddad/Lula, que estará (ou estarão) no segundo turno, na verdade, põe sobre os seus ombros a responsabilidade de lançar as bases para que essa crise de hegemonia possa começar a ser superada entre nós. Disso depende não somente a vitória eleitoral definitiva no segundo turno, pois nele deverá representar mais do que o PT, um projeto de país, como também o que poderá ser feito depois como verdadeira reconstrução nacional, o que significará necessariamente ter que converter essa guerra inequívoca num pós-guerra definitivo.
Esse pós-guerra eleitoral e pós-golpe não será uma etapa idílica onde os vitoriosos farão o que quiserem. Não. Trata-se de um reposicionamento em vantagem para o lado vitorioso para continuar negociando saídas pactuadas para que a estabilidade política seja retomada e a vida nacional possa ir adiante. É preciso também que existam interlocutores fiáveis e representativos das classes fundamentais, fato que com o fortalecimento da Extrema Direita e a debacle dos partidos da direita tradicional, está inviabilizado na atual quadra da política.
A direita tradicional, em outros termos o PSDB e a sua constelação de aliados, precisa, portanto, de tempo para recuperar o que cedo ou tarde vai voltar para ela: o seu eleitorado devolvido pelos arrependimentos morais e políticos que terá com a Extrema Direita quanto mais essa exponha a sua brutalidade e simplismo. É essa direita tradicional, entretanto, representante orgânica que é do mundo burguês, a interlocutora de longo prazo com a qual, por inevitável, o PT e os seus aliados estarão obrigados a conviver no que poderíamos chamar de ”melhor cenário”: o  Estado de direito pleno e garantidor das prerrogativas e direitos de cada um.
Portanto, se eles precisam de prazo nós precisamos recuperar a democracia. Esse é um cenário onde as eleições poderão estar nos brindando com um enfrentamento entre a civilidade e a barbárie no qual não poderemos subestimar a importância de vencer a extrema direita. Isso impõe a Haddad um papel que estará acima da representação do PT e de seus aliados, pois ele deverá ter que representar nessa contenda o polo civilizado em eleições onde os abismos estarão muito próximos.
Como conciliar tudo isso?
Obviamente que parte do desafio é de ordem atitudinal. É preciso que o candidato do PT se mostre homem de diálogo, não somente para com os seus aliados, como também para com aqueles que, embora tenham trilhado pelos caminhos tortuosos do golpe às instituições, são, para além de nossas vontades, interlocutores incontornáveis para o retorno (cedo ou tarde) à vigência de um Estado de direito sem adjetivos. Portanto é melhor que seja cedo.
O que Haddad pode oferecer? Um novo pacto com base nos resultados de uma Constituinte Livre e Soberana a ser convocada tão logo assuma o Poder a ocorrer num horizonte de um ano, dando fôlego à direita de se recompor do ponto de vista da sua representação partidária, hoje em mulambos, e de contornar o fascismo.
O que Haddad não pode oferecer? Obviamente que a agenda inegociável deverá ser assumida de forma estudada, mas a decisão de levar a Referendum coisas como a EC 95 que congela os gastos públicos por 20 anos, a terceirização da mão de obra, a venda da Embraer ou o perdão fiscal às petroleiras poderá estar numa paleta mais imediata, deixando outras discussões para a própria Constituinte.
Não pretendo aqui, é claro, dar receita detalhada para um problema que é complexo. Porém o compromisso com uma Constituinte agendada para etapa posterior ao caos em que a direita tradicional está mergulhada poderá ampliar a base eleitoral de Haddad no enfrentamento da extrema direita e contribuir para balizar saídas para a atual crise de hegemonia à luz de uma nova pactuação que seja capaz ao menos de consolidar no Brasil um Estado de direito menos sujeito ao golpismo.
Nada disso poderá ser feito com ingenuidade. Nunca mais poderemos esquecer com quem estamos lidando. Não devemos fazer isso movidos por um espírito democrático ingênuo, mas por entender que não há alternativa civilizada à consolidação da democracia.
Conduzir esse processo renderá perante a nação ao polo partidário do Proletariado, (o PT e seus aliados), o mérito de ter novamente conduzido o Brasil à democracia, arena estratégica para continuar avançando nas lutas.
O fato de não poder haver pacto político agora, tanto pelo mal que foi feito, quanto pela falta de interlocutores legítmos e representativos no campo da direita não significa que, de comum acordo, as forças em disputa não aceitem respeitar os resultados de uma Constituinte Livre e Soberana convocada quando as representatividades possam ter voltado para os seus lugares.
Se isso ocorrer Haddad terá tarefas bem diferentes das que fizeram os governos Lula.
Ion de Andrade - Médico e professor universitário. É colaborador de uma instituição social ligada à igreja católica num bairro popular de Natal. Está concentrado no estudo dos avanços sociais e da emancipação das periferias como fatores da ampliação da democracia política. É autor do livro “A Hipótese da Revolução Progressiva” que propõe um novo modelo de transição ao socialismo.

Assassinato de Zakharchenko, presidente da República Popular de Donetsk: Crime de Kiev e deliberada provocação.

Rostislav Ishchenko, de ukraina.ru (trad. ru.-ing. Ollie Richardson & Angelina Siard para StalkerZone.
31/8/2018, Rostislav Ishchenko, de ukraina.ru (trad. ru.-ing. Ollie Richardson & Angelina Siard para StalkerZone, artigo aqui retraduzido)

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu.

"Zakharchenko assinou os acordos [de Minsk – ed.] em nome da República Popular de Donetsk. A morte de Zakharchenko, como tal, do ponto de vista da lei internacional, não afeta de nenhum modo os acordos de Minsk. Quem assina acordos são os estados, não um ou outro governante, mesmo que o estado signatário não seja reconhecido. 

Coisa muito diferente é a influência que a morte de Zakharchenko terá na situação na linha de demarcação. Acho que se trata de provocação deliberada levada a efeito pela Ucrânia, com o objetivo de agravar a situação no período pré-eleitoral, para tentar melhorar a posição de Poroshenko em Kiev. A sessão do Parlamento [Rada – ed.] acaba de começar, e deve marcar a data das eleições" – lembrou Ishchenko.

Ele lembrou também que o momento de maior vulnerabilidade para qualquer estado é quando o poder muda de mãos, especialmente se a mudança se dá pela via violenta.



"Kiev obtém dois efeitos. Enfraquece a posição da República Popular de Donetsk, especialmente a posição de liderança que tem no Donbass. Por outro lado, Kiev cria as condições para que as tensões se intensifiquem na região. E isso pode ser usado no jogo da política interna" – destacou o cientista político.

Ishchenko não acredita que o assassinato de Zakharchenko seja indício de que o estado esteja em crise na República Popular de Donetsk.



"O exército Soviético montou uma ofensiva, mas em 1944 o comandante do front, General Vatutin morreu – foi emboscado e assassinado por Banderistas. E em 1945 o outro comandante do front General Chernyakhovsky morreu. Simplesmente teve sua posição bombardeada e morreu. Guerra não é lugar seguro. Sobretudo porque a posição das Repúblicas Populares (Donetsk e Lugansk) não é a posição da frente soviética na Grande Guerra Patriótica [no ocidente, 2ª Guerra Mundial –ed.], onde os quartéis-generais de comando estavam a 50 km da linha de combates.  
É visível que grupos de sabotagem e reconhecimento operam nas Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk. Nessa guerra, é impossível excluir completamente a ação de sabotadores".

Ainda segundo Ishchenko, nesse tipo de guerra morrem as figuras mais carismáticas, mais 'midiáticas' – porque são os primeiros alvos do inimigo.



"Quando [Kiev – ed.] matou Givi ou Motorolaos assassinatos foram discutidos e serão discutidos, são discutidos até hoje. E você consegue uma vitória de informação. Acontece o mesmo no caso de Zakharchenko — que não é apenas líder carismático, difícil de substituir na República Popular de Donetsk. Também é um líder em todo o Donbass e de todo o Sudeste, se a linha de frente andar na direção de Kiev. Claro que sempre seria alvo prioritário para os grupos ucranianos de sabotadores e de reconhecimento. Não há segurança absoluta.Kennedy era presidente dos EUA, mais protegido que o Fort Knox, e foi assassinado" – observou Ishchenko.*******


sábado, 1 de setembro de 2018

Russia reforça sua presença militar na Síria.

Foto - www.voltairenet.org
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou, em 28 de Agosto de 2018, que estava reforçando seu destacamento naval ao largo da Síria, trazendo sua presença para dez navios e dois submarinos.
A conta do Twitter Bosphorus Observer registrou, em 30 de Agosto, que um grande navio porta-contentores russo, o Sparta-3, cruzou o estreito na direção de Tartus (Síria). Ele transporta exclusivamente equipamentos militares.
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou igualmente que a partir de 1 de Setembro, e durante uma semana, realizará amplas manobras ao largo da Síria, envolvendo vinte e cinco navios e uns trinta aviões. Estes exercícios são distintos das manobras Vostok-2018 que mobilizarão 300.000 tropas, no Leste da Rússia, para resistir a um possível ataque da OTAN.
Todas essas operações acontecem enquanto Moscou acusa publicamente Londres, Paris e Washington de preparar um ataque químico, sob falsa bandeira, na Síria para justificar um bombardeio desse país.
Leia mais: Moscou e Damasco acusam Londres, Paris e Washington de preparar um ataque químico. http://www.voltairenet.org/article202675.html

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Aleksandr Zakharchenko, líder da República Popular de Donetsk morre na sequência de explosão.

Aleksandr Zakharchenko, líder da República Popular de Donetsk (RPD)
https://br.sputniknews.com/europa/2018083112102912-aleksandr-zakharchenko-morre-donetsk
Líder da República Popular de Donetsk (RPD), Aleksandr Zakharchenko, foi morto na sequência de uma explosão que ocorreu em Donetsk na sexta-feira (31).
"Líder da República Popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko, foi morto na sequência da explosão no restaurante Separ. O ministro de Rendas e Contribuições Aleksandr Timofeev ficou ferido", disse à Sputnik um representante das forças de segurança da RPD.
Deputado do Conselho Popular da RPD, Vladislav Berdichevsky, também confirmou a jornalistas a morte de Zakharchenko.
A Agência de Notícias de Donetsk, citando a administração do líder da RPD, informa que a morte de Zakharchenko foi resultado de atentado terrorista.
"Infelizmente, o líder da RPD Aleksandr Zakharchenko faleceu em resultado do atentado terrorista. Os detalhes estão sendo verificados", diz o comunicado.
O presidente do Conselho Popular de Donetsk, Denis Pushilin, afirmou que o assassinato de Zakharchenko foi organizado pela parte ucraniana.
Pushilin assegurou que "Donetsk vai se vingar desse crime".
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) nega as acusações de envolvimento na morte de Zakharchenko.
No ministério das Relações Exteriores russo consideram que a morte de Zakharchenko foi resultado de atentado terrorista e destacaram que existem todos os fundamentos para supor que por trás do assassinato do líder da RPD está o regime de Kiev.
"Existem todos os fundamentos para supor que por trás do assassinato do líder da RPD está o regime de Kiev, que por várias vezes já usou métodos de eliminação de dissidentes e pessoas inconvenientes", declarou a representante oficial da chancelaria russa Maria Zakharova aos jornalistas.
"A comunidade internacional deve exigir e controlar — considerando o sistema político marioneta da Ucrânia — a realização de uma investigação objetiva desse crime, cometido em frente aos civis", destacou a representante russa. 
Serviços de segurança pública cercaram o prédio do restaurante Separ, comunica correspondente da Sputnik no local.
Mais cedo foi comunicado que a explosão atingiu um restaurante de Donetsk, que fica perto da residência de Aleksandr Zakharchenko.
Político por contingência

O líder da República Popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko, tinha 42 anos e quatro filhos. A sua carreira profissional começou como eletromecânico em uma mina ucraniana. Depois, o político se debruçou sobre as atividades empresariais relacionadas à produção de carvão. 

Em 2010, Zakharchenko encabeçou uma filial da organização pública Oplot criada em Donetsk. Já em maio de 2014 desempenhou um papel crucial no decorrer dos protestos no leste ucraniano, sendo eleito o chefe da república autoproclamada de Donetsk que, junto com a de Lugansk, recusou aceitar novas autoridades ucranianas, estabelecidas no poder em resultado dos acontecimentos na Praça Maidan em fevereiro de 2014.