sábado, 7 de janeiro de 2012

Incêndio - Brigadistas brasileiros que atuarão no Chile se organizam para enfrentar ventos fortes e temperaturas elevadas.

Renata Giraldi - Repórter da Agência Brasil.

Brasília – Os 50 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que seguiram hoje (7) para o Chile, montaram um organograma para cooperar com as ações de combate ao incêndio que atinge o país andino. A ideia é atuar nas áreas nativas das florestas de Concepción, na região central chilena, por cerca de 20 dias. Mas esse período pode ser ampliado.

O chefe do Centro Especializado do Sistema Nacional de Prevenção e Combate de Incêndios Florestais do Ibama, José Carlos Mendes, disse à Agência Brasil que os 49 homens e a única mulher do grupo são experientes e já enfrentaram incêndios de grandes dimensões. Mas, segundo ele, a preocupação é que os focos de incêndio se agravem pelas más condições de clima nas regiões afetadas.

“Tudo fica mais difícil porque as temperaturas são elevadas, há baixa umidade e ainda existem ventos fortes que ajudam a propagar o fogo. A situação preocupa bastante”, disse Mendes. “No caso da região de Concepción há áreas nativas e plantadas afetadas. Devemos ajudar na área nativa que é a que estamos acostumados.”

O apoio do Brasil ao Chile conta ainda com a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da aeronave que transportará os 50 brigadistas, a Defesa Civil que arcará com os custos de diárias para os profissionais e o Ministério das Relações Exteriores que coordena as ações. O governo brasileiro se dispôs ainda a enviar homens do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e da Força Nacional, caso as autoridades chilenas solicitem. O país andino pediu auxílio também à Argentina, Austrália e aos Estados Unidos.

Única mulher do grupo, Fabíola Siqueira de Lacerda, será a responsável pela área de planejamento das operações dos brigadistas. No dia a dia, Fabíola coordena os cursos de capacitação de brigadistas do Ibama, o que segundo ela, faz com que esteja acostuma a ser “única entre muitos homens”. “Para mim, é absolutamente normal e não influencia em nada”, disse.

Ao ser perguntada se a preocupa o fato de sete bombeiros chilenos terem morrido esta semana ao tentar apagar focos de incêndio, a brigadista disse que não teme o trabalho que vai desempenhar. “Não há por que ter medo, pois somos treinados para enfrentar esse tipo de situação. O importante é seguir o planejamento e manter sempre uma rota de fuga”, disse.

No Chile, os focos de incêndio se espalharam nos últimos dias. Apenas ontem (6), um incêndio na Região Sul do país causou sete mortes – todas as vítimas eram bombeiros. Em dez dias, mais de 50 incêndios queimaram 50 mil hectares de florestas. As áreas mais afetadas são Bío-Bío, Maule e Araucanie, localizadas a 500 e 700 quilômetros de Santiago, a capital chilena. As labaredas alcançaram também a região da Patagônia argentina.

Edição: Talita Cavalcante

Fonte: http://minutonoticias.com.br/brigadistas-brasileiros-que-atuarao-no-chile-se-organizam-para-enfrentar-ventos-fortes-e-temperaturas-elevadas

Ex-prefeito de São José dos Basílios, Chico Rio Grandense é assassinado com mais de 40 tiros.

O ex-prefeito do município de São José dos Basílios, a 396 quilômetros de São Luís, Chico Rio Grandense, foi assassinado com 40 tiros na manhã deste sábado dia 07, quando retornava de sua fazenda, localizada na cidade de Dom Pedro. Chico Rio Grandense foi por duas vezes prefeito de São José dos Basílios.

Dois pistoleiros assassinaram há poucos instantes o ex-prefeito de São José dos Basílios, Francisco Ferreira Sousa, o Chico Riograndense.

Informações dão conta que o ex-prefeito foi vítima de uma emboscada no povoado Poção, interior de São José dos Basílios, cidade onde foi prefeito por dois mandatos e teria sido atingido por quarenta tiros.

Os pistoleiros fugiram e a polícia está a procura. Ainda não se tem detalhes se o crime teria motivação política.

De acordo com informações da I Companhia Independente da Polícia Militar de Presidente Dutra, os criminosos estavam numa moto prata sem placas no momento do assassinato fugindo do local se embrenhando nas matas do município. Todo o contigente da Polícia Militar da região comandado pelo Capitão Machado está fazendo barreiras nas principais saidas de São José dos Basílios na tentativa de prender os dois pistoleiros. O Secretário de Segurança Pública do Estado Aluízio Mendes está enviando mais reforço e um delegado especial para o local.

Prefeito
Natural de Pedreiras, Francisco Ferreira Sousa, mais conhecido como Chico Rio Grandense, era casado, tinha 69 anos e  comerciante em Dom Pedro onde morava há vários Anos. Em 1999 resolveu entrar para a política, se elegendo pelo PPB (hoje PP) o segundo prefeito de São José dos Basílios, reelegendo-se em 2004 pelo PFL. O atual prefeito Joãzinho das Crianças foi o candidato de Riograndense em 2008 eleito com larga maioria.

Fonte: Adonias Soares
http://gd-ma.com/2012/01/07/ex-prefeito-de-sao-jose-dos-basilios-chico-rio-grandense-e-assassinado-com-mais-de-40-tiros/

Privataria Tucana. Deputado do PSDB recua em projeto de ‘mordaça’ eleitoral

Projeto estabelecia multa e prisão para quem, durante o período eleitoral, divulgasse crimes cometidos por candidatos. Autor da proposta responde a dois inquéritos no Supremo.



Deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG)
Depois da repercussão negativa que seu projeto de lei teve nesta semana, o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) decidiu retirá-lo da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). 

O PL 2.301/11 proibia a divulgação, em período eleitoral, de investigações de crimes cometidos por candidatos, ou a publicação de “sindicância, procedimento investigatório, inquérito ou processo, ou qualquer ocorrência de natureza penal” relativa a crimes cometidos por candidatos durante os quatro meses de campanha.

Em nota, o parlamentar explicou que o motivo da desistência foram as dúvidas quanto ao entendimento do texto levantadas por “problemas técnicos de redação e de conteúdo” no PL. “O objetivo do autor com a proposição era evitar exploração política contra candidatos no período eleitoral por infração culposa (não havendo intenção de crime, mas imperícia, imprudência ou negligencia)”, afirma a nota.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o deputado explicou que não tinha intenção de “amordaçar nada”, mas admitiu que a redação poderia dar a  “impressão” de que se tratava de uma “mordaça”. 

Bonifácio também informou que desejava fazer algumas alterações no texto, que foi devolvido sem alterações pelo relator na CCJC, deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA). No entanto, ao retirar o projeto da comissão, Andrada encerrou sua tramitação definitivamente.

Se o projeto fosse adiante, quem desrespeitasse a regra estabelecida por ele, poderia ser condenado à prisão por três a oito anos, além de pagamento de multa de R$ 2 mil a R$ 15 mil. 

O deputado é alvo de dois inquéritos no Supremo: um por crime eleitoral (Inq 3065) e outro por crime contra o patrimônio (Inq 2757).

Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/deputado-recua-em-projeto-de-mordaca-eleitoral/
 

TABACARIA - Poesias de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa).



FERNANDO
PESSOA

Poesias de
Álvaro de Campos



      TABACARIA 
       
    Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

    Janelas do meu quarto,
    Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
    (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
    Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
    Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
    Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
    Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
    Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
    Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

    Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
    Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
    E não tivesse mais irmandade com as coisas
    Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
    A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
    De dentro da minha cabeça,
    E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
    Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
    Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
    À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
    E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
    Falhei em tudo.
    Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
    A aprendizagem que me deram,
    Desci dela pela janela das traseiras da casa.
    Fui até ao campo com grandes propósitos.
    Mas lá encontrei só ervas e árvores,
    E quando havia gente era igual à outra.
    Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
    Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
    Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
    E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
    Gênio? Neste momento
    Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
    E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
    Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
    Não, não creio em mim.
    Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
    Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
    Não, nem em mim...
    Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
    Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
    Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
    Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
    E quem sabe se realizáveis,
    Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
    O mundo é para quem nasce para o conquistar
    E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
    Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
    Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
    Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
    Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
    Ainda que não more nela;
    Serei sempre o que não nasceu para isso;
    Serei sempre só o que tinha qualidades;
    Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
    E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
    E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
    Crer em mim? Não, nem em nada.
    Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
    O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
    E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
    Escravos cardíacos das estrelas,
    Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
    Mas acordamos e ele é opaco,
    Levantamo-nos e ele é alheio,
    Saímos de casa e ele é a terra inteira,
    Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

     
    (Come chocolates, pequena;
    Come chocolates!
    Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
    Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.


    Come, pequena suja, come!
    Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
    Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
    Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
    Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
    A caligrafia rápida destes versos,
    Pórtico partido para o Impossível.



    Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
    Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
    A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
    E fico em casa sem camisa.

     
    (Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
    Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
    Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
    Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
    Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
    Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
    Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
    Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
    Meu coração é um balde despejado.


    Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
    A mim mesmo e não encontro nada.
    Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
    Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
    Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
    Vejo os cães que também existem,
    E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
    E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

     
    Vivi, estudei, amei e até cri,
    E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
    Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
    E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
    (Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
    Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
    E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
    Fiz de mim o que não soube
    E o que podia fazer de mim não o fiz.
    O dominó que vesti era errado.
    Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
    Quando quis tirar a máscara,
    Estava pegada à cara.


    Quando a tirei e me vi ao espelho,
    Já tinha envelhecido.
    Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
    Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
    Como um cão tolerado pela gerência
    Por ser inofensivo
    E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
    Essência musical dos meus versos inúteis,
    Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
    E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
    Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
    Como um tapete em que um bêbado tropeça
    Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
    Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
    Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
    E com o desconforto da alma mal-entendendo.
    Ele morrerá e eu morrerei.
    Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
    A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
    Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
    E a língua em que foram escritos os versos.
    Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
    Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
    Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
    Sempre uma coisa defronte da outra,
    Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
    Sempre o impossível tão estúpido como o real,
    Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
    Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
    Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
    E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.


    Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
    E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
    Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
    E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
    Sigo o fumo como uma rota própria,
    E gozo, num momento sensitivo e competente,
    A libertação de todas as especulações
    E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
    Depois deito-me para trás na cadeira
    E continuo fumando.


    Enquanto o Destino me conceder, continuarei fumando.
    (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
    Talvez fosse feliz.)
    Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
    O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
    Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
    (O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
    Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
    Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
    Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
    Álvaro de Campos, 15-1-1928

    Fonte: http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/456.php
     

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Pernambuco terá o maior data center da América Latina

06 de Janeiro de 2012 às 09:14.

Central de dados, doada pela pela empresa chinesa Hauwei, será voltada para pesquisa e educação;  equipamento equivale a aproximadamente oito mil discos rígidos (o conhecido HD) de 500 gigabytes.

Por. RaphaelCoutinho_PE247 – Pernambuco terá a maior central de dados da América Latina voltada para pesquisa e educação. 

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, anunciou, na última quinta-feira (5), que, em abril deste ano, o Estado receberá um data center doado pela empresa chinesa Hauwei, com a capacidade de quatro Petabytes.

O equipamento, que fora doado ao governo brasileiro durante viagem realizada pela presidente Dilma Rousseff à China, no ano passado, equivale a aproximadamente oito mil discos rígidos (o conhecido HD) de 500 gigabytes, o mais vendido em computadores domésticos.

“A ciência e tecnologia é uma área estratégia para o governo Dilma. Hoje somos o terceiro mercado em computadores e o quinto em celulares. Pernambuco foi escolhido para acolher o data center por ter grandes referências na área, como os ex-ministros Sérgio Resende e Eduardo Campos, além do Porto Digital, do CESAR e da Universidade Federal de Pernambuco”, explicou Mercadante.

A opção do Governo Federal por Pernambuco como destino do equipamento foi comemorada pelo governador Eduardo Campos. “Precisamos agradecer a presidente Dilma os investimentos nesta área aqui no Nordeste. Ele é estratégico para o fim das desigualdades”, disse o gestor.

Eduardo falou ainda sobre a importância da chegada deste data center. “Ele vai permitir o intercâmbio maior de projetos na área de educação e pesquisa em todo o País”, finalizou. Outro data center, de menor capacidade e também doado pela empresa chinesa, deverá ser instalado na Zona Franca de Manaus, no Amazonas.


Fonte: http://brasil247.com.br/pt/247/brasil/34074/PE-ter%C3%A1-o-maior-data-center-da-Am%C3%A9rica-Latina.htm

Atirador americano matou 255 pessoas durante carreira.

O americano Chris Kyle, atirador de elite da Seal, grupo especial da marinha americana, detém uma controversa marca: ele foi o soldado que mais matou durante o serviço militar.

Aos 37 anos e já reformado, Chris exterminou 255 pessoas, ultrapassando com folga o número máximo anterior de 109 mortes, de um soldado durante a Guerra do Vietnã.
 
No recém-lançado livro “American sniper – a autobiografia do mais letal atirador da história militar americana”, ele dá detalhes sobre a sua ação no Iraque e relata a frieza e a precisão que foi adquirindo ao longo dos dez anos na função.

De acordo com o site britânico “Telegraph”, ele ficou conhecido entre os insurgentes iraquianos como “al-shaitan Ramad”, o diabo de Ramadi, uma cidade no centro do país. Até uma recompensa de US$ 20 mil era oferecida para quem conseguisse capturá-lo ou matá-lo. Já seu apelido entre os colegas de farda era “a lenda”.

No livro, ele conta como atirou – e acertou – em um homem que apontava um lançador de foguetes para o comboio americano a mais de 1,9 km de distância, um de seus feitos mais famosos. “Deus assoprou aquela bala e o acertou”, afirma.

Durante a segunda batalha de Fallujah, Chris Kyle exterminou 40 pessoas. Oficialmente, as Forças Armadas americanas só contabilizam 150 mortes no seu currículo. Mesmo sem o reconhecimento carimbado, ele desfila suas histórias e afirma não ter arrependimento algum das mortes que causou, pelo contrário: diz adorar tudo que fez.


Matéria copiada: http://www.forte.jor.br/
FONTE: Agência O Globo
NOTA DO FORTE: Veja aqui a matéria completa no site do Daily Mail, em inglês.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Recomendo, lindo filme. Larry Crowne - O Amor Está de Volta

O subtítulo no Brasil vendia a ideia de uma Comédia Romântica. Até o cartaz do filme sugere isso. Acontece que eu gosto desse Gênero de Filmes. 
Principalmente um romance entre pessoas que já passaram da casa dos 40, 50… Interessada, fui olhar a página dele no IMDB, para ver de quem era a estória. O susto! Pois além do Tom Hanks, assinava também o Roteiro: Nia Vardalos (“Falando Grego“). 

Mais que um sinal, veio um carrilhão: “Foge, que é fria!”. Mas eu sou um paradoxo! Continuava querendo ver, dai argumentava comigo, tipo: “Quem sabe ele pediu a ela para revisar as personagens femininas…” 

O contra-argumento: “Ih, danou! Já que a Vardalos tende a deixar a mulher adulta com as dúvidas e inseguranças de uma adolescente.” Bem, o que carimbou de vez a motivação para assistir foi o fato do título original só constar o nome de um personagem: Larry Crowne. Sendo assim, a estória seria dele. Um personagem masculino, e que poderia ser criação de Hanks. Enfim, conferindo, e…

Primeiramente, “Larry Crowne – O Amor Está de Volta” está mais para uma leve Comédia Dramática. O drama fica por conta de que ser despedido após uma certa idade, é de doer. Ainda mais numa atualidade tão competitiva, com tantos jovens buscando um emprego; uma colocação. E o filme também aborda isso. O Romance mesmo ficará mais centrado em: ciúmes de um homem e de uma mulher. Ciúmes esse que não enxergavam que nasceu entre aquele par: uma linda e “respeitável” amizade.

Agora sim, entrando na estória do filme. Larry Crowne é o personagem de Tom Hanks. Um empregado exemplar de uma grande loja de departamento. Num dia em que pensa que enfim sairá a promoção tão sonhada, é despedido. Pela política da empresa, por ele não ter um Diploma Universitário, não poderia mais ser promovido. Competência, ele tinha de sobra. Mas a eles, isso não bastava. Bem, que a empresa ficasse com os seus não capacitados, mas diplomados… Larry iria à luta!

Como viu que em outras firmas, também seguiam essa cartilha… Larry resolve voltar a estudar. Concluir a faculdade que deixou pela vida militar: 20 anos servindo a Marinha. Na escolha das matérias, recebe a sugestão do reitor Busik (Holmes Osborne) para acompanhar as aulas de Oratória de Sra (Mercedes) Tainot, personagem de Julia Roberts. Uma outra disciplina que escolhe, é de Economia. Se já constavam em seu currículo Especialização em Vendas no Varejo, e até em Cozinha (fora cozinheiro na Marinha), essas duas disciplinas em especial iriam, além do diploma universitário, também ajudá-lo a gerenciar melhor a sua vida. Até em vender seu peixe e ter o essencial para viver feliz.

Um outro ponto positivo do filme está em mostrar cidadãos da classe muito mais comum. Os que estão lutando, mas para terem as contas pagas, e viverem felizes. Claro que também mostra os que gostam de viverem de uma fama efêmera, que não advinda de um talento, se perde. No todo, o filme mostra a base da pirâmide. Não há o querer por sofreguidão chegar ao topo da pirâmide.

Larry não se intimida por tudo aquilo que veio após sua demissão. Não tendo mais o salário de antes, casa, objetos de valores… ficaram para trás. Mas foram válidos enquanto durou. Na nova bagagem, levará mesmo a saudades dos vizinhos. De um em especial, interpretado por Cedric the Entertainer. Desse vizinho até eu levaria saudades.

Aquela amizade que citei lá em cima, é entre Larry e Talia (Gugu Mbatha-Raw). Ambos irão se ajudar mutuamente. Num abrir os olhos daquilo que um ver do outro. Para eles, até um selinho é por pura amizade. Mas para o namorado dela, como também para Mercedes, há uma conotação sexual. O filme é desses dois. Ela, a Talia, é a personagem feminina principal nesse filme. A personagem da Julia Roberts embora vivesse um drama maior, em paralelo, não rendeu. Não me convenceu porque me levou a pensar se uma outra atriz teria vivido essa professora com mais verdade. O que é uma pena! Pois eu gosto dela. Teria ela se inspirado em Cameron Diaz com a sua “Professora Sem Classe“, e acabou se perdendo!? Meus aplausos para a Gugu Mbatha-Raw e o seu divertido smartphone!

A vida é uma escola. Nela estamos sempre aprendendo. Mas também de dentro de uma escola se passa uma vida, são capítulos dela sendo escritos. E que embora dentro de uma sala de aula há alguém ensinando, nesse púlpito o aluno poderá ensinar também. Larry em sua apresentação final em Oratória, deu uma dimensão maior ao que Mercedes nem se interessou muito em mostrar durante todo o período letivo. Levando-a a outros rumos em sua vida de professora.

Se antes, o obter o diploma universitário seria o seu passaporte para galgar cargos de chefia, ao término, Larry viu que lhe dera um quilate maior, mas em sua alma. Renovando-a! E nesse recomeço, nessa sua garupa, tinha lugar para mais um, mais uma. Então não é o amor voltando, e sim chegando à vida dele.

Ah! Como gostei de uma citação que Larry disse, ei-la: “O cérebro de um tolo resume a filosofia como tolice, a ciência como superstição e a arte como pedantismo. Daí a necessidade da educação universitária.” (“A fool’s brain digests philosophy into folly, science into superstition, and art into pedantry. Hence university education.” – George Bernard Shaw)

Gostei do filme. De até rever quando passar na tv. É um bom filme! 

Fonte: http://www.cineplayers.com/comentario.php?id=30932

Exército Brasileiro em Revista. Alunos do IME são primeiros colocados na Academia de West Point.

Rio de Janeiro (RJ)      

Os alunos Clara Luz de Souza Santos e Jackson Miguel M. de Barros Machado, do Instituto Militar de Engenharia (IME), cursaram um semestre na Academia Militar de West Point nos Estados Unidos da América (EUA), obtendo as primeiras colocações em todas as matérias aplicadas.

West Point é reconhecida como uma preeminente instituição de treinamento e formação. Seu corpo discente é composto por 4400 Cadetes, futuros oficiais do Exército dos EUA. 

O sucesso obtido pelos alunos brasileiros, impressionou a todos com os quais conviveram, tanto pela conduta como pela performance acadêmica.


Foto: Arquivo do Instituto Militar de Engenharia
 
Fonte: http://www.exercito.gov.br

Eleições 2012: ex-secretário de Leão Santos anuncia pré-candidatura a prefeito de Arari.

Alvaro Jardim.
O ex-secretário de Agricultura da Prefeitura de Arari, Álvaro Jardim (foto), anunciou que poderá disputar a eleição para prefeito da cidade.
 
Formado em Ciências Agrárias e filiado ao PHS, Jardim tenta construir a imagem do “novo”, da “novidade” na política arariense.

“Embora possa parecer algo inalcançável, a confiança de que teremos êxito é imensa porque a cada dia cresce o número de pessoas que me estimulam a encarar esse desafio, proposta que decorre exatamente do desejo de mudar essa tradição.

Isso é mais um indicativo de que a população quer ver algo novo acontecendo na política arariense e que tem tudo a ver com meu perfil com minha história, porque sou idealista, lutador, otimista e sonhador.

Portanto, meu desejo de disputar a próxima eleição decorre das inúmeras manifestações de apoio, da necessidade de mudanças que efetivamente possam acelerar o progresso do município e do firme desejo que tenho de transformar Arari, de construir uma sociedade mais justa, próspera e feliz. Esse é o meu sonho”, assegura.

O pré-candidato do PHS afirma que ainda não tem um grupo formado em torno do seu nome, mas já conta com a simpatia de várias lideranças políticas e sociais da cidade. Segundo Álvaro Jardim, a falta de estrutura de uma eventual campanha não o desestimula, e que poderá ser candidato mesmo que tenha que sair com o lema “o tostão contra o milhão”.

“Sei das dificuldades de enfrentar uma campanha sem dinheiro e grandes estruturas de campanha, mas isso não me desanima, pelo contrário, se for para fazer uma campanha do tostão contra o milhão nós faremos. É como cantou Raul Seixas: “um sonho sonhado só é apenas um sonho. Um sonho sonhado coletivamente torna-se realidade”, filosofa.

Fonte: http://robertlobato.com.br/eleicoes-2012-ex-secretario-de-leao-santos-anuncia-pre-candidatura-a-prefeito-de-arari/#comment-5951

deputado do PSDB através de Projeto de Lei quer Mordaça sobre investigações contra candidatos. Efeito PRIVATARIA TUCANA?


Um projeto de lei que pode ser votado pela Câmara dos Deputados ainda este ano impede a divulgação de investigações de crimes cometidos por candidatos no período eleitoral.

O texto, proposto pelo deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), especifica que a restrição é relativa a crimes culposos - cometidos sem intenção - ocorridos nos quatro meses da campanha eleitoral.


O PL 2.301/11 determina a proibição de divulgação ou publicação de qualquer "sindicância, procedimento investigatório, inquérito ou processo, ou qualquer ocorrência de natureza penal" relativos a ilícitos cometidos por candidatos durante o período da campanha.

A proposta de "mordaça eleitoral" foi divulgada pelo PSDB, partido do deputado, no informe que destaca as iniciativas de parlamentares da bancada Congresso. De acordo com o projeto, quem descumprir a determinação estará sujeito a pena de prisão por três a oito anos, além do pagamento de multa de R$ 2 mil a R$ 15 mil.

Caso a divulgação seja feita por funcionário público, o texto prevê que ele fique suspenso de 30 a 60 dias ou ainda suspensão de 90 dias. Em caso de reincidência, o responsável pode ser punido com demissão.

Bonifácio de Andrada admite que, do jeito que foi apresentado, o projeto "dá impressão de mordaça". No entanto, segundo garantiu, ele pretende fazer alterações no texto antes de sua tramitação.

O projeto de lei está, no momento, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara e foi encaminhado para ser relatado pelo deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA). Este, no entanto, devolveu o projeto sem se manifestar, no fim de novembro.

"Não tenho objetivo de amordaçar nada. Queremos impedir que nos quatro meses da campanha um adversário invente alguma coisa para acusar um candidato. 

É para evitar a utilização de um fato que não é grave, sem intenção de fazer mal. Quando tiver dolo (intenção), não tem conversa", justificou o deputado mineiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A nova façanha da Wikileaks: Identificar as empresas que vigiam o mundo.

– Ver o mapa Um mundo sob vigilância , elaborado pela Wikileaks

por Ciper 
 
A mais recente revelação da organização dirigida por Julian Assange põe a nu o negócio milionário das empresas de segurança que converteram o seu negócio na nova indústria de espionagem maciça que alimenta sistemas de espionagem governamentais e privados. A última entrega de Wikileaks fornece os nomes das empresas que, em diferentes países, interceptam telefones, rastreiam mensagens de texto, reconstroem a navegação na Internet e identificam inclusive, as vozes de indivíduos sob vigilância. Tudo isso é feito de forma maciça com softwares que são vendidos a governos democráticos e a ditaduras.

Poderia dizer-se que se trata de um mau filme, mas os sistemas de intercepção maciça fabricados por empresas ocidentais e usados, entre outros objectivos, contra adversários políticos, são mesmo uma realidade. A 1 de Dezembro, Wikileaks
começou a publicar um banco de dados de centenas de documentos provenientes de cerca de 160 empresas do sector de vigilância dos cidadãos.

Em colaboração com Budget Planet et Privacy International, bem como meios de comunicação de seis países – L' ARD na Alemanha, Le Bureau of Investigative Journalism na Grã-Bretanha, The Hindu na Índia, L'Espresso, em Itália, OWMI em França e Washington Post nos EUA, – Wikileaks expõe à luz do dia essa indústria secreta cujo crescimento explodiu após o 11 de Setembro de 2001, representando milhares de milhões de dólares em cada ano.

Desta vez Wikileaks publicou 287 trabalhos, mas o projecto "Um mundo sob vigilância" está lançado e novas informações serão publicadas esta semana e no próximo ano.

As empresas internacionais de vigilância estão localizadas nos países que têm as mais refinadas tecnologias. Elas vendem a sua tecnologia a todos os países do mundo. Esta indústria, na prática, não está regulamentada. As agências de espionagem, as forças militares e as autoridades policiais são capazes de interceptar massivamente, sem serem detectadas e no maior segredo, os telefonemas, tomar o controle de computadores, mesmo sem que os fornecedores das redes acesso se apercebam ou façam algo para o impedir. A localização de utentes pode ser seguida passo a passo, se usarem um telefone celular, mesmo se este estiver desligado.

Os dossiers de "Um Mundo Sob Vigilância" de Wikileasks estão acima do simplismo dos "bons países ocidentais", exportando as suas tecnologias para os "pobres países em vias de desenvolvimento". Empresas ocidentais também vendem um vasto catálogo de equipamento de vigilância para as agências de espionagem orientais.

Nas histórias clássicas de espiões, as agências de espionagem, tais como MI5, DGSE, colocam sob escuta o telefone de uma ou duas pessoas que interessem. Durante os últimos 10 anos a vigilância em massa tornou-se uma norma. Sociedades de espionagem, como a VASTech, têm secretamente vendido equipamentos que gravam de forma permanente chamadas telefónicas de países inteiros. Outros registam a posição de todos os telemóveis de uma cidade, com uma precisão de 50 metros. Sistemas capazes de afectar a integridade de pessoas numa população civil que usa Facebook, ou que tem um smartphone estão à venda neste mercado de espionagem.

VENDA DE FERRAMENTAS DE VIGILANCIA A DITADORES.

Durante a primavera árabe, quando os cidadãos derrubaram ditadores no Egipto e Líbia encontraram câmaras de escuta onde, com equipes britânicas da Gamma, os franceses da Amesys, os sul-africanos da VASTech ou os chineses de ZTE, seguiam os seus mais pequenos movimentos on-line e por telefone.

Empresas de espionagem, tais como SS 8 nos Estados Unidos, Hacking Team na Itália e VUPEN na França, fabricam vírus (Troianos) que invadem computadores e telefones (incluindo iPhones, Blackberry e Android), assumindo o seu controle e gravação de todos os seus usos, movimentos e até mesmo imagens e sons da sala onde os usuários estão. Outras sociedades, como a Phoenexia da República Checa, colaboram com os militares para criar ferramentas para análise de voz. Elas identificam os indivíduos e determinam o seu sexo, idade e nível de stress e, assim, seguem-nos através de suas "faixas vocais." Blue Coat nos EUA e Ipoque na Alemanha, vendem as suas ferramentas aos governos de países como China e Irão para impedir os seus dissidentes de se organizar pala Internet.

Trovicor uma subsidiária da Nokia Siemens Networks, forneceu ao governo do Bahrein tecnologia de escuta que lhe permitiu seguir a pista do defensor dos direitos humanos Abdul Ghani Al Khanjar. Foram mostrados detalhes de conversas a partir do seu telefone pessoal, que datam de antes de ter sido interrogado e espancado durante o inverno de 2010 e 2011.

EMPRESAS DE VIGILANCIA PARTILHAM AS SUAS BASES COM ESTADOS.

Em Junho de 2011, o NSA inaugurou um sítio no deserto de Utah para o armazenamento para sempre de terabytes das bases de dados tanto americanas como estrangeiras, a fim de poder analisá-las em anos futuros. Toda a operação teve um custo de US$1,5 mil milhões.

As empresas de telecomunicações estão dispostas a revelar as suas bases de dados dos seus clientes às autoridades de qualquer país. Os principais noticiários mostraram como, durante os confrontos em Agosto na Grã-Bretanha, a Research In Motion (RIM), que comercializa as Blackberry, propôs ao governo identificar os seus clientes. RIM tem estado envolvido em negociações semelhantes com os governos da Índia, Líbano, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, propondo-lhes compartilhar as suas bases de dados extraídas do sistema de mensagens do Blackberry.

TRANSFORMAR AS BASES DE DADOS EM ARMAS PARA MATAR INOCENTES.
Existem muitas empresas que comercializam actualmente software de análise de bases de dados, transformando-os em poderosas ferramentas utilizadas por militares e agências de espionagem. Por exemplo, em bases militares dos EUA, pilotos da Força Aérea usam um joystick e um monitor de vídeo para pilotar os "Predator", aviões não tripulados durante as missões de vigilância no Médio Oriente e Ásia Central. Estas bases de dados estão acessíveis aos membros da CIA que se servem delas para lançar mísseis "Hellfire", sobre os seus alvos.

Os representantes da CIA têm adquirido software que lhes permite instantaneamente correlacionar os sinais de telefone com faixas vocais para determinar a identidade e a localização de um indivíduo. A empresa Intelligence Integration Systems Inc. (IISI), sediada no Estado de Massachusetts (EUA), vende software para esse fim – "análise com base na posição",– chamado "Geospatial Toolkit". Outra empresa, a Netezza, também de Massachusetts, que comprou este software com o objectivo de analisar o seu funcionamento, vendeu uma versão modificada à CIA, destinada a equipar aviões pilotados remotamente.

A IISI, que diz ter o seu software uma margem de erro de 12 metros, processou a Netezza para impedir a utilização deste software. O criador da sociedade IISI, Rich Zimmerman, disse a um tribunal que ficou "chocado e surpreso com o fato de que a CIA teria um plano para matar pessoas com o meu software, que nem funciona."

UM MUNDO ORWELLIANO.

Em todo o mundo fornecedores mundiais de instrumentos de vigilância em massa ajudam as agências de espionagem a espiar os cidadãos e os "grupos de interesse" em larga escala.

COMO NAVEGAR PELOS DOCUMENTOS DE "UM MUNDO SOB VIGILÂNCIA?

O projecto " Um mundo sob Vigilância " da Wikileaks revela, até ao pormenor, as empresas que estão fazendo milhares de milhões na venda de sistemas refinados de vigilância para os governos, ignorando as leis de exportação e ignorando de forma sobranceira que os regimes a quem vendem são ditaduras que não respeitam os direitos humanos.

Para pesquisar estes documentos, clique no local escolhido no mapa na esquerda da página para obter a lista por tipo, empresa, data ou palavra-chave.
29/Dezembro/2011

Ver o mapa elaborado pelo Wikileaks: "Um mundo sob vigilância"

O original encontra-se em ciperchile.cl/... e em www.cubadebate.cu/... . Tradução de Guilherme Coelho.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

Incra anuncia ações para ampliar a reforma agrária no Maranhão.

POR MANOEL SANTOS NETO. (Jornal Pequeno em 01 de janiero de 2012).


O superintendente do Incra no Maranhão, José Inácio Rodrigues, informou que mais de 2.000 famílias foram assentadas no Estado, durante o ano de 2011, superando a meta estabelecida pelo próprio órgão. 'Este dado nos coloca hoje em primeiro lugar em nível de Brasil no que diz respeito a número de famílias assentadas', afirmou José Inácio.

Ele salientou que outro dado importante é que, na segunda-feira passada (26), foram assinados pela presidente Dilma Rouseff decretos destinando 15 imóveis rurais para a reforma agrária no Maranhão, que tem capacidade para assentar 879 famílias de trabalhadores rurais sem terra.

Nesta entrevista ao Jornal Pequeno, José Inácio faz uma avaliação dos primeiros três meses de seu trabalho à frente da Superintendência do Incra-MA e fala sobre as metas traçadas para o ano de 2012:

Jornal Pequeno – Qual a sua avaliação destes três primeiros meses à frente da Superintendência do Incra no Maranhão?

José Inácio – Assumimos a Superintendência do Incra no Maranhão num momento muito conturbado. Num primeiro momento, procuramos nos apropriar da estrutura do órgão no Maranhão. Levantamos todas as demandas que se encontravam pendentes e procuramos resolvê-las de imediato. Citamos como exemplo a fiscalização e pagamento de obras de reforma e construção de casas, tendo em vista que algumas estavam há mais de ano sem serem vistoriadas.

Vale ressaltar o apoio que temos da Direção Nacional do Incra, que tem confiado no nosso trabalho, sobretudo em momentos em que foi preciso a vinda de dirigentes nacionais do órgão ao nosso estado, como foi o caso do presidente Celso Lacerda, que visitou a Superintendência no mês de novembro. Sua vinda foi fundamental para que resolvêssemos impasses com setores dos movimentos sociais, a exemplo dos quilombolas e sem terras.

JP – O Incra no Maranhão foi alvo de várias denúncias de corrupção. O que a sua gestão tem feito para coibir irregularidades no órgão?

JI – Todas as denúncias de irregularidades no Incra/MA já estão no âmbito do Judiciário e estão sendo apuradas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Nossa meta é fazer uma gestão ética, transparente e combater exemplarmente quaisquer casos de irregularidades que eventualmente possam acontecer. Em função disso, logo após nossa posse fizemos visitas aos órgãos de controle e investigação com sedes aqui no estado.

JP – Todas as reivindicações feitas pelos movimentos que ocuparam a sede do Incra neste segundo semestre de 2011 foram atendidas?

JI – Na primeira semana, após a nossa posse, uma das nossas primeiras providências foi visitar entidades e representações dos trabalhadores rurais e quilombolas aqui em São Luis. Mostramos nossa proposta de trabalho e solicitamos suas demandas, num calendário de prioridades, e estamos atendendo na medida do possível.

O Incra foi ocupado por comunidades quilombolas e, por meio de negociações e com o apoio da Direção Central desta Autarquia, como já mencionei, conseguimos atender inúmeras reivindicações dessas comunidades.

Entre elas podemos citar o atendimento com relatório antropológico, via pregão nacional, de 34 comunidades quilombolas, localizadas em 23 municípios maranhenses; e elaboração dos relatórios antropológicos das comunidades em áreas consideradas de conflito, a exemplo de Charco, no município de São Vicente Férrer, Alto Bonito, em Brejo, e Cruzeiro, em Palmeirândia.

JP – De um modo geral, o que tem sido feito em termos de desapropriação de terras para fins de reforma agrária no Estado?

JI – A Superintendência realizou várias vistorias preliminares e se imitiu na posse de imóveis rurais, que agora serão destinados a assentamentos de trabalhadores rurais. Como resultado disso, estamos com mais de 2.000 famílias assentadas em 2011, superando a meta estabelecida, o que nos coloca hoje em primeiro lugar em nível de Brasil no que diz respeito a número de famílias assentadas.

Outro dado importante é que nesta semana foram assinados pela presidenta Dilma Rouseff decretos destinando 15 imóveis rurais para a reforma agrária no Maranhão, atendendo reivindicações de entidades ligadas aos trabalhadores rurais. Isso vai nos possibilitar a resolução de vários conflitos agrários no estado.

JP – E quanto aos assentamentos? O que o Incra tem feito por eles?

JI – Uma das nossas principais preocupações é a qualificação dos assentamentos, para torná-los produtores de alimentos e geradores de ocupação e renda às famílias assentadas.

Desde que assumimos a Superintendência estamos buscando recursos para implementar ações básicas de infraestrutura nos assentamentos, assistência técnica e assegurar um maior acesso ao crédito do Pronaf, que venham a permitir um maior desenvolvimento sócio-econômico das áreas de reforma agrária.

Esta semana assinamos 14 convênios com prefeituras para realização de obras de implantação e recuperação de estradas vicinais, melhoramento de caminhos de acessos, implantação de bueiros, pontes e ainda a perfuração de poços artesianos com distribuição de água até as moradias dos assentados. Podemos destacar ainda a liberação de mais de R$ 40 milhões para construção e recuperação de casas para famílias assentadas.

JP – Que ações deverão ser implementadas pelo Incra-MA em 2012?

JI – Entre as principais metas da nossa gestão para o ano de 2012 está a implementação de ações que venham alterar o modelo produtivo dos assentamentos. Para isso vamos ampliar o numero de famílias atendidas pelos serviços de assistência técnica, passando de 12.000 mil para 30.000 mil famílias a receberem esses serviços.

Vamos implementar a regularização dos territórios das comunidades quilombolas. Vamos realizar um pregão eletrônico a nível estadual para contratar 30 laudos antropológicos e realizar convênios com o Governo do Estado, por meio do Iterma, para regularizar 50 comunidades quilombolas que são de competência do Estado regularizar. Vamos fazer a retomada de lotes ocupados irregularmente.

Estaremos desenvolvendo uma ação para coibir a venda de lotes da reforma agrária, assim como ajuizar ações de reintegração de lotes ocupados indevidamente; e adequar os assentamentos com infraestrutura de estradas e sistemas de abastecimento de água. Vamos criar uma comissão permanente de licitação para que o Incra possa contratar empresas e assim fazer a execução direta para construção de estradas e implantação de sistemas de abastecimento de água nos assentamentos.

http://www.jornalpequeno.com.br/2011/12/31/incra-anuncia-acoes-para-ampliar-a-reforma-agraria-no-maranhao-182296.htm

JORNALISMO DIGITAL. - Para dar visibilidade à produção acadêmica.

Por Lívia de Souza Vieira em 03/01/2012 na edição 675.
Muitos docentes hão de concordar: a produção jornalística nas universidades de todo o país não tem o destaque que merece. Alguns trabalhos são publicados nos veículos das próprias instituições, mas é raro ver algo além disso. A grande mídia está aprendendo a dar voz ao leitor anônimo, mas ainda ignora a produção acadêmica.

E não falo somente dos projetos de conclusão de curso, mas das muitas reportagens que são produzidas ao longo dos quatro anos da faculdade. Um material rico, resultado do empenho dos alunos, que acaba se perdendo após a avaliação do professor.

Com o intuito de divulgar, arquivar e disseminar essa produção, os alunos da disciplina de Produção Jornalística em Ambiente Digital da universidade Bom Jesus/Ielusc (Joinville - SC) criaram o site www.yelusc.com. Além de ser um repositório das reportagens multimídia produzidas no semestre, o site foi um aprendizado desde a edição, publicação do conteúdo e planejamento da arquitetura de informação.

As sete reportagens multimídia possuem o que toda matéria jornalística online deve ter: texto, fotos, infográficos, vídeos, slideshows e mapas em consonância com a pauta escolhida. Em 2012 o site continua, com os trabalhos das turmas subsequentes. Uma tentativa de disseminar produções de qualidade no meio para o qual foram concebidas: a web.

Site da universidade: http://www.ielusc.br/portal/?JOR&NOT=2230
*** 
[Lívia de Souza Vieira é jornalista e docente da disciplina de Produção Jornalística em Ambiente Digital do Bom Jesus, Ielusc]

http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed675_para_dar_visibilidade_a_producao_academica

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

"Era Ricardo Teixeira chegou ao fim", diz analista esportivo alemão.

O Presidente da CBF, Ricardo Teixeira, se licenciou este mês da direção do órgão e do Comitê Organizador da Copa. O analista esportivo Thomas Kistner acredita ser esse um prenúncio da despedida do dirigente brasileiro.

Em entrevista à Deutsche Welle, o jornalista alemão Thomas Kistner, repórter especializado em política esportiva do prestigiado jornal Süddeutsche Zeitung, analisou a situação político-esportiva do país-sede da Copa de 2014 e de seu principal personagem, o controvertido presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa (COL), Ricardo Teixeira. Acusado de corrupção, nepotismo e fraudes fiscais, o dirigente sai neste mês de licença de seus cargos, notícia recebida com estranhamento pela imprensa europeia. 

A pressão internacional sobre Teixeira tende a crescer. Um tribunal suíço determinou semana passada a divulgação de documentos relacionados ao caso ISL, empresa de marketing esportivo que mantinha negócios com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e teria subornado membros da entidade. De acordo com informações da imprensa britânica, os papéis comprovam que empresas ligadas ao ex-presidente da Fifa, João Havelange, e ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, receberam da ISL milhões de francos suíços em subornos.

Kistner é autor de diversas obras sobre negociatas dos bastidores do esporte alemão e mundial. Seu próximo livro, previsto para ser lançado no primeiro semestre deste ano, tematiza a corrupção dentro Fifa. Ganhador de diversos prêmios por suas reportagens, ele é profundo conhecedor do futebol brasileiro e se considera torcedor ferrenho da seleção canarinho.

Deutsche Welle: O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, é personagem constante em artigos que o senhor escreve sobre corrupção no futebol mundial. Um exemplo é a reportagem intitulada "Inatacável, autoconfiante, corrupto", sobre o dirigente brasileiro, publicada pelo jornal Süddeutsche Zeitung em meados de agosto passado. O senhor acredita que o presidente da CBF e do COL da Copa do Mundo de 2014 seja uma pessoa corrupta?

Thomas Kister: No estado atual das coisas, tudo leva a crer. Existem inegáveis transferências milionárias de dinheiro (no caso da falida empresa de marketing esportivo ISL, parceira da Fifa) para empresas atribuídas a Teixeira e até hoje não há esclarecimentos sobre os serviços que essa verba estaria pagando. Essas acusações não são novas, já têm muitos anos, e Teixeira nunca conseguiu se defender delas. E podemos ver o mesmo nas investigações que o Comitê Olímpico Internacional levantou contra João Havelange, ocasião em que houve um esclarecimento, onde se chegou à conclusão de que aqueles pagamentos foram suborno.

Por que o presidente da CBF é repetidamente acusado de corrupção e nada parece acontecer? 

Sobre a falta de consequências para Ricardo Teixeira a respeito de acusações que já têm 10 anos ou mais, você tem que perguntar à própria Justiça brasileira. Ela recebeu, digamos, várias indicações de diversos deputados nas grandes CPIs contra a CBF, realizadas no Senado e na Câmara brasileiras há 10 anos e nada aconteceu.

É evidente que as ligações de Teixeira, uma figura poderosa do futebol no Brasil, foram tão boas que conseguiram evitar consequências. Sobre as investigações na Suíça, deve-se dizer que o grande problema é o país não ter leis que penalizem dirigentes esportivos corruptos.

Na Suíça, eles podem encher os bolsos e sair rindo, que não há problema. Não é coincidência que 80% a 90% de todas as organizações esportivas mundiais tenham sede na Suíça. Elas fazem isso porque há grandes vantagens no país, como o imposto e as leis mais relaxados. O governo suíço está tentando mudar isso, planejando para ano que vem um projeto de lei que também prevê punição para dirigentes corruptos. Vamos ver se isso realmente será feito.

O senhor acha que essa situação pode perdurar até a Copa do Mundo de 2014? 

Acho que a era Teixeira está no fim. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou na reunião executiva da Fifa que Teixeira ficaria o mês inteiro de janeiro de licença. Teixeira alegou problemas de saúde. Mas esse me parece o primeiro indício de que Teixeira está saindo de cena lentamente. O licenciamento de um presidente de federação e do COL nessa altura do campeonato é uma medida bastante incomum.

Não consigo lembrar de isso ter ocorrido nos últimos anos. Na CBF, já existem rumores de que se prepara um sucessor. Há grande pressão internacional atualmente sobre Teixeira e parece que agora é o começo de um lento adeus do dirigente brasileiro. Não posso imaginar que a liderança do futebol brasileiro no ano de 2014 ainda esteja nas mãos de Ricardo Teixeira.

O senhor não acredita que Teixeira algum dia venha a ser presidente da Fifa, como dizem ser a intenção dele?

Não posso imaginar que isso aconteça. A Fifa é hoje uma organização que no mundo inteiro tem fama de corrupta, e com razão. É inimaginável a quantidade de casos de corrupção que existiram e ainda existem envolvendo altas personalidades da entidade. Há investigações e processos não somente contra Teixeira, mas também contra outros funcionários. E o homem que é o principal responsável por tudo é o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que continua em seu posto.

Mas, diferentemente de Teixeira, as acusações contra ele, apesar de palpáveis, não foram provadas, o que só será possível quando instâncias jurídicas independentes, fora do esporte, realizarem investigações detalhadas. No caso de Teixeira, vemos que isso está acontecendo. Tanto no processo do caso da ISL, na Suíça, como em investigações no Brasil por suspeita de lavagem de dinheiro e fraude fiscal, pelo menos segundo o que foi divulgado.

Existe uma guerra de poder entre Teixeira e Blatter? 

É evidente que sim. A partir das informações que temos, Teixeira planejou ser presidente da Fifa em 2015, há declarações dele na mídia brasileira que também comprovam essa avaliação. Seguramente, na época em que João Havelange transferiu seu posto ao sucessor, Blatter, houve algum tipo de acordo para que Teixeira fosse nomeado sucessor de Blatter.

Conhecemos isso do Blatter, que promete tudo a todo mundo e não cumpre o prometido. E ele certamente não ficou muito contente. Além disso, tudo leva a crer que Teixeira apoiou o adversário de Blatter, Mohammed Bin Hammam, na última votação para presidente da Fifa, em junho. Muita coisa leva a crer que o relacionamento entre os dois se rompeu. São coisas que o Blatter não costuma perdoar. Podemos dizer já agora que ele, com certeza, não será o homem que vai apoiar Teixeira se ele tentar subir ao trono da Fifa, e dentro da Fifa nada acontece sem Blatter.

O senhor sempre cita em seus artigos o papel da Rede Globo no apoio a Teixeira. Qual é o papel da mídia na corrupção no futebol brasileiro?
 
A mídia tem uma situação delicada. De um lado, existe a Globo, que tradicionalmente tem uma ligação estreita com Teixeira, sobretudo por causa dos direitos de transmissão de torneios de futebol. A Globo tem medo evidente que Teixeira se contrarie com a empresa e que ofereça seus direitos de transmissão à concorrente, a Rede Record, que tentou várias vezes conseguir esses direitos.

Essa briga entre duas emissoras concorrentes em torno de direitos de transmissão de campeonatos de futebol é, naturalmente, bizarra. Traz um desequilíbrio nessa história toda, porque ambos os lados se interessam pela utilização comercial de direitos de futebol e não pela verdade e pelo esclarecimento e punição de possíveis casos de corrupção dos dirigentes. Isso é um complicador adicional, que permite que Teixeira sempre tenha uma carta na manga para agradar a um ou a outro lado. É realmente uma situação lamentável. E acho que tem um pouco de tradição no Brasil.

O senhor, que já foi a várias Copas, tem conhecimento de situações parecidas em outros países nas vésperas de torneio tão importante?

Na Alemanha, podemos dizer que a corrupção existe num grau mais profissional, mais elegante e sutil. Não é tão evidente como em países como o Brasil. Um dirigente como o Ricardo Teixeira não seria possível aqui, mas não diria ser impossível que algo assim aconteça na Alemanha. No momento, temos uma situação de alta corrupção na paisagem do futebol brasileiro.

Mas, por outro lado, agora há grandes esforços, e a presidente Dilma Rousseff parece que está fazendo um bom trabalho nesse sentido. Ela parece ter mesmo intenção de organizar a casa, já ouve demissão de meia dúzia de ministros por supostos casos de corrupção num tempo relativamente curto. É uma boa imagem que esta sendo transmitida.

O governo do Brasil e também a nação brasileira como um todo têm uma chance imensa nos próximos anos de mostrar uma imagem de melhorias e ganhar em credibilidade internacional, caso consiga “limpar a casa”, renovar e melhorar estruturas até a Copa de 2014.

O que o senhor diria aos que dizem que tudo acaba em pizza no Brasil?

Acabar em pizza é, com certeza, o que até agora vem acontecendo. E o medo que as coisas não mudem tem uma razão de ser, porque estruturas corruptas não podem ser mudadas da noite para o dia, e existe certa aceitação da corrupção dentro da sociedade. Mas agora existe a chance, porque já houve um começo.

E um sinal importante é que Ricardo Teixeira se encontra enfraquecido, não é mais inatingível como há um ano. Se a Justiça brasileira e o governo fizerem seu trabalho, então nada mais acabará em pizza e será dado um passo adiante, tanto no aspecto político como social.

FONTE: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15643266,00.html
Entrevista: Marcio Damasceno
Revisão: Augusto Valente